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POLIFARMÁCIA O uso de múltiplos medicamentos, comumente chamados de polifarmácia, é comum na população idosa com multimorbidade. A polifarmácia está associada a resultados adversos, incluindo mortalidade, quedas, reações adversas a medicamentos, aumento do tempo de permanência no hospital e readmissão ao hospital logo após a alta. Podem ocorrer danos devido a uma infinidade de fatores, incluindo interações medicamentosas. Embora em muitos casos o uso de múltiplos medicamentos ou polifarmácia possa ser clinicamente apropriado, é importante identificar os pacientes com polifarmácia inadequada que pode colocar os pacientes em maior risco de eventos adversos e resultados ruins de saúde. Introdução O relatório desta revisão sistemática está em conformidade com a lista de verificação PRISMA (Itens de relatório preferidos para revisões sistemáticas e meta-análises). Os bancos de dados MEDLINE (Ovídio), EMBASE e Cochrane foram pesquisados entre 1º de janeiro de 2000 e 30 de maio de 2016. Os seguintes termos de pesquisa (Medical Subject Headings ou MESH e palavras-chave) foram usados no EMBASE e no MEDLINE (Ovídio): polifarmácia / (MESH) OU múltiplos medicamentos * OU múltiplos medicamentos * OU múltiplos medicamentos * (para todos os artigos referentes à polifarmácia). Metodologia Embora a definição mais comumente usada de polifarmácia seja cinco ou mais medicamentos, as definições são variáveis, o que pode causar confusão tanto para pesquisadores quanto para médicos na prática. As definições numéricas de polifarmácia não levam em conta as comorbidades específicas presentes e tornam difícil avaliar a segurança e adequação da terapia no ambiente clínico. É necessária uma definição internacionalmente aceita de polifarmácia. Os resultados indicam a necessidade de uma mudança para o termo 'polifarmácia apropriada' usando uma abordagem holística de avaliação do uso de medicamentos no contexto de comorbidades presentes, de acordo com as melhores evidências disponíveis, a fim de otimizar os resultados de saúde. Conclusão COMO AVALIAR? O termo “discrepância” é definido como a diferença existente entre a medicação prescrita pelo médico e aquela que o paciente efetivamente toma, baseado nos frascos de medicamentos e relatos do próprio paciente. O estudo realizado pela Universidade de Ciências da Saúde, Colorado, no ano de 2004, teve como objetivo principal desenvolver um Instrumento para as Discrepâncias dos Medicamentos - MDT capaz de auxiliar os profissionais de saúde na identificação e classificação dos problemas relacionados a medicamentos (PRM’s), facilitando a resolução desses problemas e descrevendo ações apropriadas com relação ao paciente e ao sistema. MDT A primeira parte do MDT é composta pelas causas e contribuição de fatores relacionados ao paciente e ao sistema de cuidado que podem levar à discrepância na medicação; a segunda parte contém as possíveis resoluções aplicáveis. A seção de discrepâncias relacionadas ao paciente tem como objetivo avaliar o paciente na gestão de seus medicamentos, diferenciando, por exemplo, a não adesão intencional daquela não intencional. MDT Como forma de garantir a qualidade das prescrições medicamentosas, desenvolveu-se um instrumento que avalia os elementos de uma prescrição e é aplicável para vários medicamentos, cenários e condições clínicas. Este instrumento, chamado de Índice de Adequação da Medicação- MAI, foi elaborado por um farmacêutico clínico e um médico geriátrico, com base na revisão da literatura (MEDLINE) sobre medidas de avaliação ou escalas de avaliação da medicação e, posteriormente, foi validado por Samsa et al., anos mais tarde. Trata-se de um método com instruções operacionais fáceis e úteis para revisar um grande número de medicamentos utilizados pelos pacientes idosos. MAI MAI Neste instrumento, a prescrição é avaliada quanto a possíveis problemas relacionados aos medicamentos segundo 10 critérios essenciais: 1. Indicação; 2. Efetividade; 3. Dose; 4. Administração; 5. Comodidade/ praticidade; 6. Interações medicamento-medicamento; 7. Interação medicamento-doença; 8. Duplicidade terapêutica; 9. Duração 10. Custo
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