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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – RIBEIRÃO PRETO GLADSTON DIAS DE MAGALHÃES PCC – APRENDIZAGEM E CONTROLE MOTOR SELEÇÃO DE ARTIGOS SOBRE AVALIAÇÃO PSICOMOTORA DE CRIANÇAS EM IDADE PRÉ-ESCOLAR BRASILIA – DF 2021 GLADSTON DIAS DE MAGALHÃES ED. FÍSICA – BACHARELADO 2º PERIODO UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – BRASÍLIA -DF BRASILIA – DF 2021 INTRODUÇÃO A Educação Física é uma área de extensa proliferação de ideias e conceitos acerca do nosso corpo e do seu movimento. Mas não necessariamente se trata apenas de ideias. Metodologias cientificas foram aplicadas na pratica afim de nos proporcionar melhor entendimento sobre CONTROLE e DESENVOLMIMENTO motor. O seguinte trabalho tem o intuito de nos ambientar as práticas adotadas no que se refere ao desenvolvimento motor e a psicomotricidade, para isso é necessário que entendamos sobre os protocolos de Avaliação Psicomotora de Vitor da Fonseca (BPM); e Escala de Desenvolvimento Motor de Rosa Neto (EDM). Utilizando como base dois artigos científicos que trabalharam com crianças entre 3 e 5 anos de idade utilizando cada um a BPM e a EDM afim de compararmos como cada metodologia se tornou necessária e eficaz na conclusão dos seus resultados. OBJETIVO Na BPM identificaremos qual o grau de maturidade psicomotora da criança e problemas e distúrbios motores e psíquicos, detectando sinais que possam vir a desviar da normalidade fisiológica, organizando assim ações necessárias para a estimulação do desenvolvimento psicomotor e contribuir para que esses indivíduos se adaptem ao seu meio social. Na EDM temos o intuito de fazer uma avaliação psicomotora das crianças, através de um conjunto de provas diferentes e com grau de dificuldade crescente com o objetivo de mensurar o seu desenvolvimento motor. A pratica da EDM e BPM A prática psicomotora sofreu diversas mutações através da história, até adquirir os contornos pelos quais é conhecida na atualidade. Sua origem remonta à Grécia Antiga, onde a valorização do corpo, retratado nas batalhas nas arenas e em esculturas em mármore, incitou a curiosidade relativa às particularidades do corpo humano. Vários conceitos compõem o significado de psicomotricidade, variando de acordo com o estudioso que a conceitua. Falcão (2010), por exemplo, a compreende como a ciência que estuda o desenvolver do homem durante as fases da vida, a qual é intrinsecamente ligada à psique. Já para Fonseca (2010), a psicomotricidade é uma ciência que investiga as consequências da união de motricidade e psiquismo dentro de uma evolução sistêmica do ser humano. Tal evolução é individual e dependente da personalidade e de fatores biopsicossociais, afetivos, emocionais e psicognitivos. Entre o nascimento e a idade adulta se produzem profundas modificações. As possibilidades motoras da criança evoluem amplamente de acordo com a sua idade e chegam a ser cada vez mais variadas completas e complexas (ROSA NETO, 2002) Essas estratégias metodológicas permitem conhecer, compreender e analisar os conhecimentos culturais e científicos sobre o assunto, tema ou problema investigado. Aqui faremos uma comparação das técnicas elaboradas por Rosa Neto (EDM), e Vitor da Fonseca (BPM), aplicadas em projetos distintos com resultados embasados na maioria em crianças entre 3 e 5 anos de idade, sendo estendida a grupos de crianças que variam entre 3 e 9 anos. Para comparação foram utilizados dois artigos de campo, recolhidos e selecionados aleatoriamente, cada um se tratando de utilizar um dos protocolos propostos. Sendo eles os artigos... ... APLICAÇÃO DA ESCALA DE DESENVOLVIMENTO MOTOR (EDM) EM CRIANÇAS DE 3 E 4 ANOS EM UMA CRECHE MUNICIPAL, de Jacqueline Kelle Sousa do Nascimento, Faculdade Independente do Nordeste – FTC. Ao qual chamaremos de ARTIGO 1. “DA CABEÇA AOS PÉS, CONHECER O CORPO” – O ESQUEMA CORPORAL NA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR, de Bruna Batista e Rui Neves, Departamento de Educação e Psicologia. Centro de Investigação em Didática e Tecnologia na Formação de Formadores. Universidade de Aveiro. Ao qual chamaremos de ARTIGO 2. DESENVOLVIMENTO Ambas as pesquisas possuem um termo de consentimento livre e esclarecido, assinados previamente pelos pais dos alunos e pela entidade escolar que os guardam e obtiveram autorização para a publicação. No ARTIGO 1, as pesquisas foram desenvolvidas pelos pesquisadores utilizando como base duas turmas de uma Creche local. Os protocolos foram aplicados por dois avaliadores em um total de 23 (vinte e três) crianças, que foram divididos em dois grupos, um grupo de crianças com 3 (três) anos de idade, e outro grupo com crianças de 4 (quatro) anos de idade. Os testes foram aplicados individualmente. As crianças iam sendo chamadas uma a uma em um ambiente reservado e elas não tiveram nenhum contato prévio com os materiais de estudo. Os avaliadores explicaram verbalmente e demonstraram as crianças o que elas teriam de fazer. A pesquisa foi composta utilizando as 7 variáveis da Escala de Desenvolvimento Motor (EDM) de Rosa Neto. Motricidade Fina, Motricidade Global, Equilíbrio, Esquema Corporal, Organização Espacial, Organização Temporal e Lateralidade. Cujo objetivo era identificar a Idade Motora (IM), das crianças. [Este instrumento determina a IM (Idade Motora) de cada bateria, que foi um número calculado em meses. Logo após a aplicação de todos os testes, foi calculada a IMG (Idade Motora Geral), composta pela soma das IMs, soma dos pontos adquiridos ao aplicar os testes, o QMG (Quociente Motor Geral), obtido pela divisão da IMG pela idade cronológica, multiplicado por 100, e a idade positiva (IP) e negativa (IN). De acordo com a tabela de categoria de diagnóstico, pode-se identificar o nível de desenvolvimento motor e definir a idade motora da criança]. Em cada uma das variáveis da EDM os avaliadores fizeram em media 5 provas com cada criança individualmente, levando em conta as necessidades de cada uma, cada prova constatava uma “fase”, e se o resultado fosse positivo, a criança passava para a próxima “fase”. Caso contrário, se encerrava o experimento com ela e seguia- se para o próximo escolar. Após a conclusão de todas as tarefas referentes a cada variante da EDM, os avaliadores então formularam uma tabela para demonstrar os resultados obtidos. Assim como um gráfico classificando cada idade no Quociente Motor. Figuras retiradas diretamente do ARTIGO 1 para nossa observação e conclusão Concluiu-se que as crianças estudas pelo projeto do ARTIGO 1 estão dentro dos padrões de normalidade, porem uma maior percentagem das 23 crianças possui uma IM (Idade Motora), a baixo de sua idade cronológica. O que significa que esses infantis deveriam ter uma abordagem educacional diferenciada, focada especificamente em sua motricidade, para que não ajam sequelas em seu desenvolvimento motor ao longo da vida. No ARTIGO 2, a ideia foi construída em cima do desenvolvimento do Esquema Corporal, interpretando e comparando a real noção de esquema corporal dos indivíduos atuantes no projeto. Os pesquisadores trabalharam com cerca de 19 crianças cujas idades partiram dos 3 aos 5 anos de idade. O estudo foi desenvolvido num Centro Escolar em Portugal, ao qual durou em torno de 3 meses. Eles partiram do pressuposto questionamento. Como desenvolver a “noção de esquema corporal” utilizando-se atividades motoras em infantis a partir dos 3 anos de idade? Para se dar inicio ao projeto, primeiro os pesquisadores estabeleceram 3 etapas para conceção do estudo. A primeira: é compreender se as crianças na idade pré-escolar possuíam noção do próprio corpo, ou seja; que noções ela possuía em relação a si. A segunda: era elaborar e aplicaratividades didáticas que ajudavam diretamente no desenvolvimento da noção corporal em crianças a partir dos 3 anos. A terceira: compreender os resultados obtidos através da aplicação das atividades. O projeto de cunho descritivo-comparativo embasando-se na interpretação e descrição do fenômeno de mudança e aprendizagem através da melhoria da noção de esquema corporal dos infantis embasado também na recolha de dados utilizando as ferramentas da BPM (Bateria Psicomotora – de Vitor da Fonseca). Foi pautado utilizando-se de 2 subfatores dos 26 propostos pela BPM, sendo a Noção Corporal e a Lateralização. Identificou-se uma certa dificuldade no tratamento da Lateralidade em um determinado grupo devido a idade dos infantis, logo foi implementado um conjunto de ações para que os mesmos ultrapassassem essas dificuldades. A BPM é geralmente aplicada a crianças dos 4 aos 12 anos, mas nesse projeto os objetos de estudo possuíam idades a partir dos 3 anos. Os fatores de avaliação da BPM foram medidos em quantidade de nível, sendo 4 níveis a serem avaliados de 1 a 4. Nível 1 (Apraxia). Esse nível é o mais baixo na escala, pois se trata da realização imperfeita e inadequada das tarefas, respostas incompletas ou a falta delas. Nível 2 (Dispraxia). Tratasse da realização das tarefas, mas com certo nível de dificuldade em controlar as ações. Nível 3 (Eupraxia). Esse nível é o que podemos chamar de “normalidade”. Pois nele é contemplada a realização completa e adequada das tarefas propostas. Nível 4 (Hiperpraxia). O nível 4 é o mais alto na escala, pois se identifica um avanço bastante alto e excede as expectativas. As tarefas são realizadas com perfeição e precisão e com habilidade total de controle. Os avaliadores desenvolveram 10 sessões com atividades variadas possibilitando a compreensão da evolução das crianças que a medida que iam sendo realizando as provas ao longo dos 3 meses iam progredindo no que se refere a sua compreensão de esquema corporal. No inicio e no final das sessões os avaliadores também implementaram os chamados MOMENTO DE AVALIAÇÃO (MA), sendo o MA1 na primeira sessão, e o MA2 na segunda sessão. A ideia era obter os resultados de progressão entre as sessões até chegar no resultado final de conclusão do projeto. Segue anexo de uma figura retirada diretamente do projeto para exemplificação do que foi realizado dentro de cada uma das 10 sessões propostas no estudo. Após realizadas todas as tarefas o projeto foi concluído com os seguintes dados, obtidos através das, MAs (momentos de avaliação 1 e 2). Tabela retirada diretamente do PROJETO 2 para nossa exemplificação dos resultados. Agora partindo dos resultados obtidos no PROJETO 2, identificamos aqui que no MA1 se tratando do sentido cenestésico e do reconhecimento de direita e esquerda, as crianças estavam em maioria nos níveis 2 e 3 nos fatores de avaliação da BPM, e que nenhuma delas apresentou estar no nível máximo que seria o nível 4. Já no MA2, as crianças obtiveram significativa progressão em seus resultados individuais partindo de 0 indivíduos no nível 4 para a uma média de ½ crianças nesse mesmo nível. Discussão Nessa resenha fez-se um apanhado metodológico referente a 2 artigos de campo que se tratavam de experimentos de ensino e coleta de dados de crianças em idade pré-escolar. Um utilizando metodologia da EDM, de Rosa Neto e o outro a aplicação da BPM, de Vitor da Fonseca. Apesar dos projetos abordados seguirem um roteiro pré-determinado, vimos que na pratica não é possível sistematizar as variantes da EDM e BPM de forma sucessiva, pois cada infante caracterizando seu pleno individualismo, possui características próprias. Sem contarmos com o fator idade cronológica versus o fator idade psicomotora que é o que a EDM procura enfatizar por meio de suas variantes. Diante desse pressuposto, a BPM entra como as ferramentas utilizadas na obtenção de dados formulados através das atividades elaboradas afim de se chegar aos resultados esperados. Sabemos que crianças com idades diferentes possuem uma gama de experiencias variadas, o que pode ajudar ou não em seu desenvolvimento motor, pois cada uma responde de forma diferente a outra conforme suas experiencias de vida. Conclusão Concluísse que crianças a partir do seu concebimento à vida, podem ser estimuladas no que se refere à sua psicomotricidade, desenvolvimento motor e noção corporal. E que após identificar déficits de anormalidade correspondente a suas respectivas idades, medidas preventivas e de cunho educativo ou corretivo devem ser aplicadas. Sendo tudo isso basicamente a ligação entre mente e corpo, fazendo uma junção dos dois e assim preparando a mesma para o seu pleno desenvolvimento geral durante a vida que se seguirá. Referências da, F.V. Desenvolvimento Psicomotor e Aprendizagem. Artmed Editora S.A., 2008. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788536314020 Rocha, C.R. Aprendizagem e Controle Motor. SAGAH EDUCAÇÃO S.A., 2019. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788595028524 do, NASCIMENTO, J, K, S; da SILVA, L, P. Aplicação da Escala de Desenvolvimento Motor (EDM) Em Crianças de 3 e 4 anos em uma Creche Municipal. Seminário Gepráxis, Vitória da Conquista – Bahia – Brasil, v. 7, n. 7, p. 1896-1912, maio, 2019. Disponível em: http://anais.uesb.br/index.php/semgepraxis/article/viewFile/8283/7951, acesso em: 21 Abr 2021 BATISTA. B; NEVES. R. “Da cabeça aos pés, conhecer o corpo” – o esquema corporal na educação pré-escolar. Indagatio Didactica, vol. 12 (3), julho 2020. Disponível em: https://proa.ua.pt/index.php/id/article/view/20127/14619 , acesso em: 21 Abr 2021. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788536314020 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788595028524 http://anais.uesb.br/index.php/semgepraxis/article/viewFile/8283/7951 https://proa.ua.pt/index.php/id/article/view/20127/14619
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