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História da Moderna Psi. Social

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Breve História da Moderna Psicologia Social
Por muito tempo ter se dialogado sobre o objeto de estudo da Psicologia Social, esta teve seu “marco” no começo do século XX. Mas mesmo assim, sempre foi óbvio que se era estudado o indivíduo-sociedade e suas relações. No entanto, aqui será falado sobre seus primórdios e suas duas modalidades: psicologia social psicológica e psicologia social sociológica. A psicologia social psicológica, segundo Gordon Allport (1954), procura explicar os sentimentos e comportamentos do indivíduo na presença real ou imaginada de outras pessoas. Enquanto a psicologia social sociológica, segundo Stephan e Stephan (1985), é focado na experiencia em que o indivíduo adquire a partir de sua participação nos diferentes grupos sociais. O primeiro se concentra nos processos individuas, enquanto o segundo nas coletividades sociais. 
os precursores da psicologia social
Em 1908 foi a primeira vez em que se aparecia a expressão “psicologia social”, e como ainda não se tinha delimitado as diferenças de psicologia e sociologia, os autores eram pensadores de vários campos como: antropologia, filosofia, biologia, etc., Estudos destaques: de Darwin e Spencer, na Inglaterra, os estudos de Wundt na Alemanha, e os estudos de Durkheim, Tarde e Lê Bom, na França.
Os precursores da psicologia social na inglaterra
Os estudos de Darwin, foram essenciais para a evolução cientifica, tendo grande influência sobre a Psicologia, com sua publicação sobre a “Origem das Espécies” com seus estudos sobre seleção natural. Que tempos depois com Herbert Spencer (1820-1903), aplica as ideias de Darwin ao desenvolvimento de grupos, sociedades e culturas. E sua escala evolucionista era de acordo com o grau de desenvolvimento, organização, poder e capacidade de adaptação. Logo, os povos mais civilizados e avançados em termos culturais, estavam mais superiores na escala evolucionista. 
Os precursores da psciologia social na alemanha 
Wundt, inaugurou o primeiro laboratório experimental de psicologia, com o objetivo de estudar os processos mentais básicos – sensação, imagem e sentimentos – com o método da introspecção, mas logo sentiu a necessidade de se aprofundar mais na psicologia, e com seus estudos chegou a psicologia dos povos, dedicado ao estudo dos processos mentais superiores por meio do método histórico-comparativo, então partiu dai a ideia de ser estudado alguns fenômenos a partir de termos coletivos. Esse estudo, de psicologia dos povos, teve grande influência na formação da psicologia social sociológica. 
os precursores da psicologia social na frança
Durkheim: Pai da Sociologia, com estudos sobre evolução da sociedade, métodos da sociologia e vida religiosa. Seu livro “Representações individuais” tem grande significado sobre a psicologia social europeia. Para ele, os sentimentos privados só se tornam sociais, quando extrapolam os indivíduos e associam-se, formando-se na representação de toda uma sociedade. 
Gabriel Tarde: defende que a vida social tem como mecanismo a imitação. Para ele, as iniciativas individuais constituem-se em uma invenção, enquanto as uniformidades da vida social associam-se á imitação, que consiste, portanto, em uma socialização da inovação individual. Influenciou Ross, que publicou o primeiro livro de Psicologia Social
Lê Bon: As pessoas perdem sua capacidade racional, quando se está em público, e tornam-se altamente sugestionáveis, o que pode os levar a cometer atos de barbárie que não praticariam se estivessem sozinhos, estabelecendo um vinculo entre psicologia social e psicopatologia. Usava o estudo da mente grupal e do comportamento das multidões. 
a fundação da psicologia social 
No início do século XX, a disciplina passou a ser independente, e começou a chegar nos EUA. As obras de William McDougall – Uma introdução a Psicologia Social – e de Edward Ross – Psicologia Social, uma resenha e um livro texto – irão marcar oficialmente a fundação da psicologia social moderna, mesmo que durante a escritura do livro, não estejam falando do mesmo assunto. Ross e McDougall, estão situados na sociologia e psicologia, logo, pode ser vista como uma evidencia de separação entre psicologia social psicológica e psicologia social sociológica. 
Edward Ross, era um sociólogo norte-americano, influenciado pelas obras de Tarde e Lê Bom, caracterizou a psicologia social como o estudo das uniformidades de pensamentos, crenças e ações decorrentes da interação entre os seres humanos (Pepitone, 1981). Segundo ele, os fenômenos a essa uniformidade, são: imitação, sugestão e contágio. O que explicaria a rápida uniformidade e crenças das multidões. Mas seu trabalho era limitado, já que não analisava a vida social humana, e sim, observações extraídas da história, literatura e do trabalho de outros autores.
William McDougall, psicólogo britânico, influenciado por Darwin e Spencer, sobre a evolução. Considera o conceito de instinto, e ressalta a importância de algumas características inatas e instintivas para a vida social. Esses instintos são: percepção – que leva o indivíduo a prestar atenção aos estímulos relevantes a seus instintos -, o comportamento – responsável por levar o indivíduo a manifestar condutas destinadas a satisfazer seus instintos -, e a emoção – que faz com que os instintos estejam associados a estados emocionais positivos ou negativos. (Boeree,2006b). Ainda classificou os instintos em primários, de segunda ordem e pseudoinstintos. Respectivamente, os primários seriam associados as emoções: a fuga, associada ao medo, e o combate, associado a raiva. Os secundários são importantes para a vida social, seriam eles, o instinto gregário - onde há uma liderança à qual todas seguem ou obedecem. E os pseudoinstintos, interferem nas interações entre as pessoas, que seria a imitação, por exemplo. 
 O desenvolvimento da Psicologia Social Psicologica nos Estados unidos
Durante o século XX, nos EUA, o behaviorismo – ciência na qual estuda o comportamento humano através da observação, sem considerar construtos mentais como: a mente, cognição e os sentimentos. - Passa a ganhar destaque, o que motivou os psicólogos sociais à adotarem uma psicologia social eminentemente experimental e focada no indivíduo, onde marca a divisão entre psicologia social psicológica e sociológica, quando passar a ser uma ciência mais natural do que uma ciência social. 
O primeiro experimento ocorreu em XIX, com crianças, que tinha o objetivo de observar o tempo que levavam para enrolar um anzol sozinhas ou acompanhadas de outras crianças, o resultado foi que as crianças, amarravam mais rápido, quando estavam próximas de outras crianças. Esse experimento lançou as bases do estudo dos fenômenos de facilitação social, que ainda é um dos interesses da psicologia social psicológica.
Só em 1924, com Floyd Allport, que seus estudos sobre consciência coletiva ou grupal, onde apresentava que não era possível uma mente comum a várias pessoas. Ele desenvolve uma série de experimentos sobre facilitação social, demonstrando que os grupos trabalham melhor quando estão coletivamente, do que quando estão executando as tarefas individualmente. Com sua ora, se define os limites da psicologia social psicológica como uma disciplina objetiva e de base experimental.
Em 1920, se começa os estudos das atitudes, sob a coordenação de Thurstone e colaboradores, que ganharam muito sucesso e assim sendo desenvolvido várias técnicas, garantindo o status cientifico da psicologia social psicológica ao longo das décadas subsequentes.
A segunda guerra mundial
· Os psicólogos sociais foram convocados para solucionar os problemas sociais.
· Novos rumos na Psicologia Social Psicológica
· Através dos psicólogos europeus, as perspectivas da Gestalt, começa a substituir o behaviorismo.
Gestaltismo, as propriedades perceptivas de um objeto formavam uma Gestalt, isto é, um todo que apresenta características distintas da soma das partes que o constituem.
· Psicólogos europeus com destaque: Muzar Sheriff (1906-1988); Kurt Lewin (1896-1988) e Solomon Asch (1907-1996).Sheriff, desenvolveu vários experimentos. Neles, uma pessoa era solicitada a fazer julgamentos de estímulos ambíguos, individualmente ou na presença de outras pessoas. Observou então, que a pessoa, ao tomar conhecimento dos julgamentos feitos pelos demais, antes ou depois do próprio julgamento, tende a convergir para a norma do grupo e a dsconsiderar a própria norma.
Lewin, desenvolveu pesquisas sobre o clima grupal, em grupos reais, sobre a influencia dos estilos de liderança no comportamento do grupo. Concluiu que, o papel do líder era central para o funcionamento do grupo, já que diferentes níveis de liderança provocam níveis distintos de produtividade e agressão. 
Asch, procura aplicar os princípios gestaltistas, no campo da percepção de pessoas, que até hoje é um dos assuntos centrais da psicologia social psicológica. Segundo ele, ao formarmos uma impressão sobre uma pessoa, construímos todo organizado sobre ela, uma impressão que difere do somatório de todas suas características pessoais. 
 o periodo do pós-guerra
Constituiu em uma fase de intensa produção para os psicólogos sociais da época. A psicologia social psicológica, converte-se em um campo cientifico produtivo, com bases solidamente estabelecidas, e torna-se responsável por uma série de pesquisas inovadoras. 
Theodor Adorno, se dedica aos estudos dos tipos de personalidade, desde que queria entender melhor quais razões levaram pessoas a cometerem atos contra a própria espécie. Logo, publica com sua equipe – Frenkel-Brunswik, Levinson e Sanford – a obra A personalidade Autoritária, na qual defende que o preconceito as minorias, está associado a um tipo de personalidade autoritário caracterizado por traços de rigidez de opiniões, adesão a valores convencionais e intolerância.
Como consequência do pós-guerra, levantou os estudos sobre atitudes. Esses estudos iniciaram-se ainda nos tempos de guerra, por Carl Hovland, observando os filmes bélicos e comparando aos soldados. Logo após a guerra, sua equipe – Jonis e Kelley – desenvolveram um extenso programa de comunicação e persuasão. Esses estudos nortearam a psicologia social durante os anos de 1960. Mas que com a ascensão do cognitivismo em 1970, o interesse diminuiu. 
Outra consequência, foi o impulso dos estudos feitos por Lewin, sobre clima grupal. Seus estudos fizeram parte da teoria sobre influencia social e processos intragrupais. 
A crise da psicologia social
A psicologia social, estrutura-se como uma ciência natural e empírica, que desconsidera o papel que as estruturas sociais e os sistemas culturais exercem sobre os indivíduos. Nesse contexto, que a década de 1970, assistirá o surgimento da crise da psicologia social, que tomara novos rumos a partir de então.
Essa crise, foi causada por conta da separação da psicologia social psicológica e dos movimentos sociais ocorridos nos anos de 1970 – feminismo, por exemplo – que trouxe o questionamento sobre a neutralidade da ciência e o afastamento dos reais problemas sociais, que não visavam desenvolver modelos e teorias, para explicação dessa nova realidade social que surgia. A falta de ética também era questionada. 
O desenvolvimento da psicologia social sociológica nos estados unidos
Durante o século XIX, as questões psicossociais estiveram entre as preocupações de filósofos, sociólogos e psicólogos europeus e norte-americanos. Com os sociólogos diferenciando a psicologia social, da psicologia, e adotando o behaviorismo, a psicologia social psicológica se torna mais individualista. E então, surge a psicologia social sociológica.

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