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O Quinhentismo não é considerado uma escola literária. O Quinhentismo surge ao fim do século XVI tendo como base o fim da idade média e o auge do renascimento contudo há uma mudança de paradigmas e pensamentos. • Valorização do antropocentrismo e não mais do teocentrismo. Há uma valorização maior da ciência, na qual cientistas comprovam várias teorias, tais como a teoria de que a terra é redonda; o heliocentrismo, que põe o sol como o centro do nosso sistema solar e que se opõe as ideias que a igreja católica defendia, na qual, a terra era o centro do sistema. • Reforma protestante X Contrarreforma e Inquisição. Iniciado por Martinho Lutero com as suas 95 teses a Reforma Protestante com sua forma de pensamento vai conquistar muitas pessoas pela Europa tendo um destaque maior na região da Inglaterra, Alemanha e Holanda. A igreja Católica, não gostando desses ideais surge com a contrarreforma, com o intuito de reduzir o avanço da Reforma Protestante na Europa, para que a igreja continuasse com todo o poder que teve durante a idade média, a fim de que continuasse a sua hegemonia. De volta temos o tribunal do Santo Ofício, a qual muitos cientistas e pessoas que demonstram ser contra a igreja são queimadas e a Inquisição. • Processo de unificação dos reinos de Portugal e Espanha, pioneiros a nível de Europa. • Transição do Feudalismo para o Capitalismo, esse, que introduziu e foi o precursor do capitalismo atual. Contudo, com esse capitalismo há um aumento da busca pelo lucro, que, na época era o comércio de especiarias. Com essa ambição, a ideia era buscar novas rotas comerciais que gerassem mais lucro e que causassem menos gastos. Além disso, houve uma revolução tecnológica, com o desenvolvimento da cartografia o mapeamento das costas marítimas e dos continentes, a bússola utilizada no ocidente, traga pelos árabes no ocidente, a criação do astrolábio para medir a altura e a posição dos astros. Isso tudo, acabou culminando para o que conhecemos hoje como grandes navegações, o que leva como consequência o descobrimento do Brasil e posteriormente o processo de colonização do Brasil. A literatura não era Brasileira, era uma espécie de literatura sobre o Brasil. Literatura de informação: descrições/relatos sobre as viagens e expedições. Destacam-se relatórios, cartas, crônicas de viagem e diários de navegações. Teor histórico não tendo uma estética muito elaborada sobre o meio de criação e não terá um destaque muito grande na literatura, assim como são as outras escolas literárias. (*Ganha destaque a carta de Pero Vaz de Caminha que vai receber a alcunha de certidão e nascimento do Brasil. A carta era altamente descritiva tendo a visão do colonizador falando sobre as conquistas materiais, exaltando a terra nova, passível de exploração e de produção. Rituais como hábitos dos nativos, nudez das índias e ingenuidade, o antropofagismo dos caciques a fim de obter as qualidades desses líderes). Literatura Jesuítica: Relação direta com a Contrarreforma. Foi criada uma companhia, chamada Companhia de Jesus, em 1584 por Inácio de Loiola, que era uma ordem religiosa com o objetivo de proteger a cristandade da Reforma Protestante que estava tendo o seu avanço. Os jesuítas que participavam dessa companhia eram intitulados de soldados de Cristo e tinham como objetivo sair em conjunto com os marinheiros e viajantes para fazer a conversão dos nativos que eram encontrados nas colônias e para garantir a manutenção do catolicismo pelos viajantes, para evitar que mudassem de religião. Quando os jesuítas chegaram no Brasil, liderados pelo padre Manoel de Nobrega, encontraram uma sociedade menos complexa que as orientais daquele que já tinham contato, com isso, acharam que a catequese seria mais fácil só que não contavam com o canibalismo que acontecia. Chegaram e tentaram impor o catolicismo, o que não foi aceito passivamente pelos índios e algumas tribos que praticavam o canibalismo acabaram comendo os jesuítas. Alguns dos jesuítas perceberam que a melhor forma de impor o catolicismo era adaptar à cultura local. Escreve: Diálogo sobre a conversão do gentio , a primeira obra literária do Brasil escrita em 1557. (Se faz uma analogia entre o europeu e o indígena mostrando a diversidade cultural. Dois interlocutores conversam sobre a conversão dos indígenas, um deles é um cético e o outro acredita que é possível, inicialmente são expostos planos que dificultam a catequização, como a animalização do nativo, a antropofagia que levavam a acreditar que os nativos eram seres bestiais e que jesus não seria incorporado pelos nativos, além da ausência nativa de religião. Escreve sermões em poesias, geralmente sem estruturas estéticas e homenageando a figura da Virgem Maria. O padre Anchieta, destaca-se no processo de catequese pelos altos e peças de teatros e possuía um poderoso caráter e de grande persuasão para a conversão dos gentios/nativos. Os índios eram colocados como personagens bíblicos para apresentações teatrais e seria assim uma forma de promover nesse processo de aculturação o catolicismo. Padre Anchieta elaborou a gramática do tupi-guarani para o português, fez uma tradução conforme ele aprendia o tupi-guarani, o que facilitou mais ainda no processo de catequese.
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