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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE TERESOPOLIS/RJ
MARCOS VINICIUS, brasileiro, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº _____, expedida pelo _____, inscrito no CPF sob o nº _____, endereço eletrônico ______@____, domiciliado na cidade_______, por seu advogado, procuração anexa, com escritório estabelecido na ________(local onde receberá as intimações), vem, respeitosamente, perante V. Exa., propor a presente
AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE COM PEDIDO DE CONDENAÇÃO EM DANOS MATERIAIS E PEDIDO DE LIMINAR
contra LUIZ, brasileiro, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº _____, expedida pelo _____, inscrito no CPF sob o nº _____, endereço eletrônico ______@____, domiciliado na cidade_______, , pelos motivos abaixo:
1- DA TRAMITAÇÃO PRIORITÁRIA
O Autor é pessoa idosa, razão pela qual requesta a prioridade da tramitação da presente demanda, nos termos do Estatuto do Idoso – Lei nº 10.741/2013 e nos termos do art. 1.048, inciso I, do CPC/2015.
2– Dos fatos
O Autor é proprietário de imóvel localizado em Teresópolis composto por uma casa de dois andares, em uma fazenda, piscina, churrasqueira e haras, devendo ser salientado que o Autor, desde o início da pandemia, não tem frequentado o imóvel, por ser pessoa idosa e temer por sua integridade física. LUIZ, seu vizinho, possui uma pequena propriedade ao lado da casa de MARCOS, composta por uma pequena casa, somente com um pequeno gramado.
Aproveitando-se da ausência de MARCOS, LUIZ no dia 02 de novembro de 2021, contratou 2 milicianos da área, derrubou o muro divisor das propriedades, pegando toda a área da fazenda.
A vizinha MARCINA, ao verificar a situação, fez contato, imediato, com o Autor.
Não restando alternativa ao autor alem da propositura desta demanda a fim de ter sua posse reintegrada. 
3– Dos fundamentos jurídicos
O Código Civil garante ao possuidor o direito de restituição de bem que lhe seja esbulhado: “(…) Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho (…)”.
A novel legislação processual civil, regulando o exercício do direito acima, também disciplinou o direito do possuidor a ser reintegrado de sua posse em caso de esbulho (NCPC, art. 560), incumbindo ao autor da ação de reintegração de posse, qual seja, aquele que sofreu o esbulho, provar:
“Art. 561 (…) I – a sua posse; II – a turbação ou o esbulho praticado pelo réu; III – a data da turbação ou do esbulho; IV – a continuação da posse, embora turbada, na ação de manutenção, ou a perda da posse, na ação de reintegração (…)”.
A posse do imóvel acerca do qual se funda a demanda está devidamente comprovada pela certidão anexa, expedida pelo cartório de registro de imóveis de Teresopolis/RJ, atestando a regularidade do registro do imóvel em nome do autor da presente ação (matrícula do imóvel – nº. Xx. Xxx), documento que, segundo a jurisprudência, é bastante para tal finalidade:
“(…) IMÓVEL. PROPRIEDADE. REGISTRO (…) A propriedade de bem imóvel se dá através da certidão do cartório de registro de imóveis do respectivo imóvel” (TJMG, proc. 1.0024.10.184017, Rel. Des. Antônio Bispo, DJ de 07/07/2014).
O esbulho praticado pelo réu restou consubstanciado pelas fotografias, também anexos à esta peça exordial.
Nesse sentido:
“(…) AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE (…) CONSTRUÇÃO IRREGULAR DE MURO DIVISÓRIO – ESBULHO POSSESSÓRIO – PEDIDO PROCEDENTE – DECISÃO MANTIDA (…) Evidenciado que os apelantes invadiram parte do terreno que sempre esteve na posse dos apelados (…) tem-se que a inspeção judicial realizada, assim como as fotografias juntadas aos autos, figuram como elementos suficientes para a constatação de que houve esbulho possessório” (TJMG, proc. 1.0287.05.022387-7/001, Des. Rel. Batista de Abreu, DJ de 03/06/2013) – grifei.
Ademais, quanto ao prejuízo decorrente da derrubada do muro pelo réu, preleciona a legislação civil que “(…) Aquele que, por ato ilícito (…), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo (…)” (CC, art. 927, caput), razão pela qual afigura-se lícito pleitear, além da reintegração de posse em virtude do esbulho, também, a reparação civil pelo dano causado pela demolição do muro.
4– Do cabimento de pedido liminar
Disciplina o art. 562, caput, do NCPC, no que atina aos temas “manutenção e reintegração de posse”, que, “(…) Art. 562. Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração (…)”.
Ainda, havendo comprovação da posse, do esbulho, da data de sua ocorrência, bem como da perda da posse, o que restou comprovado na vestibular, é cediço que seja cabível a concessão de pedido liminar de reintegração de posse, conforme já decidiu o egrégio Tribunal de Justiça de Minas Gerais:
“(…) REINTEGRAÇÃO DE POSSE – PROVA DA POSSE E DO ESBULHO PRESENTES – LIMINAR – POSSIBILIDADE – Existindo a comprovação da posse, do esbulho, da data da sua ocorrência, bem como da perda da posse, nos exatos termos do artigo 927 do CPC, cogente resta a concessão de liminar de reintegração de posse” (TJMG, proc. 1.0433.15.026671-9/001, Rel. Des. Pedro Aleixo, DJ de 18/03/2016).
Alinha-se ao entendimento jurisprudencial acima, também, a doutrina, a qual assevera que, cuidando-se de ação de força nova (posse nova), cabível é a expedição de mandamus para o fim de reintegração imediata da posse esbulhada ou turbada, antes mesmo da citação do réu, bastando aparentar que os fatos tenham se dado como narrados na petição inicial, não se exigindo, numa primeira ocasião, prova inconteste e definitiva da adequação aos requisitos do provimento definitivo da reintegração de posse, porquanto, na primeva oportunidade, não haveria elementos para tanto.
5 – Dos pedidos
Ante o exposto, requer:
1. Seja expedido, sem oitiva do réu, mandado de liminar de reintegração de posse em favor do autor;
2. Seja condenado o réu, em sentença, à reintegração definitiva do imóvel ao autor; bem como a ressarci-lo do dano material, no importe de R$_____, devidamente atualizado monetariamente;
3. Seja condenado o réu, ainda, a arcar com as custas processuais e honorários advocatícios sucumbenciais, a serem arbitrados por V. Exa.;
4. Seja concedido o beneficio da prioridade na tramitação processual, nos termos do art. 1.048 do Código de Processo Civil e art. 71 do Estatuto do Idoso.
Protesta por todos os meios de direito admitidos para comprovar os fatos alegados, especialmente prova testemunhal, depoimento pessoal da parte e inspeção judicial.
Pretende o autor participar da audiência de conciliação/mediação a ser designada por V. Exa.
Dar-se à causa o valor de 
Nestes termos, pede deferimento.
Rio de Janeiro, 22 de novembro 2021.
ADVOGADO
OAB/RJ

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