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LICENCIATURA EM ENGENHARIA QUÍMICA E BIOLÓGICA-3ºANO/ SEMESTRE II RELATÓRIO 03: TRANSFERÊNCIA DE CALOR NUMA SERPENTINA IMERSA NUM BANHO FRIO Docente: · Ângela Semedo · Fábio Alves Docente: Mestre António Gomes Praia, 28 de Maio de 2021 1 1. RESUMO Esta experiência tem como objetivo determinar experimentalmente o coeficiente global de transferência de calor (U0) numa serpentina de cobre imersa num banho gelado, em função do caudal de fluido que circula no seu interior, utilizando o método logaritmo médio para diferentes temperaturas do banho numa serpentina sem isolante. Por estar perante um permutador de calor, então é esperado que a temperatura do fluido à saída seja menor que a temperatura de entrada. Relativamente aos resultados obtidos o calor foi negativo, isto foi devido a uma pequena perda de calor por parte do fluido dentro da serpentina. Conclui-se que o coeficiente de transferência de calor (U0) depende fortemente do caudal mássico, pois este varia com o aumento do caudal, pois são diretamente proporcionais. Índice 1. RESUMO 2 2. MATERIAIS E MÉTODOS 4 2.1 Materiais 4 2.2 Metodologia 4 3. RESULTADO E DISCUSSÃO 5 4. CONCLUSÃO 7 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 8 6. ANEXO 9 6.1 Exemplo de cálculo 9 2. MATERIAIS E MÉTODOS 2.1 Materiais 4 · Funil de Vidro; · 2 Termómetros; · Gelo; · Água; · Serpentina helicoidal; · 2 Banheira; · Reservatório; · Mangueira. 9 2.2 Metodologia Primeiramente encheu-se o reservatório com água até o nível 1 e mediu-se a sua temperatura inicial, logo depois adicionou-se gelo numa banheira com água numa temperatura controlada á 3.6ºC, de seguida mergulhou-se a serpentina na mesma até estar submerso, abriu-se a torneira e mediu-se a temperatura do banho e da saída na mangueira para cada nível de caudal volumétrico. Repetiu-se os procedimentos em triplicado. 3. RESULTADO E DISCUSSÃO A serpentina é formada por um tubo cilíndrico dentro do qual escoa o fluido (água) que troca calor com o outro fluido (água gelada) presente num reservatório. De acordo com alguns conhecimentos teóricos sobre permutadores de calor, quando mergulhado exclusivamente num banho frio, a temperatura do fluido (neste caso á água) que circula no interior do permutador sai a uma temperatura inferior à de entrada, o que nos permitiu verificar que ocorreu a transferência de calor do fluido à temperatura ambiente para temperatura gelada. A transferência acontece devido ao movimento do fluido, logo constatou-se que se trata de uma transferência de calor por convecção. Os dados dos caudais que foram obtidos a partir da avaliação da quantidade da água acumulada no recipiente e do tempo gasto para esse acumulo estão apresentados na tabela 1. Níveis Caudal volumétrica (m^3/s) Caudal mássico (Kg/s) 1º a 2º 1,76357*10-5 0,017635659 2º a 3º 1,0658*10-5 0,010657966 3º a 4º 4,73647*10-6 0,004736467 4º a 5º 5,79038*10-6 0,005790378 5º a 6º 2,78646*10-6 0,002786458 Tabela 1: Caudais volumétricos e mássicos Os caudais saíram quase a mesma temperatura de entrada, e com o decorrer do tempo a temperatura de saída estabilizou-se, devido ao equilíbrio entre a temperatura dentro do tanque e a temperatura ambiente (25,6ºC). A tabela 2 seque-se os valores de calor e coeficiente de transferência de calor calculados na 3º réplica Níveis Calor (W) U0 (W/m2.ºC) 1º a 2º -243,725 294,429229 2º a 3º -165,108 216,88796323 3º a 4º -73,3671 98,78918622 4º a 5º -96,9518 137,8794555 5º a 6º -52,3176 76,70534389 Tabela 2: Calor e Coeficiente de Transferência de Calor Com o aumento do caudal volumétrico ocorreu também um aumento do coeficiente de transferência de calor, pois estes variam-se na proporção direta. Também com o aumento da média logarítmica da diferença de temperatura (ΔTlm) ocorreu uma diminuição do coeficiente de transferência de calor, tendo em conta que variam na proporção inversa. Nesse caso, verificou-se uma perda de calor, o que proporcionou valores negativos ao calor, isso porque ocorreu um choque térmico entre a água que entra pela serpentina e o banho de gelo, o que faz com que a temperatura diminua rapidamente e o calor decresça. Gráfico1: variação do coeficiente de transferência de calor com o Caudal volumétrico 4. CONCLUSÃO Este trabalho permitiu-nos avaliar o comportamento do coeficiente global de calor numa serpentina imersa num banho de gelo , no qual é alimentada continuamente com um fluxo de água corrente à temperatura ambiente (temperatura de entrada). Percebeu-se que ocorre transferência de calor por convecção devido ao movimento do fluido e também perda de calor por causa da diminuição da temperatura. O uso de média logarítmica da diferença de temperatura foi essencial, pois neste caso ocorre variações nos valores de temperatura à cada nível de caudal volumétrico. Quanto ao coeficiente global de calor, percebeu-se que este varia com dois parâmetros, o calor e a média logarítmica de temperatura, porém na sua equação empírica (no anexo) usou-se o módulo, logo os valores negativos de calor e ΔTlm se tornam positivos. Pela equação e de acordo com os cálculos, notou-se que quanto maior for o calor, mais alto será o coeficiente global de transferência de calor e quanto maior for ΔTlm, menor será o resultado deste coeficiente. No geral, os resultados estão satisfatórios, apesar das pequenas diferenças de valores entre as réplicas, pois não se iniciou à mesma temperatura de entrada e a serpentina não estava com o mesmo nível de imersão entre os ensaios, o que pode ter ocasionado alguns resultados dispersos, ainda assim dentro do esperado. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS · Felder, R. M., & Rousseau, R. W. (s.d.). Princípios elementares dos processos químicos. LTG: 3ªedição. · Incropera, & Wiit. Fundamentos de Transferência de calor e massa. Rio de Janeiro: LTC: 6ªedição, 2008. 6. ANEXO 6.1 Exemplo de cálculo Volume médio (m3) 0,00182 Tempo (s) 103,2 Densidade da água (Kg/m3) 1000 Temperatura de saída, ts (ºC) 23,7 Temperatura de entrada, te (ºC) 27 Temperatura de banho, tb (ºC) 3,1 Diâmetro (m) 0,0065 Comprimento (m) 1,82 Área (m) 0,037146 Tabela 3: Dados auxiliares da 3ª replica do nível 1 a 2 Objetivo: obter o valor do coeficiente global de transferência de calor (U) para a 3ª réplica, do nível 1 à 2 de água. Passo 1: calcular o caudal volumétrico Passo 2: calcular o caudal mássico Passo 3: calcular o calor Geralmente, a capacidade calorífica (cp) encontra-se tabelado, mas para a temperatura de 13,4 não se tem o valor, então fez-se uma interpolação entre 10ºC a 15ºC. Tendo Cp é possível calcular o calor. Passo 4: determinar a área da serpentina. Passo 5: Calcular o valor de ln Passo 6: calcular o valor do coeficiente global de calor (U0) 3ºReplica: Coeficiente global de tranferência de calor Vs Caudal Volumétrico 1.7635700000000001E-5 1.0658E-5 4.7364699999999999E-6 5.7903799999999999E-6 2.7864600000000001E-6 295.429228961533 216.87963234650601 98.789186224751205 137.87945552606499 76.705343889050894 /s m 10 763 , 1 2 , 103 00182 , 0 t v 3 5 - ´ = = Û = V v Kg/s 01763 , 0 10 763 , 1 1000 5 = ´ ´ = Û ´ = - m v m r C º 4 , 13 2 1 , 3 7 , 23 2 ). ( filme de ra temperatu a com obtido é ) ( = + = Û + = - = D D ´ ´ = f b s f f e s T T T T T Cp T T T T cp m q ( ) ( ) J/KgK 4185 : C 15º a cp - J/KgK 4194 : C 10º a cp - . pretendido cp - C º 15 - C º 10 - C º 13,4 : filme de ra temperatu - J/KgK 88 , 4187 ) 10 4 , 13 ( 10 - 15 4194 4185 4194 ) ( 2 1 2 1 1 1 2 1 2 1 y y y x x x y x x x x y y y y = - ´ - + = Û - ´ - - + = W J/s J/s 6466 , 243 ) 7 , 23 27 ( 88 , 4187 01763 , 0 = - = - ´ ´ = q 2 m 0371 , 0 82 , 1 0065 , 0 14 , 3 = ´ ´ Û = DL A o p T D ( ) ( ) ( ) ( ) C º 209 , 22 27 1 , 3 7 , 23 1 , 3 27 1 , 3 7 , 23 1 , 3 T T ln ln - = ÷ ø ö ç è æ - - - - - = D = ÷ ÷ ø ö ç ç è æ - - - - - = D Ln TT T T Ln T T T T e b s b e b s b C º W/m 704 , 295 ) 209 , 22 ( 0371 , 0 6466 , 243 2 ln ln = - ´ = D ´ = Û D ´ ´ = o o o o o U T A q U T A U q
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