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Projeto de Intevenção

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Universidade Federal de Santa Catarina
Centro Socioeconômico Departamento de Serviço Social Curso de Graduação em Serviço Social
Coordenação de Estágio Supervisionado em Serviço Social
PROJETO DE INTERVENÇÃO
TEMÁTICA/TÍTULO DO PROJETO: 
Relações e Questões étnico raciais na área da saúde.
1. IDENTIFICAÇÃO:
	Nome da Instituição:
	Maternidade Carmela Dutra
	Nome Completo da(o) Supervisora(o) de Campo:
	Marcia Regina Ferrari
	Nome Completo da(o) Supervisora(o) Acadêmica (o):
	Luciana Zucco
	Nome da(o) Estagiária(o):
	Mathaüs Nascimento Caricate
2. BREVE LEVANTAMENTO DA TEMÁTICA
2.2 Breve resgate da formação sócio histórica do Brasil
No dia 22 de abril de 1500, do calendário europeu, as terras de Pindorama[footnoteRef:1] foram invadidas pelos povos europeus, mais especificamente os Portugueses, que deram início ao processo de colonização e exploração da terra e de seus povos originários. Para realizar o processo degradante, genocida e desumano de colonização, os povos europeus convencidos de sua suposta superioridade de raça branca, começaram a escravizar os povos tradicionais e sequencialmente a desmatar todo o território, com a finalidade de exportar matéria prima para o desenvolvimento de sua corte, no caso de Portugal para pagar suas dívidas com o reino inglês. [1: Esse era o nome pelo qual os indígenas guaranis chamam esse território que hoje é conhecido como Brasil.] 
Após essa fase inicial de colonização do território agora chamado de Brasil, se iniciou no século XVII, a monocultura do cultivo de cana de açúcar que devastou grande parte da mata atlântica e amazônica. Para realizar esse processo de desmatamento, os povos europeus começaram a sequestrar e realizar a diáspora de povos de várias etnias do continente africano. Essas pessoas que realizaram forçadamente a travessia transatlântica tinham a cor da pele preta e foram denominados pelos genocidas europeus de negros que chegam nas terras brasileiras na condição de escravos. 
Neste período se iniciou a construção do Sistema Escravista brasileiro, esse sistema era extremamente violento, pois a raça branca desumanizou os sujeitos negros os tornando em mercadorias de exploração da sua mão de obra. Este sistema tinha como base econômica o comércio triangular extremamente lucrativo para Portugal, este tipo de comércio era feito da seguinte maneira: As pessoas africanas, ao desembarcarem no território brasileiro, eram vendidas na condição de escravo. A partir do trabalho desses sujeitos escravizados nos canaviais era produzido o açúcar. Este era exportado para Portugal e revendido por toda a Europa. Dessa forma, o dinheiro gasto na compra dessas pessoas era reposto com essa venda de matéria prima para a coroa. Após resposto, o dinheiro era novamente gasto na compra de mais pessoas escravizadas para a reposição da força de trabalho, já que a vida desses trabalhadores escravizados era muito curta devido as condições extremamente precárias e violentas desse sistema. Para melhor ilustrar foi elaborado um organograma da base econômica desse sistema:
Sistema Escravista
Comércio Triangular 
Importação de mão obra escrava africana. (tráfico negreiro)
Exportação do açúcar para Portugal.
Lucro da produção de açúcar.
Fonte: Organograma elaborado pelo autor (2019).
Foram 400 anos desse sistema que naturalizava a violência em locais públicos e privados, o estupro, a humilhação, e o assassinato desses sujeitos africanos.
Em seguida, no dia 13 maio de 1888, devido ao medo das rebeliões desses trabalhadores escravizados, da pressão da revolução haitiana e da pressão mercantil da inglaterra, foi abolido o Sistema Escravocrata e se iniciou a transição para o Sistema Capitalista. Nessa transição, esses sujeitos negros foram totalmente excluídos de qualquer direito social, ascensão e dignidade; sendo obrigados a continuarem sujeitos as necessidades, vontades e valores dos indivíduos brancos. 
Desde então 130 anos se passaram, após a implantação do Sistema Capitalista brasileiro. No entanto, essas populações negras e indígenas continuam vivendo marginalizadas, segregadas e pauperizadas por esse “novo” sistema que tem como principais estruturas o racismo e o patriarcado, que continuam a violentar os corpos não brancos, porém de maneira mais sofisticada e sistematizada. Atualmente, a população não branca têm apenas três alternativas para viverem nesse sistema: Se adequar aos valores da supremacia branca capitalista e morrer aos poucos nos trabalhos subalternos (assimilação e epistemicídio); ou morrem pelo Estado (genocídio); ou lutar pela verdadeira libertação do seu povo (revolução).
2.3 O racismo estrutural e a participação da população negra na reforma sanitária 
 
A saúde da população negra é uma temática ainda em exploração no terreno das pesquisas científicas e de políticas públicas. Em uma busca simples pela plataforma da Scielo com as palavras-chave: “Saúde da população negra”, encontramos apenas 65 artigos publicados na área de conhecimento das Ciências da Saúde, esse número é irrisório diante da complexidade da temática. Ao procurarmos na mesma plataforma artigos com descritores: “saúde da mulher negra”, esses números diminuem para 48 artigos publicados na área da Ciências da Saúde, ao restringirmos os filtros, dentre este número de 48 artigos, apenas 20 artigos tratam sobre o tema na Saúde Pública e 28 tratam do tema em abrangência nacional. No ano de 2016 a pesquisadora Jurema Werneck, também realizou este levantamento que se refere à saúde da mulher negra, nele ela encontrou apenas seis artigos no campo da Saúde Pública, para tentar explicar um pouco sobre este fenômeno ela relata alguns indicadores como:
Tais ausências ou insuficiências podem indicar a não consolidação da saúde da população negra e da saúde da mulher negra como campos temáticos e de pesquisa, relacionada ao baixo grau de penetração nas instituições de pesquisa dos debates sobre o racismo, seus impactos na saúde e suas formas de enfrentamento (WERNECK, 2016, p.536).
Os movimentos negros brasileiros, especialmente os segmentos e movimentos de mulheres negras, lutaram por um longo período por mais e melhores acessos no sistema de saúde, principalmente no período de pós abolição, tendo em vista o completo descaso da supremacia branca com essas populações não brancas. No século XX, com o fortalecimento expressivo dos movimentos populares de saúde as mobilizações da população negra se intensificaram, chegando a participarem dos processos da Reforma Sanitária e na criação do Sistema Único de Saúde (SUS) (WERNECK, 2016). No entanto, mesmo tendo contribuindo para formulação de um sistema universal de saúde com integralidade, equidade e participação social. A população negra brasileira ainda encontra dificuldade no acesso e continuam sofrendo com o racismo nas suas dimensões institucional e interpessoal. Já que mesmo com a existência da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN) e do Estatuto da Igualdade Racial, os mecanismo explícitos de superação das barreiras enfrentadas pela população negra no acesso à saúde, particularmente aquelas interpostas pelo racismo, ainda não foram implementados e nem desenvolvidos pelas instituições de saúde. 
De acordo com Werneck (2016), a associação entre o racismo e as vulnerabilidades em saúde entrou na agenda da gestão pública com mais intensidade depois da realização da Marcha Nacional Zumbi dos Palmares em 1995. Essa mobilização, levou para Brasília milhares de ativistas de todas as regiões do Brasil, e teve como resultado a criação do Grupo de Trabalho Interministerial para a Valorização da População Negra (GTI), que reuniu ativistas, pesquisadores e representantes do governo para a formulação de propostas de ação governamental. Na esfera da saúde, no qual contava com a presença do respectivo Ministério, o GTI realizou uma Mesa Redonda sobre Saúde da População Negra (1996), sucedendo na proposição de um conjunto de medidas. Dentre essas medidas estão: 
[...] a inserção do quesito raça/cor na Declaraçãode Nascidos Vivos e de Óbitos; a criação do Programa de Anemia Falciforme (PAF) e a detecção precoce da doença via triagem neonatal a partir do Programa Nacional a ser criado; a reestruturação da atenção à hipertensão arterial e ao diabetes mellitus; o fortalecimento e extensão do então Programa de Saúde da Família até as comunidades quilombolas; além de o Ministério da Saúde publicar, em 1998, o documento “A Saúde da População Negra, realizações e perspectivas” e, em 2001, o “Manual de doenças mais importantes, por razões étnicas, na população brasileira afrodescendente” (WERNECK, 2016, p.537).
Ainda segundo a autora, este manual era direcionado para as doenças de origem genética comprovada, tais como a anemia falciforme, deficiência de glicose-6-fosfato-desidrogenase, hipertensão arterial, diabetes mellitus e as síndromes hipertensivas na gravidez, deixando de fora aquelas cuja a origem genética não foi estabelecida como miomas uterinos e síndrome leucopênica, e aquelas sob determinação social evidente, tais como verminoses, gastroenterites, tuberculose, alcoolismo e entre outras (ibid., 2016, p.357).
No ano de 2001, essas informações que foram coletivamente desenvolvidas pela população, movimentos, Ministério e Governo, foram levadas como informes do governo brasileiro para a III Conferência Mundial contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerâncias Correlatas, realizada na África do Sul e convocada pela Organização das Nações Unidas (ONU).
A efetivação da Conferência e a elaboração da Declaração e Plano de Ação forneceram as condições necessárias para que pudéssemos dar mais um passo rumo à construção de propostas para a atenção à saúde da população negra no Brasil. Nessa conjuntura, dentre um dos principais documentos que foram elaborados temos o “Subsídio para o debate sobre a Política Nacional de Saúde da População Negra: uma questão de equidade”. Este documento foi proveniente do conjunto de pesquisadores reunidos pelas Nações Unidas no Brasil, em dezembro de 2001, e sugeriu algumas definições a respeito do tema da saúde da população negra, divididos e classificados da seguinte maneira:
(i) Geneticamente determinadas – anemia falciforme e deficiência de glicose 6-fosfato desidrogenase; ou dependentes de elevada frequência de genes responsáveis pela doença ou a ela associadas – hipertensão arterial e diabete melito. […] (ii) Adquiridas, derivadas de condições socioeconômicas desfavoráveis – desnutrição, mortes violentas, mortalidade infantil elevada, abortos sépticos, anemia ferropriva, DST/AIDS, doenças do trabalho, transtornos mentais resultantes da exposição ao racismo e ainda transtornos derivados do abuso de substâncias psicoativas, como o alcoolismo e a toxicomania. […] (iii) De evolução agravada ou de tratamento dificultado – hipertensão arterial, diabete melito, coronariopatias, insuficiência renal crônica, câncer e mioma. […] (iv) Condições fisiológicas alteradas por condições socioeconômicas – crescimento, gravidez, parto e envelhecimento (Sistema das Nações Unidas, 2001, p. 5-6, grifos no original).
Todo essa mobilização social impulsionou a idealização de uma Política Nacional para este segmento da população. Esta política tinha como base os seguintes elementos: 
· Produção do conhecimento científico – organização do saber disponível e produção de conhecimentos novos, de modo a responder a dúvidas persistentes e dar consequência à tomada de decisões no campo da saúde da população negra.
· Capacitação dos profissionais de saúde – promoção de mudanças de comportamento de todos os profissionais da área de saúde, através da formação e treinamento adequados para lidar com a diversidade da sociedade brasileira e com as peculiaridades do processo saúde/doença da população negra.
· Informação da população – disseminação de informação e conhecimento sobre potencialidades e suscetibilidades em termos de saúde, de modo a capacitar os afrodescendentes a conhecer seus riscos de adoecer e morrer, e facilitar a adoção de hábitos de vida saudável e a prevenção de doenças.
· Atenção à saúde – inclusão de práticas de promoção e educação em saúde da população negra nas rotinas assistenciais e facilitação do acesso em todos os níveis do sistema de saúde (Sistema das Nações Unidas, 2001, p. 8).
Esse documento tem o objetivo de apontar a relação e interferência do racismo e discriminação na saúde das pessoas negras e criou importantes subsídios para a mobilização popular. Tais ferramentas forneceram uma base para que os movimentos sociais negros pudessem fomentar iniciativas e ações com a finalidade de pressionar a incorporação do tema na política do SUS. A partir dessa série de iniciativas, articulações, estudos e mobilizações, conseguimos realizar a construção e implementação da Política Nacional da Saúde Integral da População Negra (PNSIPN). A PNSIPN ressalta a relação do racismo e vulnerabilidade em saúde, tendo como principais objetivos: 
I – garantir e ampliar o acesso da população negra residente em áreas urbanas, em particular nas regiões periféricas dos grandes centros, às ações e aos serviços de saúde.
II – garantir e ampliar o acesso da população negra do campo e da floresta, em particular as populações quilombolas, às ações e aos serviços de saúde.
III – incluir o tema Combate às Discriminações de Gênero e Orientação Sexual, com destaque para as interseções com a saúde da população negra, nos processos de formação e educação permanente dos trabalhadores da saúde e no exercício do controle social.
IV – identificar, combater e prevenir situações de abuso, exploração e violência, incluindo assédio moral, no ambiente de trabalho.
V – aprimorar a qualidade dos sistemas de informação em saúde, por meio da inclusão do quesito cor em todos os instrumentos de coleta de dados adotados pelos serviços públicos, os conveniados ou contratados com o SUS.
VI – melhorar a qualidade dos sistemas de informação do SUS no que tange à coleta, processamento e análise dos dados desagregados por raça, cor e etnia.
VII – identificar as necessidades de saúde da população negra do campo e da floresta e das áreas urbanas e utilizá-las como critério de planejamento e definição de prioridades.
VIII – definir e pactuar, junto às três esferas de governo, indicadores e metas para a promoção da equidade étnico-racial na saúde.
IX – monitorar e avaliar os indicadores e as metas pactuados para a promoção da saúde da população negra visando reduzir as iniquidades macrorregionais, regionais, estaduais e municipais.
X – incluir as demandas específicas da população negra nos processos de regulação do sistema de saúde suplementar.
XI – monitorar e avaliar as mudanças na cultura institucional, visando à garantia dos princípios antirracistas e não-discriminatório; e
XII – fomentar a realização de estudos e pesquisas sobre racismo e saúde da população negra (Brasil, 2009).
Após todos esses anos de lutas e de descaso com o tema da questão étnico racial por parte de vários setores da sociedade, foi constitucionalmente conquistado a primeira política focalizada na saúde dessa população. No entanto, a partir de vivências em conferências de saúde da população negra, percebe-se que a política ainda não está sendo devidamente implementada. 
O motivo determinante da não efetiva implementação da PNSINP nas instituições e relações sociais no campo da saúde é o racismo estrutural que perpassa todas as nossas relações sociais, nossa educação e a nossa economia (ALMEIDA, 2018). Logo para compreender os desafios existentes para as populações negras e indígenas na sociedade, é necessário compreendermos o racismo em sua complexidade. 
Renomados autores e autoras negras dedicaram a sua vida para se especializarem e sistematizar o racismo. Dentre eles, temos: Silvio Luiz de Almeida (2018), que em sua obra “O que é racismo estrutural?” nos traz três concepções do racismo. São elas, o racismo individualista, institucional e estrutural. Tal classificação é formulada pelo autor a partir dos seguintes critérios: a) relação estabelecidaentre racismo e subjetividades; b) a relação estabelecida entre racismo e Estado; c) a relação estabelecida entre racismo e economia.
O racismo segundo a visão individualista é compreendido como um tipo de patologia. Neste caso, parafraseando Silvio Almeida (2018):
Seria um fenômeno ético ou psicológico de caráter individual ou coletivo, atribuído a grupos isolados; ou ainda, a uma “irracionalidade”, a ser combatida no campo jurídico por meio da aplicação de sanções civis - indenizações por exemplo - ou penais. Por isso, a concepção individualista pode não admitir a existência de “racismo”, mas somente de “preconceito”, a fim de ressaltar a natureza psicológica de fenômeno em detrimento de sua natureza política (ALMEIDA, 2018, p.28)
 Se analisarmos o racismo apenas neste ângulo, poderíamos deduzir que não existi sociedades ou instituições racistas, mas sim indivíduos racistas, que agem de maneira isolada ou em grupo. Dessa forma, mesmo ocorrendo de maneira indireta, ele tambem se manifesta na sua forma de discriminação direta. Ao ser tratado como uma questão comportamental, a educação e conscientização seriam as principais formas de enfrentamento do problema. No entanto, essa concepção ainda é muito limitada e tênue; e tem sido utilizada como base de análises sobre o racismo extremamente carentes de historicidade e de reflexões sobre seus efeitos concretos. Concordando com o alerta dado por ALMEIDA (2018):
É uma concepção que insiste em flutuar sobre uma fraseologia moralista inconsequente - “racismo é errado”, “somos todos humanos”, “como se pode ser racista em pleno o século XXI?”, “tenho amigos negros” etc. - e uma obsessão pela legalidade. No fim das contas quando se limita o olhar sobre o racismo a aspectos meramente comportamentais, deixa-se de considerar o fato de que as maiores desgraças produzidas pelo racismo foram feitas sob o abrigo da legalidade e com apoio moral de líderes políticos, líderes religiosos e dos considerados “homens de bem” (ALMEIDA, 2018, p.28-29). 
No entanto, mesmo com as limitações dessa concepção, as críticas feitas a ela serviram de esboço para avançarmos para as outras duas concepções. Neste sentido, para muitos especialistas na temática a concepção do racismo institucional é considerado um importante avanço teórico no que se refere ao estudo das relações raciais, pois nesta perspectiva o racismo não se limita a comportamentos individuais, mas é resultado proveniente do funcionamento das instituições que atuam em uma dinâmica que favorece de forma indireta ou direta, desvantagens e privilégios baseados nos estereótipos da raça.
As instituições são responsáveis por gerenciar e moldar a vida e subjetividades dos sujeitos de uma determinada sociedade. Essas instituições são carregadas de padrões de humanidade eurocêntricos, que não são compatíveis com a realidade da população brasileira e apagam a diversidade de sujeitos existentes na nossa sociedade, reduzindo toda a complexidade dessa diversidade a uma falsa concepção de igualdade humanista idealizada pelo iluminismo europeu. Sendo assim, partindo da idéia de que as sociedades não são homogêneas, pois são marcadas por conflitos, antagonismos e contradições que não são eliminados, mas sim absorvidos e mantidos ideologicamente e subjetivamente sob controle por meios institucionais. A partir desta concepção, podemos entrar em acordo com a seguinte conclusão a respeito das instituições:
a) as instituições, enquanto o somatório de normas, padrões e técnicas de controle que condicionam o comportamento dos indivíduos, resultam dos conflitos e das lutas pelo monopólio do poder social;
b) as instituições, como parte da sociedade, também carregam em si os conflitos existentes na sociedade. Em outras palavras, as instituições também são atravessadas internamente por lutas entre indivíduos e grupos que querem assumir o controle da instituição. (ALMEIDA, 2018, p.30) 
Assim, ainda de acordo com o autor, “a principal tese de quem afirma a existência de racismo institucional é que os conflitos raciais também são parte das instituições” (ALMEIDA, 2018, p. 30). Logo, podemos afirmar que a desigualdade racial é um aspecto da sociedade provocado não apenas por indivíduos racistas, mas fundamentalmente porque as instituições - principalmente nos cargos de tomadas de decisões - são formadas hegemonicamente por determinados grupos raciais que utilizam mecanismos institucionais para impor os seus interesses políticos e econômicos, no caso do Brasil, os interesses da supremacia branca neo colonizadora e capitalista. Novamente parafraseando as considerações do autor:
O que se pode verificar até então é que a concepção institucional do racismo trata o poder como elemento central da relação racial. Com efeito, o racismo é dominação. É, sem dúvida, um salto qualitativo quando se compara com à limitada análise de ordem comportamental presente na concepção individualista (ibid., 2018, p.31).
Desta forma, os grupos privilegiados acabam obtendo domínio sobre a organização política e econômica da sociedade. Para realizarem a manutenção deste poder, o grupo dominante institucionaliza os seus interesses e suprem pequenas demandas do grupo dominado para que não se rebelem, como é o caso da representatividade negra em propagandas e capas de revistas, sendo esse que tipo de “conquista” é irrelevante para a real concretude da questão social brasileira que afeta boa parte dos 54% do total de pessoas negras do país, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
1.3 A expressão do racismo enquanto demanda na Maternidade Carmela Dutra
A partir de toda a contextualização feita acima, partiremos agora para a especificidade do racismo na Maternidade Carmela Dutra. Tendo em vista que o racismo aqui exposto, não é reproduzido somente por essa instituição. Ele é estrutural e presente em todas instituições, bem como nas nossas relações. No entanto, iremos focalizar nessa instituição, pois é nela que todo o trabalho do estagiário Mathaüs Caricate vem sendo realizado e a partir deste acúmulo que será criado e implementado o seu Projeto de Intervenção (PI).
De acordo com os dados coletados do plano de estágio da antiga estudante DEMÉTRIO (2017), a MCD realiza em média de 13.800 de consultas ambulatoriais anualmente, 20.620 consultas de emergências, as quais geram 7.000 internações/ano e nascem aproximadamente 3.600 bebês por ano. Os dados coletados pela estudante no ano de 2017, mostraram-se incompletos, pois invisibilizam a categoria de raça das usuárias. Parafraseando Silvio Almeida (2018):
Em um mundo em que a raça define a vida e a morte, não tomá-la como elemento de análise das grandes questões contemporâneas demonstra a falta de compromisso com a ciência e a resolução das grandes mazelas do mundo (ALMEIDA, 2018, p. 44).
Neste sentido, destaca-se a importância de analisar o perfil de usuárias atendidas na instituição, levando em consideração sua raça, para que assim possamos ter dados realmente confiáveis quanto ao perfil, bem como a rotatividade de atendimentos. Sendo assim, apresentamos abaixo os dados quantitativos de atendimentos realizados pela MCD no ano de 2018:
 Fonte: Gráfico elaborado pelo autor (2019).
De acordo com o gráfico, a maioria das usuárias que foram atendidas pela maternidade em 2018, é branca. No entanto, a fonte dos dados não é confiável, pois não há certeza se a forma de coleta é pela autodeclaração ou análise do fenótipo. Segundo o responsável pela realização do cadastro, a raça é cadastrada mediante a autoafirmação da usuária, porém a partir dos atendimentos que realizei, percebi que durante as entrevistas a categoria raça dos cadastros nem sempre são compatíveis com a realidade racial das usuárias. 
Outro elemento perceptível aos meus olhos é o fato de que a maioria das (os) profissionais que trabalham nos cargos privilegiados são brancas (os), sendo a direção e as gerências majoritariamente formada por pessoas brancas. Estas não tratama raça como algo importante para análise ou para o banco de dados e, assim, tentam se justificar com o mito da democracia racial. O que resulta no rombo quantitativo na tabela que será apresentada mais adiante deste texto. 
Tendo em vista tais colocações, podemos diagnosticar que a instituição continua a impor os interesses históricos da branquitude no Brasil, que tem por objetivo apagar a “mancha negra” da sociedade brasileira, para que assim possam apagar o passado escravocrata e o presente racista do país. Esse interesse da supremacia branca é tão naturalizado na sociedade brasileira que é imposto de maneira “inconsciente”, conforme explica a literatura:
(...) a vida cultural e política no interior da qual os indivíduos se reconhecem enquanto sujeitos autoconscientes e onde formam os seus afetos é construída por padrões de clivagem racial inseridas no imaginário e em práticas sociais cotidianas, Desse modo, a vida “normal”, os afetos e as “verdades”, são, inexoravelmente perpassados pelo racismo, que não depende de uma ação consciente para existir (ALMEIDA, 2018, p. 50).
 Seguindo essa linha de pensamento para analisar o perfil das usuárias que frequentam a maternidade, temos outro dado que ilustra a falta de compromisso sócio histórico e consequentemente o racismo institucional da Maternidade Carmela Dutra, que são os números de usuárias atendidas e internadas, divididas por setor de atendimento e raça conforme demonstram os dois quadros abaixo:
	Número de Internações realizadas em 2018 classificadas pela raça e setor.
	
	Branca
	Preta
	Parda
	Indígena
	Amarela
	Clinica Medica
	247
	18
	27
	0
	0
	Clinica Cirúrgica
	1465
	107
	53
	2
	2
	Pronto de Socorro
	9
	2
	3
	0
	0
	Clinica Pediátrica
	5249
	811
	398
	0
	4
	UTI
	31
	0
	0
	0
	0
	Cirurgia Ginecológica
	9501
	1397
	1066
	0
	2
	Cirurgia Oncológica
	178
	9
	16
	0
	0
	Obstetrícia 
	3482
	505
	399
	0
	4
	Outros
	865
	73
	66
	3
	0
Fonte: Quadro elaborado pelo autor a partir dos dados fornecidos pela Maternidade Carmela Dutra (2019).
 
	Número de atendimentos realizados em 2018 classificados pela raça e setor.
	
	Branca
	Preta
	Parda
	Indígena
	Amarela
	Clinica Medica
	94
	8
	11
	0
	0
	Clinica Cirúrgica
	666
	46
	27
	1
	1
	Pronto de Socorro
	2
	1
	1
	0
	0
	Clinica Pediátrica
	636
	106
	70
	0
	1
	UTI
	1
	0
	0
	0
	0
	Cirurgia Ginecológica
	3462
	453
	377
	0
	1
	Cirurgia Oncológica
	38
	2
	4
	0
	0
	Obstetrícia 
	1317
	185
	149
	0
	1
	Outros
	150
	21
	22
	1
	0
Fonte: Quadro elaborado pelo autor a partir dos dados fornecidos pela Maternidade Carmela Dutra (2019).
Conforme pode se visualizar nos quadros, ambos demonstram uma inexistência de pacientes de cor preta, parda, indígena e amarela na UTI neonatal. No entanto este setor é um dos o locais que eu atuo, onde já atendi várias pessoas negras, incluindo imigrantes do Congo, Angola, Zimbabue e Haiti. Sendo assim, eu afirmo que os dados acima coletados são inválidos. 
Neste sentido, onde se encontram essas (os) usuárias (os) negros que foram atendidas (os)? Infelizmente essa pergunta não pode ser respondida no presente, pois devido ao apagamento racista dos dados, para encontrar essas pessoas exigiria uma busca mais atenta, porém fica de alerta que tais dados dos anos posteriores só poderão ser visíveis no momento em que a instituição reconhecer e destruir os muros que escondem estes dados: o racismo institucional.
3.	JUTIFICATIVA
Diante dos dados, conceitos e conteúdo expostos no capítulo anterior é pensado como projeto de intervenção, uma formação profissional sobre um elemento basilar nas relações sociais do Brasil: o racismo estrutural (ALMEIDA, 2018).
Esse projeto se legitima tanto pela efetivação da PNISPN como também pelo alarmante rombo nos dados coletados no SAME da maternidade. Neste sentido, se avaliarmos sobre o que vem sendo feito pela Secretaria de Saúde do Estado de Santa Catarina e pela maternidade no que se refere à PNISPN, tanto o Estado, como a instituição deixam a desejar os objetivos III, IV, V e XI da política. 
No que se refere ao III, durante o tempo de 11 meses estagiando na instituição, não foi visto nenhuma palestra ou evento de formação focado na saúde da população negra na forma interseccionalizada, conforme propõe este objetivo, nem sequer é mencionado algo sobre o dia 20 de novembro, dia da consciência negra. 
Logo, se não existe uma formação contínua, não existe uma discussão sobre o tema e, consequentemente, não existem estratégias para prevenir, monitorar e avaliar as mudanças na cultura institucional que visem a garantia dos princípios antirracistas e não-discriminatórios, sendo esses os motivos que resultam nesse hiato dos dados quantitativos que foram coletados, e também os motivos pelos quais a Secretaria de Saúde do Estado de Santa Catarina, bem como a maternidade ferem os objetivos IV, V e XI da política. 
É neste sentido que se justifica a elaboração e efetivação deste projeto que com base nessas questões postas, propõe realizar uma formação que visa debater sobre a participação da população negra na reforma sanitária, bem como os desafios provenientes do racismo estrutural que essa população enfrenta na saúde, para que os que tais fatos não se repitam na Maternidade. 
4. OBJETO
Conforme vem sendo exposto no corpo deste trabalho, o objeto deste projeto será a questão étnico racial no campo da saúde. Irei trabalhar com esse objeto, pois ele abrange a totalidade da história e realidade das populações não brancas da sociedade. No entanto o seu foco será voltado para a participação da população negra na construção do SUS e os desafios provenientes do racismo estrutural que essa população enfrenta no campo da saúde.
5. OBJETIVO	GERAL
Promover o debate em torno da questão étnico racial na área da saúde, focando na participação da população negra na reforma sanitária e os desafios provenientes do racismo estrutural que essa enfrenta neste campo. O público alvo que pretende-se atingir serão especificamente todas (os) as e os profissionais Maternidade Carmela Dutra.
6. OBJETIVOS	ESPECÍFICOS
Quanto aos objetivos específicos deste projeto, se pretende:
· Executar os objetivos IV, V e XI, propostos pela Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, que conforme exposto não são implementados pela Maternidade.
· Promover o debate sobre as especificidades da saúde da população negra em uma perspectiva ampliada, interseccionando gênero, raça, classe e sexualidade.
· Instrumentalizar as e os profissionais da instituição sobre a PNSIPN.
7.	METAS	A	SEREM	ATINGIDAS
Tendo em vista toda a contextualização feita no corpo deste trabalho, pretende-se alcançar como meta deste projeto:
· Instrumentalizar os profissionais da instituição a respeito do racismo estrutural e sobre lutas do povo negro na saúde, com a finalidade de dar continuidade dessa luta histórica e coletiva;
· Criar ferramentas de combate ao racismo institucional na instituição, colocando em prática os objetivos da PNSIPN;
· Melhoria nos atendimentos à usuarias negras;
8.	METODOLOGIA
8.1.	Ação	escolhida
A partir do material feito que está anexado no final deste trabalho(APENDICE 2), irei realizar pequenas rodas de conversa com as e os profissionais da instituição. A ideia é passar em cada posto, no lugar em que as e os profissionais se organizam ou dão uma pausa para o trabalho, e conversar com eles sobre o racismo estrutural do nosso país e sobre as lutas do povo negro na reforma sanitária. Para conseguir, alcançar todos os e as profissionais irei em dias e horários diferentes e assim pegar todos os plantões, contabilizando 3 encontros diferentes, todos eles serão realizados na semana da consciência negra, terminando no dia 20 de Novembro o dia da consciência negra.
8.2	Detalhamento	por	atividade
Conforme explicado no subcapítulo acima, serão realizados três momentos de debate a respeito da temática do racismo estrutural. Esses três momentos serão divididos e executados da seguinte maneira:
1. No dia 18 de Novembro, irei conversar na parte da manhã com as e os profissionaisdo posto I, II, III e terceirizados da limpeza. 
2. No dia 19 de Novembro, irei conversar na parte da tarde com as e os profissionais do posto I, II, III e terceirizados da limpeza. 
3. No dia 20 de Novembro, irei conversar na parte da noite com as e os profissionais do posto I, II, III e terceirizados da limpeza. 
8.	CRONOGRAMA
	Ano: 2020
	Novembro
	Conversa nos postos profissionais.
	Dia 18 - Manhã
	Conversa nos postos profissionais.
	Dia 19 – Tarde
	Conversa nos postos profissionais.
	Dia 20 - Noite
9.	MONITORAMENTO	E	AVALIAÇÃO	
Durante o processo o projeto será executado e monitorado pelo seu autor que vos escreve e pela supervisora de campo de estágio em Serviço Social da Maternidade Carmela Dutra. 
As avaliações parciais do projeto serão realizadas ao final de cada atividade. Para isso, vamos disponibilizar para cada participante um formulário semi-fechado de avaliação, contendo perguntas como: Essa atividade te provocou a refletir melhor sobre a temática? Por favor, descreva um pouco essa experiência. Acha que podemos melhorar em algo? Discorra. As informações que foram trabalhadas nesta atividade já foram estudadas por você anteriormente? Descorra. Após essa atividade você acha que já foi vítima de racismo na área da saúde? Tanto enquanto usuário (a) do SUS, como tambem profissional do SUS. 
O formulário de avaliação individual das atividades consta nos apêndices no final deste trabalho. (APÊNDICE 2)
10.	DOCUMENTAÇÃO	
Conforme já relatado anteriormente, serão utilizados como material de excussão os seguintes documentos:
· Panfleto informativos sobre o racismo estrutural
· Formulários de avaliação e acompanhamento.
· Relatório de avaliação final.
REFERÊNCIAS
WERNECK, Jurema. Racismo institucional e saúde da população negra. Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 25, n. 3, p.535-549, set. 2016. Anual. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0104-129020162610.
PAZ, Instituto Para Treinamento em Operações de. Uma Introdução ao Sistema das Nações Unidas: Orientações para Servir em uma Missão de Campo da ONU. Jamestown Road: Instituto Para Treinamento em Operações de Paz, 2001. 194 p.
BRASIL. Constituição (1988). Dispositivo nº 3, de 1988. Contituição Federal do Brasil: Codigo Civil. Brasilia, DF.
ALMEIDA, Silvio. O que é racismo estrutural? Belo Horizonte: Letramento, 2018. 204 p.
APÊNDICES 
· Apêndice 1
 
· Apêndice 2
Formulário de avaliação individual da atividade
	Caro(a) participante, este documento trata-se de uma avaliação da atividade que você acabou de participar. O seu intuito é de retorno para os organizadores saberem como a atividade analisada pelos seus participantes, bem como no que podemos melhorar. Ao final de todo o projeto será realizado uma análise geral dessas avaliações. Por favor, preencha com sinceridade. Agradecemos.
Gostou da nossa atividade? 
 Sim Não
Essa atividade te provocou a refletir melhor sobre a temática? Por favor, descreva um pouco essa experiência.
Sim Não
Comente:_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Acha que podemos melhorar em algo? 
 Sim Não
Comente:___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
As informações que foram trabalhadas nesta atividade já foram estudadas por você anteriormente? 
 Sim Não
Comente:___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
 
Após essa atividade você acha que já foi vítima de racismo na área da saúde? (Tanto enquanto usuário (a) do SUS, como tambem profissional do SUS).
 Sim Não
Comente:___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Você já teve contato com a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra? 
 Sim Não
Conte-nos onde e como foi: ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Você acha que os conhecimento adquiridos aqui irá fazer a diferença na sua ação profissional?
 Sim Não
Comente:______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Florianópolis, 29 de Outubro de 2019.
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 Nome Nome
 Estagiária/o de Serviço Social Supervisora/o de Campo
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 Nome
Supervisora/o Acadêmica/o

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