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Tumores benignos de pele

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Nevo: nevo é sinônimo de malformação circunscrita de origem embriopática (falha na 
embriogênese) ou hereditária, neoplástica ou não neoplástica. Significa mancha, nódoa, verruga 
ou sinal. Podem ser congênitos ou adquiridos, neoplasmas ou não neoplasmas, transitórios ou 
permanentes, de origem conhecida ou desconhecida. São classificados em nevos 
ectoendodérmicos, nevos originários da crista neural, nevos mesodérmicos e nevos mistos. 
Hamartoma: Essa denominação é empregada quando a estrutura não inclui células névicas ou 
quando ocorre hiperplasia congênita constituída por elementos maduros ou quase maduros, com 
mescla anômala de tecidos próprios do órgão em que a lesão está localizada. 
Tumor: tumor é sinônimo de neoplasma e significa massa tecidual de crescimento anormal, 
composta por novas células teciduais que apresentam defeito permanente no mecanismo de 
crescimento, em razão da multiplicação contínua, progressiva e não controlada. Clinicamente, 
tumor pode ser definido como lesão elementar cutânea que se caracteriza por elevações sólidas 
ou císticas, geralmente de 2,0 cm ou mais de diâmetro. 
Tumores tegumentares benignos 
Os tumores tegumentares benignos são lesões frequentes que podem ter diversas origens desde 
epiderme e/ou anexos, e/ou tecido conectivo dérmico e/ou tecido subcutâneo, assim como nas 
estruturas que se encontram na derme, incluindo os nervos e/ou vasos sanguíneos. Os tumores 
tegumentares benignos são classificados histologicamente, conforme o tecido de origem e 
diferenciação celular em epiteliais, mesenquimais, melanocíticos e neurais. 
1. Tumores epiteliais: podem ser divididos em epidérmicos ou tumores dos anexos cutâneos. 
Os tumores epidérmicos abrangem: nevo epidérmico e hamartoma, queratose seborreica, 
acantoma de células claras, queratose liquenoide benigna, disqueratoma verrucosa, pólipo 
epitelial, queratoacantoma. 
• Nevo epidérmico e hamartoma: é uma hiperplasia epidérmica (epiderme superficial e 
estruturas anexiais) e/ou alteração na composição quantitativa das estruturas epidérmicas 
normais em área circunscrita da pele. Existem inúmeras variantes como o nevo epidérmico 
verrucoso, sebáceo de Jadassphn, nevo comedogênico, nevo de Becker (pelos e 
manchas), nevo apócrino, nevo écrino, nevo esponjoso branco da mucosa oral e 
spindrome dos nevos epidérmicos. 
• Queratose seborreica: O sinal de Leser-Trelat é o aparecimento súbito e 
eruptivo da queratose seborreica, sendo considerado manifestação 
paraneoplásica, que pode estar associada a neoplasias viscerais e 
linfomas. Possuem indicação para remoção. 
• Pólipos epiteliais (acrocórdon, papiloma fibroepitelial): São comuns, 
surgem na meia idade e tendem a se localizarem nas áreas 
intertriginosas de axilas, dobras e região inframamária. 
Histologicamente apresentam epitélio escamoso delgado, o qual é 
circundado por tecido fibrovascular. 
• Queratoacantoma: Tumor solitário dos indivíduos idosos, principalmente na 
face, com história de exposição solar. A involução espontânea 
caracteriza a natureza auto cicatrizante dos queratoacantomas. Cresce 
rapidamente de tamanho, dentro de 6-8 meses, com a formação do plug 
de queratina central. Durante a fase de regressão, o plug central de 
queratina é eliminado, permanecendo somente cicatriz achatada. 
Os tumores benignos dos anexos cutâneos apresentam diferenciação para o folículo piloso, 
glândula écrina, apócrina e sebácea. 
• Tumores derivados de glândulas écrinas: siringoma (ducto sudoríparo ocular), hidrocistoma 
écrino (aumentam de tamanho no calor). 
• Tumores derivado de glândulas apócrinas: hidrocistoma apócrino nódulo translúcido 
solitário na face). 
• Tumores derivados de glândulas sebáceas: hiperplasia sebácea, nevo sebáceo, adenoma 
sebáceo (angiofibromas). 
• Tumores derivados do folículo piloso: tricofoliculoma (nódulo solitário, orifício central com 
cabelos finos, na face ou couro cabeludo), tricoepiteliomas (face), cistos foliculares (cisto 
epidérmico), cisto triquelemal (cisto pilar – couro cabeludo), milium (superficiais e múltiplos). 
2. Tumores melanocíticos: abrangem nevos melanociticos, melanocitoses dérmicas e 
hiperpigmentação não neoplásica. 
• Nevos melanocíticos ou nevos nevocelulares: são associados com o melanoma cutâneo. 
Podem ser congênitos (NMC) ou adquiridos (NMA). O risco de NM se transformar em MC é 
considerado baixo, especialmente nos jovens, mas quando persistem em idosos o risco pode 
aumentar. Para indivíduos com numerosos nevos e sem associação aparente com fatores 
de risco, os beneficios das excisões são relativos. A suscetibilidade variável dos NMA para 
transformação maligna melanócitos apresentam resposta diferenciada ao estímulo 
mitôgenico da luz solar em cada região anatômica 
- Lentigo simples: É uma forma de NMA com máculas menores que 5 mm, de cor castanha 
médio a preta, de bordas uniformes e bem definidas, que estão presentes nas crianças e 
nos adultos, em áreas expostas ou não a luz solar. 
- NMA intradérmico: Podem ser ou não pigmentados, elevados, cupuliformes, com ou sem 
pêlos. Não são comuns na primeira década de vida e aparecem progressivamente com a 
idade. Também aumentam com a idade as alterações neuróides, a infiltração gordurosa e 
a fibrose. São mais comuns na face, mas podem ser encontrados em qualquer ponto da 
superfície cutânea, excetuando-se as regiões palmares e plantares. Podem involuir ou 
persistir indefinidamente. 
- NMA juncionais: Planos, pequenos (2-5mm) e pigmentados, como o lentigo simples. 
Assumem forma redonda ou elíptica e, em geral, não têm pêlos. São desse tipo os NMA das 
regiões palmares, plantares e genitais. 
- NMA compostos: são elevados, pigmentados e maiores que os juncionais. 
Hiperpigmentação não neoplásica 
1. Lentigo: Pequenas máculas circunscritas, de cor castanha escuro a preta. Clinicamente são 
semelhantes às efélides (sardas), mas histologicamente são distintos e, além disso, o lentigo não 
escurece com a exposição solar como as efélides. As lesões podem ser isoladas ou múltiplas. 
Podem ser senis, nevoides ou congênitos. 
- Lentigo solar (senil): São máculas de 5 a 15 mm, de cor castanha médio a escuro, com 
formatos variados, bordas irregulares ou regulares, em áreas expostas ao sol, especialmente 
em dorso de mãos. Iniciam freqüentemente nos 
indivíduos acima de 30 anos de pele menos pigmentada 
2. Efélides: iniciam-se na infância. São máculas menores que 3 mm, de cor castanho-clara a 
preta (no verão, a cor torna-se mais acentuada), com limites não bem definidos, que surgem 
nas áreas de exposição solar. Nas efélides, os melanócitos estão mais proeminentes, mas 
normais em relação ao número e com melanossomos maisescuros. Epiderme sem alterações. 
3. Mancha café com leite: Máculas maiores que 5 mm, de cor castanho-clara, irregulares, bordas 
definidas, que surgem ao nascimento ou logo após e com a idade podem aumentar de 
tamanho ou em número. Localizam-se, principalmente em tronco e nos membros, respeitando 
a face, palma, plantas e mucosas. 
4. Nevos pigmentados dérmicos: nevo de Ota, nevo de Ito, mancha mongólica e nevo azul. 
- Nevo de Ota: Deriva-se dos melanócitos que estão localizados nas áreas de inervação dos 
ramos oftálmico e maxilar do nervo trigêmeo. Presente ao nascimento ou na adolescência. 
- Nevo de Ito: Apresenta as mesmas características do nevo de Ota, mas difere em relação à 
localização, que ocorre nas áreas inervadas pelos nervos braquiocutâneo lateral e 
supratroclear posterior (regiões dos ombros, supra-claviculares e pescoço). 
- Mancha mongólica: Pigmentação negro-azulada, única ou múltipla, nas regiões lombosacra 
e glútea, de tamanho e forma variáveis, que é observada principalmente na raça amarela e 
negra, mas também pode estar presente na raça branca. Presente ao nascimento e tende a 
desaparecer na faixa etária dos 3 aos 5 anos 
- Nevo azul: O nevo azul comum é uma Lesão de cor azulada, menor que1,0 cm, bem 
delimitada, solitária. Surge na infância e não regride, predominando em mulheres, raça negra 
e dorso de mão e pés. O nevo azul celular é clinicamente é um nódulo (maior que 1,0 cm), 
assintomático, de cor azul a negra, que está presente nos glúteos e região sacrococcígea em 
adolescentes e adultos jovens.

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