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Biologia Molecular e Engenharia Genética na Fitopatologia FONTE: http://manipulaciongeneticaplantas.blogspot.com/2017/03/manipulacion- genetica-plantas.html INTRODUÇÃO ❑ As necessidades do aumento da produção de alimentos e outros produtos agrícolas tem levado o homem a aprimorar técnicas de melhoramento genético vegetal; ❑ cruzamentos sexuais de plantas com diferentes base genéticas; e ❑ retrocruzamentos de híbridos. As desvantagens são: ✓ Viável somente para espécies sexualmente compatíveis; ✓ O tempo necessário para a obtenção de um híbridos comercialmente aceitável é bastante longo, pois envolve seleção de várias gerações; ✓ Vários genes indesejáveis das linhas parentas, podem ser transferidos aos descendentes com o gene de interesse; ✓ Genes de interesse podem ser perdidos. A engenharia genética de plantas consiste em: • identificação e isolamento de genes que conferem características desejáveis; e • na introdução desse genes em variedades de interesse agrícola. Na fitopatologia através da engenharia genética, pode- se introduzir genes de outras espécies vegetais sob o controle de promotores adequados, de interesse agronômico, de modo que as plantas transgênicas resultantes sejam capazes de resistir aos ataques de patógenos. BIOLOGIA MOLECULAR DAS CÉLULAS MATERIAL GENÉTICO As células possuem dois tipos de ácidos nucléicos, o DNA e o RNA; As diferenças e semelhanças básicas entre o DNA e o RNA são: • No DNA, a pentose é uma desoxiribosse e o RNA uma ribose; • A molécula de DNA armazena informações , enquanto a de RNA participam da transferência da informação genética. FONTE: sciencesamhita.com DESENVOLVIMENTO DAS TÉCNICAS DE BIOLOGIA MOLECULAR Varios fatos possibilitaram o avanço acelerado da biologia molecular nas décadas de 70 e 80, onde foram descoberto e aprimorados os estudos sobre enzima de restrição, ligação de dois fragmentos de DNA, técnicas de seqüenciamento direto de fragmentos de DNA. ✓ Após o surgimento do vetor plasmidial e de sistema de transformação mais eficientes a manipulação do DNA tornou-se muito mais simplificada e acessível a qualquer laboratório razoavelmente equipado; ✓ Um vetor plasmidial é uma molécula de DNA circular purificada, construída por meio de técnicas do DNA recombinante. DESENVOLVIMENTO DAS TÉCNICAS DE BIOLOGIA MOLECULAR FERRAMENTAS DA BIOLOGIA MOLECULAR As ferramentas utilizadas na biologia molecular para clonagem de genes são: • as enzimas de restrição; • as enzimas modificadoras; • os vetores; e • as células hospedeiras. • São produzidas normalmente por bactérias e que possuem a propriedade de defendê-las de vírus invasores; • Essas substâncias “picotam” a molécula de DNA em determinados pontos, levando a produção de fragmentos contendo pontas adesivas, que podem se ligar a outras pontas de moléculas de DNA que tenham sido cortadas com a mesma enzima. Enzimas de Restrição: FONTE: http://autopomorfico.blogspot.com/2012/12/enzimas-de-restricao.html • DNA polimerase; • Terminal transferase; • DNA polimerase RNA – dependentes; • RNA polimerase DNA – dependentes; • DNA ligase; • Fosfatases Alcalinas; • Quinase de Polinucleotídeo. Enzimas Modificadoras: • Os vetores para clonagem de genes devem: • possuir elementos que permitam uma alta taxa de replicação; • fácil seleção das células transformadas; e • fácil seleção de clones recombinantes; • Após a transformação de uma população de células com o vetor plasmidial, as células, contendo o vetor, devem ser selecionadas a fim de saber se esse vetor contém ou não fragmentos de DNA a serem clonados. VETORES: VETORES Características desejáveis: Baixo peso molecular; Variedade de sistemas de seleção. Características essenciais: Replicação na célula hospedeira; Sítios de clonagem únicos para enzimas de restrição; Ao menos um sistema de seleção; DNA dupla fita. CÉLULAS HOSPEDEIRAS: • Para eliminar o risco das células recombinantes proliferarem indiscriminadamente, causando danos, foram desenvolvidas bactérias mutantes incapazes de sobreviver fora do tubo de ensaio; • Atualmente, existem hospedeiros apropriados para cada situação e tipo de vetor, garantindo a otimização dos procedimentos experimentais. • Ferramentas básicas, aliadas a uma boa metodologia cientifica são os elementos fundamentais para clonagem de genes e estudo de mecanismos que controlam sua expressão. FERRAMENTAS DA BIOLOGIA MOLECULAR Estratégias básicas para clonagem de genes: ✓ Três passos básicos de aplicam a qualquer estratégia de clonagem adotada: • Escolher uma fonte de DNA; • Produzir Fragmentos de DNA que possam ser inserido em vetores adequados; • Selecionar os recombinantes com genes adequados. CLONAGEM DE GENES CLONAGEM DE GENES Etapa 1: faz-se a ligação entre um fragmento de DNA, chamado inserto, contendo o gene de interesse com uma outra molécula de DNA, o vetor, para formar uma quimera ou molécula de DNA recombinante. CLONAGEM DE GENES CLONAGEM DE GENES Etapa 2: a molécula de DNA recombinante é transportada para dentro de uma célula hospedeira, em geral uma bactéria, ocorrendo o processo de transformação; ➢ A célula que recebeu o DNA recombinante é chamada de célula transformada, a qual sofre muitos ciclos de divisão, produzindo várias cópias do DNA recombinante Plantas melhoradas através da engenharia genética podem ser obtidas utilizando duas estratégias: • Alteração de seqüências de DNA; • Transferência de genes de outras espécies para a planta de interesse. ENGENHARIA GENÉTICA NAS PLANTAS • Depende não somente da eficiência de transformação, mas também da capacidade de regeneração de plantas a partir de células ou tecidos transformados; • Muitas espécies, dentre gramíneas e leguminosas são de difícil regeneração in vitro, dificultando a engenharia genética de grande interesse agrícola, como milho e feijão. PLANTAS TRANSGÊNICAS • AS plantas transgênicas são normalmente produzidas a partir das células infectadas por agrobacterium; • Porém existem outros métodos de transformação como: • Eletroporação; e • Bombardeamento de mocroprojeteis. PLANTAS TRANSGÊNICAS FONTE: http://melhorsemlactose.blogspot.com/2015/03/alimentos-transgenicos.html A utilização da Engenharia genética, aliada aos métodos de melhoramento vegetal conferem: ✓ o desenvolvimento de cultivares resistentes ao ataque de patógenos; e ✓ diminuição no uso de defensivos agrícolas. ENGENHARIA GENÉTICA NO CONTROLE DE DOENÇAS • Umas das idéias para a produção de plantas transgênicas resistentes a doenças seria através da clonagem de genes de resistência e sua integração no genoma de uma cultivar suscetível. Resistência a Patógenos: Resistência a Patógenos: • A introdução de genes específicos de resistência para determinadas raças de patógenos poderia resolver somente uma parte do problema de resistência a doenças, pois a planta ainda estaria suscetível a outras raças de patógenos. Resistência a Patógenos: • A introdução do gene de uma quitinase (proteína de Defesa) de feijão, sob o controle do promotor 35S do vírus do mosaico da couve-flor (CaMV), em tabaco, resultou em um aumento de resistência ao fungo Rhizoctonia solani. Resistência a Patógenos: • Após uma exposição a patógenos, as plantas produzem, localmente, substâncias antibióticas, chamadas fitoalexinas; • Em muitos casos, existe uma correlação entre a concentração de fitoalexinas e a resistência a patógenos específicos. Resistência a Patógenos: • A resistência a doenças causadas por bactérias já foi obtida através na introdução de um gene de lisozima do bacteriófago T4 em batata, o que resultou na produção de plantas transgênicas resistentes a Erwinia carotovora. RESISTÊNCIA A PATÓGENOS: • A observação de que a infecção de plantas com estirpes de vírus atenuadas confere proteção contra estirpes mais virulentas possibilitouo desenvolvimento de plantas resistentes a vírus através da engenharia genética; • Diferentes genes e seqüências nucleotídicas virais já foram introduzidos e expressos em plantas, com o objetivo de induzir resistência a infecções por vírus RESISTÊNCIA A HERBICIDAS • É uma característica de interesse agronômico; • Considerando-se que diversos deles exercem seu efeito inativando enzimas essenciais aos processos vitais da planta; • O objetivo geral é desenvolver plantas que possam tolerar a exposição a herbicidas de largo espectro. RESISTÊNCIA A HERBICIDAS: Existem três estratégias gerais para a introdução de tolerância a herbicidas em plantas: ✓ alteração da estrutura da enzima-alvo, de forma a torná-la insensível à ação do herbicida; ✓ superprodução da enzima não modificada; ✓ introdução de genes de enzimas capazes de degradar o herbicida, antes que ele inicie sua ação sobre a planta. RESISTÊNCIA A INSETOS: • A introdução de resistência a doenças e pragas é uma prioridade de programas de melhoramento, tendo em vista que: • cerca de 10% de perdas são atribuídas a insetos e nematóides; • 12% a fungos; e • 20% a vírus e bactérias. RESISTÊNCIA A INSETOS: • A engenharia genética pode contribuir também para a proteção dos grãos, durante o armazenamento pós-colheita, com a utilização de genes correspondentes a proteínas que inibam enzimas digestivas, sob o controle de promotores específicos de sementes.
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