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Espirometri�: O que é? ● A espirometria é a medida mais comum da função pulmonar ventilatória e é usada para documentar a função pulmonar basal, fazer um diagnóstico preliminar ou monitorar os pacientes na doença pulmonar ou cardíaca evolui ou a medida que responde ao tratamento. Volumes e capacidades pulmonares: ● Determinantes dos volumes e capacidades ○ ação dos músculos respiratórios ○ forças contrárias à expansão pulmonar ■ tensão superficial ■ forças elásticas do pulmão e da caixa torácica ● Pulmão sempre tende colapsar e a caixa torácica tende a expandir, seu equilíbrio entre essas forças é o ponto de repouso, onde não há fluxo, determinando dessa forma, a capacidade residual funcional ● VC (volume corrente) - tudo que entra e sai do pulmão ● Volume de reserva inspiratória: tudo o que entra na inspiração e expiração de modo forçado ● Capacidade vital: tudo o que entra e sai do pulmão de modo forçado ● Volume: depende da musculatura respiratória e forças exercidas para o enchimento pulmonar ● Espirometria consegue medir a capacidade vital mas não consegue medir o volume residual, implicando na prática como: não consegue confirmar se o paciente tem um distúrbio restritivo. ● Pleuras parietal e visceral ligam o pulmão à caixa torácica, trabalham em conjunto mediante a pressão negativa existente. ● Em idosos devido à mudança de conformação (perde músculo, ossificação) a caixa torácica expande menos, logo eles têm maior dificuldade durante a respiração. ● Na presença de surfactante tem a quebra da tensão superficial e permite à melhor expansão do alvéolo. ● P. alveolar e intra pleural são as forças que determinam essa diferença de pressão para a entrada de ar no sistema. ● Então a força inspiratória gera um gradiente de pressão sub atmosférica e o volume de ar entra para o sistema respiratório e quando atinge o máximo faço a retração do pulmão. ● Inspiração e expiração é gerada pela diferença entre pressão atmosférica com os gradientes internos do sistema Importância clínica: ● Doenças que obstruem as pequenas vias aéreas cursam com aumento da resistência ao fluxo de ar ○ EX: asma ● Realiza detecção precoce ● É recomendada na asma: em pacientes com sibilância ou aperto no peito recorrente, para confirmar o diagnóstico de asma; por ocasião da avaliação inicial; após tratamento com estabilização dos sintomas e do pico do fluxo expiratório (PFE) para documentar o nível obtido de função pulmonar (normal ou não); em pacientes com asma persistente e grave, quando mudanças no tratamento de manutenção forem feitas e os resultados alcançados devem ser verificados. Na monitoração de asmáticos leves e moderados, as medidas do PFE são geralmente suficientes. ● O PFE não deve variar mais que 10% Determinantes do fluxo aéreo: ● Ação da musculatura lisa brônquica ○ ação do SNA ○ anticolinérgicos e beta-agonistas, são utilizados para inibição ● Volumes pulmonares ○ maior resistência em volumes pulmonares baixos ○ porque não há muito volume para soltar ○ Os obesos têm volume pulmonar menor pela pressão externa da gordura, então eles trabalham com complacência diminuída, tendem a ter broncoespasmos. Fluxo inspiratório máximo: ● A espirometria é registrada com o paciente sentado respirando calmamente várias vezes em volume corrente, quando então realiza uma inspiração máxima, seguida de uma expiração forçada, que é mantida por pelo menos seis segundos ou mais, com esforço vigoroso continuado (capacidade vital forçada [CVF]), e completada por uma inspiração completa vigorosa (capacidade vital inspiratória). Estas manobras são representadas como uma curva de volume-tempo ou como uma curva de fluxo-volume. As curvas de fluxo-volume são comparadas a padrões especiais, que podem indicar várias condições clínicas ou anatômicas. ● CRF: Capacidade residual funcional ○ É quando para de respirar no final da expiração para começar a inspiração. ● Esforço máximo ○ expiração e inspiração máxima, mas a partir de um momento não consigo soltar mais ar, essa é a região independente do esforço, isso acontece pois tem-se uma compressão onde as forças do ambiente e a força do ambiente fica igual a 0. Então eu quero fazer mais força e não consigo, fazendo com que esse fluxo seja constante. ● CPT (capacidade pulmonar total): ○ É a quantidade total de ar nos pulmões após uma inalação máxima. ● Volume residual (VR): ○ Após expiração forçada chegamos no volume residual ○ É o que sobra. ● Região independente do esforço: ○ na “descida da curva”, independente do esforço que o paciente faça para respirar, será no mesmo ponto. Pois, nessa região não depende de musculatura, e sim da parte intrínseca pulmonar. ○ Caso haja alteração pulmonar, haverá alteração na curva da região independente. ● Expiração máxima ○ compressão pulmonar que gera um estreitamento, ocorre atrito e um ponto de igual pressão (intrapulmonar e atmosférica), por isso que a curva sempre cai no mesmo lugar. ● Aumento da resistência das doenças obstrutivas ○ vai diminuindo a concavidade da curva Fluxo expiratório máximo: ● Importância clínica ○ O fluxo expiratório forçado é excelente medida da função pulmonar ○ Altera-se em diversas doenças ○ Limitado, principalmente, por propriedades intrínsecas do pulmão. ○ Reprodutível num mesmo indivíduo Espirometria: ● É a medida de ar que entra e sai dos pulmões ● Papel diagnóstico em indivíduos com sintomas respiratórios ou exposições potencialmente nocivas aos pulmões ● Avaliação pré-operatória ● Acompanhamento das respostas terapêuticas Sala de exames: ● Temperatura deve ser constante, o aumento da temperatura pode variar em até 5% dos valores de CVF e VEF1 ● Horário do dia, aumento dos valores da função a partir do meio dia até o fim da tarde, ação de cortisol ● Pressão barométrica ○ influência das altas altitudes e da referência. Tipos de exames de função pulmonar: ● Espirometria simples com broncodilatação, incluindo manobras lentas e forçadas ● Broncoprovocação ● Difusão de monóxido de carbono ● Medida de volumes pulmonares ● Cardiopulmonar ● Salbutamol: Tudo que termina em OL é beta2 agonista, um broncodilatador Orientações dadas ao paciente antes do dia do exame: ● sem ter fumado nas últimas 2 horas, bebidas alcóolicas na últimas 4 horas ● Refeições volumosas nas últimas 2 horas ● Evitar cafeína pela ação broncodilatadora ● Exercícios extenuantes podem induzir broncoconstrição ● sem ter usado medicações inalatórias (SABA, LABA, LAMA – cada uma delas terá seu tempo de suspensão antes dos exames) ● Contra-indicações: hemoptise, IAM recente, pneumotórax, descolamento de retina, cirurgias abdominais, neurológicas ou torácicas recentes ● Se o paciente apresenta expectoração em maior quantidade que o habitual o teste deve ser adiado Para realização do exame: ● Ambiente deve ser calmo e privado ● Paciente deve repousar 5 a 10 minutos antes do teste ● Paciente sentado preferencialmente, mas pode ser de pé ● A cabeça deve se manter fixa para não variar nos fluxos expiratórios forçados iniciais ● Dentaduras devem ser mantidas, a menos que sejam mal-ajustadas ● Técnico deve explicar como será realizado o exames e que comandos efetuará ● Exame deve ser realizado pré e pós-broncodilatador Curvas espirométricas: ● Curvas de volume- tempo ou curvas de fluxo-volume Interpretação do exame: ● Passo 1: ○ Avaliar cabeçalho do exame: checar unidades de peso, altura, nome ○ Avaliar o diagnóstico, carga tabágica, medicamentos ● Passo 2: ○ Avaliar as curvas - devem ser “aceitáveis” ○ Curva inaceitável é diferente de curva patológica ● Passo 3: ○ Seguir algoritmo de laudo Volume retroextrapolação: ● NÃO EXCEDER MAIS QUE 5% OU 0,15L da CVF ● A técnica do volume retroextrapolado consiste em determinar o momento em que a curva, no seu pico de fluxo expiratório, atinge determinada inclinação. Esse volume determina o tempo zero da manobra. Interpretação das curvas: ● Capacidade vital forçada → Expiratória: olhar se fez um esforço expiratório bom, olhar se fez a expiratória máxima, olhar se fez tosse(se tivesse feito tosse teria um cerilhote no gráfico) ● Volume Tempo da manobra forçada → Olhar se fez retroextrapolação, neste caso não teve pois não houve excitação entre a fase expiratória e inspiratória (se houvesse a curva inclinada um pouco mais). Fez um platô e exalou mais de 6 segundos ● Capacidade vital forçada, curva fluxo x volume e curva volume x tempo na manobra forçada são as vistas acima. ● Curvas inspiratórias e expiratórias, faz uma elevação (manobra lenta) Distúrbios ventilatórios ● Normal ● Distúrbio ventilatório restritivo ● Distúrbio inespecífico ● Distúrbio obstrutivo ○ há uma diminuição de fluxos ● Distúrbio obstrutivo com capacidade vital funcional reduzida ● Distúrbio misto ● Distúrbio restritivo: diminuição de capacidades e volumes Valores normais: ● CVF ---------------- ≥ 80% do predito ● VEF1 -------------- ≥ 80% do predito ● VEF1/CVF ------- ≥ 0,75 ou do limite inferior da normalidade ● Na primeira coluna pré broncodilatação (amarela) coluna do meio pós broncodilatação (vermelha) ● Para avaliar a resposta ao broncodilatador: ○ Para avaliar a variação de VEF1 , a resposta ao broncodilatador é positiva quando é maior ou igual 200ml a também 12%. ○ Tira o menor do maior e vê a diferença entre os mls para ver o quanto a pessoa ganhou e se houve a resposta ao broncodilatador. Classificação da gravidade do distúrbio ventilatório: ● Obstrutivo ○ Valor VEF1(%), na curva pré-broncodilatador ○ Leve Moderado Grave 60 a 79 41 a 59 ⋜ 40 ● Restritivo ○ CVF pré-bd ≤ 50% → grave ○ Espirometria não permite classificação de distúrbios leves e moderados, sendo necessárias medidas de capacidade pulmonar total e volume residual ● Se a pessoa tem VEF1 normal mas responde ao broncodilatador deve-se laudar Insuficiência pulmonar ventilatória obstrutiva leve (IPVO leve). ● Se o VEF1 for reduzido , mas com VEF1/CVF normal , o laudo já é diretamente insuficiência pulmonar ventilatória obstrutiva. ● Como podemos ver, mesmo quando VEF1/CVF estão normais , se CVF pré-BD for menor ou igual a 50% podemos dizer que é uma insuficiência pulmonar respiratória restritiva grave. ● Deve-se procurar a linha SVC - manobra para avaliar devagar a capacidade respiratória lenta, se essa capacidade for reduzida deve-se seguir o fluxograma. ● Deve-se olhar a lenta (quando é abaixo de 80) é por que a capacidade vital está diminuída. ● Mesmo se você estiver usando o gráfico de reduzido (gráfico 2), e a razão estiver normal , mas a manobra lenta estiver reduzida , deve-se ir para o outro braço e portanto cuidado !! ● TODA VEZ QUE FOR PARA O SEGUNDO GRÁFICO DEVE-SE OLHAR A CAPACIDADE PULMONAR LENTA , SE TIVER MENOR QUE 80 DEVE-SE IR PARA O LADO DIREITO DO FLUXOGRAMA ● Então , após avaliar os fluxograma, deve-se descobrir se é responsivo ao BD: ○ imagem ao lado ● Em seguida, descobrir se é leve, moderado ou grave:
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