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Moarah Brito | 4º Período | FASAI APG #29 IST’s Objetivo 1: Fatores de risco e prevenção | Objetivo 2: Tipos de ISTs (herpes, gonorreia, HPV, HIV, HTLV, sífilis, tricomoniase) | Objetivo 3: Conceito de co-infecção, reinfecção e resistência bacteriana Infecções Sexualmente Transmissíveis . Definição ● Grupo de infecções distintas causadas por microrganismos biologicamente diferentes ● São agrupadas porque o contato sexual desempenha um importante papel do ponto de vista clínico e estatístico em sua epidemiologia Introdução ● A incidência aumenta à medida que se amplia a tecnologia disponível para detectá-la ● Provavelmente os índices são maiores que os notificados ● É comum constatar que o mesmo paciente está infectado simultaneamente por mais de um tipo de IST ● Atualmente, não há cura para HIV e VHS (herpes-vírus simples) - Fármacos controlam infecções, mas não impedem sua disseminação por completo ● Pode haver moos resistente aos fármacos ● Os agentes infecciosos são: - Bactérias - Chlamydia - Vírus - Fungos - Protozoários - Parasitos - Moos não identificados ● Locais de acesso incluem - Boca - Órgãos genitais - Meato urinário - Reto - Pele ● As ISTs podem invadir seletivamente os tecidos mucocutâneos dos órgãos genitais e causar vaginite nas mulheres ou manifestações geniturinárias e sistêmicas em ambos os sexos ● Algumas dessas infecções podem ser transmitidas pela mãe infectada ao feto ou ao recém-nascido, causando anomalias congênitas ou morte da criança Fatores que aumentam prevalência e disseminação ● Doenças são frequentemente assintomáticas → facilita disseminação da infecção por indivíduos que não sabem que são portadores ● Difícil notificar e tratar os parceiros dos pacientes infectados ● Taxas de incidência de algumas IST são maiores entre os adolescentes ● Todas essas doenças são mais comuns nos indivíduos que têm mais de um parceiro sexual Prevenção ● 5 estratégias de acordo com o Centers for Disease Control and Prevention - Educação e aconselhamento das pessoas em risco para motivar a adoção de um comportamento sexual mais seguro - Identificação das pessoas infectadas assintomáticas e das pessoas sintomáticas que não procuraram serviços de tratamento e de diagnóstico - Diagnóstico e tratamento rápidos e efetivos das pessoas infectadas - Avaliação, tratamento e aconselhamento dos parceiros sexuais expostos - Vacinação antes da exposição das pessoas em risco para DST preveníveis por vacinas ● Abstinência/monogamia - Maneira mais confiável de evitar IST - Abstinência deve ser recomendada - Durante o tratamento - Evitar IST Moarah Brito | 4º Período | FASAI - Evitar gravidez indesejada - Ambos os parceiros devem ser examinados para DST, incluindo HIV, antes de iniciarem as relações sexuais ● Preservativos - Quando usados consistentemente e de forma correta - Como não cobrem todas as áreas expostas, é mais provável que sejam mais efetivos na transmissão de ISTs transmitidas pelos líquidos das superfícies mucosas (Gonorreia, clamídia, tricomoníase, HIV), que naquelas transmitidas por contato pele-pele (HSV, HPV, Sífilis e cancróide) - A falha do preservativo masculino resulta, mais frequentemente pelo uso inconsistente ou incorreto do que da ruptura do preservativo - Preservativos de poliuretano ou de outros materiais sintéticos podem ser indicados para pessoas com alergia ao látex - Menos informações estão disponíveis para demonstrar o efeito dos preservativos femininos, embora alguns dados promissores indicam que a proteção é garantida diante de um uso correto ● Aconselhamento - Aconselhamento para redução do risco pode reduzir a incidência de infecções em 25-40% de algumas populações ● Busca ativa de pessoas possivelmente infectadas - Estratégia para promover acesso ao diagnóstico e ao tratamento ● Vacinação pré-exposição - Um dos métodos mais efetivos para prevenção de certas ISTs, como a da hepatite B (recomendada para todas as pessoas não vacinadas que apresentem outra DST - Vacina de hepatite A está recomendada para homens que façam sexo com homens e para usuários de drogas ilegais (tanto injetáveis quanto não injetáveis) HPV (Papiloma vírus humano) . O HPV e seus tipos ● São vírus de DNA, dupla hélice, não envelopados ● Causam lesões proliferativas do epitélio escamoso ● Existem mais de 100 subtipos, divididos em 3 grupos - Tipos 6 e 11 (baixo risco) - Encontrados na maioria das verrugas genitais externas - Benignos - Potencial baixo de causar displasia - Tipos 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58 (risco intermediário) - Causadores de neoplasia intraepitelial, ainda que sejam causas menos frequentes de carcinomas espinocelulares - Tipo 16 e 18 (alto risco) - Associados à displasia cervical e cânceres anogenitais (mesmo as cepas mais agressivas podem variar quanto ao potencial oncogênico) ● Alguns infectam boca e garganta ● Entre os cofatores que podem aumentar o risco de câncer cervical, são: - Tabagismo - Imunossupressão - Exposição a variações hormonais (gestação, ACO,..) Patogênese e manifestações ● A infecção por HPV começa com a inoculação do vírus no epitélio escamosos estratificado, onde a infecção estimula a replicação das células epiteliais e resulta na formação de várias lesões proliferativas causadas pelo vírus ● O período de incubação das verrugas é de 6-8 semanas, embora com intervalo médio de 2-3 meses ● Nos casos típicos, as verrugas genitais (condiloma acuminado) evidenciam-se por lesões carnosas, macias e elevadas Moarah Brito | 4º Período | FASAI na genitália externa, inclusive pênis, vulva, escroto, períneo e pele perianal ● As verrugas externas podem formar nódulos pequenos, ou podem ser achatadas, com superfície áspera ou pedunculadas ● Em casos menos frequentes, as verrugas podem aparecer como pápulas elevadas lisas, avermelhadas ou castanhas, ou na forma de lesões cupuliformes na pele queratinizada ● As verrugas internas são lesões com formato de couve-flor, que se desenvolvem nas mucosas da vagina, da uretra, ânus ou da boca ● A infecção subclínica é mais comum que as verrugas genitais visíveis ● A regressão espontânea e infecções por outros tipos de HPV são frequentes ● O desenvolvimento de uma resposta imune efetiva ajuda a erradicar a infecção, mas o vírus pode permanecer inativo durante anos e reativar em uma época subsequente Profilaxia ● Hoje em dia existem duas vacinas (Gardisil e Cervarix), que protegem contra os tipos 6 e 11, que são as causas conhecidas das verrugas genitais ● Contudo, hoje não existe tratamento para erradicar o vírus de um indivíduo infectado ● Estudos não demonstram a eficácia da prevenção de HPV por uso de preservativos Herpes genital . O herpes-vírus ● Vírus encapsulados grandes, dupla hélice ● Uma das causas mais comuns de úlceras genitais nos EUA ● Possibilidade de subnotificação ● As mulheres têm superfícies mucosas mais amplas e, consequentemente, têm risco mais alto de adquirir a infecção ● Existem 3 grupos e 9 tipos de herpes-vírus que causam infecção em humanos - Vírus neurotrópico do grupo alfa, inclusive herpes-vírus simples - Tipo 1 (VHS-1; geralmente associado ao herpes labial, embora tenha crescido um número de infecções herpéticas anogenitais causadas pelo VHS-1) - Tipo 2 (VHS-2) - Vírus varicela-zóster - Causa varicela e herpes-zóster - Vírus linfotrópico do grupo beta, inclusive - Citomegalovírus (causa citomegalovirose ou doença de inclusão citomegálica) - Vírus Epstein-Barr (causa mononucleose infecciosa e linfoma de Burkitt) - Herpes-vírus humano tipo 8 (provavelmente sarcoma de Kaposi) Patogênese ● VHS-1 e o VHS-2 são geneticamente semelhantes e ambas podem causar lesões genitais ● Esses vírus replicam-se na pele e nas mucosas infectadas (orofaringe e genitália), onde causam lesões vesiculares da epiderme e infectam os neurônios que inervam a região ● São vírus neurotrópicos: proliferam nos neurônios ● Podem ficar latentes (2-10 dias) ● VHS é transmitido por contato com lesões ou secreções infectantes orais, que ocorrem frequentementena infância ● Esse vírus pode ser disseminado à região genital por autoinoculação depois da lavagem inadequada das mãos ou por contato orogenital ● Em adultos sexualmente ativos, infecções por VH1 são comuns quanto a VH2 ● VHS-2 - Transmitido por contato sexual - Mas também durante o parto se o vírus estiver sendo eliminado ativamente no sistema geniturinário Moarah Brito | 4º Período | FASAI - Maioria é subclínica, que contribuiu para proporções epidêmicas dessa infecção em todo o mundo Manifestações clínicas ● A infecção genital por VHS pode ser evidenciada por um episódio de - Primoinfecção (infecção primária) - Primeiro episódio - Causam lesões evidentes: mais numerosas e dispersas - Lesões recém formadas continuam a aparecer por cerca de 10 dias depois da infecção inicial - O mais doloroso - Acarretam mais manifestações sistêmicas - Disseminação persiste por mais tempo (10-15 dias) - Recidiva - Segundo episódio ou + - Envolvem mesmo tipo de vírus ● Alguns podem ser assintomáticos ● Alguns casos “graves” presumivelmente primários são, na verdade, recidivas detectadas pela primeira vez nos indivíduos com infecções de longa duração Infecções primárias ● Sintomas iniciais das infecções primárias incluem - Formigamento - Prurido - Dor na região genital - Erupção de pequenas pústulas - Vesículas ● Essas lesões rompem-se em torno do 5º dia e formam úlceras com bases úmidas, muito dolorosas ao toque, que podem causar - Disúria - Dispareunia - Retenção urinária ● Esse período é seguido de um intervalo de 10-12 dias, durante o qual as lesões formam crostas e cicatrizam gradativamente ● Nas mulheres com infecções primárias, é comum o acometimento do colo do útero, vagina, uretra e linfonodos inguinais ● Nos homens, a infecção pode causar uretrite e lesões no pênis e no escroto ● As infecções retais e perianais podem ocorrer depois do contato anal ● Os sinais e sintomas sistêmicos associados às infecções primárias são - Febre - Cefaleia - Mal-estar - Dores musculares - Linfadenopatia Episódios recidivantes ● Os episódios recidivantes geralmente são mais brandos ● Casos típicos - Lesões menos numerosas - Disseminação viral mais lenta por período mais curto (3 dias) Moarah Brito | 4º Período | FASAI ● Sinais prodrômicos (sinal ou grupo de sintomas que pode indicar o início de uma doença antes que sintomas específicos surjam) como prurido, ardência e formigamento local das lesões são semelhantes ● Com exceção de que o VHS-2 tem mais tendência a recidivar ● As manifestações clínicas pelo tipo 1 e 2 do VHS são semelhantes ● A frequência e a gravidade das recidivas variam de um indivíduo a outro ● Podem desencadear recidivas: - Estresse emocional - Privação de sono - Esforço extenuante - Outras infecções - Coito vigoroso ou prolongado - Transtornos menstruais Tricomoníase . A tricomoníase ● Infecção por Trichomonas vaginalis, protozoário anaeróbio, formato semelhante a um nabo, com 3-4 flagelos anteriores. Podem habitar nas glândulas parauretrais dos homens e mulheres ● De acordo com o Porth, a tricomoníase é uma IST muito mais comum que a gonorreia é quase tão frequente quanto às infecções causadas pela Chlamydia ● EUA: 7,4 mi casos/ano ● Tricomoníase está comumente associada a outras ISTs Manifestações e complicações ● Homens portadores do protozoário na uretra e na próstata são assintomáticos ● 10-15% das mulheres são assintomáticas ● É uma causa comum de vaginite quando algum desequilíbrio favorece a proliferação do protozoário ● O parasito extracelular alimenta-se na mucosa vaginal e ingere bactérias e leucócitos ● Leva a - Secreção amarelada ou esverdeada copiosa, espumosa e fétida - Pode haver eritema e edema da mucosa - Algumas vezes com prurido e irritação - Manchas de morango: pequenas áreas hemorrágicas no colo do útero ● Complicações - Fator de risco para transmissão do HIV - Trichomonas podem atuar como vetores para disseminação de outros moos, transportando patógenos ligados à sua superfície até as tubas uterinas - Aumenta risco de infertilidade (homem e mulher) e doença inflamatória pélvica - Nascimento prematuro - Causa uretrite não gonocócica em homens Gonorreia . A gonorreia ● Doença de notificação compulsória ● Causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, diplococo gram-negativo piogênico (formador de pus), tem como único hospedeiro os humanos ● Frequentemente não é diagnosticada ● Proliferam mais facilmente em epitélios quentes secretores de muco ● São porta de entrada para a bactéria: - Sistema geniturinário - Olhos - Orofaringe - Região anorretal - Pele ● Transmissão Moarah Brito | 4º Período | FASAI - Geralmente por relações sexuais - Transmissão perinatal - Durante a passagem pelo canal do parto - Sujeitos a desenvolver conjuntivite gonocócica, que pode causar cegueira se não tratada de forma adequada ● Pode ocorrer autoinoculação do moos nas conjuntivas ● Gonorreia genital nas crianças pequenas deve sugerir a possibilidade de abuso sexual ● Em muitos casos, a infecção evidencia-se 2 a 7 dias depois da exposição ● Nos casos típicos, a gonorreia começa na uretra anterior, nas glândulas uretrais acessórias, nas glândulas de Bartholin ou Skene e no colo do útero Manifestações e complicações ● Podem ser assintomáticos ● Homens - Primeiros sinais e sintomas são dor uretral e secreção amarelo-cremosa, algumas vezes com sangue - Infecção pode tornar-se crônica e afetar a próstata, o epidídimo e as glândulas periuretrais - Infecções retais são mais comuns em homossexuais ● Mulheres - Secreção genital incomum - Disúria, dispareunia, dor ou hipersensibilidade pélvica - Sangramento vaginal diferente (inclusive depois das relações sexuais) - Febre - Proctite - Sintomas podem ocorrer ou piorar durante ou um pouco depois da menstruação, porque a bactéria prolifera no sangue - Pode ocorrer infecção no útero e formação de focos infecciosos agudos ou crônicos nas tubas uterinas, que por fim causam retrações fibróticas e esterilidade ● Complicação: - Síndrome de infecção amniótica: ruptura prematura das membranas, nascimento prematuro, risco aumentado de morbimortalidade neonatal - Se não for tratada, a gonorreia espalha-se para os focos iniciais para os segmentos proximais do sistema geniturinário - Nos homens, atinge a próstata e o epidídimo - Na mulheres, pode causar endometrite, salpingite e DIP - Pode atingir a corrente sanguínea e causar sequelas graves em diferentes regiões, como valvas cardíacas e meninges Sífilis . A sífilis ● Doença sistêmica de notificação compulsória ● Causada pelo espiroqueta Treponema pallidum Moarah Brito | 4º Período | FASAI ● Transmitido por contato direto com lesão úmida contagiosa, geralmente na relação sexual ou transplacentária ● Secreções repletas de bactérias podem transferir o microrganismo durante qualquer tipo de contato íntimo ● Abrasões da pele podem ser outra porta de entrada ● Transmissão da mãe ao feto é rápida depois da 16ª semana, de modo que a infecção materna em atividade durante a gestação pode causar sífilis congênita do feto ● Sífilis não tratada pode levar a - Prematuridade - Morte fetal - Anomalias congênitas - Infecção ativa do bebê ● Como as manifestações clínicas da sífilis materna podem ser sutis, o teste para sífilis é obrigatório para todas as gestantes. ● Depois de ser tratada para sífilis, a gestante geralmente é acompanhada ao longo de toda a gestação por dosagens repetidas dos títulos séricos Manifestações clínicas ● Dividida em 3 estágios ● Estágio primário - Aparecimento de um cancro no local da exposição (pênis, vulva, boca ou ânus) - Nos casos típicos, os cancros formam-se em média cerca de 3 semanas depois da exposição - Mas o período de incubação pode chegar a 3 meses - Cancro primário começa com uma única pápula endurecida medindo até vários cm de diâmetro, que sofre erosão e forma uma úlcera com base limpa e elevada - Os cancros também são solitários e têm bordas elevadas e bem demarcadas - Em geral, essas lesões são indolores - Facilmente detectadaem homens, nos quais a lesão se localiza no escroto ou pênis - Em mulheres, pode ocorrer na vagina ou colo do útero, sendo mais dificilmente percebida - O cancro geralmente cicatriza dentro de 3-12 semanas, com ou sem tratamento ● Estágio secundário - Duração variada (1 semana - 6 meses) - Sinais e sintomas com erupção, principalmente em - Palma das mãos - Mucosas - Meninges - Linfonodos - Estômago - Plantas dos pés - Fígado - Podem aparecer e desaparecer ao longo de 1 ano, mas geralmente se estendem por 3 - 6 meses - Febre - Dor de garganta - Estomatite - Náuseas - Perda de apetite - Inflamação ocular - Pode incluir também - Queda de cabelo - Condilomas planos Moarah Brito | 4º Período | FASAI - Placas elevadas marrom-avermelhadas, que podem ulcerar e liberar secreção fétida - Medem 2-3 cm de diâmetro - Contém muitos espiroquetas - Altamente contagiosas ● Estágio de latência - Geralmente após segundo estágio - Pode estender-se por toda a vida ou progredir para estágio 3 Obs: Pacientes podem ser contagiosos durante o primeiro e segundo anos do estágio de latência ● Estágio terciário - Reação tardia a doença não tratada - Pode começar décadas depois da infecção inicial - Geralmente se evidencia de 3 formas: - Formação de gomas (lesões granulomatosas destrutivas localizadas) - Lesão necrótica típica com consistência de borracha, que é causada por necrose não inflamatória dos tecidos - Podem ocorrer isoladamente ou em grupos e suas dimensões variam de lesões microscópicas até massas tumorais volumosas - Encontradas mais comumente no fígado, testículo e ossos - Desenvolvimento de lesões cardiovasculares - Resultam das retrações fibróticas da camada média da aorta torácica com formação de aneurismas → dilatação do anel da valva aórtica → insuficiência aórtica - Desenvolvimento de lesões no SNC - Podem levar à demência, cegueira ou acometimento da medula espinal com ataxia e déficit sensorial HIV . Etiologia ● Dividido em 2 tipos ● HIV-1 - Quase todos os casos de AIDS no mundo, exceto no oeste da África - DIvidido em subtipos de A a K, sendo predominantes o A, B, C, D, E ● HIV-2 - Mais raros - Risco menor de transmissão - Velocidade de progressão da doença é longa Moarah Brito | 4º Período | FASAI ● A epidemia da AIDS no Brasil teve início no começo da década de 80, sendo que até junho de 2004 foram notificados 362.364 casos. As regiões Sul e Sudeste abrigam o maior contingente de casos no país. ● Desde o início da epidemia, o perfil epidemiológico da população acometida sofreu modificações passando por determinadas etapas: - Heterosssexualização e aumento de casos entre usuários de drogas - Pauperização, com acometimento das classes socioeconômicas mais baixas e vulneráveis - Feminização e aumento da incidência em crianças (relação da incidência sexo masculino/feminino que era de 18,5 em 1983 passa para 1,5 atualmente) - Expansão territorial da doença ● Transmissão - Sexual - Mais predominante - Maior no intercurso anal e outras práticas que provocam lesão da mucosa retal ou vaginal - Parenteral (uso de drogas endovenosas) - Transfusão de sangue e hemoderivados Moarah Brito | 4º Período | FASAI - Transmissão materno-fetal - Ocorre em torno de 20% quando não há medida profilática - Quando há, reduzida a menos de 1% - Maioria ocorre durante o parto (65%) - Aleitamento apresenta risco adicional (7-22%) - Acidente com material pérfuro-cortante - Profissionais de saúde Obs: Não apresentam risco comprovado: suor, lágrima, urina, saliva Manifestações ● Evolução natural da infecção é dividida em 3 fases ● Fase aguda - Após 5-30 dias da transmissão - Duração de 2-3 semanas, com caráter auto-limitado - Com o desenvolvimento da resposta imunológica específica contra o HIV (resposta humoral e principalmente a imunidade celular citotóxica mediada pelos linfócitos CD8+), ocorre um declínio nos níveis da viremia até um valor basal denominado set-point., e uma recuperação parcial na contagem de células CD4+. - Outras manifestações clínicas que podem estar presentes são hepatoesplenomegalia; úlceras orais e esofágicas; monilíase oral; neuropatia , meningite ou encefalite. ● Fase crônica intermediária ou de latência clínica - Período de equilíbrio entre a replicação viral e resposta imunológica. - Nessa fase, o vírus HIV replica-se continuamente, especialmente nos tecidos linfóides. - Os pacientes são geralmente - Assintomáticos (período de latência clínica) - Ou manifestam a linfadenopatia generalizada persistente (adenomegalia em duas ou mais cadeias não inguinais , por um período mínimo de 3-6 meses, e sem outra causa justificável). - A síndrome consumptiva associada ao HIV também pode ser detectada nessa fase. - Esse período dura em média 8 anos, até que se instale a AIDS propriamente dita. ● Fase sintomática e desenvolvimento de AIDS - Desequilíbrio entre a replicação viral e o sistema imunológico, com progressiva elevação da carga viral e queda na contagem de células CD4+, predispondo ao surgimento das doenças definidoras de AIDS, típicas dessa fase. - Inclui-se neste grupo também, os indivíduos que, mesmo assintomáticos, apresentam contagem de células CD4+ menor que 200 células/mm3. Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. Vilar, FC; Santana, R.C. Capítulo 1 HTLV . Introdução ● O vírus linfotrópico de células T humano é um retrovírus com mecanismo de transmissão semelhante ao HIV. ● O Brasil tem o maior número absoluto de infectados (cerca de 2 milhões de pessoas), principalmente nas regiões Norte e Nordeste ● São dois subtipos relacionados à endemia, com o tipo 1 predominante e responsável pelas manifestações mais importantes. Moarah Brito | 4º Período | FASAI Via de transmissão e fatores de risco ● Transmissão do vírus tipo 1 - Contato sexual - Mais do homem para a mulher (60% contra 0,4%) - Uso de drogas injetáveis (12%) - De mãe para filho (placenta e amamentação) Os vírus linfotrópicos de células T humanos (HTLV) na última década (1990-2000): aspectos epidemiológicos Sinais e sintomas Co-infecção, reinfecção e resistência bacteriana . ● Coinfecção: infeção por dois ou mais tipos de vírus em simultâneo ● Reinfecção: nova infecção num mesmo agente, depois de ter curado a primeira Resistência bacteriana ● Os principais mecanismos de resistência são: - Inativação enzimática - Ocorre quando bactérias emitem enzimas para inativar antimicrobianos. - Penicilinases e betalactamases são alguns exemplos. - Alterações do sítio de ligação - Ocorre uma modificação do local de ação do antibiótico. - Ocorre na alteração da proteína girase, por exemplo, o microrganismo se torna resistente. - Alterações no sistema de transporte - Alterações no sistema de transporte celular/porinas, com modificações qualitativas ou quantitativas nos canais de entrada de antibióticos. - A situação ocorre especialmente em bactérias gram-negativas. - Bomba de fluxo - Onde ocorre a retirada da droga de dentro da célula ativamente. Moarah Brito | 4º Período | FASAI - Isso acontece, por exemplo, com bacilos gram-negativos resistentes às tetraciclinas. ● Mecanismos de propagação - Mutações espontâneas: ocorrem de forma aleatória e as bactérias, por meio de pressão seletiva, conseguem se proliferar - Transformações: acontecem quando uma bactéria engloba parte do DNA de outra que possui genes associados à resistência e os incorpora. - Transdução: é a transferência de material genético mediada por bacteriófagos - Conjugação: é a transferência plasmidial após contato entre as células ou por fímbrias sexuais. - Transposição: ocorre por meio de transposons, com a transferência de pequenos fragmentos de DNA.
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