Buscar

Trabalho Psicologia da Personalidade - Teoria Horney

Prévia do material em texto

IMEPAC - Instituto Master de Ensino Presidente Antônio Carlos.
 
 
AMANDA B. DE MELO
KAROLINE P. MIRANDA
MALU ANGÉLICA GONTIJO 
MARA S. P. GUIMARÃES
NAYARA DE OLIVEIRA 
PSICOLOGIA DA PERSONALIDADE
KAREN HORNEY
 NECESSIDADES E TENDÊNCIAS NEURÓTICAS 
ARAGUARI/MG
2021
AMANDA B. DE MELO
KAROLINE P. MIRANDA
MALU ANGÉLICA GONTIJO
MARA S. P. GUIMARÃES
NAYARA DE OLIVEIRA 
PSICOLOGIA DA PERSONALIDADE
KAREN HORNEY
 NECESSIDADES E TENDÊNCIAS NEURÓTICAS 
Trabalho de pesquisa apresentado como atividade obrigatória da disciplina de Psicologia da Personalidade do Curso de Psicologia da IMEPAC - Araguari, como requisito obrigatório.
Orientação do professor Dr. Celso Gonçalves
ARAGUARI/MG
2021
SUMÁRIO
1	APRESENTAÇÃO	
2	FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA	
2.1	SÍNTESE DO CAPÍTULO DO LIVRO [TÍTULO EM CAIXA ALTA]	
2.1.1	Resumo do capítulo	
2.1.2	Mapa Conceitual da teoria	
3	APRESENTAÇÃO DO FILME	
3.1	SINOPSE	
3.2	RESUMO DA ENREDO	
3.3	ANÁLISE DO PERSONAGEM NO ENREDO	
4	ANÁLISE	
4.1	ANÁLISE DO PERSONAGEM SEGUNDO A TEORIA ESTUDADA	
5	CONCLUSÃO	
6	REFERÊNCIAS	
1 
APRESENTAÇÃO
Karen Danielsen Horney, teve sua teoria influenciada por ser mulher e suas experiências pessoais, como forças sociais e culturais. Não concordava com o ponto de vista de Freud. Não era seguidora e nem colega de Freud, tinha ideias diferentes sobre o que ele falava das mulheres terem inveja do penis. Para ela os homens invejam as mulheres por possuírem o útero e pode dar a luz a uma nova vida. Karen, dizia que a psicanálise existia mais nos homens do que nas mulheres. Nasceu em uma pequena cidade da Alemanha, perto de Hamburgo, era a segunda filha e desde pequena invejava o irmão mais velho. Seu pai foi um forte influenciador em sua vida, por ser uma pessoa religiosa, dominadora, enquanto a mãe, era uma mulher atraente, espirituosa e pensamento livre. A mãe contou para Horney que casou sem amor, mas por necessidade de não estar solteira. Em sua adolescência, ela duvidava que os pais a desejassem, achava que o irmão mais velho Berndt era mais importante do que ela. Para ganhar o afeto da mãe, era uma criança dependente e submissa, mas no final acabou não sendo suficiente. O pai, intimidava ela com comentários que a diminuíram sobre a aparência dela e por ser inteligente.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1.1 Resumo do capítulo
CAPÍTULO 5 KAREN HORNEY: 
NECESSIDADES E TENDÊNCIAS NEURÓTICAS 
Karen Horney, mesmo sem relação direta com Freud, teve ideias diferentes sobre como ele tinha o retrato psicológico das mulheres na psicanálise freudiana, se opondo a ele que dizia que as mulheres tinham inveja do penis, contradizendo com a ideia de que os homens que têm inveja a mulher por elas darem à luz a uma nova vida. Ela diz que essa inveja e ressentimento dos homens, manifesta inconscientemente em comportamentos como menosprezar e depreciar uma mulher para reforçar seu status inferior ao delas. Como vimos em toda história da humanidade, minimizando suas oportunidades para contribuição da sociedade, rebaixando seus esforços. 
Ela dizia que a psicanálise se concentrava mais nos homens que nas mulheres. Ela teve destaque nas causas sociais como modelos da personalidade, após sua mudança para os Estados Unidos, percebendo que a cultura influenciou na personalidade e neuroses dos seus pacientes norte-americanos com os alemães anteriormente e não acreditando que o consciente seria predominante na personalidade e não seria apenas causas biológicas. 
Inicialmente, não tinha intenção de criar uma escola, mas dizer que sua obra era uma extensão da de Freud, em cima da já criada. Quando concluída, acaba criando uma nova escola, uma nova abordagem na psicanálise que não tinha em comum com a anterior, de Freud. A teoria de Horney foi influenciada por ela ser mulher e suas experiências pessoais, como forças sociais e culturais. Nos anos de 1930 e 1940, ocorreram grandes mudanças na sociedade advindas do feminismo, nas atividades populares em relação às mulheres e aos papéis na sociedade dos homens e mulheres principalmente nos Estados Unidos, onde Horney formulou sua teoria. 
Nascida em uma pequena cidade da Alemanha, perto de Hamburgo, era a segunda filha e desde pequena invejava o irmão mais velho. Seu pai teve influência muito forte em sua vida, ele sendo uma pessoa religiosa, dominadora, rabugento já a mãe, era uma mulher atraente, espirituosa e pensamento livre. A mãe fala para Horney que casou sem amor, mas por necessidade de não estar solteira. Em sua adolescência, ela duvidava que os pais a desejassem, achava que o irmão mais velho Berndt era mais importante do que ela. Para ganhar o afeto da mãe, era uma criança dependente e submissa, mas no final acabou não sendo suficiente. O pai, intimidava ela com comentários depreciativos sobre a aparência dela e por ser inteligente.
Karen se casou, e durante os anos de casamento passou por um período de angústia e depressão. Após o término, decidiu estudar sobre a psicanálise. Após os problemas anteriormente ditos, consultou o terapeuta Karl Abraham, um seguidor leal de Freud que disse a ela que seus problemas eram devido a um resíduo do Complexo de Édipo pelo pai poderoso na infância. Não funcionando, ela voltou a auto análise onde continuou pelo resto da vida. Foi influenciada por Adler, pelo conceito de compensação de sentimentos de inferioridade e como fator importante na formação da personalidade. 
Em sua teoria, as pessoas não eram motivadas por forças sexuais ou agressivas, mas por sua necessidade de segurança e amor. Após passar por experiências de paixões em sua vida, disse que estar apaixonada elimina temporariamente a ansiedade e insegurança em sua vida. 
Horney acreditava que a libertação do medo trata-se da necessidade de segurança, dependendo do quanto a pessoa é amada e desejada enquanto criança. Quando a segurança dos pais é enfraquecida provavelmente vai induzir a hostilidade básica, porém essa hostilidade não vai ser demonstrada para os pais, muitas das vezes ela vai ser reprimida por medo e então vai ser desencadeada a sensação de estar só e indefeso. Porém, mesmo sabendo disso Horney tratou suas três filhas com pouco amor e segurança, pensou que elas poderiam aguentar, sem grandes efeitos colaterais muito do que é considerado traumático. Os pais podem ter atitudes que podem induzir a hostilidade, como castigo injusto, comportamento instável, humilhação, isolamento, culpa entre outros. Horney enfatiza bastante o desamparo da criança, onde não achava que a criança se sentisse assim, mas poderiam surgir um comportamento neurótico surgindo este sentimento. 
Horney define como ansiedade básica, sendo como essas neuroses surgidas pela falta de amor e segurança se desenvolvem estando ligadas ao desamparo, medo, hostilidade. Existem quatro formas de defesa contra a ansiedade, obter afeto, ser submisso, obter poder ou afastar-se dos outros. Qualquer um desses quatros mecanismos de defesa contra a ansiedade pode acarretar em necessidade neurótica. 
Horney acredita também, que existem tendências neuróticas que são a aproximação das pessoas que é a demonstração da personalidade submissa que consiste em uma necessidade de afeto, aprovação, um anseio de ser amado, protegido, tendo necessidade estar perto de uma pessoa dominadora onde ela tome conta da sua vida e ofereça proteção. Elas costumam manipular os outros para atingir seus objetivos, sempre se preocupando em atender as expectativas alheia 
Ir contra as pessoas, com a personalidade agressiva com necessidade de poder, admiração, realização, em sua cabeça todas as pessoas são hostis, onde só o mais apto sobrevive. Para obter o controle, precisam ter um ótimo desempenho e ter sua superioridade afirmada pelos demais. Elas não exibem seu medo de rejeição, agindo de forma dominadora. 
E o afastamento demonstra a personalidade distante por autossuficiência, perfeição, onde tem um desejo desesperado de privacidade. Gostam de passar o tempo sozinha, tem grande necessidadede independência . Gostam de se sentir superiores, porém de forma diferente da agressiva, elas querem que sejam reconhecidas automaticamente, sem esforço ou luta. São pessoas lógicas, que enfatizam muito a razão e inteligência. 
Em uma pessoa normal a self (auto imagem) é vista como é na realidade, com base nas habilidades e metas da pessoa, enquanto uma pessoa neurótica enxerga uma imagem distorcida e enganosa das habilidades da pessoa. Horney acredita que todos nós, normais ou neuróticos, criamos uma auto imagem idealizada que pode ou não se basear na realidade. Para a pessoa neurótica, quando essa pessoa tenta alcançar esse ideal envolve se na tirania dos deveres, que é essa tentativa de alcançar algo inalcançável negando o self verdadeiro e começa se comportar com base naquilo que pensa que deve fazer. Essa imagem neurótica do self, vem de um sentimento insatisfatório de autoavaliação. O neurótico não tem autoconfiança por conta de ansiedade e insegurança. Um caminho que as pessoas neuróticas se defendem disso é a externalização, que é quando ela externaliza esse problema para o mundo, para as pessoas em sua volta. Esse processo pode aliviar por um tempo essa ansiedade causada pelo conflito interno porém é importante ressaltar que não faz nada para reduzir a lacuna entre a auto imagem idealizada e a realidade. Para os neuróticos que sentem ódio de si mesmos, podem projetar esse ódio em outras pessoas e lugares ao acreditar que esse ódio é proveniente das causas externas e não de si mesmos.
Horney tinha uma imagem mais otimista da natureza humana do que a de Freud. Para ela uma pessoa é diferente da outra e isso não significa um conflito. 
Segundo ela, as influências posteriores à infância também são importantes, enquanto Freud acredita só nas influências da infância na formação da personalidade. 
O principal objetivo da vida para ela era a realização do self, um sentido de crescimento que pode ser estimulado ou destruído por forças sociais. 
Os métodos de avaliação de Karen Horney eram a associação livre, análise de sonhos e os métodos de pesquisas eram os estudos de casos. Alguns psicólogos acham importantes os seus conceitos das tendências neuróticas, das necessidades de segurança, do papel da ansiedade e a auto imagem idealizada. 
As pesquisas dão suporte à sua teoria e às tendências neuróticas. Horney, começou a trabalhar em uma psicologia feminina no início de sua carreira, quando se tornou a primeira mulher a apresentar um trabalho sobre o tema em congressos onde o próprio Freud estava. Ela criticava o conceito já dito anteriormente, sobre a inveja do pênis. Horney, não negou que grande parte das mulheres se sentiam inferiores aos homens, mesmo elas vendo como inadequadas em comparação aos homens elas faziam isso por motivos sociais, pela cultura e não simplesmente por serem mulheres. Se elas se julgam inferiores, sem valor é porque desde sempre foram tratadas desta maneira.
Horney também discorda de Freud em relação ao Complexo de Édipo, não achando que teria origem sexual reinterpretou como conflito entre a dependência da mãe ou pai e a hostilidade em relação a eles. Para ela, esses sentimentos não se baseiam no sexo da cada um ou em forças biolóficas mas surgem quando os pais agem de forma que acabam prejudicando a segurança da criança. Horney via a competitividade neurótica de forma bem importante na cultura, como uma necessidade a vencer a qualquer custo tendo isso como um estímulo a alcançar patamares maiores de objetivos, seja homem ou mulher.
A sua teoria sofreu críticas por não ser tão ampla no desenvolvimento em relação à teoria de Freud e por não usar os dados de pesquisas antropológicas e sociológicas e também por ser forte influência na cultura da classe média norte-americana. A teoria de Horney, embora importante, não fez tanto sucesso quanto as de Freud, Adler e Jung.
1.1.2 Mapa Conceitual da teoria
 Necessidade de segurança na infância
 
 Necessidades Neuróticas
 ●Afeto
 ●Aprovação
 ●Admiração
 
 Tendências Neuróticas
 ●Personalidade Submissa
 ●Personalidade Agressiva
 ●Personalidade Distante
 
 Self
 ●Auto imagem idealizada
2 APRESENTAÇÃO DO FILME
2.1 SINOPSE
 Filme Coraline e seu mundo secreto
Coraline é uma garota que aparenta ter 11 anos, ela muda de cidade junto com os pais, vai morar em uma casa antiga, onde a vida dela passa ser uma grande viagem. Com uma personalidade forte, orgulhosa, quer a atenção dos pais, mas não admite precisar deles. Ela vive dividida entre dois mundos, que de um lado sofre com a falta de atenção dos pais e de outro idealiza uma família perfeita.
O filme Coraline é apresentado em formato de desenho, porém muito diferente de outros desenhos, que estamos acostumados a ver, há um suspense no ar. O cenário é muito interessante, bem no começo já desperta a curiosidade em saber o motivo daquele mundo paralelo.
Os personagens do filme tem características bem diferentes e algumas manias estranhas. A mensagem que o filme passa é bastante enigmática, porém bem adorável. Em sonhos, ela é levada por camundongos até uma porta, a partir de então passa a viver em um mundo idealizado. A relação com os pais do outro lado é totalmente diferente, Coraline tem todas suas vontades atendidas.
Coraline se entusiasma com a descoberta, mas logo percebe que existe algo de errado quando os pais alternativos tentam manter ela do outro lado.
2.2 RESUMO DO ENREDO
 Ao explorar sua nova casa à noite, Little Coralin descobriu uma porta secreta com um mundo semelhante a ela, mas melhor em muitos aspectos. Todo mundo tem botões nos olhos, e seus pais são muito gentis, onde o sonho de Coraline se tornou realidade. Ela ficou feliz com a descoberta, mas logo percebeu que um estranho segredo estava em ação: outra mãe e sua família tentaram mantê-la neste mundo paralelo para sempre. 
2.3 ANÁLISE DO PERSONAGEM NO ENREDO 
 Coraline sente-se totalmente atraída por outro mundo, onde tudo parece perfeito. Mesmo quando percebe que seus pais e amigos não conseguem abrir os olhos, ela ainda acredita que este mundo é melhor do que o mundo real. Geralmente pensa que tudo é o melhor para ela. Em nosso mundo real, se as crianças não prestarem a devida atenção ao que estão tentando comunicar, podem cair em vários perigos. A protagonista se torna mais madura quando visita outro mundo e ao voltar para o mundo real percebe-se que as coisas começam a se tornar estranhas e a possibilidade de estar em outro mundo é destruída. 
3 ANÁLISE
3.1 ANÁLISE DO PERSONAGEM SEGUNDO A TEORIA ESTUDADA
 O filme conta a história de Coraline que tem 11 anos de idade, filha única, cujo os pais escritores eram muito ocupados e não lhe davam atenção. Coraline chama a atenção dos pais criticando o trabalho de escrever sobre as plantas sendo que odeiam a terra, muita das vezes para chamar a atenção dos pais que estão sempre envoltos no trabalho. Coraline tenta conversar com a mãe, que sempre a ignora, havendo um momento em que Coraline comenta que quase caiu em um poço e que poderia ter morrido, a mãe só responde que legal, não dando importância.
 Em um momento do filme Coraline descobre um novo mundo, onde encontra a figura dos seus pais, mas com personalidade distintas da deles, tratando a como ela sempre quis ser tratada passa a buscar gratificação através da idealização dos desejos pulsionais.
 Na teoria de Horney ela concordava com Freud sobre a importancia dos primeiros anos da infância na moldagem da personalidade adulta. A infancia era dominada pela necessidade de segurança. Se a criança experimenta segurança e ausência de medo isso é decisivo para determinar a normalidade do desenvolvimento da sua personalidade, a sua segurança depende totalmente de como os paisa tratam, o que enfraquece essa segurança é a falta de carinho e afeto pela criança.
 No filme nós podemos ver que Coraline passa por essa falta de carinho e afeto fazendo com que ela crie pais imaginários para suprir esta falta de atenção.
4 CONCLUSÃO
 Concluímos que a abordagem de Karen Horney faz sentido na história do filme da Coraline, pois pela teoria dela a infância é muito importante para modelar a personalidade adulta, e Coraline é uma criança que passou pelas mesmas necessidades de afeto e carinho como Horney passou em sua infância, podendo desenvolver um comportamento neurótico.
5 REFERÊNCIAS
SCHULTZ, Duane P.; SCHULTZ, Sydney Ellen. Capítulo 05 – Horney: Necessidades e Tendências Neuróticas. In.: SCHULTZ, Duane P.; SCHULTZ, Sydney Ellen. Teorias da Personalidade. 2ª edição. São Paulo: Cengage Learning, 2019.
CORALINE E O MUNDO SECRETO. Direção de Henry Selick. Produção de Henry Selick. Estados Unidos, 2009.

Continue navegando