Buscar

CONTESTAÇÃO C RECONVENÇÃO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Ao Juízo de Direito da 3 ª Vara Cível da Capital do Estado do Rio de Janeiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nº do processo: 555.000.345 
 
Lucas, devidamente qualificado nos autos, por meio do seu advogado constituído 
(procuração anexa), com endereço profissional na Rua XXXXXXXX, Rio de Janeiro 
e endereço eletrônico xxxxxxxxxxxxx@xxxxx , vem a presença de vossa excelência, 
com fulcro nos arts. 335 e 336 e seguintes do Código de Processo Civil (CPC), 
apresentar: 
 
 
 
CONTESTAÇÃO COM RECONVENÇÃO 
Aos fatos e direitos opostos por Soraya, também qualificada nos autos do presente 
processo. 
I - DA TEMPESTIVIDADE 
 
 A presente peça processual é tempestiva. O prazo para apresentação da contestação 
é o de 15 (quinze) dias a partir da juntada do AR relativo à carta de citação, restando 
peça tempestiva. 
 
II – PRELIMINARMENTE 
 
II. I - DA INCORREÇÃO DO VALOR DA CAUSA 
 
 Aponta a parte autora o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) como valor da causa. 
Acontece que esse valor não respeita os dispositivos legais. Conforme o Art. 292, 
inciso V, do CPC, as ações indenizatórias devem ter por valor da causa o importe que 
se pretenda. O montante pleiteado pela parte autora é o de R$ 40.000,00 (quarenta mil 
reais), valor este que relata ter sido utilizado no conserto do veículo. Assim, o valor da 
causa pela parte autora deveria ser o de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), devendo o 
juiz decidir a respeito, impondo a complementação das custas, nos termos do 
art. 337, III, CPC. 
 
III - DOS FATOS 
 
Alega a parte autora que dirigia seu veículo na Rua das Acácias, na cidade do 
Rio de Janeiro, quando se envolveu em acidente de trânsito com o veículo do réu. Em 
decorrência do acidente, sofreu danos materiais no valor de R$ 40.000,00 (quarenta 
mil reais), valor que foi utilizado para consertar o automóvel. 
 Segue aduzindo que o acidente foi provocado por culpa do réu, pois estaria 
dirigindo acima da velocidade permitida. Pleiteando, no mérito, a indenização pelos 
danos materiais sofridos. 
 Deu a causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) e informou não desejar 
audiência de conciliação, por ter tentado acordo extrajudicial, sendo infrutífero.
 Conforme se verá, inexiste qualquer direito a ser reparado à autora. A mesma 
se encontrava embriagada no momento do acidente, tendo, inclusive, avançado o sinal 
vermelho. 
IV - DO DIREITO 
 
 Sem ato ilícito não há responsabilidade civil. O réu em nenhum momento praticou 
ação voluntária com negligência ou imprudência que causasse danos a parte autora e, 
consequentemente, gerasse o dever indenizatório. 
 Ao contrário, toda responsabilidade cabe à parte autora que, conforme os 
documentos apresentados, a parte autora estava completamente embriagada no 
momento do acidente, pondo pedestres e outros motoristas em risco, avançando sinais 
vermelhos. 
Caso assim não se entenda, é necessário levantar a responsabilidade 
concorrente entre as partes. A culpa é fator determinante no momento de se 
determinar o valor indenizatório. 
 O CC permite ''reduzir, equitativamente, a indenização'' quando houver 
excessiva desproporção entre a culpa e o dano (art. 944, parágrafo único, CC). Sendo 
estabelecido ainda que: ''se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento 
danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em 
confronto com o do autor do dano'' (art. 945, CC). 
 Apesar do réu exceder o limite de velocidade em 5%, esse valor é mínimo, não 
sendo o motivo preponderante para o acontecimento do acidente. Pelos motivos 
aduzidos, improcedentes os pleitos autorais. Caso reste configurada a responsabilidade 
civil, imperioso implicar que a mesma seja concorrente. 
 
V - DA RECONVENÇÃO 
 
Ao réu é lícito propor reconvenção, manifestando pretensão própria, se conexa 
com a ação principal ou com o fundamento da defesa, nos termos do art. 343, CPC. 
 Decorrente do mesmo fato pleiteia o réu, ora reconvinte, indenização pelos danos 
materiais sofridos no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), importe utilizado para o 
conserto do veículo ocasionado pelo acidente (doc. anexo). 
 Restando claro o dever indenizatório do reconvindo, ante a prática de ato ilícito 
pela sua negligência ao dirigir embriagada, atravessando sinais vermelhos, tudo nos 
termos dos arts. 944 do Código Civil. Atribui-se ao valor da causa o importe de R$ 
30.000,00 (trinta mil reais). 
 
VI - DOS PEDIDOS: 
 
A) Requer o acolhimento da preliminar arguida, intimando a parte autora à 
complementar as custas. 
B) No mérito, requer a total improcedência dos pleitos autorais. 
C) Subsidiariamente, requer a procedência parcial em razão da responsabilidade 
concorrente. 
D) Quanto à reconvenção, requer a procedência do pedido reconvencional, para 
condenação da Autora-reconvinda ao pagamento da indenização no valor de 
R$30.000,00. 
E) No final, requer a condenação da parte autora em custas e honorários advocatícios. 
F) Pleiteia provar o alegado por todos os meios em direito admitido, em especial com 
a juntada das notas fiscais e comprovantes de pagamento dos R$30.000,00 (trinta mil 
reais) e juntada do boletim de ocorrência. 
 
 
Dá à causa o valor de R$30.000,00 (trinta mil reais) 
 
Rio de Janeiro, 26 de maio de 2021 
Mariane Lima Diniz, OAB xx.xxx/PB

Continue navegando