Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ESTRADAS Aula 13 – Tipos de revestimento asfáltico Curitiba, 24 de maio de 2021 Prof.ª MSc. Larissa Vieira Revestimentos asfálticos • O revestimento é a camada que recebe a carga dos veículos e a ação climática → deve ser tanto quanto possível impermeável e resistir aos esforços do tráfego; • Na maioria dos pavimentos brasileiros, o revestimento é uma mistura de agregados minerais e ligantes asfálticos; • Deve atender aos requisitos de impermeabilidade, flexibilidade, estabilidade, durabilidade, resistência à derrapagem, resistência à fadiga e ao trincamento térmico, de acordo com o clima e tráfego previstos para o local. Revestimentos asfálticos • Quanto ao local de preparo, o material de revestimento pode ser: – Preparado em usina específica → misturas usinadas (usina fixa ou móvel); – Preparado na própria pista→ tratamentos superficiais; • Quanto ao tipo de ligante podem ser: – A quente→ uso de CAP; – A frio→ uso de emulsão; • Quanto à distribuição granulométrica, as misturas podem ser: – Densas; – Abertas; – Contínuas; e – Descontínuas. Misturas usinadas • A mistura de agregados e ligante é realizada em usina estacionária e transportada para a pista, onde é lançada pela vibroacabadora; • Em seguida é compactada, até atingir um grau de compressão tal que resulte num arranjo estrutural estável e resistente às deformações permanentes e elásticas repetidas da passagem do tráfego; Misturas usinadas a quente • As misturas a quente são subdivididas de acordo com a graduação dos agregados: – Graduação densa: curva granulométrica contínua e bem-graduada (os agregados de dimensões menores preenchem o vazio dos maiores). Exemplo: concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ); – Graduação aberta: curva granulométrica uniforme com agregados quase exclusivamente de um mesmo tamanho (pouco material fino). Exemplo: mistura asfáltica drenante (camada porosa de atrito – CPA); – Graduação descontínua: curva granulométrica com proporcionamento dos grãos de maiores dimensões em quantidade dominante em relação aos grãos de dimensões intermediárias. Exemplos: matriz pétrea asfáltica (stone matrix asphalt – SMA); e mistura sem agregados de certa graduação (gap-graded). Misturas usinadas a quente Misturas usinadas a quente Misturas usinadas a quente Misturas usinadas a quente Concreto Asfáltico Denso (CA ou CBUQ) • Pode ser: – Convencional: CAP e agregados aquecidos; – Especial (quanto ao ligante): asfalto modificado por polímero ou asfalto borracha e agregados aquecidos. • Vazios com ar (após a compactação): – 3 a 5% (camada de rolamento); – 4 a 6% (camada de ligação); • Teor de asfalto: entre 4,5 e 6,0% (depende da forma e da massa específica dos agregados, da viscosidade e do tipo de ligante) Concreto Asfáltico Denso (CA ou CBUQ) Camada Porosa de Atrito (CPA) ou revestimento asfáltico drenante • Vazios com ar (após a compactação): entre 18 e 25%; • É empregada como camada de rolamento com a finalidade funcional de aumento de aderência pneu-pavimento em dias de chuva; • Promove rápida percolação da água devido à sua elevada permeabilidade, até a água alcançar as sarjetas; • Vantagens: – Redução da espessura da lâmina d’água na superfície de rolamento e consequentemente das distâncias de frenagem; – Redução do spray proveniente do borrifo de água pelos pneus dos veículos, aumentando assim a distância de visibilidade; – Redução da reflexão da luz dos faróis noturnos; – Redução de ruído ao rolamento. Camada Porosa de Atrito (CPA) ou revestimento asfáltico drenante Camada Porosa de Atrito (CPA) ou revestimento asfáltico drenante Camada Porosa de Atrito (CPA) ou revestimento asfáltico drenante Stone Matrix Asphalt (SMA) • É um revestimento asfáltico, usinado a quente, concebido para maximizar o contato entre os agregados graúdos, aumentando a interação grão/grão; • Caracteriza-se por conter uma elevada % de agregados graúdos → grande volume de vazios; • Os vazios são preenchidos por um mástique asfáltico, constituído pela mistura da fração areia, fíler, ligante asfáltico e fibras; • É uma mistura rica em ligante asfáltico, com um consumo de ligante em geral entre 6,0 e 7,5%; • São misturas que tendem a ser impermeáveis com volume de vazios que variam de 4 a 6% em pista; • É recomendado para aplicação em pavimentos como camada de rolamento ou de ligação. Stone Matrix Asphalt (SMA) • Aplicações do SMA: – vias com alta frequência de caminhões; – interseções; – áreas de carregamento e descarregamento de cargas; – rampas, pontes, paradas de ônibus, faixa de ônibus; – pistas de aeroporto; – estacionamentos; e – portos. Stone Matrix Asphalt (SMA) • Características de desempenho do SMA: – boa estabilidade a elevadas temperaturas; – boa flexibilidade a baixas temperaturas; – elevada resistência ao desgaste; – boa resistência à derrapagem devido à macrotextura da superfície de rolamento; – redução do spray ou cortina de água durante a chuva; e – redução do nível de ruído ao rolamento. Stone Matrix Asphalt (SMA) Gap-graded • É uma faixa granulométrica especial que resulta em macrotextura superficial aberta ou rugosa, mas não em teor de vazios elevado; • Pode ser empregada como camada estrutural de revestimento; • Geralmente é utilizada com asfalto borracha. Gap-graded Misturas asfálticas usinadas a frio • Pré-misturado a frio (PMF): misturas usinadas de agregados graúdos, miúdos e de enchimento, misturados com emulsão asfáltica de petróleo (EAP) à temperatura ambiente; • Pode ser usado como revestimento de ruas e estradas de baixo volume de tráfego, ou ainda como camada intermediária (com CA superposto) e em operações de conservação e manutenção; • Pode ser: – Denso: graduação contínua e bem-graduado, com baixo volume de vazios; – Aberto: graduação aberta, com elevado volume de vazios. Misturas asfálticas usinadas a frio • Pré-misturado a frio (PMF): misturas usinadas de agregados graúdos, miúdos e de enchimento, misturados com emulsão asfáltica de petróleo (EAP) à temperatura ambiente; • Pode ser usado como revestimento de ruas e estradas de baixo volume de tráfego, ou ainda como camada intermediária (com CA superposto) e em operações de conservação e manutenção; • Pode ser: – Denso: graduação contínua e bem-graduado, com baixo volume de vazios; – Aberto: graduação aberta, com elevado volume de vazios. Misturas asfálticas usinadas a frio • Quanto à permeabilidade: – vazios ≤ 12%: apresenta baixa permeabilidade podendo ser usado como revestimento; – vazios > 12%: apresenta alta permeabilidade, necessitando uma capa selante caso seja usado como única camada de revestimento. Quando >20% pode ser usado como camada drenante; • Podem ser usados em camada de 30 a 70 mm de espessura compactada (espessuras maiores devem ser compactadas em duas camadas). • As camadas são espalhadas e compactadas à temperatura ambiente; • É possível estocar a mistura. Misturas asfálticas usinadas a frio Misturas in situ em usinas móveis • Lama asfáltica: – Associação, em consistência fluida, de agregados minerais, material de enchimento ou fíler, emulsão asfáltica e água; – Uniformemente e misturadas e espalhadas no local da obra, à temperatura ambiente; – Aplicação principalmente em manutenção de pavimentos, especialmente nos revestimentos com desgaste superficial e pequeno grau de trincamento → impermeabilização e rejuvenescimento da condição funcional do pavimento; – Não corrige irregularidades acentuadas nem aumenta a capacidade estrutural. Misturas in situ em usinas móveis Misturas in situ em usinas móveis • Lama asfáltica: Misturas in situ em usinas móveis • Microrrevestimento asfáltico: – Pode ser considerada uma evolução das lamas asfálticas, pois usa o mesmo princípio e concepção, porém utiliza emulsões modificadas com polímero para aumentar a sua vida útil; – É uma mistura a frio processada em usina móvel especial, de agregados minerais,fíler, água e emulsão com polímero, e eventualmente adição de fibras; – O microrrevestimento é utilizado em: • recuperação funcional de pavimentos deteriorados; • capa selante; • revestimento de pavimentos de baixo volume de tráfego; e • camada intermediária anti-reflexão de trincas em projetos de reforço estrutural. Misturas in situ em usinas móveis • Microrrevestimento asfáltico: Tratamentos superficiais • Consistem na aplicação de ligantes asfálticos e agregados sem mistura prévia, na pista, com posterior compactação que promove o recobrimento parcial e a adesão entre agregados e ligantes; • Principais funções do tratamento superficial: – Proporcionar uma camada de rolamento de pequena espessura, porém, de alta resistência ao desgaste; – impermeabilizar o pavimento e proteger a infraestrutura do pavimento; – proporcionar um revestimento antiderrapante; – proporcionar um revestimento de alta flexibilidade que possa acompanhar deformações relativamente grandes da infraestrutura. Tratamentos superficiais • De acordo com o número de camadas sucessivas de ligantes e agregados, podem ser: – TSS: tratamento superficial simples; – TSD: tratamento superficial duplo; – TST: tratamento superficial triplo. Tratamentos superficiais • Os tratamentos superficiais múltiplos podem ser diferenciados em diretos e invertidos: – Denomina-se por penetração invertida o tratamento iniciado pela aplicação do ligante, como é o caso do tratamento superficial clássico no caso de ligantes a quente; – O termo penetração direta é utilizado nos casos dos tratamentos superficiais em acostamentos, executados com emulsão de baixa viscosidade, onde é necessário iniciar-se por um espalhamento de agregado para evitar o escorrimento do ligante Tratamentos superficiais Vídeos sobre o conteúdo: Pavimento Flexível | Pavimentação Asfáltica https://youtu.be/kOSxmTy9Ux4 Pavimento rígido https://youtu.be/5Gmf7Grosj0 Asfalto permeável https://youtu.be/lsEhz5V7msc https://youtu.be/kOSxmTy9Ux4 https://youtu.be/5Gmf7Grosj0 https://youtu.be/lsEhz5V7msc
Compartilhar