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aula6estradas_20190927141918

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O que é 
pavimento?
Pavimento
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Distribuição 
dos esforços
Distribuição dos esforços
A pressão aplicada no subleito, nas condições impostas, é da ordem de 
um quinto da pressão de contatos no topo do pavimento.
Distribuição dos esforços
Como a pressão aplicada é reduzida com a profundidade, as camadas 
superiores estão submetidas a maiores pressões, exigindo na suas 
construção materiais de superior qualidade.
O pavimento comparado a outras estruturas
O pavimento comparado a outras estruturas
O pavimento comparado a outras estruturas
Camadas
Camadas
Camadas
Sub-leito
É o terreno de fundação onde será apoiado todo o pavimento.
Deve ser considerado e estudado até as prof. em que atuam
significativamente as cargas impostas pelo tráfego (de 60 a
1,50m de profundidade).
Subleito
• O Ensaio CBR consiste na determinação
da relação entre a pressão necessária
para produzir uma penetração de um
pistão num corpo de prova de solo, e a
pressão necessária para produzir a
mesma penetração numa mistura padrão
de brita estabilizada
granulometricamente.
Regularização do subleito
• É a operação destinada a conformar o leito, transversal e
longitudinalmente. Poderá ou não existir, dependendo das
condições do leito.
Regularização do subleito
A Regularização deve dar à superfície as características 
geométricas do pavimento acabado.
Reforço do subleito
Sub-base
Camada complementar à base. Deve ser usada quando não for
aconselhável executar a base diretamente sobre o leito
regularizado ou sobre o reforço, por circunstâncias técnico-
econômicas.
Entre o subleito e a camada de
base. Material deve ter boa
capacidade de suporte. Previne o
bombeamento do solo do subleito
para a camada de base.
Base
• Camada destinada a resistir os esforços verticais oriundos do
tráfego e distribui-los.
Abaixo do revestimento, fornecendo
suporte estrutural. Sua rigidez alivia
as tensões no revestimento e
distribui as tensões nas camadas
inferiores.
Revestimento
É a camada tanto quanto possível impermeável que recebe
diretamente a ação do rolamento dos veículos e destinada
econômica e simultaneamente:
- a melhorar as condições do rolamento quanto à comodidade e
segurança;
- a resistir aos esforços horizontais que nele atuam, tornando mais
durável a superfície de rolamento.
Deve ser resistente ao desgaste.
É a camada mais nobre do pavimento.
Revestimento
Tipos de Pavimento
Tipos de Pavimento
Pavimento Rígido X Pavimento Flexível
Pavimentos Flexíveis
• Sistema de camadas superpostas, onde as de melhor qualidade encontram-
se mais próximas da carga aplicada
Macadame betuminoso é uma camada de
pavimento realizada por intermédio de
duas aplicações alternadas de ligante
betuminoso sobre agregados de tamanho e
quantidades especificadas; é espalhada,
nivelada e comprimida na pista.
PAVIMENTOS RÍGIDOS 
• Seu dimensionamento é baseado nas propriedades resistentes de placas
de concreto de cimento portland, as quais são apoiadas em uma camada
de transição, a sub-base.
Pavimentos Rígidos: 
Placas de concreto de 
cimento Portland 
Pavimentos Rígidos
Pavimentos Rígidos
Pavimentos Rígidos
PAVIMENTOS SEMI-RÍGIDOS (SEMI-FLEXÍVEIS) 
Situação intermediária entre os pavimentos rígidos e flexíveis. É o caso das 
misturas solo-cimento, solo-cal, solo-betume dentre outras, que apresentam 
razoável resistência à tração 
Comparativo
Comparativo
Materiais na pavimentação
Materiais na pavimentação
Materiais
Materiais
BETUME 
• “Betume é uma mistura de hidrocarbonetos de
consistência sólida, líquida ou gasosa, de origem natural
ou pirogênica, completamente solúvel em dissulfeto de
carbono, frequentemente acompanhado de seus
derivados nãometálicos” (ABNT NBR 7208).
BETUME 
• Material pirogênico: Produzido pelo calor ou 
pela ação do fogo 
• Dissulfeto de carbono: produto químico; 
líquido aquoso; sem coloração a amarelo; odor 
de ovo podre; afunda na água; inflamável; 
produz vapores irritantes; fórmula CS2 .
Histórico
•Torre de Babel: tijolos assentados com argamassa betuminosa;
•Ásia menor, onde há abundância de petróleo e seus derivados, os asfaltos foram usados
em argamassas muito antes da cal ou outros aglomerantes;
Histórico
Todas as civilizações posteriores usaram os betumes: egípcios, gregos,
romanos etc.
•Na preparação de múmias os materiais de base asfáltica eram
predominantes;
•Em 1802 as primeiras pavimentações com asfaltos naturais ocorreram na
França, seguido posteriormente pelos Estados Unidos (1838) e pela
Inglaterra (1869);
•Os asfaltos processados, provenientes do petróleo, começaram a ser
produzidos e utilizados no início do século XX.
BETUME
• São materiais de grande emprego na construção civil;
• Tipo: asfalto, alcatrões, óleos graxos;
• São de uso preponderante em pavimentações rodoviárias e
impermeabilizações;
• Usados também em pinturas, isolamentos elétricos e outros;
• É muito difícil ter 02 porções de betume absolutamente iguais devido a
variação entre os hidrocarbonetos ou a sua proporção.
BETUME
• Os materiais betuminosos são composições de betume com outras substâncias: argila, areia,
óleo, solventes, graxas, e outros;
• Aplicação na Construção Civil: asfalto, alcatrões, breus, piches. Feltros asfálticos, tintas,
pastas vedantes, etc.
• Origem:
• natural: minas e jazidas;
• pirogênica: obtido pelo aquecimento do petróleo ou outros materiais orgânicos;
BETUME
Características: 
•alta força adesiva; 
•baixo ponto de fusão; 
•hidrófugo: repele a água e não dissolve, tornando-se 
impermeável; 
•é muito plástico, moldando-se até sob pequenas pressões; 
•é mau condutor de calor, eletricidade e som; 
•incendeia-se com facilidade e tem fumaça preta espessa; 
BETUME
Características:
•inteiramente solúvel no dissulfeto de carbono;
•pode apresentar-se no estado sólido, líquido ou pastoso;
•não existe uma fórmula química exata para o betume;
•é acessível devido ao baixo custo por ser subproduto de outros
materiais como gasolina, óleo e outros;
• São inócuos ou inertes, isto é, não reagem quimicamente com os
agregados minerais que são utilizados como material de
enchimento.
Materiais Betuminosos Básicos: ALCATRÕES 
•Alcatrão bruto: material betuminoso resultante da condensação de
matérias gasosas produzidas na destilação seca (aquecimento sem acesso de
ar seguido de condensação) de algumas substâncias orgânicas.
•Alcatrões por destilação seca são provenientes da hulha, madeira, turfa e
outros, com melhor qualidade e custo mais baixo.
* Turfa: carvão fóssil de formação mais recente;
* Linhito: carvão de formação intermediária;
* Hulha: carvão de formação mais antiga;
* Antracito: carvão antigo menos volátil.
Materiais Betuminosos Básicos: ALCATRÕES 
Materiais 
Betuminosos 
Básicos: 
ALCATRÕES
O alcatrão praticamente não é 
mais utilizado em pavimentação 
desde que se determinou o seu 
poder cancerígeno. 
Além disso, apresenta pouca 
homogeneidade e baixa 
qualidade para ser utilizado 
como ligante em pavimentação.
Materiais Betuminosos Básicos: PICHE 
O nome “Piche” é uma designação genérica para os 
resíduos finais da destilação de alcatrões e outras 
substâncias como o petróleo e resinas;
•Também pode ser obtido de asfalto impróprio para o 
refino; 
•Composto por 11,0 a 17,0 % de betume com resíduo de 
argila, pedrisco e outros; 
•É sólido nas temperaturas normais e funde 
desuniformemente deixando nódulos ou grãos; 
•Vendido em três tipos: mole, semiduro e duro. 
Materiais Betuminosos Básicos : 
BREU
• É o resíduo do refino do
piche, perdendo quase todo o
betume. É um material sólido
à temperatura ambiente e de
maior dureza que os outros
betuminosos, mas com boa
resistência a intempéries;
• No processo, a areia quase
plastifica transformando-se
parcialmenteem vidro,
resultando no BREU.
Materiais Betuminosos Básicos: ASFALTO 
Pode ser encontrado na natureza (CAN), mas em geral provém do refino 
do petróleo (CAP).
Materiais Betuminosos Básicos: ASFALTO
• É um material cimentício;
• Termoviscoplástico (Flexível);
• Impermeável à água (garantir ao pavimento vedação eficaz contra
penetração da água superficial);
• Pouco reativo;
• Aglutinador (proporciona uma íntima ligação entre agregados, capaz de
resistir às forças mecânicas de desagregação produzidas pelo tráfego);
Materiais 
Betuminosos 
Básicos: 
ASFALTO
•Tem odor de óleo combustível; 
•Não se dissolve na água sem uso de artifícios 
químicos; 
•Origem: rochas asfálticas (sedimentares ou 
calcáreas com 10 a 30% de betume 
impregnado); asfaltos naturais (extraídos de 
lagos e depósitos; são mais consistentes). 
Materiais Betuminosos Básicos: ASFALTO
• O asfalto é um constituinte natural do petróleo, sendo obtido
submetendo-se o petróleo a um processo de destilação no qual as
frações leves (gasolina, querosene e diesel), são separadas do asfalto
por vaporização, fracionamento e condensação em torres de
fracionamento com arraste de vapor, sendo que o estágio final é a
destilação a vácuo.
• O resíduo obtido, após a remoção dos demais destilados de petróleo
é o cimento asfáltico de petróleo (CAP).
Cimentos 
Asfálticos de 
Petróleo (CAP)
Os cimentos asfálticos
são classificados de
acordo com os
resultados dos ensaios
de penetração.
•Estes constituem uma
medida da consistência
ou dureza.
CAP
Utilização
→ Em vias urbanas e rodoviárias;
→ Manutenção de pavimentos;
→ Como base para aplicação de massas asfálticas executadas com 
asfaltos modificados.
Asfaltos diluídos (ADP)
Asfaltos diluídos (ADP)
Asfaltos diluídos (ADP)
Asfaltos diluídos (ADP)
Emulsões Asfálticas (EDP)
Asfaltos Modificados por Polímeros (AMP)
Asfaltos Modificados por Borracha (AMB)
Asfaltos Modificados por Borracha (AMB)
Comparativo
Asfaltos Modificados
IMPRIMADURAS E PINTURAS DE LIGAÇÃO
• Consistem na aplicação de uma camada de material asfáltico
sobre a superfície da base concluída, antes da execução do
revestimento.
Aplicação na Engenharia Civil
Imprimadura
• Impermeabilizar a base evitando, tanto
quanto possível, a penetração da água
que porventura se infiltre pelo
revestimento.
• Proporcionar aderência entre a base e o
revestimento.
• Aumentar a coesão da porção superficial
da base, ao formar nela um solo
betume.
Aplicação na Engenharia Civil
Imprimadura
• Deve permitir a formação do solo betume pela penetração do asfalto na
camada superficial (±1 cm) da base, para impermeabilizá-la;
• Deve penetrar e preencher as trincas, tanto quanto possível, permitindo a
execução da camada de rolamento de tratamento, sem danificar a superfície
a base pela ruptura frágil de sua superfície, quando da rolagem dos agregados
do tratamento superficial.
Aplicação na Engenharia Civil
Pintura de Ligação 
ou Imprimadura ligante
• Consiste na aplicação de uma camada de ligante asfáltico e a formação de
película contínua sobre a superfície de base/solo-cimento ou pavimento.
• Objetivo: promover aderência do novo revestimento e a camada
subjacente.
A diferença fundamental entre uma imprimação e uma pintura de 
ligação é que, na primeira, o material asfáltico deverá penetrar na 
camada e, na segunda, não deverá ocorrer qualquer penetração. 
Aplicação na Engenharia Civil
Pintura de ligação
Aplicação na Engenharia Civil
Revestimentos
• Pré-misturado à quente (PMQ)
• Consiste na mistura íntima, devidamente dosada, de material
betuminoso e agregado mineral em usina e na compressão do
produto final, à quente, por equipamento apropriado.
Rev. por mistura a quente
Aplicação na Engenharia Civil
Revestimentos
• Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ) ou Concreto
Asfáltico (CA)
• É o mais nobre dos revestimentos
• Resulta da mistura a quente, em usina apropriada, de agregado mineral
graduado, material de enchimento e material betuminoso, espalhado e
comprimido a quente.
Rev. por mistura a quente
Aplicação na Engenharia Civil
Revestimentos
Rev. por mistura a quente
Aplicação na Engenharia Civil
Revestimentos
• Areia asfalto à quente
• Consiste na mistura de areia com um produto betuminoso obtido em usinas fixas.
• A areia utilizada, normalmente é a passante na # 10 (2mm), embora 2 ou 3 areias
possam ser misturadas para se obter a granulometria desejada.
• Apresenta o inconveniente de produzir uma superfície lisa e macia, ocasionando
problemas de escorregamento.
• Pode-se usar pedrisco para tornar a superfície mais áspera.
Rev. por mistura a quente
Aplicação na Engenharia Civil
Revestimentos
• Pré-misturado a frio
• Mistura de agregado mineral e emulsão asfáltica ou asfalto diluído, em
equipamento apropriado, sendo a mistura espalhada e comprimida a frio.
• Os agregados também não são aquecidos.
• Neste tipo de mistura é permitida a estocagem durante certo período de
tempo.
• Muito utilizado em serviços de conservação, mas também pode ser usado
como revestimento final, porém com qualidade inferior.
Rev. por mistura a frio
Aplicação na Engenharia Civil
Lama Asfáltica
• É uma associação (mistura), em consistência fluida, de agregados ou
misturas de agregados miúdos, fíler (ou material de enchimento) e
emulsão asfáltica, devidamente espalhada e nivelada.
• Empregada no rejuvenescimento de pavimentos asfálticos (pavimentos
desgastados);
• Por apresentar condições de elevada resistência à derrapagem, devido a
seu alto coeficiente de atrito, é também empregada na correção de trechos
lisos e derrapantes.
• A espessura final é da ordem de 4mm e a compactação é executada pelo
próprio tráfego.
Aplicação na Engenharia Civil
Lama asfáltica
Aplicação na Engenharia Civil
Enade 2017
Fluência
• A fluência é a medida do quanto a massa asfáltica pode “andar”
(esmagar, deformar) sob ação cisalhante sem se romper.
• É a medida da elasticidade da massa. Se uma massa asfáltica “andar”
muito, acarretará esmagamento da mistura e em consequência,
ondulação à pista.
• É inconveniente também que a massa asfáltica “ande” pouco, pois ao
sofrer ação de elevado carregamento, sem capacidade de mover-se,
pode trincar.
• graduação densa: curva granulométrica contínua e bem-graduada de
forma a proporcionar um esqueleto mineral com poucos vazios visto
que os agregados de dimensões menores preechem os vazios dos
maiores. Exemplo: concreto asfáltico (CA);
• graduação aberta: curva granulométrica uniforme com agregados
quase exclusivamente de um mesmo tamanho, de forma a
proporcionar um esqueleto mineral com muitos vazios
interconectados, com insuficiência de material fino para preencher os
vazios entre as partículas maiores, com o objetivo de tornar a mistura
com elevado volume de vazios com ar e, portanto, drenante,
possibilitando a percolação de água no interior da mistura asfáltica.
Exemplo: mistura asfáltica drenante, conhecida no Brasil por camada
porosa de atrito (CPA);
• graduação descontínua: curva granulométrica com
proporcionamento dos grãos de maiores dimensões em quantidade
dominante em relação aos grãos de dimensões intermediárias,
completados por certa quantidade de finos, de forma a ter uma curva
descontínua em certas peneiras, com o objetivo de tornar o
esqueleto mineral mais resistente à deformação permanente com o
maior número de contatos entre os agregados graúdos. Exemplo:
matriz pétrea asfáltica (stone matrix asphalt – SMA); mistura sem
agregados de certa graduação (gap-graded).

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