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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

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ANESTESIOLOGIA VETERINÁRIA E TÉCNICAS DE 
TI NO PACIENTE CIRÚRGICO 
 
MYRELLINHA 
 
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE 
MEDICAMENTOS 
vias mais comumente usadas em anestesias 
são: 
 
 
 
 
 
ORAL 
 Esta via é requerida geralmente na 
medicação pré-anestésica (grânulos de 
Promazina em equinos) ou para apreender 
ANIMAIS INDÓCEIS que não permitem qualquer 
aplicação parenteral (cápsulas de pentobarbital 
sódico na carne para cães). 
-O EFEITO DESEJADO (período de latência) é 
DEMORADO, com intervalo de uma a duas 
horas. 
INALATÓRIA 
Dentro da anestesia, esta via é, sem dúvida, 
eletiva por várias razões, pois, além de 
apresentar a segurança do aproveitamento 
total do anestésico, oferece pronta eliminação 
 
após a supressão do mesmo, pois a principal 
via de eliminação é a pulmonar. 
 
INTRAMUSCULAR 
Com o advento dos anestésicos dissociativos e 
neuroleptoanalgésicos, o emprego dessa via se 
tornou mais frequente, pois ela era mais 
empregada para a aplicação de medicação 
pré-anestésica. O que deve ser lembrado é 
que, por essa via, não podem ser empregados 
fármacos em altas concentrações ou cujo pH 
seja menor ou maior do que o do 
compartimento tissular, pois se correrá o risco 
de se obter mortificação tissular e 
consequente necrose (por exemplo, 
barbitúricos cujo pH está ao redor de 10 ou 
éter gliceril guaiacol a 10%). 
 
 INTRAVENOSA OU ENDOFLÉBICA 
 Esta via é eletiva na aplicação da maioria 
dos medicamentos anestésicos. O grande 
cuidado, entretanto, é o da velocidade de 
aplicação, pois sabe-se que as fenotiazinas, 
quando injetadas rapidamente, podem causar 
hipotensão severa. Antes de aplicar outro 
fármaco, convém aguardar, toda vez que se 
aplica um fármaco pela via intravenosa, um 
período mínimo de 15 minutos e de 30 a 45 
minutos se a via for a intramuscular. Esses 
- ORAL - INTRAVENOSA OU ENDOFLÉBICA 
-INALATÓRIA - TÓPICA 
-INTRAMUSCULAR - ESPINHAL 
prazos justificam-se face ao tempo mínimo 
necessário e suficiente para se obterem níveis 
plasmáticos compatíveis com outros fármacos 
a serem aplicados aposteriori, evitando-se, 
assim, sinergismos inesperados ou 
incontroláveis. A representação da comparação 
entre as duas vias pode ser mais bem 
representada na Fig. 1.14. A via intravenosa 
também é recomendada quando se requerem 
anestesias cujo período de latência é 
extremamente reduzido, ou efeitos 
tranquilizantes imediatos, como é o caso dos 
estados convulsivos. Pode ainda ser solicitada 
na anestesia local intravenosa (ver anestesia 
local). 
 
VIA SUBCUTÂNEA 
Esta via é requerida quando se quer retardar 
a absorção do fármaco mantendo-se uma 
relação dose-efeito mais prolongada. Como 
exemplo, cita-se o uso parassimpatolítico da 
atropina como medicação pré-anestésica do 
cloridrato de Xilazina. Ainda o emprego dessa 
via facilita a aplicaçãode soluções isotônicas 
hidratantes, quando da impossibilidade de se 
aplicarem as soluções pela via intravenosa. O 
período de latência dessa via é de 15 
minutos, o que vale dizer que é o tempo 
mínimo que deve ser respeitado para se 
aplicar um fármaco anestésico complementar. 
 
TÓPICA 
Normalmente é pouco empregada e está mais 
afeita a anestesias de superfície com cremes, 
pomadas, soluções ou sprays de anestésicos 
locais em concentrações maiores, face à 
rápida absorção, como será observado em 
capítulo específico. 
 
ESPINHAL 
Esta via é frequentemente usada nas 
anestesias em que se deposita o anestésico ao 
redor da dura-máter (peridural) ou abaixo da 
aracnóide (subaracnóidea). 
 
 RESUMO 
- A via de administração de MENOR 
LATÊNCIA é a via endovenosa e a 
de MAIOR LATÊNCIA a via oral; 
- As duas vias que possuem 
DURAÇÃO MAIS PROLONGADAS SÃO: 
via subcutânea e oral; 
- A via INALATÓRIA é considerada 
uma das mais seguras, por sua 
rápida metabolização. 
 
CALCULOS DE DOSES 
- 1kg=1000g 
- 1g=1000mg 
- 1mg=0,001g=1000mcg 
- 1L=1000 mL 
- Solução 1%= 10mg/mL 
- Solução 0,1%= 1mg/mL 
- Solução 0,05%= 0,5 mg/Ml 
 
FÓRMULA: 
DOSE X PESO / CONCENT. % = Vol. Em mL 
 
Exemplo 
- Um sedativo é apresentado na concentração 
de 2% e sua dose é 2mg/kg. Quantos mL deste 
sedativo devem ser administrados em um cão 
de 10kg? 
Peso= 10kg 
Dose= 2mg/kg 
Concent.= 2%= 20mg/ml 
 
2 x 10 / 20 = 1mL 
 
Quantos ml de acepromazina 0,2% (0,4 
mg/kg) e Diazepam 0,5% (0,3mg/kg) você 
administraria para sedar um cão de 16kg? 
Peso= 16kg 
Dose=0,4mg/kg 
Dose= 0,3 mg/kg 
Concent.= 0,2%=2mg/mL 
Concent.= 0,5%= 5 mg/mL 
 
 
 
 
 Cálculo 
 Acepromazina: 0,4 x 16 = 3,2 mL 
 2 
Diazepam: 0,3 x 16 = 0,9 mL 
 5 
 
PREPARO DE SOLUÇÕES 
- Regra de três 
Exemplo: Prepare uma solução a 5% utilizando 
1000mg de soluto. 
5%= 50mg/ml 
50mg--------------------1 ml 
1000mg----------------- X 
 
1000 / 50 = 20mL 
 
→Sabendo que um antibiótico é vendido em 
frascos contendo 1g de princípio ativo, quantos 
mL você adicionaria para tornar a solução 
numa concentração de 20%? 
20%= 200 mg/mL 
1g= 1000mg 
200mg-----------------------------------1ml 
1000mg--------------------------------- X 
 
X= 1000/200 
X= 5 Ml 
RESUMO 
Os cálculos devem ser realizados de forma 
cuidadosa, pois volumes de alguns fármacos 
aplicados de forma errônea podem levar o 
paciente a óbito. 
DOSE X PESO = Vol. em mL 
 CONCENT. % 
50mg--------------------ml 
1000mg----------------- X 
 
AVALIAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA 
DEFINIÇÃO 
 A medicação pré-anestésica (MPA) é o ato que 
antecede a anestesia, preparando o animal para 
o sono artificial, dando-lhe a devida Sedação, 
suprimindo-lhe a irritabilidade, a agressividade 
e as reações indesejáveis causadas pelos 
anestésicos. 
FINALIDADES 
REDUÇÃO DA DOR E DO 
DESCONFORTO 
Os fármacos empregados na MPA apresentam 
efeito analgésico, como é o caso das 
fenotiazinas, butirofenonas e hipnoanalgésicos, 
o mesmo não ocorrendo com os 
benzodiazepínicos. Essa íedução da dor não 
permite, entretanto, qualquer intervenção 
cirúrgica) pois elas apenas elevam o limiar da 
dor, auferindo analgesia, não promovendo, 
portanto, uma anestesia. 
VIABILIDADE DE INDUÇÃO DIRETA 
POR ANESTÉSICOS VOLÁTEIS 
Na decorrência do tipo de tranquilização 
empregada, a prostração do animal é tanta que 
o paciente aceita a indução direta por 
anestésicos voláteis de odor agradável, tais 
como halotano, metoxifluorano ou enfluorano, 
isofluorano e sevofluorano, rejeitando, 
entretanto, o éter por seu odor acre. 
 
ADJUVANTE DA ANESTESIA LOCAL 
O animal, muitas vezes, não aceita a 
subjugação, mesmo em manipulações indolores, 
debelando-se e não permitindo qualquer 
manipulação, quer cruenta ou incruenta. Seria 
de bom alvitre, ao se injetar um anestésico 
local, que se aplicasse previamente uma 
tranquilização capaz de causar 18 
Anestesiologia Veterinária prostração nos 
pequenos animais e permanência em estação 
nas espécies de maior porte, pois nestes, tal 
posição favorece a execução de pequenas 
intervenções cirúrgicas. 
 
REDUÇÃO DE RISCOS DE EXCITAÇÃO 
PELA ANESTESIA BARBITÚRICA 
Ao se empregar qualquer anestesia barbitúrica, 
sugere-se a aplicação da metade da dose total, 
de uma só vez, de maneira a transpor o risco 
de excitação do segundo estágio, segundo 
Guedel (1951). A MPA reduz ao mínimo esse 
risco, não se notando qualquer excitação e 
evitando-se, assim, o desconforto para o 
paciente e o profissional. 
 REDUÇÃO DE PTIALISMO E 
SIALORRÉIA 
Com o emprego de fármacos anticolinérgicos 
(atropina e escopolamina) na MPA, reduz-se a 
secreção salivar, que às vezes aumenta por 
causa de determinados fármacos anestésicos, 
tais como éter, cloridrato de Xilazina e 
cloridrato de quetamina. A vantagem do 
emprego desses fármacos é evitar a salivação 
que, casoocorresse, poderia ser mobilizada 
para as vias respiratórias, causando obstrução. 
 
REDUÇÃO DO BLOQUEIO VAGAL NA 
INDUÇÃO POR BARBITÚRICOS 
Sabe-se que a indução direta por barbitúricos, 
ao serem injetados rapidamente (metade da 
dose), causa bloqueio vagai (Estanove e George, 
1970), liberando, assim, a ação simpática e 
causando taquicardia que, aliás, é 
desconfortável para o paciente e perigosa para 
animais com distúrbios cardiocirculatórios. A 
MPA reduz essa elevação brusca, não causando 
alteração paramétrica significativa. 
 
 REDUÇÃO DO METABOLISMO BASAL 
Os fenotiazínicos deprimem o sistema nervoso 
central a nível de substância reticular 
mesencefálica, reduzindo discretamente o 
metabolismo basal, sem, contudo, causar 
transtornos dignos de nota para o animal. 
 
 
POTENCIALIZAÇÃO COM OUTRAS 
DROGAS ANESTÉSICAS 
Este fenômeno, também conhecido como 
sinergismo por potencialização, diz respeito à 
interação entre os fármacos empregados em 
MPA e outros fármacos anestésicos. Geralmente, 
esse sinergismo ocorre ao se empregar a 
anestesia barbitúrica em animais pré-tratados 
com fenotiazínicos ou benzodiazepínicos, 
levando à redução sumária do barbitúrico de 
40 a 60%, aproximadamente. 
 
AÇÃO TERMOLÍTICA 
Ao se empregarem os fenotiazínicos, nota-se 
sudorese intensa em equinos, com queda da 
temperatura nas demais espécies animais. Nos 
casos em que se requer hipotermia, esses 
fármacos são aconselhados (hibernação 
artificial). 
 
IDENTIFICAÇÃO 
- Informações: espécie, raça, idade, sexo, 
temperamento, peso e estado reprodutivo 
- Considerar suscetibilidade quanto à espécie 
- Algumas raças apresentam risco mais elevado 
- A idade pode determinar preparo e protocolo 
diferenciados 
- Sexo: fêmeas no cio 
 
 ANAMNESE 
- Histórico do paciente 
- Doenças concomitantes e medicações de uso 
contínuo 
- Histórico anestésico 
 
 EXAME FÍSICO 
Todos os sistemas orgânicos devem 
ser examinados 
- Sistema cardiovascular (FC e ritmo, PA, 
TPC) 
- Ausculta cardíaca (sopro, arritmias e 
propagação de bulhas) 
- Sistema respiratório (FR, profundidade, 
esforço resp., coloração das mucosas) 
- Temperatura corporal 
- Alterações em outras sistemas (mucosas 
ictéricas, problemas de coagulação, 
convulsão, vômitos, poliúria) 
 
 Exames pré-operatórios 
- Usar o bom senso na escolha dos 
exames complementares 
- Avaliação laboratorial mínima 
(hemograma, função renal e hepática) 
- Avaliação cardiológica animais acima 
de 5 anos e aqueles que apresentem 
alterações no exame físico 
- Exames de imagem 
- Adiamento da cirurgia mediante 
alterações que podem ser corrigidas 
 
Tipo da intervenção, duração e 
extensão 
- Protocolo deve ser adequado ao grau de dor 
e ao tempo requerido 
- Exames diagnósticos- priorizar anestésicos de 
rápida metabolização e eliminação 
- Escolha do melhor protocolo para cada 
paciente 
 
Presença de dor e estresse 
- Realizar avaliação da dor em todos os 
pacientes 
- Utilizar as escalas de dor validadas para cada 
espécie 
- Levar em consideração o grau de dor do 
procedimento cirúrgico 
- Reavaliação da dor constante, principalmente 
em casos muito dolorosos 
 
Presença de dor e estresse 
- Realizar avaliação da dor em todos os 
pacientes 
- Utilizar as escalas de dor validadas para cada 
espécie 
- Levar em consideração o grau de dor do 
procedimento cirúrgico 
- Reavaliação da dor constante, principalmente 
em casos muito dolorosos 
 
ASA 1: Paciente hígido, saudável 
ASA 2: Paciente portador de doença/ condição 
clínica leve 
ASA 3: Pacientes com doenças sistêmicas 
moderadas 
ASA 4: Paciente com presença de doença 
sistêmica grave e risco de vida 
ASA 5: Paciente moribundo, sem esperança de 
sobrevida sem a intervenção cirúrgica 
 
Fatores de risco ligados a anestesia: 
- Escolha da técnica, fármacos, duração da 
anestesia 
Fatores de risco ligados a cirurgia: 
-Cirurgias extensas, em órgãos vitais e 
emergência, disposição da equipe, experiência 
A FALHA HUMANA é um dos contribuintes 
para aumento do risco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MEDICAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA 
 
 Terminologias: 
 TRANQUILIZAÇÃO: estado de calma, 
sem que o paciente perca a 
consciência 
 SEDAÇÃO: estado de depressão do 
córtex cerebral, acompanhada de 
sonolência e relativa indiferença ao 
ambiente. 
 NEUROLEPTOANALGESIA: estado de 
indiferença ao meio obtido através da 
associação de neuroléptico 
(tranquilizante ou sedativo) + 
opioide 
 
FINALIDADES DA MEDICAÇÃO PRÉ-
ANESTÉSICO 
- Facilitação do manejo do paciente 
- Promoção de analgesia e miorrelaxamento 
- Sinergismo por potencialização de fármacos 
indutores anestésicos 
- Indução suave à anestesia geral 
- Redução da resposta autonômica reflexa 
- Reduzir secreções salivar e respiratória 
- Reduzir secreções e motilidade intestinal 
- Produzir analgesia pré e pós operatória 
 
 
PRINCIPAIS GRUPOS DE ANESTÉSICOS 
- Anticolinérgicos 
- Fenotiazínicos 
- Benzodiazepínicos 
- Butirofenonas 
- Alfa-2 adrenérgicos 
- Hipnoanalgésicos 
 
ANTICOLINÉGICOS 
→É utilizado como fármaco de emergência. 
 
CARACTERÍSTICA BÁSICA: 
ligação aos receptores muscarínicos do sistema 
parassimpático; 
Também podem ser conhecidos como: 
parasimpaticolíticos, colinolíticos, vagolíticos e 
atropínicos; 
Os anticolinérgicos fizeram parte da maioria dos 
protocolos durante o século 20; 
- Antagonizam ações parassimpáticas 
indesejáveis; 
- Reduzem secreções respiratórias, salivar e 
gastrointestinal; 
- Causam broncodilatação, midríase e 
taquicardia; 
- Diminuem motilidade intestinal; 
- Principais representantes dessa classe: 
ATROPINA e ESCOPOLAMINA; 
• ATROPINA 
- Anticolinérgico natural obtido a partir da 
planta atropa belladonna 
- As doses recomendadas são: 0,02 mg/kg a 
0,04 mg/kg 
- Vias de administração: IV, IM e SC 
- Período de latência: 1 a 5 min 
- Período de ação: 15 a 30 min 
- Biotransformada por esterases plasmáticas = 
rápida eliminação 
- Utilizada para reverter bradicardia ou em 
procedimentos de reanimação, TAMBÉM PARA 
REVERTER MIORRELAXANTES de ação periférica 
juntamente com à neoestigmina 
- Uma utilização ainda frequente é a 
administração antes de um alfa-2 
- A escopolamina tem propriedades semelhantes 
e a dose considerada é a metade da atropina 
ATENÇÃO!! 
→Contraindicada em grandes animais pela 
diminuição da motilidade intestinal 
 
 
 BENZODIAZEPÍNICOS 
- Considerados ansiolíticos 
- O MECANISMO DE AÇÃO se dá pela ativação 
dos receptores gabaérgicos, efeito facilita a ação 
do neurotransmissor GABA 
- Promovendo inibição do sistema reticular, 
depressão do SNC e efeito anticonvulsivante 
- Usados na MPA pelo efeito miorrelaxante e 
potencializador de agentes anestésicos 
- Principais representantes: DIAZEPAM e 
MIDAZOLAM 
- As diferenças estão nas características 
químicas dos fármacos 
- DIAZEPAM contém propilenoglicol: causando 
dor a aplicação 
- Já o midazolam tem uma formulação aquosa: 
IM ou IV 
- Diferença entre o período de ação 
- Latência de 5 min por IM 
- DURAÇÃO: midazolam 2h e Diazepam mais 
prolongada 6h 
- Doses recomendadas: 0,2 a 0,5 mg/kg em 
cães, gatos e suínos 
- 0,1 a 0,2 mg/kg em grandes animais 
-1 a 2 mg/kg em aves e ratos (via nasal) 
- A melhor vantagem: MÍNIMAS ALTERAÇÕES 
CARDIOVASCULARES E RESPIRATÓRIAS 
- O uso como único fármaco pode causar 
EXCITAÇÃO 
- Possui antagonista específico: Flumazenil (10-
20 mcg/kg IV) 
- Atravessam a barreira placentária: podendo 
causar depressão neontal 
→Indicado para pacientes idosos e com 
deficiências 
 
 
FENOTIAZÍNICOS 
- Grupo composto pela acepromazina: 
medicamento mais usado na MPA na medicina 
veterinária 
- Fármacos menos usados: CLORPROMAZINA e 
LEVOPROMAZINA 
- Causa tranquilização por bloqueio das vias 
dopaminérgicas,catecolaminérgicas e 
histaminérgicas 
- A tranquilização obtida é eficaz: contenção, 
manobras ambulatoriais, para acalmar o 
paciente em viagens ou situações estressantes 
- Em cães doses entre 0,03 e 0,05 mg/kg 
promovem tranquilização em até 30 min com 
duração de até 6h 
- Efeito em gatos não apresenta muita 
vantagem- devendo ser utilizado apenas em 
neuroleptoanalgesia 
- Em grandes animais dose 0,03 a 0,1 mg/kg 
período de latência até 30min com duração de 
4 a 6h 
- Causam vasodilatação periférica 
(hipotensão/taquicardia) 
- São antiarrítmicos, antiespasmódicos de 
músculos lisos, antieméticos e reduzem o limiar 
convulsivante 
- Priapismo em equinos?? 
 
BUTIROFENONAS 
- Antes utilizados na MPA de peq. animais e 
na medicina 
- Atualmente utilizados para diminuição de 
estresse de animais em situação de 
confinamento e translocação de animais 
selvagens 
- AZAPERONA, DROPERIDOL e HALOPERIDOL 
- A AZAPERONA promove tranquilização e 
relaxamento muscular, sem efeito analgésico 
- Doses entre 0,5 a 1 mg/kg IM tem sido 
utilizado em animais selvagens, com bons 
efeitos também em ruminantes e suínos 
- Não se observa depressão cardiovascular nem 
respiratória e efeito pode perdurar por 6h 
- PODE SER UTILIZADO EM ASSOCIAÇÃO COM 
ALFA-2 ADRENÉRGICOS E OPIOIDES 
 
AGONISTAS ALFA-2 
ADRENÉRGICOS 
- São fármacos usados com frequência em 
pequenos e grandes animais 
- Proporcionam sedação, analgesia e 
relaxamento muscular 
- Os fármacos comumente usados são: XILAZINA, 
DETOMIDINA, ROMIFIDINA, MEDETOMIDINA E 
DEXMEDETOMIDA 
- Seu efeito pode ser revertido de modo 
confiável através de antagonistas seletivos 
(ioimbina e atipamezole) 
- Os receptores alfa 2 estão distribuídos por 
todo o corpo, tecido neural, na maioria dos 
órgãos e em locais extrassinápticos no tecido 
vascular e nas plaquetas 
- A ampla distribuição resulta em uma 
variedade de efeitos indesejáveis 
- Sendo o objetivo da administração: sedação 
e/ou analgesia 
- Podem causar BRADICARDIA E HIPOTENSÃO 
 
• XILAZINA 
- Utilizada na medicina veterinária desde a 
década de 1960 
- Os efeitos costumam se iniciar entre 5 a 10 
min após aplicação IM ou IV 
- Duração: 30 a 60 min 
- Causa hipertensão inicial seguida de 
hipotensão 
- Redução de 50% do débito cardíaco 
- Bradicardia e o bloqueio atrioventricular de 
segundo grau são as arritmias mais comuns 
- A FR geralmente diminui, porém, a oxigenação 
permanece inalterada 
- No sistema gastrointestinal promove salivação, 
vômitos e refluxo 
- Utilizada junto a cetamina para contenção ou 
procedimentos curtos 
- Ruminantes são bastante sensíveis 
- Doses: Cães e gatos- 0,2 a 1 mg/kg 
Equinos- 0,5 a 1 mg/kg 
Ruminantes- 0,05 a 0,3 mg/kg 
 
 
• DETOMIDINA 
- Principalmente usada em equinos 
- O pico de sedação é de aproximadamente 5 
min 
- Duração: cerca de 1h 
- Alterações no sistema cardiovascular dose-
dependentes 
- Na dose de 10 mcg/kg IV reduz a FC em 2 
min 
- Potente analgésico para dor gastrointestinal 
em equinos 
- Doses: Cães- 0,08 a 0,15 mg/kg 
Equinos- 0,02 a 0,04 mg/kg 
Ruminantes- 0,05 a 0,14 mg/kg 
 
• DEXMEDETOMIDINA/MEDETOMI
DINA 
- A dexmedetomidina é usada em cães e gatos 
- É isômero da medetomidina, que atualmente 
não está mais disponível 
- Exceto em formulações preparadas para 
captura/contenção de silvestres 
- Possuem potentes efeitos sedativos/analgésicos 
- O pico de sedação ocorre em cerca de 10min 
e da analgesia em 20min 
- O uso diminui a CAM de anestésicos 
inalatórios 
- FC e DC diminuem, ↑PA seguida de 
hipotensão 
- Doses: cães e gatos- 0,01 a 0,02 mg/kg 
 
OPIOIDES 
- Principal objetivo do uso: ação analgésica 
- Neuroleptoanalgesia: neuroléptico+opioide 
 Os opioides são substâncias sintéticas derivadas 
da morfina (alcaloide natural) 
- Atuam em receptores específicos: mi, kappa, 
delta 
- São farmacologicamente divididos em: 
agonistas totais, agonistas parciais, agonistas-
antagonistas e antagonistas 
- Os agonistas totais são aqueles que possuem 
mais afinidade com os receptores, portanto os 
mais potentes: morfina, metadona, meperidina, 
fentanila, alfentanila, sufentanila e remifentalina 
→Os agonistas parciais apresentam efeito-teto, 
a partir de determinada dose não há aumento 
da intensidade. Ex: BUPRENORFINA e 
TRAMADOL. 
- Os agonistas-antagonistas exercem atividade 
intrínseca a um tipo de receptor e pouca ou 
nenhuma atividade, podendo inclusive reverter 
algum efeito promovido por um opioide 
agonista total. Ex: BUTORFANOL e NALBUFINA 
 
• MORFINA 
- Considerado “padrão ouro” para o tratamento 
analgésico 
- Possui elevada afinidade aos receptores mi, 
kappa e delta 
- Deve-se evitar a administração IV (hipotensão, 
êmese e excitação) 
- Via IM é requerida pois minimiza ou evita os 
efeitos colaterais 
- Doses: 
Cães: 0,2 a 1 mg/kg - duração 2 a 4h 
Gatos: 0,1 a 0,2 mg/kg 
Equinos: 0,1 mg/kg 
• FENTANILA 
- Um grupo de opioides sintéticos altamente 
lipossolúveis, com elevada afinidade aos 
receptores mi, curto período de latência e de 
ação 
- Mais utilizados em infusão contínua 
- Considerada 100x mais potente que a morfina 
- Mais utilizado em cães e gatos/ Doses: 5 a 
10 mcg/kg 
- Pode ser administrado por IM e IV 
- Duração 20 a 30 min 
- Impacto hemodinâmico mínimo, não promove 
náuseas ou êmese 
- Para infusões destacam-se alfentanila e 
remifentalina 
 
• MEPERIDINA 
- Tem 10% da potência da morfina 
- Doses 3 a 5 mg/kg promove analgesia em 
cães e gatos 
- Duração de 2h em cães 
- As alterações cardiovasculares são mais 
intensas que a morfina (hipotensão e 
inotropismo negativo) 
- Contraindicada a aplicação IV 
- Em grandes animais pode causar ataxia e 
excitação, além de reverter a sedação obtida 
com detomidina ou acepromazina 
 
• METADONA 
- Vem sendo mais usada em virtude do 
mecanismo de ação dual 
- Promove analgesia por ação agonista nos 
receptores mi e potência similar à morfina 
- Boa escolha para tratamento da dor crônica 
ou refratária a outros opioides 
- Não é observada sedação no seu uso isolado, 
podendo ocorrer disforia, excitação e taquipneia 
- Todavia em associações com acepromazina ou 
alfa-2 causa sedação intensa 
- Doses: Cães e suínos- 0,2 a 0,3 mg/kg Gatos- 
0,2 mg/kg Duração: 2 a 6h 
 
• BUPRENORFINA 
- Agonista parcial de receptores mi 
- Segurança no uso (efeito-teto) 
- Doses 5 a 10 mcg/kg IM ou IV tem período 
de latência de 30min e efeitos observados por 
até 12h 
- Não utilizar outro opioide agonista total 
associado 
- O uso em cães e gatos não promove 
alterações cardiovasculares 
- Em equinos: excitação moderada, movimentos 
repetitivos de cabeça, trocas de apoio dos 
membros, taquicardia, hipertensão, além de 
hipomotilidade 
 
 
• TRAMADOL 
- Agonista de ação parcial 
- Possui baixa afinidade com os receptores 
opioides 
- A atuação nos receptores mi é através do seu 
metabólito (O-desmetiltramadol) 
- O efeito analgésico é atribuído a outras duas 
vias (recaptação de serotonina e receptação de 
norepinefrina) 
- Usado na MPA e no pós-operatório 
- Em cães e gatos doses: 1 a 2 mg/kg IM ou 
IV e 5 a 10mg/kg VO 
- Uso sendo questionado em cães e equinos?? 
 
 
• BUTORFANOL 
- Opioide sintético 5 a 10 vezes mais potente 
que a morfina 
- Atua como agonista de receptores Kappa e 
antagonista dos receptores mi 
- Possui efeito-teto sendo seguro em relação 
aos efeitos indesejáveis 
- A administração IM tem latência de 5 min 
- Pode ser usado em associações 
neuroleptoanalgesia 
- Em cães e gatos a dose 0,15 e 0,3 mg/kg 
- Em equinos 0,1 mg/kg IV 
- Doses superiores a 0,2 mg/kg podem causar 
excitação 
• NALOXONA 
- Exerce efeito antagonista total em todos os 
receptores opioides 
- Utilizada para reverter quadros de excitação, 
depressão respiratória e reações alérgicas 
- Doses de 1 a 5 mcg/kg IM ou IV 
- Doses acima de 10 mcg/kgpode reverter 
também efeitos analgésicos 
- Duração de 2h

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