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Química Forense - técnicas analíticas mais usuais, detecção e identificação de resíduos, drogas de abuso.

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No processo de investigação criminal, a química 
forense conta com a ajuda da química analítica e 
muitas de suas técnicas como a 
documentoscopia, balística forense e drogas de 
abuso e entre outras, as mais utilizadas nessa área 
são: 
Documentoscopia: Essa área estuda a 
autenticidade dos documentos, o seu foco está na 
alterações de documentos, exame de 
instrumentos escreventes e, em relação a química 
o exame de tintas. 
As técnicas mais utilizadas na documentoscopia 
são: 
- Espectroscopia Raman: é uma técnica de 
grande importância na comparação de tintas. 
Utiliza a frequência de vibração dos átomos do 
objeto sob análise para descobrir informações 
como: a sua geometria molecular, sua interação 
com o ambiente, etc. 
- Espectrometria de massas (MALDI-MS e 
EASI-MS): é uma técnica que converte 
moléculas e átomos neutros em íons e os separa 
por suas razões de massa/carga. 
 
 
 
 
 
Diante disso, há existem alguns tipos de 
espectrometria de massas. As mais utilizadas 
são: 
MALDI – MS: ionização do analito adsorvido 
em uma substância por um feixe de laser, porém 
ela apresenta algumas desvantagens como a 
destruição do documento, a necessidade de usar 
solventes e entre outros; 
 
ESI – MS: O processo electrospray é simples e 
necessita uma fonte de alta tensão que esteja em 
contato com a solução contendo os analitos. Essa 
técnica surgiu porque causa menos danos aos 
objetos analisados. 
Balística Forense: Na Balística Forense são 
utilizadas as seguintes técnicas analíticas: 
Espectrometria de fluorescência de raios-X: 
 
Baseia-se na emissão de raios fluorescentes na 
amostra analisada por meio da excitação 
eletrônica. Ela utiliza espectrômetro de 
fluorescência de raios-X para gerar as 
informações, o local de inserir a amostra, o dos 
sistema de dispersão, o mecanismo de detecção e 
o processamento dados 
 
 
Microscopia Eletrônica de Varredura por 
Raios-x (MEV-EDX): 
 
A técnica de microscopia eletrônica de varredura 
(MEV) baseia-se na interação da amostra a ser 
analisada com os feixes de elétrons, que é 
responsável por produzir a imagem desejada. 
 
 
O Exame Residuográfico de Disparo de 
Armas de Fogo 
As armas de fogo são consideradas máquinas 
térmicas que tem como constituintes o aparelho 
arremessador, carga de projeção (pólvora) e pelo 
projétil. 
A combustão da pólvora, faz com que o projétil 
seja lançado para fora do cano. A força com que 
é projetado depende da qualidade da combustão. 
Essa queima gera um volume de gases, que 
consequentemente provoca uma pressão que 
empurra o projétil pelo cano da arma. A 
expansão dos gases ocorre na região anterior do 
cano da arma, orientada para a frente e na região 
posterior da arma. O fluxo de gases emitido pela 
região posterior da arma irá atingir a mão de 
quem fez o disparo, é isso que é chamado de 
vestígios ou resíduos de arma de fogo. 
Os resíduos de tiro (GSR) mais comuns de serem 
encontrados são o Fe, Cu, Zn, Ni, Pb, Sb, Ba, e 
pólvora. Lembrando que eles não podem serem 
vistos a olho nu, então necessitam de análises 
laboratoriais, além disso, quanto mais rápido elas 
forem feitas melhor é o resultado, pois esses 
resíduos possuem um tempo de vida curto. A 
coleta geralmente é feita na palma, o dorso, 
região palmar, e nos dedos polegar e indicador. 
A coleta é feita a partir do uso de cotonetes (ou 
também chamados de swabs) embebidos em uma 
solução diluída de EDTA a 2% ou outra solução 
durante dois minutos. Após esse período, esses 
cotonetes são esfregados na mão do suspeito e 
posteriormente armazenados em tubos que irão 
ser levados ao laboratório. 
Existem muitas técnicas de identificação de 
resíduos, entre as mais confiáveis e utilizadas 
podemos citar: 
Espectrometria de Absorção atômica sem 
chama (FAAS): ela se baseia no aquecimento a 
elevadas temperaturas com o objetivo de romper 
as ligações das moléculas presentes na amostra, 
desse modo, os átomos são analisados e 
avaliados pela capacidade de absorção de 
radiação. 
Microscopia eletrônica de varredura por 
Raios X (MEV-EDX): É uma técnica que 
produz imagens com alta ampliação e resolução, 
ela se baseia na interação da amostra analisada 
com os feixes de elétrons, que é responsável por 
produzir a imagem desejada. 
O Exame Químico Metalográfico 
Os automóveis saem das fábricas com um 
número de identificação, adulteradores por 
ventura conseguem fazer alterações e remover 
esses números desgastando a superfície do metal, 
por isso os peritos utilizam o exame 
metalográfico para identificar essas fraudes. 
Sempre que possível, antes de iniciar o exame, 
deve-se submeter a superfície a ser analisada ao 
aquecimento, pois facilita o processo de 
revelação, além disso os tipos de reagentes 
utilizados irão variar de acordo com a natureza 
do metal, ou liga. 
 
 
Exame químico de tintas 
A análise de tintas é bastante importante para a 
Química Forense, devido ao alto número de 
falsificações e adulterações de documentos. Esse 
exame é baseado em dois tópicos: 
- O tipo de componente utilizado para dissolver 
o corante; 
- A pigmentação do corante. 
Ele vai envolver a identificação de substâncias 
empregadas na confecção da tinta usada no 
documento questionado e a compatibilidade com 
a data do mesmo. A técnica mais utilizada é a 
espectroscopia de Raman, que já foi citada 
acima. 
Revelações de impressões digitais 
Um dos métodos de identificação humana 
bastante utilizada é a Papiloscopia, responsável 
pela identificação por meio das papilas dérmicas. 
As papilas dérmicas são reentrâncias que 
representam o local de contato entre a derme e a 
epiderme. 
 
 
 
 
 
 
As papilas dérmicas apresentam características 
como perenidade, individualidade, viabilidade e 
imutabilidade. 
A área responsável pela identificação por meio 
das impressões digitais é a Datiloscopia. 
O processo datiloscópico divide-se em: 
- Monodatilar: quando se refere à impressão 
digital de um só dedo. 
- Decadátilar: quando se trata da impressão do 
conjunto dos 10 dedos. 
Existem quatro tipos de desenhos fundamentais 
que servem de base para toda a classificação 
datiloscópica, eles são baseados na presença do 
delta e das linhas do sistema nuclear 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diante disso, os quatro tipos de desenhos 
fundamentais são: arco, presilha interna, presilha 
externa e verticilos. Esses tipos apresentam 
denominações de acordo com os dedos: 
 
- Arco (A – polegar; 1 – demais dedos): Não tem 
delta, forma abaulada; 
 
 
 
- Presilha interna (I – polegar; 2 – demais dedos): 
Apresenta um delta à direta do observador e as 
linhas nucleares ocorrem para a esquerda do 
observador. 
 
- Presilha externa (E – polegar; 3 – demais 
dedos): Apresenta um delta à esquerda do 
observador e as linhas nucleares ocorrem para a 
direita do observador 
 
 
 
 
- Verticilo (V – polegar; 4 – demais dedos): 
Apresenta dois deltas, um à direita e outro à 
esquerda do observador e as linhas nucleares 
ficam encerradas entre dois deltas 
 
 
As impressões digitais podem ser: 
Impressões latentes (IPL): formadas por óleo 
ou secreções de suor depositadas pelo dedo de 
uma pessoa, invisíveis a olho nu. 
Impressões visíveis: formadas quando o dedo do 
criminoso está contaminado com algum tipo de 
fluido. 
Impressões plásticas ou moldadas: formadas 
quando a impressão do dedo é deixada em uma 
substância macia, são raras de se encontrar. 
 
Técnicas de revelação de impressões digitais 
Técnica do pó: são utilizados diversos tipos 
de pó (Pó óxido de ferro, Pó negro de fumo, Pó 
óxido de titânio etc.) A escolha depende da 
superfície, das condições climáticas e do 
perito, o pó pode ser aplicado com o auxílio 
de um pincel com cerdas macias. 
 
 
Vapor de iodo: Coloca-se o material a ser 
analisado em um saco plástico junto a cristais de 
iodo. Agita-se o saco,movimento suficiente para 
gerar calor. Ocorre, dessa forma, a sublimação e 
o vapor irão reagir com a impressão digital por 
meio de uma absorção física. Sua vantagem é não 
danificar o vestígio. 
Identificação de sangue e outros fluidos 
biológicos 
Sangue: constituído pelo plasma e os 
componentes sólidos (eritrócitos e leucócitos). 
 
 
 
 
 
A presença do sangue em uma cena de crime 
pode aparecer de três formas, quando a mancha 
é claramente visível, quando a mancha é 
invisível e quando a mancha foi removida pelo 
criminoso, então também é considerada 
invisível. 
Existem inúmeros testes, tanto presuntivos como 
reações de cor e de luminescência, ou 
confirmatórios com a formação de cristais 
derivado do grupo heme, os mais conhecidos 
são: 
 
 
Reação de cor – Reagente de Kastle-Meyer 
- 0,1 g de fenolftaleína; 
- 2,0 g de hidróxido de sódio (sob a forma de 
pellet); 
- 2,0 g de pó de zinco metálico; 
- 10 ml de água destilada. 
A amostra de sangue coletada deve ser macerada 
com 1 ml de água destilada ou hidróxido de 
amônio concentrado. Duas gotas do macerado 
são colocadas em um tubo de ensaio junto com 
duas gotas do reagente e duas de peróxido de 
hidrogênio a 5 %. 
 
Reação de Luminescência - Reagente de 
Luminol 
O luminol produz uma reação 
quimioluminescente em solução básica quando 
em contato com o sangue. Ele pode reagir com 
quantidades muito pequenas de sangue, mesmo 
se já tenha passado longos períodos ou se tenha 
sido removido. 
 
 
 
 
 
 
Sêmen: vestígio secretado pelo homem e pode 
ser encontrado na forma de manchas nas roupas, 
chão, tapetes e outros, tanto líquido como seco. 
A coleta de vestígios de sêmen deve ser feita com 
o máximo de cuidado para preservar os 
espermatozoides 
Os testes podem ser presuntivos (luz UV, fostase 
ácida etc.) ou confirmatórios (teste a fresco). 
Bafômetro e Outras Técnicas de 
Quantificação do Etanol 
O bafômetro é um instrumento utilizado no 
trânsito para comprovação da embriaguez dos 
motoristas. A equação química é a seguinte: 
K2Cr2O7(aq.) + 4 H2SO4(aq.) + 3 C2H5OH(v) 
3 C2H4O(g) + K2SO4(aq.) + Cr2(SO4)3(aq.) + 
7 H2O(l) 
Nem sempre essa técnica é possível, então são 
utilizados marcadores biológicos como: 
etilglicuronídeo (EtG), ésteres de ácidos graxos 
(FAEEs), étilsulfato (EtS) e entre outros. 
Aspectos Históricos Relacionados às Drogas 
de Abuso 
- Preparação e métodos de detecção 
Lícitas: Drogas de abuso lícitas são aquelas 
permitidas e liberadas legalmente. Ex: cigarros e 
bebidas alcóolicas. 
 
 
Ilícitas: Drogas de abuso ilícitas são aquelas 
proibidas legalmente. Ex: cocaína, heroína, 
maconha, LSD, etc 
No Sistema Nervoso Central (SNC) as drogas 
causam efeito de dependência, fazendo com que 
ao utilizá-las o indivíduo sinta uma sensação de 
recompensa, induzindo o vício. 
O estímulo é recebido através dos órgãos do 
sentido. A mensagem é processada, interpretada, 
elaborada, memorizada, associada, dentre outros, 
acontecendo de forma super rápida. O SNC é 
constituído de bilhões de neurônios, células 
responsáveis pelo processamento das 
informações e que juntos formam uma complexa 
rede de comunicação. 
 
 
 
 
 
 
 
Entre os neurônios há um espaço chamado fenda 
sináptica, e é lá que ocorre processo de 
neurotransmissão ou sinapse (comunicações). 
As drogas psicotrópicas agem alterando essas 
comunicações entre os neurônios, causando 
diversos efeitos de acordo com o tipo de 
neurotransmissor envolvido e a forma como a 
droga atua. Elas são classificadas em três grandes 
grupos: 
- Drogas depressoras: drogas que diminuem a 
atividade do SNC (Ex: álcool, inalantes, 
benzodiazepínicos). 
- Drogas estimulantes: drogas que estimulam a 
atividade do SNC. (Ex: cocaína e derivados 
como crack, merla, pasta, etc. 
- Drogas perturbadoras: drogas que produzem 
uma mudança qualitativa no funcionamento do 
SNC. (Ex: maconha, triexifenidil (Artane). 
Os testes de detecção de drogas de abuso podem 
ser feitos com fluidos corporais (sangue, urina) e 
amostras queratinizadas (cabelos ou pelos). 
Exemplos: 
Exame de urina: para verificação do uso recente 
de drogas de abuso. Porém, não permite 
distinguir o usuário ocasional do abusivo ou 
dependente. 
Exame de sangue: verificar o uso recente de 
substâncias (algumas horas). As técnicas mais 
utilizadas são cromatografia gasosa (GC), 
espectrometria de massas, cromatografia líquida 
de alta eficiência (HPLC). 
 
 
 
 
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P842q Química forense / Portal 
Educação.- Campo Grande: Portal 
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2015. 
 
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