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Av. Marechal Fontenelle, nº 3.555, Jardim Sulacap, Rio de Janeiro, RJ, CEP: 21.740-001 Tel: (21) 3463-9811 / 9813 / 9814 EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA DE FAMÍLIA REGIONAL DE BANGU DA COMARCA DA CAPITAL – RJ BELTRANO DE TAL, nacionalidade, estado ciivl, profissão, portadora da C.I nº ________, expedida pelo ________, inscrita no CPF de n. _________, residente e domiciliada na _________________, por intermédio de seu advogado abaixo assinado, com procuração em anexo, com escritório sito na ______________, vem perante este juízo propor: REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS C/C TUTELA PROVISÓRIA Pelo procedimento especial do art. 693, NCPC em face de FULANA DE TAL, nacionalidade, estado ciivl, profissão, portadora da C.I nº ________, expedida pelo ________, inscrita no CPF de n. _________, residente e domiciliada na _________________, pelos motivos de fato e de direito que passo a expor; DA GRATUIDADE Primeiramente, a parte Autora afirma, na forma do art. 98, CPC/15, que não possui condições financeiras para arcar com o ônus da presente demanda, sem que tal dispêndio traga para si e sua família, prejuízo de subsistência, conforme declaração de hipossuficiência anexada aos autos. Av. Marechal Fontenelle, nº 3.555, Jardim Sulacap, Rio de Janeiro, RJ, CEP: 21.740-001 Tel: (21) 3463-9811 / 9813 / 9814 DA TUTELA PROVISÓRIA A possibilidade de o juiz conceder a tutela provisória regula-se pelo Código de Processo Civil a partir do art. 294, NCPC e exige, para sua concessão, basicamente dois requisitos são exigidos: o periculum in mora e o fumus boni iuris. Vale mencionar que o fumus boni iuris vem estampado no fato do autor ser o genitor da menor, ao passo que a lei lhe concede o direito ao convívio dos pais, ainda que não guardiões com seus filhos. Veja-se ainda, que o periculum in mora reside na narrativa fática, na qual, se desvenda o impedimento desleal que vem sendo imposto à convivência do autor com a sua filha. As crianças crescem e cada momento com elas é crucial para a formação de seu caráter. Deste modo, imperiosa se mostra a necessidade de conceder a tutela provisória à parte autora, no sentido de regular como exposto mais abaixo a visitação. DOS FATOS O requerente é pai da menor ____________, que atualmente está sob a guarda e responsabilidade de sua mãe, ora ré. Fato é que a menor está crescendo sem ter a presença do pai em sua relação familiar, o pai por sua vez também não possui a convivência com sua filha, está sendo privado de dar carinho e amor. A ré, por seu turno, impede um contato mais profícuo entre o autor e a filha das partes, pois todas as vezes em que ele pretende tal contato esbarra na “visitação vigiada”. Av. Marechal Fontenelle, nº 3.555, Jardim Sulacap, Rio de Janeiro, RJ, CEP: 21.740-001 Tel: (21) 3463-9811 / 9813 / 9814 Assim, o autor não possui livre acesso a menor, pois a genitora só permite o contato se ele for vigiado por alguém da família dela e, ainda limita o contato por no máximo 2 horas. Acontece que já foram várias as tentativas de mediar o conflito, porém todas foram sem sucesso. O autor só está desejando contato e a convivência com sua filha; poder passear com ela, ir a festa na sua família, e o principal que no futuro ela possa reconhece-lo como pai e ter amor pelo mesmo. Em relação à visitação a parte autora propõe a regulamentação de praxe, da seguinte maneira: 1) Sábado ou Domingo intercalados a depender da escala, buscando na residência da genitora as 09:00hs e devolvendo as 19:00hs, com direito de levar a menor para passear. 2) Quando a criança completar 3 (três) anos a visitação se dará de 15 em 15 dias com pernoite, buscando as 09:00hs de Sábado e devolvendo as 19:00hs de Domingo. a) Dias dos pais passará com o pai, independente de ser o dia de visitação, assim como no dia das mães ficará com a mãe. b) Natal e Ano Novo a menor ficará com o ai no Natal nos anos pares e no Ano Novo os impares. c) Aniversário do pai passará com o mesmo. d) Aniversário da menor, a mesma passará a metade do dia com o pai e a outra metade com a mãe. e) Metade das férias escolares com o pai. DO DIREITO A guarda de menores vem regulada a partir do art. 1583 do Código Civil, cujo título do capítulo é a proteção da pessoa dos filhos. Av. Marechal Fontenelle, nº 3.555, Jardim Sulacap, Rio de Janeiro, RJ, CEP: 21.740-001 Tel: (21) 3463-9811 / 9813 / 9814 Assim, a guarda visa à proteção do menor, que até certa idade precisa da companhia de pelo menos um dos pais. Daí que em seu art. 1583, § 2º, o Código lista alguns fatores que revelam as melhores condições de criação da criança. Desta feita, como restará demonstrado, o afeto, como requisito para a guarda não está presente em relação ao genitor, que passado pouco tempo da separação devolveu a criança à mãe e depois disso, nunca contribuiu para o sustento do menor e nem tem se interessado em visita-lo. Em relação à saúde e à segurança, bem como à educação, a autora vem conseguindo satisfatoriamente arcar com tais despesas, embora tenha necessidade de certa ajuda de familiares. Por fim, admite-se a visitação para o genitor que não detenha a guarda, conforme expressamente tratado pelo art. 1.589, CC/02. DOS PEDIDOS Diante do exposto requer: 1. O deferimento dos benefícios da gratuidade de justiça; 2. O deferimento do pedido de tutela provisória para regulamentar a visitação, como acima exposto; 3. A citação da parte ré para, querendo, contestar a presente, sob pena de revelia, ou concordar com o presente pedido; 4. A intimação do Ilustre Representante do Ministério Público para atuar no feito, na forma do que dispõe o art. 178, I, CPC; 5. A procedência do pedido para que seja regulamentado o direito de visita do autor aos seus filhos, nos termos do acima exposto, confirmando-se a tutela antecipada anteriormente deferida; 6. A condenação nos ônus sucumbenciais. Av. Marechal Fontenelle, nº 3.555, Jardim Sulacap, Rio de Janeiro, RJ, CEP: 21.740-001 Tel: (21) 3463-9811 / 9813 / 9814 DAS PROVAS Indica provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, na amplitude do art. 369 do CPC, especialmente o de prova documental e testemunhal. DO VALOR DA CAUSA Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) para efeitos fiscais. Termos em que pede e espera deferimento. Local, data. Advogado OAB/UF
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