Buscar

modelo-contestacao-em-acao-de-alimentos-c-c-guarda-regulamentacao-de-visitas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AO JUÍZO DA XX VARA CÍVEL DA COMARCA DE XXX/XX
Processo nº XXXXXXX-XX.XXXX.X.XX.XXXX
(NOME), já devidamente qualificado nos autos da presente ação, vem por meio de seu advogado que a esta subscreve, respeitosamente, perante Vossa Excelência, apresentar CONTESTAÇÃO, pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos:
I – DA JUSTIÇA GRATUITA
Inicialmente, o Réu, não possui condições financeiras para custear o processo, para isto, junta aos autos declaração de hipossuficiência e cópia de carteira de trabalho (anexo), comprovando assim que não está empregado no momento, que demonstram a inviabilidade de pagamento das custas judicias sem comprometer sua subsistência, conforme clara redação do art. 99 do Código de Processo Civil.
O Réu é educador físico, e trabalhava em uma academia, cuja atividades foram encerradas devido a Pandemia de COVID-19, que assola não somente este país, mas o mundo todo. Por tais razões, com fulcro no art. 5º, LXXIV da Constituição Federal e pelos artigos 98 e 99 do CPC, o deferimento da gratuidade de justiça é medida que se impõe.
II – DOS FATOS
O Réu e a autora mantiveram união, desta união tiveram sua única filha (certidão anexa fl. XX), após, tempo morando harmoniosamente juntos na cidade XXX/XX, desde abril de 2017, até meados de setembro de 2019, quando o Réu, terminou a relação com a autora XXX, esta por sua vez voltando junto da menor a residir na cidade de XXX/XX.
Contudo o Réu nunca deixou a filha desassistida, tanto no quesito financeiro, onde este contribui sem atraso com os valores pedidos preliminarmente pela Autora Genitora, bem como no quesito afetivo, onde o Réu, sempre que possível vai até a cidade XXX para visitar sua filha, leva-la para passear e etc., bem como no momento, devido a Pandemia e o isolamento social, o Réu realiza videoconferência com a menor, a fim de matar um pouco a saudade e não perder o vinculo com a mesma. Porém pela tenra idade é muito difícil manter a atenção de uma criança para uma conversa com um adulto através de videoconferência, onde é praticamente impossível realizar brincadeiras e tudo mais.
III – DO DIREITO
III.I – DOS ALIMENTOS
Quanto ao percentual pedido na inicial pela Autora genitora fixado em 30% do salário-mínimo vigente, uma vez que o Réu encontra-se desempregado, este concorda com o valor proposto, por entender que considera justo, e nada se opõe ao pagamento de alimentos no valor acima descrito.
III.II – DA GUARDA
Referente a guarda o Réu também concorda na forma unilateral, tendo ele todos os direitos de visitas garantidos por lei e levá-la periodicamente para sua residência.
III.III – DA REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS
Os artigos 1.589, do Código Civil, e 19 do Estatuto da Criança e do Adolescente versam que é direito fundamental da criança e do adolescente ter consigo a presença dos pais, o carinho, a companhia e amizade e não se pode negar que é direito do Réu poder desfrutar da convivência com a menor, e de lhe prestar visitas.
Art. 1.589 do Código Civil. O pai ou a mãe, em cuja guarda não estejam os filhos, poderá visitá-los e tê-los em sua companhia, segundo o que acordar com o outro cônjuge, ou for fixado pelo juiz, bem como fiscalizar sua manutenção e educação.
Art. 19 do ECA. É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral.
Maria Berenice Dias (Manual de Direito das Família, 2011, p. 447) esclarece que:
"O rompimento do casamento ou da união estável dos genitores não pode comprometer a continuidade dos vínculos parentais, pois o exercício do poder familiar em nada é afetado. O estado de Família é indisponível." (in Manual de Direito das Famílias. 12ª ed. Revista dos Tribunais: 2017. pg. 545)
E descreve ainda:
"O direito de convivência não é assegurado somente ao pai ou à mãe, é direito do próprio filho de com eles conviver, o que reforça os vínculos paterno e materno-filial. (...) O interesse a ser resguardado, prioritariamente, é do filho, e objetiva atenuar a perda da convivência diuturna na relação parental" (op. cit. p.557)
Como entende-se acima, o direito de visitas não é do pai ou da mãe, mas sim da criança, o importante é haver o comprometimento e proteção de ambos, no bom desenvolvimento da menor.
O que vemos no caso concreto objeto deste processo é um pai de boa índole e caráter, trabalhador que, mesmo sem emprego fixo, cumpre honrar com os deveres inerentes a paternidade, simples e unicamente requer que o seu direito de visitas seja resguardado e este possa levar sua filha consigo para sua cidade e passar momentos de pai e filha juntos.
Cumpre destacar Excelência, que o simples fato do Réu ir até a cidade onde sua filha mora e vê-la por 3 (Três) ou 4 (Quatro) horas, não estabelece o vinculo paternal necessário, uma vez que dentro deste período o Réu não iria ter um local intimo para os dois passarem momentos fraternos, visto que sua única residência é na cidade de XXX, para tanto requer que pelo menos 1 (Uma) vez no mês o Réu possa levar sua filha para pernoitar consigo.
O Réu entende a necessidade de adaptação da menor a esta pernoite, por isso requer que seja realizada uma vez no mês, e a outra semana do mês que lhe é dado o direito de visita, compromete-se ele a estar junto dela na cidade onde vive com a genitora.
Trata-se de princípio que deve ser mantido no presente caso, conforme pacífica jurisprudência:
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DE FAMÍLIA. DIREITO CONSTITUCIONAL. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE REVISÃO DE REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS. PRINCÍPIO DO MELHOR INTERESSE DO MENOR. (...) 1. A visitação a filho menor consiste em direito da personalidade inerente ao exercício do próprio poder familiar, propiciando aos genitores o convívio necessário para possibilitar aos filhos o desenvolvimento do afeto parental e da própria saúde psíquica e psicológica do infante, de modo que este cresça como pessoa plena nos atributos que o tornem mais propenso ao ajuste familiar e social. 2. (...) 3. Nesse norte, o julgador deve dar a solução que proporcione mais bem-estar e qualidade de vida ao menor, deixando-o a salvo de ameaças à sua integridade física, psicológica ou psíquica, para que, tanto quanto possível, seu desenvolvimento se realize de forma plenamente saudável, em consonância com o art. 227 da Constituição Federal e com o art. 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente. 4.(...). (TJ-DF 20160910021784 - Segredo de Justiça 0002111-02.2016.8.07.0009, Relator: ROMULO DE ARAUJO MENDES, Data de Julgamento: 26/04/2017, 4ª TURMA CÍVEL, Data de Publicação: Publicado no DJE : 19/05/2017 . Pág.: 497/504)
CIVIL. PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO EM AÇÃO DE DIVÓRCIO C/C GUARDA E ALIMENTOS. PENSÃO ALIMENTÍCIA. BINÓMIO NECESSIDADE-POSSIBILIDADE. GUARDA UNILATERAL. DIREITO DE VISITA DO GENITOR QUE NÃO DETÉM A GUARDA DA MENOR. DIREITO AO PERNOITE PARA MANTER OS LAÇOS ENTRE PAI E FILHA. INEXISTÊNCIA NOS AUTOS DE INDÍCIOS QUE NÃO PERMITAM O PERNOITE. SENTENÇA DE PRIMEIRO GRAU A SER PARCIALMENTE REFORMADA. 1. Hipótese em que o apelante pretende reduzir o valor dos alimentos de 4.5 (quatro e meio) para 4 (quatro) salários mínimos. 2. Diferença que se demonstra irrisória. 3. Ademais, o apelante em nenhum momento provou não ter possibilidade de pagar meio salário mínimo a mais do valor fixado em primeiro grau.. 4. Direito de visita a ser mantido em favor do apelante, possibilitando, inclusive, o pernoite, considerando que o apelante irá se deslocar de outro Estado da Federação somente para visitar a filha menor. 5. Inexistem nos autos quaisquer indícios de que o pernoite é prejudicial à criança. 6. Sentença parcialmente reformada. 7. Apelo parcialmente provido.
(TJ-PI - AC: 00098643820128180140 PI, Relator: Des. José Ribamar Oliveira, Data de Julgamento: 15/08/2017, 2ª Câmara Especializada Cível)
Tendo em vista que o Réu e a menor já residiram na mesma residência, e tem um ótimo vínculo, inclusive por esforço do Réu, que a todo o momento demostra o interesseem estar com a filha, o deferimento da regulamentação de visitas nos seguintes termos deve prosperar:
a) O Réu irá buscar a filha menor na cidade de XXX/XX, no 2º final de semana de cada mês, buscando no Sábado as 10h e retornando no domingo as 16h.
b) No 4º final de semana de cada mês o Réu irá visitar a menor na cidade de XXX/XX onde passarão o dia juntos, buscando-a no domingo às 10h e retornando no mesmo dia às 16h.
c) Nos outros finais de semana do mês a menor deverá permanecer com a mãe.
d) Durante o período de férias escolares da menor, esta passará a metade do período referente às férias, na casa de seu genitor.
e) Enquanto perdurar pandemia de COVID-19, o Réu irá comunicar-se por videoconferência com sua filha 3 (Três) vezes na semana, em horário a agendar com a genitora, e após o fim do isolamento social, passará para 2 (Duas) vezes na semana, afim de manter o vínculo entre pai e filha.
Cumpre dizer que no que diz respeito ao direito de visitas/pernoite, o que vale de fato é o melhor interesse da criança. A convivência familiar saudável é extremamente importante para o bem estar psíquico das crianças e deve ser sempre incentivada.
Restringir o convívio da menor com qualquer de seus genitores é solução extrema que, por si só, já acarreta potencial prejuízo à criança. Portanto o direito da criança de convívio com pai é inviolável, e deve ser decretado para o bem da criança.
III.IV – DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO
O Réu concorda na participação de audiência de conciliação nos moldes virtuais em decorrência da Pandemia de Covid-19, onde poderão discutir e analisar os pontos das partes e de boa vontade com o foco na filha resolverem as divergências expostas neste processo.
Segue abaixo informações para contato de audiência virtual.
Réu: (NOME) – Celular: (XX) XXXXX-XXXX E-mail: XXXX@XXX.COM.BR.
Advogado: (NOME) – Celular: (XX) XXXXX-XXXX E-mail: XXX@XXX.COM.BR.
IV – DOS PEDIDOS
Ante exposto, requer:
a) A concessão dos benefícios da justiça gratuita, com base no artigo 98 e seguintes do Código de Processo Civil, por se declarar incapaz de custear as despesas processuais sem prejuízo ao seu sustento e pela limitação que se encontra no momento;
b) A regulamentação do direito de visitas, conforme Título: Da Regulamentação de Visitas;
c) A improcedência do pedido de honorários sucumbenciais;
d) A condenação da autora ao pagamento das custas e honorários sucumbências, de acordo com o artigo 85, § 2º do Código de Processo Civil;
e) A produção de todos os tipos de provas cabíveis, em especial a prova documental, depoimento pessoal da Autora, oitiva de testemunhas e todas as outras provas que se fizerem necessárias à busca da verdade;
f) A realização de audiência de conciliação, para tentativa consensual dos pedidos;
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
CIDADE/ESTADO, DIA de MÊS de ANO.
(NOME DO ADVOGADO)
Advogado
OAB/XX XXX.XXX

Continue navegando