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Comercio exterior 3

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Prévia do material em texto

Comércio Exterior 
e Logística 
Internacional
Formas de Pagamento
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Ms. Giovana Gavioli
Revisão Textual:
Profa. Ms. Selma Aparecida Cesarin
5
•	Documentos
•	Conhecimento de Embarque
•	Certificado de Origem
 » Quais os documentos utilizados nas operações de Comércio Internacional?;
 » Quem deve emitir cada documento e quais seus campos obrigatórios?;
 » Quais são os documentos emitidos pelo governo e que são necessários nas operações de 
importação e exportação?;
 » Quais são as formas de pagamento utilizadas no Comércio Internacional?;
 » Que riscos as empresas devem considerar ao definir as formas de pagamento nas 
operações de comércio internacional?
As operações de Comércio Internacional possuem obrigações burocráticas a serem cumpridas, 
definidas pelas alfândegas tanto do país de origem como do país de destino. 
Estas exigências refletem nas operações das empresas importadoras e exportadoras, 
principalmente nos documentos e formas de pagamento, que conheceremos neste conteúdo. 
Entenderemos suas definições, funções e procedimentos a fim de realizar a operação de 
comércio internacional, diminuindo custos e riscos para os envolvidos.
Nesta Unidade, aprenderemos importantes conceitos na 
operacionalização do comércio internacional, entendendo os 
principais documentos utilizados nas operações de importação 
e exportação, assim como as principais formas de pagamentos, 
seus riscos e custos.
Programe-se para realizar as atividades propostas dentro do prazo e 
acesse os materiais complementares indicados.
Formas de Pagamento
•	Documentos de Controle Governamental
•	Formas de Pagamento no Comércio Internacional
6
Unidade: Formas de Pagamento
Contextualização
Para entendermos melhor o conteúdo da Unidade, você pode acessar o link indicado e 
entrar nos diversos acessos para os documentos utilizados na exportação, que também são 
similares aos de importação. 
 
 
Veja diversos exemplos de cada um e entenda suas aplicações nas operações 
de comércio internacional: 
 •	http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/conteudo/id/342
http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/conteudo/id/342
7
Documentos
Bom, primeiro é importante esclarecer que os documentos de importação e exportação são 
completamente diferentes dos documentos utilizados no mercado interno. A nota fiscal, por 
exemplo, não é reconhecida como documento legal fora do Brasil. 
Para que a mercadoria seja liberada para entrada ou saída de nosso território, é necessária a 
confecção de documentos específicos de comércio internacional, que veremos a seguir.
Antes de iniciar a confecção dos documentos, deve ser estabelecido o contato com o 
exportador ou importador para a definição de uma série de diretrizes, conforme Segre (2009):
 » Tipo de mercadoria;
 » Quantidade a ser comprada;
 » Valor unitário e valor total, na moeda combinada;
 » Local de saída e local de recebimento do material;
 » Modalidade de transporte: aéreo, marítimo, rodoviário, ferroviário;
 » Forma de pagamento.
Estabelecidas essas condições em contrato ou via pedido de compra, é necessário confeccionar 
o primeiro documento de comércio internacional: a Fatura Proforma.
Fatura Proforma (Proforma Invoice)
A Fatura Proforma, também conhecida como Proforma Invoice, é o documento inicial do 
comércio internacional. Comparável a um orçamento ou cotação, é a partir das condições nela 
determinadas que todo o processo de comércio internacional será efetuado. 
8
Unidade: Formas de Pagamento
A fatura proforma pode ser considerada o início do processo de comércio 
internacional, vez que as condições nela estabelecidas servirão como diretrizes para 
que as demais ações sejam tomadas.
Em uma negociação, ela é confeccionada pelo vendedor que a envia ao comprador para 
assinatura e confirmação, geralmente dentro de um prazo de validade para as condições 
estabelecidas na Fatura.
Aprovada a Fatura Proforma, o vendedor fabrica ou prepara a mercadoria para envio ao 
comprador e emite o segundo documento de Comércio Internacional, a Fatura Comercial.
Fatura Comercial (Commercial Invoice)
A Fatura Comercial é emitida após a aprovação da Fatura Proforma e é importante por vários 
fatores, conforme Paulesini (2010):
 » A Fatura Comercial é o documento que formaliza a transferência de propriedade do 
vendedor ao comprador;
 » Equivalente à nota fiscal nacional, é o documento utilizado para a transferência de 
câmbio (pagamento) do importador ao exportador;
 » Ela também é o documento utilizado para acompanhar a carga no transporte 
internacional, juntamente com o conhecimento de embarque;
 » A Fatura Comercial é um dos documentos utilizados para a liberação alfandegária no 
país de destino.
A Fatura Comercial é a que efetivamente formaliza a transação de compra 
e venda no Comércio Internacional. Seu significado é equivalente à nossa 
nota fiscal.
O conteúdo da Fatura Comercial é, geralmente, o mesmo da Fatura Proforma, vez que as condições 
de compra e venda foram inicialmente aprovadas com a emissão e assinatura da última. 
Atualiza-se somente a data, o local de embarque e o prazo de pagamento, contados a partir 
da emissão da Fatura Comercial. 
Algumas empresas também referenciam no corpo da Fatura Comercial, o número da Fatura 
Proforma que iniciou o processo. 
9
Figura 1: Modelo de Fatura Proforma ou Fatura Comercial.
 
Romaneio (Packing List) 
Juntamente com a Fatura Comercial, são emitidos diversos documentos que seguem com 
a mercadoria até o país do importador, onde serão utilizados para a liberação alfandegária. 
Um deles é o Romaneio, amplamente conhecido no Comércio Internacional como Packing 
List (lista de empaque). 
O Packing List não é nada mais do que a sua própria tradução, uma “lista de empacotamento”, 
ou seja, indica a quantidade de caixas, pallets ou embalagens que compõem o envio das 
mercadorias constantes na fatura comercial. 
10
Unidade: Formas de Pagamento
Ele auxilia a conferência da fatura, tanto na expedição quanto no recebimento na alfândega, 
além de auxiliar a reserva de voos, espaço em navios e cotação de fretes rodoviários e ferroviários.
Paulesini (2010) dá alguns exemplos de informações que podem ser indicadas neste documento:
 » pesos líquido e bruto dos volumes unitários e totais;
 » quantidade de volumes e descrição do conteúdo de cada um;
 » dimensão dos volumes;
 » marcação dos volumes (se houver).
Trocando Ideias
É o Packing List que traz informações de quantidade de caixas, peso líquido e bruto das 
mercadorias e a identificação de quais produtos estão em quais caixas, facilitando a conferência e 
identificação das mercadorias.
Figura 2: Modelo de Packing List
11
Conhecimento de Embarque 
Silva (2008) define o conhecimento de embarque como: “[...] o documento base para a 
efetivação do serviço de transporte. Esse assume diversos objetivos: contrato de transporte, 
recibo de carga, assim como título de crédito.”
O conhecimento de embarque é emitido pela transportadora, seja ela uma companhia de 
navegação marítima ou empresa de transporte aéreo. Para cada modalidade de transporte a ser 
utilizada, o conhecimento de embarque assume uma forma diferente.
Segundo Silva (2008), os conhecimentos para cada modalidade são definidos a seguir:
 » Modalidade Aquaviária – Conhecimento Marítimo - BL (Ocean Bill of Lading);
 » Modalidade Ferroviária – Conhecimento Ferroviário – TIF/DTA (Railway Bill);
 » Modalidade Aérea – Conhecimento Aéreo - AWB (Airway Bill);
 » Modalidade Rodoviária – Conhecimento de Transporte Rodoviário - CRT (Roadway Bill).
O conhecimento de embarque serve para comprovar que a mercadoria 
foi devidamente entregue pelo vendedor à empresa de transporte e por 
ela recebida, ficando sob sua responsabilidade durante todo o trajeto.
Pode-se entender, portanto, que o conhecimento de embarque também é utilizado como 
o contrato de transporte entre o vendedore a transportadora, delimitando, desta forma, a 
responsabilidade de cada parte, além de servir como prova de que a mercadoria foi devidamente 
embarcada, utilizado inclusive em processos de seguro.
Silva e Porto (2003) exemplificam alguns dados que constam no conhecimento 
de embarque:
 » nome e endereço completo do exportador e do importador;
 » descrição da mercadoria;
 » valor, conforme fatura comercial;
 » local de embarque e desembarque (incluindo transbordos – troca de modalidade e 
veículos de transporte);
 » tipo de embalagem, pesos líquido e bruto e dimensões, conforme Packing List;
 » valor calculado do frete e característica (pré-pago, à vista ou a prazo).
 » Na figura 3, podemos conhecer exemplos de conhecimentos de transporte aquaviário, 
aéreo, rodoviário e ferroviário.
12
Unidade: Formas de Pagamento
Figura 3: Conhecimentos de embarque.
 Fonte: http://www.aprendendoaexportar.gov.br.
13
Certificado de Origem
Segundo dados do Ministério da Indústria e Comércio Exterior (2014), o Certificado de 
Origem é o documento estabelecido para o cumprimento das regras de origem, que são 
constituídas de critérios eleitos por países ou blocos econômicos que estabeleceram, de comum 
acordo, que determinadas mercadorias poderiam receber um tratamento tarifário preferencial.
Trocando Ideias
Documento emitido sempre pelo exportador, o Certificado de Origem atesta que a mercadoria foi 
produzida ou montada no país do vendedor, ou seja, é uma declaração formal de que a mercadoria é 
originária daquele país e, portanto, pode receber um tratamento diferenciado nos impostos aplicados 
no momento da liberação alfandegária no país do importador.
Por exemplo, para produtos exportados do Brasil para o Uruguai, ambos membros do 
Bloco Econômico do Sul – MERCOSUL, além da Proforma, da Invoice, do Packing List e do 
Conhecimento de Embarque, deve-se adicionar o Certificado de Origem. 
No momento de liberação do produto na alfândega uruguaia, a mercadoria terá, como 
tratamento alfandegário diferenciado, 0% de imposto de importação a ser pago, independente 
da porcentagem inicial estabelecida na legislação uruguaia.
 
 Explore
Para maiores informações sobre certificado de origem, acesse http://www.mdic.gov.br/
sitio/interna/interna.php?area=5&menu=406
No Brasil, diversas entidades como Câmaras de Comércio, Federações e Associações Comerciais 
estão credenciadas junto à Receita Federal para realizarem a emissão do certificado de origem. 
Veja um exemplo de certificado de origem emitido pela FIESP, na figura 4.
http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=406
http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=406
14
Unidade: Formas de Pagamento
Figura 4: Certificado de origem emitido pela FIESP
Todos estes documentos são emitidos do vendedor para o comprador, após o processo de 
negociação, fabricação e preparação do material para embarque. 
Assim, o produto poderá seguir caminho e passar sem problemas pela liberação alfandegária. 
Entendeu?
15
Ah, os documentos emitidos pelo governo, como Declarações e Comprovantes de Importação 
e Exportação, Registro de Exportação, Licença de Importação são emitidos todos pelo sistema 
Siscomex, o Sistema Integrado de Comércio Exterior. 
Vamos conhecer um pouco sobre estes documentos de controle governamental?
Documentos de Controle Governamental
Vamos conhecer alguns documentos que são emitidos diretamente pela Receita Federal, na 
ocasião da liberação alfandegária das mercadorias:
Documentos de Importação:
LI – Licença de Importação: a LI é uma “permissão” obtida junto aos órgãos 
competentes para que se possa prosseguir com a importação, feita antes do embarque 
da mercadoria do país exportador. Ela é necessária para aproximadamente 25% das 
mercadorias importadas, segundo dados da Receita Federal do Brasil (2014);
 
 Explore
Para maiores informações sobre as mercadorias que necessitam de LI, acesse http://
www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1308919721.pdf
Declaração de Importação (DI) – a declaração é um extrato do que foi registrado no 
SISCOMEX, a partir da Fatura Comercial. É por meio dela que é efetuada a liberação da 
mercadoria importada;
http://www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1308919721.pdf
http://www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1308919721.pdf
16
Unidade: Formas de Pagamento
Comprovante de Importação (CI) – após a liberação da mercadoria, é emitido o CI 
que reúne todas as informações comerciais, financeiras, cambiais e fiscais da operação, 
atestando que a mercadoria está liberada e poderá ser entregue ao importador.
Documentos de Exportação:
Registro de Exportação (RE) – o registro inicia o processo de exportação, antes 
mesmo da chegada da mercadoria à Receita Federal. Após a chegada da mercadoria, ele 
é convertido para a DDE (Declaração de Despacho de Exportação) que, assim como a DI, 
consolida todas as informações contidas na Fatura Comercial;
Comprovante de Exportação (CE) – assim como o CI, é o documento que comprova 
a efetiva liberação e autorização para embarque da mercadoria para o exterior.
Documentos Adicionais
Dependendo da característica do produto ou da operação, autorizações e documentos 
adicionais podem ser necessários. A seguir, alguns exemplos de documentos que podem ser 
exigidos tanto em legislação, como a pedido do comprador:
 » Apólice de Seguro;
 » Contrato de câmbio;
 » Certificado de Fumigação;
 » Certificado Fitossanitário (Phytosanitary Certificate);
 » Certificado de Análise (Analysis Certificate);
 » Certificado de Qualidade (Quality Certificate);
 » Fatura Consular (Consular Invoice).
Não existe um padrão para a emissão da documentação. É de senso comum, no 
Comércio Internacional, que a língua adotada seja a língua inglesa. Contudo, diferentes 
alfândegas podem exigir diferentes campos, informações, língua etc. 
É sempre interessante que a empresa consulte um despachante aduaneiro, que poderá 
dar melhores diretrizes de como emitir a documentação e quais os campos obrigatórios.
17
Bom, não é bem assim!
A nota fiscal ainda será necessária para cobrir o trajeto entre a empresa e a alfândega, 
e vice-versa. Ela ainda será válida como o documento contábil utilizado para sair com as 
mercadorias de seu estoque, no caso das exportações, ou para entrar com as mercadorias, 
no caso da importação. 
Agora que já conhecemos os documentos, vamos aprender sobre as formas de pagamento 
no Comércio Internacional?
Formas de Pagamento no Comércio Internacional
Existem diferentes formas de pagamento que podem ser utilizadas no comércio internacional. 
Cada uma possui procedimentos diferentes, assim como riscos maiores ou menores, tanto para 
o importador como para o exportador. 
Antes de explicar cada uma, é necessário relembrar quem são os participantes deste processo. Veja:
1. Importador: é o comprador da mercadoria que está localizada em outro país ou o 
tomador do serviço prestado por uma empresa fora do seu país de origem. É ele quem 
efetua devido pagamento;
2. Exportador: é o vendedor da mercadoria, que será entregue fora de seu país, ou 
o prestador de serviço a ser realizado fora de seu país de origem. O exportador é o 
destinatário do pagamento feito pelo importador;
3. Banco do importador: é qualquer agência bancária localizada no país do importador 
e com a qual ele possui uma conta e um contrato de câmbio;
18
Unidade: Formas de Pagamento
4. Banco do exportador: é qualquer agência bancária localizada no país do exportador e 
com a qual ele possui uma conta e um contrato de câmbio;
5. Moeda e Câmbio: Importador e exportador, ao efetuarem o contrato mercantil e 
a documentação, combinam uma moeda que irá regir a operação de comércio 
internacional. Esta moeda deve ser reconhecida internacionalmente, podendo ser Dólar, 
Euro, Franco, Libra etc. O câmbio é o pagamento efetivo feito do importador para o 
exportador. O banco do importador recebe o câmbio na moeda nacional, converte para 
a moeda internacional e envia parao banco do importador que, por sua vez, receberá a 
moeda internacional, converterá para a nacional e depositará na conta do exportador. 
Podemos entender, portanto, que o câmbio é a efetiva conversão da moeda e depósito 
na conta do exportador;
6. Pacote de documentos obrigatórios: a alfândega de cada país possui uma legislação. 
No Brasil, os documentos obrigatórios no processo de desembaraço são Invoice, Packing 
List e Conhecimento de Embarque, que vamos chamar aqui de pacote de documentos. 
Diferentes alfândegas podem exigir outros documentos além destes, que deverão ser 
providenciados pelo importador ou pelo exportador, para o desembaraço dos materiais 
e de acordo com a legislação de seu país. Portanto, é importante consultar sempre o 
comprador da mercadoria e seu despachante, que conduzirá o processo de liberação e 
poderá dar melhores orientações de como e quais documentos devem ser emitidos.
Definidos os parâmetros e participantes das formas de pagamento, vamos detalhar cada 
uma, assim como seus riscos.
Pagamento Antecipado
Como o nome já diz, o pagamento antecipado é feito pelo importador ao exportador, antes 
do embarque dos materiais. Este pagamento é feito com base na Fatura Proforma e, após o 
recebimento dele, o exportador emite a Invoice, o Packing List e o Conhecimento do Embarque, 
enviando a mercadoria ao importador, juntamente com o pacote de documentos, necessários 
para a liberação do material na alfândega.
Existem diferentes momentos nos quais é possível realizar 
um pagamento antecipado. Ele pode ser feito antes da 
fabricação dos materiais, financiando a compra de matéria 
prima por parte do exportador e a sua produção ou ele 
pode ser feito assim que as mercadorias fiquem prontas 
para o embarque, neste caso chamado de Pagamento à 
vista ou At Sight.
Risco: No pagamento 
antecipado o risco é total 
do importador, que envia 
o montante e pode perder 
contato com o exportador, 
perdendo o valor enviado 
e a mercadoria.
19
Remessa
Ao contrário do pagamento antecipado, na remessa, o exportador produz e embarca a 
mercadoria, enviando o pacote de documentos diretamente para o importador, que realizará 
a liberação dos materiais e posteriormente efetuará o câmbio, utilizando a Invoice para o 
pagamento ao exportador.
Risco: Na remessa, o risco fica totalmente do lado do exportador, que pode não 
receber o pagamento, vez que o importador pode liberar a mercadoria, já que 
recebeu o pacote de documentos diretamente e, posteriormente ao desembaraço, 
não efetuar o câmbio. Neste caso, o exportador perde o valor e a mercadoria, 
vez que pode ficar mais caro trazer o material de volta para o seu país. Quando 
isso acontece, alguns exportadores conseguem redirecionar a mercadoria para 
outro importador, reemitindo o pacote de documentos para esta nova empresa 
compradora. Por ter risco muito grande, geralmente esta forma de pagamento é 
feita somente em transações entre matriz e filial.
Cobrança Documentária: À vista ou a prazo
Existem diversas formas de reduzir o risco nas formas de pagamento. Uma delas é utilizar 
os bancos, tanto do país do importador, como do país do exportador, na intermediação 
documentária entre as empresas. A cobrança documentária tem exatamente esta função. 
Nesta forma de pagamento, o exportador produz a mercadoria e envia ao comprador, mas, 
ao invés de enviar a documentação diretamente ao importador, ele a submete ao banco no seu 
país. Este banco irá contatar o banco do importador e enviará a documentação para ele.
O banco do importador, ao receber a documentação, contata-o, avisando possuir o pacote de 
documentos. O importador, para liberar a mercadoria, deverá, portanto, dirigir-se ao seu banco 
e efetuar o pagamento ou se comprometer a fazê-lo, retirando a documentação e procedendo 
ao processo de desembaraço.
A cobrança pode ser à vista ou a prazo. Quando é à vista, o importador somente receberá o 
pacote de documentos, após efetuar o pagamento no seu banco, que enviará o câmbio para o 
banco do exportador, finalizando o processo. 
O importador, de acordo com o exportador ou com o seu banco, também poderá efetuar 
o pagamento a prazo, recebendo a mercadoria após a assinatura de um documento chamado 
Saque ou Cambial, equivalente a uma nota promissória.
Trocando Ideias
Riscos: a cobrança documentária também tem riscos, tanto para o exportador como para 
o importador, sendo apresentados nas formas de pagamento anteriores. Contudo eles são reduzidos, 
pois o importador passa a dever ao banco no seu país de origem, que poderá recorrer a meios legais 
reconhecidos nacionalmente, como o PROCON, por exemplo, e garantir o recebimento dos valores, 
e pode ser feito também pelo exportador.
20
Unidade: Formas de Pagamento
Carta de Crédito
A carta de crédito é a forma de pagamento mais segura, tanto para o exportador como para 
o importador:
 » Importador: garantia de que o material e a documentação emitida estarão de acordo 
com a legislação de seu país e que possuirão todas as informações necessárias para a 
liberação do material;
 » Exportador: recebimento do valor da mercadoria
A carta de crédito sempre começa com o importador. É ele quem vai até o banco no seu país 
de origem e solicita sua abertura, indicando todas as cláusulas necessárias, tanto em relação aos 
campos necessários na documentação como de adequação do material, podendo indicar tipos 
de embalagem a ser utilizada, quantidade de volumes, marcações etc.
O banco do importador contata, então, o banco do exportador, enviando a carta de crédito. O 
banco do exportador a verifica, dá seu aceite e comunica ao exportador, que dará também a sua 
aprovação e passará à fabricação do material, embarcando-o para o importador e entregando o 
pacote de documentos ao seu banco.
O banco do exportador, ao verificar que a documentação está de acordo com a carta de crédito, 
efetua o pagamento ao exportador e envia o pacote de documentos ao banco do importador. 
Este, por sua vez, paga o banco do exportador ao receber a documentação e somente entrega 
o pacote ao importador mediante pagamento, similar ao processo de cobrança.
A carta de crédito também pode ser à vista ou a prazo, podendo ser negociada em termos de 
prazo tanto entre importador e exportador como cada um com seu respectivo banco.
Riscos: é importante perceber que, na carta de crédito, os riscos são mínimos 
vez que cada banco se responsabiliza pelo pagamento do material. Se toda 
a documentação estiver correta, garante o recebimento ao exportador, 
ao mesmo tempo em que resguarda ao importador a emissão correta da 
documentação para desembaraço.
Trocando Ideias
Deve-se destacar que, por conta da sua redução de riscos, as formas de pagamento que 
envolvem a intermediação entre bancos possuem custos maiores, vez que a agência bancária cobrará 
pela realização do processo. Estima-se que a cobrança documentária seja, em média, de US$ 100,00 
e a carta de crédito US$ 500,00, por processo.
21
 
 Explore
Acesse o link para aprender sobre as Formas de Pagamento no Comércio Internacional:http://
www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/conteudo/id/91.
Resumindo
•	 Os documentos de importação e exportação são completamente diferentes dos 
documentos utilizados no mercado interno; 
•	 Para que a mercadoria seja liberada para entrada ou saída de nosso território, é necessária 
a confecção de documentos específicos de comércio internacional.
•	 Fatura Proforma, também conhecida como Proforma Invoice, é o documento inicial 
do comércio internacional. Comparável a um orçamento ou cotação, é a partir 
das condições determinadas na Fatura Proforma que todo o processo de comércio 
internacional será efetuado.
•	 A Fatura Comercial é o documento que efetivamente formaliza a transação de compra e 
venda no Comércio Internacional. Seu significado é equivalente à nossa nota fiscal.
•	 O Romaneio ou Packing List indica a quantidade de caixas, pallets ou embalagens 
que compõem o envio das mercadoriasconstantes na fatura comercial. Ele auxilia a 
conferência, tanto na expedição quanto no recebimento na alfândega, além de auxiliar a 
reserva de voos, espaço em navios e cotação de fretes rodoviários e ferroviários;
•	 O conhecimento de embarque é a base para a efetivação do serviço de transporte, 
assumindo diversos objetivos como: contrato de transporte, recibo de carga, assim como 
título de crédito;
•	 O Certificado de Origem é emitido pelo exportador a fim de atestar que a mercadoria foi 
produzida ou montada no seu país e, portanto, pode receber um tratamento diferenciado 
nos impostos aplicados no momento da liberação alfandegária no país do importador;
•	 Além destes documentos emitidos pelo vendedor ou pelo agente de carga, alguns são 
emitidos pelo governo através do Sistema Integrado de Comércio Exterior, o Siscomex, 
como: Declarações e Comprovantes de Importação e Exportação, Registro de Exportação, 
Licença de Importação;
•	 Outros importadores ou países podem também exigir outros documentos, dependendo da 
característica da importação e do destino, tais como certificado de fumigação, certificado 
fitossanitário, certificado de qualidade etc.;
http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/conteudo/id/91
http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/conteudo/id/91
22
Unidade: Formas de Pagamento
•	 Não existe um padrão para a emissão da documentação. É sempre interessante que a 
empresa consulte um despachante aduaneiro que poderá dar melhores diretrizes de como 
emitir a documentação e quais os campos obrigatórios;
•	 Existem diferentes formas de pagamento a serem utilizadas no comércio internacional. 
Participam da operação de pagamento o importador, o exportador, o banco do importador, 
o banco do exportador, a moeda, o câmbio e o pacote de documentos obrigatórios;
•	 O pagamento antecipado é feito pelo importador ao exportador antes do embarque dos 
materiais. O risco é total do importador, que envia o montante e pode perder contato com 
o exportador, perdendo o valor enviado e a mercadoria;
•	 Na remessa, o exportador produz e embarca a mercadoria, enviando o pacote de 
documentos diretamente para o importador, que realizará a liberação dos materiais e 
posteriormente efetuará o câmbio, utilizando a Invoice para o pagamento ao exportador. 
Neste caso, o risco fica totalmente do lado do exportador
•	 Na cobrança documentária, utilizam-se os bancos na intermediação entre importador 
e exportador a fim de dar maior confiabilidade à operação. O exportador produz a 
mercadoria, envia-a ao comprador, mas, ao invés de enviar a documentação diretamente 
ao importador, ele a submete ao banco no seu país. O banco somente libera o pacote de 
documentos se o importador efetuar o pagamento à vista ou assinar os saques, garantindo 
o pagamento a prazo;
•	 A carta de crédito é a forma de pagamento mais segura, tanto para o exportador, 
garantindo o recebimento do valor da mercadoria, como para o importador, garantindo 
que o material e a documentação emitida estarão de acordo com a legislação de seu país 
e possuirão todas as informações necessárias para a liberação do material.
23
Material Complementar
As indicações de links a seguir são uma proposta para leitura complementar, que irá 
ajudá-lo no processo de reflexão sobre o conceito e utilização dos Documentos e Formas de 
Pagamento Internacional.
 » Aprendendo a Exportar. Disponível em: http://www.aprendendoaexportar.gov.br. 
Acesso em: 3 ago. 2014;
 » Certificados de origem emitidos pela FIESP. Disponível em: http://www.fiesp.com.
br/servicos/certificado-de-origem/. Acesso em: 3 ago. 2014;
 » Relação dos órgãos anuentes no licenciamento das importações. Disponível em: 
http://www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1308919721.pdf. Acesso em: 3 ago. 2014.
http://www.aprendendoaexportar.gov.br
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Unidade: Formas de Pagamento
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