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Disciplina: Farmacobotânica Aula 10: Plantas de interesse medicinal: um pequeno resumo Apresentação Nesta última aula, listaremos algumas drogas vegetais estudadas na farmacopeia brasileira, com informações importantes e complementares. Como vimos, os aspectos morfológicos e anatômicos são de extrema importância para a autenticação das drogas vegetais, especialmente quando estas estão fragmentadas ou sob a forma de pó. A Farmacopeia Brasileira, agora em sua 6a edição, no volume 2, traz as monogra�as das drogas vegetais com todas as características que devem ser observadas e os parâmetros para o controle de qualidade. O 1º Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira e seu suplemento trazem as formulações de vários �toterápicos, indicações de uso e cuidados da administração. Objetivos Apontar as principais características de algumas plantas de interesse medicinal; Reconhecer as restrições de uso de plantas usadas em �toterapia e na medicina popular; Identi�car suas propriedades e seus principais usos. Plantas medicinais (Fonte: plantsoftheworldonline). Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Nomenclatura cientí�ca: Glycyrrhiza glabra L. Nomenclatura vulgar: Alcaçuz Família botânica: Fabaceae Descrição: O alcaçuz é uma planta arbustiva, perene, com altura entre 0,5 e 1,5m. Possui caule ereto, forte e oco, com estrias longitudinais. Folhas esparsas, pecioladas, compostas, imparipenadas, com 9 a 15 folíolos, ovais ou oblongos, sendo que o da extremidade possui formato irregular na mesma planta. Na face inferior dos folíolos, observam-se pelos verdes que secretam um líquido viscoso. Das axilas, onde os pecíolos se �xam no caule, partem longos pedúnculos que terminam em �ores azuis-claras ou lilases, reunidas em cachos cilíndricos, cálice glanduloso, corola papilionácea, quilha aguda, dez estames – dos quais nove soldados e um liberto – e estigma oblíquo. Fruto vagem com cinco ou seis sementes de cor castanha. Raízes fortes, volumosas e cilíndricas. Parte utilizada: Raízes. Principais constituintes: O alcaçuz é uma planta medicinal que contém uma mistura complexa de saponinas triterpênicas, sendo a mais abundante a glicirrizina, um diglicuronídio do ácido glicirrético. A glicirrizina é um glicosídio doce que se encontra no alcaçuz sob a forma de sais de potássio, cálcio e magnésio solúveis em água. Possui ainda triterpenos, esteroides com ação estrogênica além de um princípio amargo. A cor amarela das raízes é devido a presença de diferentes �avonoides, pertencentes à classe das �avonas, chalconas e iso�avonoides. Usos: Tosses, gripes e resfriados. Infusão: 4,5 g (1 ½ colher de sopa) em 150 ml (1 xícara de chá). Uso adulto ou em crianças acima de 12 anos. Utilizar 1 xícara de chá 3-4 vezes ao dia. Deve haver cautela ao associar com anticoagulantes, corticoides e anti-in�amatórios. Não deve ser utilizado na gravidez e por pessoas com hipertensão arterial, hiperestrogenismo e diabetes! Possível ação mineralocorticoide (retenção de sal e água, edema, hipertensão), especialmente com o uso prolongado. (Fonte: ct-botanical-society). Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Nomenclatura cientí�ca: Arctium lappa L. Nomenclatura vulgar: Bardana Família botânica: Asteraceae Descrição: A bardana tem porte herbáceo, medindo cerca de 100-150 centímetros de altura; possui folhas alternas, pecioladas, onde as inferiores são cordiformes (em forma de coração) e as superiores são ovaladas; �ores de cor púrpura reunidas em capítulos grandes, dispostos em corimbos na extremidade do caule e dos ramos; o fruto é um aquênio com papilho de pelos caducos; raízes napiformes, chegando a pesar 400 gramas e a ter 45 centímetros de comprimento, de sabor amargo e açucarado e que muitas vezes é confundida com a raiz da beladona. Parte utilizada: Raízes. Principais constituintes: Ácido cafeico, ácido clorogênico, ácidos orgânicos, ácidos graxos, ácido tânico, �tosteróis (sitosterol e stigmasterol), fuquinona, inulina, lapina, lapolina, mucilagens, nitrato de potássio, palmitato de diidrofuquinona, gobosterina, polifénois, resina, sais minerais, taraxasterol. Apresenta ainda proteínas, glicídios, �bras, cálcio, fósforo, ferro, vitamina A, B1, ribo�avina, niacina e vitamina C. Usos: Dispepsia (distúrbios digestivos). Diurético e anti-in�amatório nas dores articulares (artrite) e, nas dermatites (irritação da pele), antisséptico e anti-in�amatório. Preparar por decocção na seguinte proporção: 2,5 g (2,5 colheres de chá) em 150 ml (xícara de chá). Uso oral: Utilizar 1 xícara de chá 2 a 3 vezes ao dia. Uso tópico: Aplicar compressas na pele lesada 3 vezes ao dia. (Fonte: ervanarium). Nomenclatura cientí�ca: Harpagophytum procumbens DC. Nomenclatura vulgar: Garra do diabo Família botânica: Pedaliaceae Descrição: Planta robusta e perene. Suas raízes medem 6 cm de diâmetro e 2 metros de comprimento, com uma irregular trama de tubérculos secundários. Apresenta folhas largas, com 3 a 5 lóbulos, cobertas por mucilagem branca e �ores em forma de trompetes − que podem ser rosas, roxas ou vermelhas, com um centro amarelo ou branco. Florescem, principalmente, no verão. Parte utilizada: Raízes. Principais constituintes: Ácidos orgânicos, glicosídeos iridoides, �toesteróis, triterpernos e �avonoides. Usos: Dores articulares (artrite, artrose, artralgia). Preparar por infusão na seguinte proporção: 1 g (1 colher de chá) em 150 ml (xícara de chá). Utilizar 1 xícara de chá, 2 a 3 vezes ao dia. Não utilizar em portadores de úlceras estomacais e duodenais. (Fonte: ervanarium). Nomenclatura cientí�ca: Baccharis trimera (Less.) A. P. de Candolle Nomenclatura vulgar: Carqueja Família botânica: Asteraceae Descrição: Subarbusto perene, ereto, muito rami�cado na base. Ramos cilíndricos, trialados, de até 1 m de comprimento, á�los ou com raras folhas sésseis e reduzidas nos nós. Alas verdes, membranosas, com 0,5 a 1,5 cm de largura; alas dos ramos �oríferos mais estreitas do que as demais. Planta dioica, portanto, quando presentes ramos �oridos, estes devem ser somente pistilados ou somente estaminados. In�orescências do tipo capítulo, branco-amareladas, numerosas, sésseis, dispostas ao longo dos ramos superiores, formando espigas interrompidas, com receptáculo plano, não paleáceo; �ores com papus presente, piloso e branco. Parte utilizada: Caule. Principais constituintes: Substâncias amargas, óleo essencial (carquejol), substâncias resinosas, saponinas e �avonoides. Usos: Usada para problemas hepáticos, pois desobstrui a vesícula e o fígado e nas disfunções estomacais. Seu extrato metanólico mostrou potencial como adjuvante no tratamento da obesidade e de dislipidemias, uma vez que inibe a atividade da enzima lipase pancreática e, consequentemente, a absorção de gorduras. Infusão: 2,5 g (2,5 colheres de chá) em 150 ml (1 xícara de chá). Utilizar 1 xícara de chá de 2 a 3 vezes ao dia. Uso adulto ou em crianças acima de 12 anos. Não utilizar em grávidas, pois pode promover contrações uterinas. O uso pode causar hipotensão (queda da pressão)! (Fonte: ervanarium). Nomenclatura cientí�ca: Equisetum arvense L. Nomenclatura vulgar: Cavalinha Família botânica: Equisetaceae Descrição: Subarbusto ereto, perene, com haste de cor verde, com numerosos ramos que partem dos nós. Possui acúmulo de silício na epiderme, por isso tem textura áspera ao toque. As folhas são escamosas, verticiladas e se formam na bainha. A haste fértil tem no alto uma espiga. Parte utilizada: Caule. Principais constituintes: Além da sílica, possui alcaloides, ácidos orgânicos, �avonoides, �toesteróides, saponinas e taninos. Usos: Usada como adstringente, diurético, cicatrizante e tem ainda ação anti-in�amatória. Também é empregada no tratamento da gonorreia, diarreias e infecções dos rins e bexiga. Infusão: 3 g (1 colher de chá) em 150 ml (1 xícara de chá). Utilizar 1 xícara de chá 3 vezes ao dia. Não deve ser utilizado por pessoas com insu�ciênciarenal e cardíaca. Altas doses podem provocar irritação gástrica, reduzir os níveis de vitamina B1 e provocar irritação no sistema urinário! Flora Digital do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. (Fonte: João A. Bagatini). Nomenclatura cientí�ca: Schinus terebinthifolia Raddi Nomenclatura vulgar: Aroeira-da-praia ou aroeira-vermelha Família botânica: Anacardiaceae Descrição: Árvore pioneira, de porte pequeno a médio, atingindo de 5 a 10 m. Tronco revestido de casca grossa. Tem copa globosa, casca externa cinza-escura. Casca interna avermelhada, textura �brosa, com exudação de terebentina. In�orescência com �ores de cor branca. A �oração ocorre de setembro a janeiro. Sua folha é fortemente aromática, imparipinada, composta, oblonga, alterna, coriácea, pilosa. Fruto drupa, carnoso, vermelho. O endocarpo contém óleo, que quando macerado imaturo exala um odor semelhante ao da manga. A fruti�cação ocorre de janeiro a julho. Parte utilizada: Cascas do caule. Principais constituintes: Óleos essenciais ricos em mono e sesquiterpenos, ácido pirogálico e alquil-fenóis. Usos: In�amação vaginal, leucorreia (corrimento vaginal), como homeostático, adstringente e cicatrizante. Decocção: 1 g de cascas do caule em 1 litro de água. Aplicar na região afetada, 2 vezes ao dia, em compressas e banhos de assento. Uso apenas tópico e adulto! (Fonte: ervanarium). Nomenclatura cientí�ca: Maytenus ilicifolia (Schrad.) Planch. Nomenclatura vulgar: Espinheira-santa Família botânica: Celastraceae Descrição: É uma planta perene e de porte arbóreo-arbustivo. Possui folhas simples, alternas, de formato oval-lanceolado quando jovens, passando a elíptico-lanceolado com o amadurecimento, coriáceas a subcoriáceas, glabras, margens com vários pares de dentes espinhosos e ápice agudo, peninérveas, com nervura principal proeminente na face abaxial. Pecíolo curto. Flores muito pequenas, amarelas ou branco-esverdeadas. Fruto tipo cápsula ovoide. Parte utilizada: Folhas. Principais constituintes: Taninos e �avonoides como triglicosídeo �avônico mauritianina, trifolina, hyperina, epi-catequina, tetraglicosídeo de canferol e galactitol. Usos: Antidispéptico, antiácido e protetor da mucosa gástrica. Infusão: 1- 2 g (1-2 colheres de chá) em 150 ml (1 xícara de chá). Utilizar 1 xícara chá de 3 a 4 vezes ao dia. Não deve ser utilizado por crianças menores de 6 anos. Não utilizar em grávidas até o terceiro mês de gestação e lactantes, pois promove a redução do leite. O uso pode provocar secura, gosto estranho na boca e náuseas! (Fonte: ervanarium). Nomenclatura cientí�ca: Pelmus boldus Molina Nomenclatura vulgar: Boldo do Chile Família botânica: Monimiaceae Descrição: Planta perene, arbóreo-arbustiva, podendo alcançar até 10 metros. Folha simples, inteira, elíptica, elíptico ovalada, elíptico-obovada ou obovada, de ápice obtuso, retuso ou agudo e base arredondada, obtusa ou cuneada, ápice e base simétricos ou assimétricos, margem ligeiramente revoluta, lâmina coriácea, quebradiça, verde acinzentada a cinzento prateada, pontuações levemente translúcidas, correspondentes a cavidades secretoras, visíveis a olho nu ou com lente de aumento; lâmina pilosa, com tricomas estrelados visíveis com lente de aumento, pecíolo curto, piloso, com maior densidade de tricomas na face abaxial. Produz frutos pequenos, redondos, de coloração verde e comestíveis, com sabor agradável. Parte utilizada: Folhas. Principais constituintes: Alcaloides derivados da apor�na (boldina, reticulina, isocoridina, esparteína), mirtenal, 1,8-cineol, p-cimeno, eucaliptol, ascaridol; �avonoides diversos, óleos essenciais, taninos, sitosterol, sais minerais e ácidos orgânicos. Usos: Muito usado em distúrbios gastrointestinais, como má digestão, inapetência, diarreia, cólicas, �atulência, prisão de ventre, meteorismo e outros. É frequentemente usado também nos casos de afecções do fígado e da vesícula. Infusão: 1 a 2 g (1 a 2 colheres de chá) em 150 ml (1 xícara de chá). Utilizar 1 xícara chá, 2 vezes ao dia. Não deve ser utilizado por pessoas com obstrução das vias biliares, doenças severas no fígado e nos casos de gravidez. (Fonte: ervanarium). Nomenclatura cientí�ca: Mikania glomerata Sprengel Nomenclatura vulgar: Guaco Família botânica: Asteraceae Descrição: Planta subarbustiva, trepadeira, perene, de ramos lenhosos, cilíndricos, estriados, castanhos e glabros. Folhas pecioladas, arqueadas, de cor verde intenso, glabras, aromáticas, opostas, providas de contorno oval, trilobadas, membranáceas às coriáceas, de ápice acuminado e base arredondada ou subcordiforme, medindo de 8 a 15 cm de comprimento por 6 a 9 cm de largura, e o pecíolo com 3 a 7 cm de comprimento. A in�orescência é do tipo panícula tirsóide, que alcança 30 cm de comprimento. Corola infundibuliforme. Papus composto de 30 cerdas, variando de amarelo-palha a rosada. Fruto tipo aquênio, pentangular, piloso ou levemente glabro, medindo 3 mm de comprimento. Parte utilizada: Folhas. Principais constituintes: Óleos essenciais, taninos, saponinas, guacosídio, diterpenos e sesquiterpenos, substâncias amargas, estigmasterol e �avonoides. Usos: Gripes e resfriados, bronquites alérgica e infecciosa, como expectorante. Infusão: 3 g (1 colher de sopa) em 150 ml (1 xícara de chá). Utilizar 1 xícara de chá, 3 vezes ao dia. A utilização pode interferir na coagulação sanguínea. Doses acima da recomendada podem provocar vômitos e diarreia. Pode interagir com anti-in�amatórios não estereoidais. (Fonte: ervanarium). Nomenclatura cientí�ca: Arnica montana L. Nomenclatura vulgar: Arnica Família botânica: Asteraceae Descrição: É uma planta de 30 a 50 cm de altura. Flores vistosas de um tom amarelo intenso, agrupadas em in�orescências do tipo capítulo. Os frutos são aquênios pardos, coroados ou não pelo papus. Parte utilizada: Flores. Principais constituintes: Arnicina, taninos, ácidos orgânicos, lactonas sesquiterpénicas, �avonoides glicosilados, cumarinas. Usos: Traumas, contusões, torções, edemas devido a fraturas e torções. Hematomas. Infusão: 3 g (1 colher de sopa) em 150 ml (1 xícara de chá). Aplicar compressa na área a ser tratada de 2 a 3 vezes ao dia. Não utilizar por via oral, pois pode causar gastrenterites, distúrbios cardiovasculares, falta de ar e morte. Não aplicar em feridas abertas. Uso apenas tópico. (Fonte: MabelAmber / Pixabay). Nomenclatura cientí�ca: Matricaria recutita L. Nomenclatura vulgar: Camomila Família botânica: Asteraceae Descrição: Planta com haste ereta, rami�cada. Folhas irregulares. Flores miúdas nas extremidades dos ramos. Capítulos constituídos de uma porção central hemisférica ou cônica coberta de �ores tubulosas amarelas, sem páleas e rodeada por 12 a 17 �ores marginais, liguladas e brancas. Flores marginais pistiladas, dispostas em uma só série, com o tubo da corola curto e reto, levemente amarelado. Flores centrais perfeitas, numerosas, com tubo reto e limbo pentalobado. Fruto aquênio ovoide. Parte utilizada: Flores. Principais constituintes: Álcool sesquiterpênico, alfabisabolol, azuleno, furfural, para�na, sesquiterpenos e tanino. Usos: Cólicas intestinais, quadros leves de ansiedade − como calmante suave −, contusões e nos processos in�amatórios da boca e gengiva. Infusão: 3g (1 colher de sopa) em 150ml (1 xícara de chá). Infusão: 6-9 g (2-3 colheres de sopa) em 150ml (1 xícara de chá). Utilizar 1 xícara de chá, de 3 a 4 vezes ao dia. Aplicar em forma de compressas, bochechos e gargarejo. Pode causar reações alérgicas ocasionais. Em casos de superdose, pode ocorrer o aparecimento de náuseas, excitação nervosa e insônia! É contraindicada durante a gravidez. (Fonte: ervanarium). Nomenclatura cientí�ca: Illicium verum Hook. f. Nomenclatura vulgar: Anis estrelado Família botânica: Schisandraceae Descrição: Arbusto de 4 a 5 metros de altura com casca branca, folhas resistentes, alongadas, inteiras, lisas e brilhantes. Flores grandes e solitárias, muito decorativas. Os oito carpelos de cada ovárioformam em conjunto um fruto, uma estrela cujas oito pontas se abrem para libertar cada uma a sua semente. Os frutos, colhidos verdes, são secos ao sol, onde adquirem cor castanho-avermelhada. O invólucro contém uma essência rica em anetol que lhes confere um forte aroma de anis. Parte utilizada: Frutos. Principais constituintes: Óleo essencial: anetol, trans-anetol, monoterpenos, aldeídos e cetonas anísicas, cineol, estragol e safrol, mucilagens, saponinas e ácidos orgânicos. Usos: Em bronquites, como expectorante. Infusão: 1,5g (1 ½ colher de chá) em 150ml (1 xícara de chá). Utilizar 1 xícara de chá, 3-4 vezes ao dia. Não utilizar na gravidez e no hiperestrogenismo. O uso pode ocasionar reações de hipersensibilidade cutânea, respiratória e gastrintestinal. (Fonte: ervanarium). Nomenclatura cientí�ca: Paulinia cupana Kunth Nomenclatura vulgar: Guaraná Família botânica: Sapindaceae Descrição: É um arbusto trepador que sobe até 10 m de altura e tem folhas compostas de 5 folíolos ovoide lanceolados, glabros, coriáceos, com numerosas glândulas e grandes �ores aromáticas. O fruto é uma cápsula piriforme, trilocular, septicida, vermelha na maturação, com urna a duas sementes ovoides, duras, revestidas por invólucros acessórios, os arilos. Parte utilizada: Sementes. Principais constituintes: Alcaloides, ácidos orgânicos, cafeína, catequina, colina, dextrina, guaranatina, mucilagem, óleos �xos, pectina, saponina, tanino, teo�lina e xantina. Usos: Em casos de fadiga física e mental, como estimulante. 0,5-2 g do pó (1 a 4 colheres de café). Utilizar puro ou diluído em água. Não deve ser utilizado por pessoas com ansiedade, hipertiroidismo, hipertensão, arritmias, problemas estomacais e intestinais, taquicardia paroxística, gastrite e cólon irritável. Em altas doses pode causar insônia, nervosismos e ansiedade! Não associar com outras drogas com bases xânticas (café, noz de cola, mate), nem com anti-hipertensivos! (Fonte: ervanarium). Nomenclatura cientí�ca: Aesculus hippocastanum L. Nomenclatura vulgar: Castanha-da-índia Família botânica: Hippocastanaceae Descrição: Árvore robusta de até 25 metros de altura, com copa enorme e abobadada. Possui ritidoma �ssurado em grandes placas destacáveis. Folhas com 5-7 folíolos obovados, glabros. Flores em panículos, cilíndricas ou cônicas. Fruto espinhoso, globoso, com uma só semente arredondada ou com 2-3 achatadas. Parte utilizada: Sementes. Principais constituintes: Saponinas triterpênicas, �avonoides, heterosídeos cumarínicos, óleos �xos, taninos, �tosteróis, alcaloides imidazólicos, ácidos orgânicos e vitaminas (B, K1, C, caroteno e pró-vitamina D). Usos: Em casos de fragilidade capilar e insu�ciência venosa (hemorroidas e varizes). Decocção: 1,5g (½ colheres de sopa) em 150ml (1 xícara de chá). Utilizar 1 xícara de chá, 2 vezes ao dia, logo após as refeições. Não utilizar na gravidez, lactação, insu�ciência hepática/renal e em casos de lesões da mucosa. Altas doses podem causar irritação do trato digestivo, náusea e vômito! Não utilizar junto com anticoagulantes! Palavras �nais Concluímos, assim, nossos estudos sobre as plantas medicinais e drogas vegetais usadas em �toterapia e na medicina popular. Esta aula trouxe apenas alguns exemplos do universo de recursos terapêuticos que a �ora mundial, em especial a brasileira, pode oferecer. A família botânica Asteraceae foi representada pelo maior número de espécies, em relação às demais. De fato, esta é uma família muito usada como recurso terapêutico. É importante ressaltar que, para se aprofundar e buscar informações sobre alguma planta medicinal, é necessário fazer as buscas em fontes con�áveis, como as farmacopeias, a OMS, a ANVISA ou artigos cientí�cos relacionados ao assunto. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Atividade 1. Para o tratamento de úlceras e gastrites, uma das ervas abaixo se destaca das demais: a) Barbatimão. b) Bredo. c) Espinheira-santa. d) Camomila. e) Arnica. 2. Um dos vegetais abaixo está em desacordo com os demais: a) Catuaba. b) Erva-cidreira. c) Maracujá. d) Flor de Laranjeira. e) Camomila. 3. Uma das plantas abaixo é considerada um excelente sedativo, em especial para os insones: a) Catuaba. b) Erva-mate. c) Guaraná. d) Mulungu. e) Café. 4. Esta erva era muito usada antigamente pelo seu efeito emético: a) Camomila. b) Arnica. c) Ipeca. d) Aroeira. e) Boldo. 5. Assinale a erva que se destaca pela sua atuação em in�amações ginecológicas: a) Arnica. b) Aroeira. c) Boldo. d) Castanha-da-índia. e) Guaraná. 6. A erva abaixo deve ser usada apenas topicamente: a) Boldo. b) Camomila. c) Bardana. d) Alcaçuz. e) Arnica. Notas Referências ANVISA. Formulário de �toterápicos: Farmacopeia Brasileira. Brasília: Anvisa, 2011. 126p. BUENO, M. J. A.; MARTINEZ, B. B.; BUENO, J. C. Manual de plantas medicinais e �toterápicos utilizados na cicatrização de feridas. Pouso Alegre: UNIVÁS, 2016. 145p. SECRETARIA DE SAÚDE DE PERNAMBUCO. Cartilha de plantas medicinais e medicamentos �toterápicos. Pernambuco, 2014. GRANDI, T. S. M. Tratado das plantas medicinais mineiras, nativas e cultivadas. Belo Horizonte, 2014. 1204p. LEITE, J. P. V. et al. Constituents from Maytenus ilicifolia leaves and bioguided fractionation for gastroprotective activity. J. Braz. Chem. Soc., São Paulo, v. 21, n. 2, 2010. LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum de Estudos de Flora, 2008. 544p. NASCIMENTO, I. G.; VIEIRA, M. R. S. Manual de plantas medicinais farmácia viva. Católica Unisantos. 50p. SOUZA, S. P. et al. Seleção de extratos brutos de plantas com atividade antiobesidade. Rev. Bras. Pl. Med., Botucatu, v.14, n.4, p.643-648, 2012. Próxima aula Explore mais Pesquise na internet sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto. Em caso de dúvidas, converse com seu professor online por meio dos recursos disponíveis no ambiente de aprendizagem.
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