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AMINADABE LIMA, DÉBORA , ÉDERSON DE FREITAS GONCALVES, IZANILDES DAS MERCÊS VIANA RODRIGUES, MARCIA PRISCILA MARQUES RIBEIRO, YVONE CRISTINA DE CARVALHO BARREIROS SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO FACULDADE DE EDUCAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA AMINADABE LIMA DÉBORA ÉDERSON DE FREITAS GONCALVES IZANILDES DAS MERCÊS VIANA RODRIGUES MARCIA PRISCILA MARQUES RIBEIRO YVONE CRISTINA DE CARVALHO BARREIROS FTM. CIÊNCIAS ÁLBUM DE PLANTAS MEDICINAIS CAMETÁ- PARÁ 2021 SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO FACULDADE DE EDUCAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA 2017 AMINADABE LIMA, DÉBORA EDERSON DE FREITAS GONCALVES IZANILDES DAS MERCÊS VIANA RODRIGUES MARCIA PRISCILA MARQUES RIBEIRO YONE CRISTINA DE CARVALHO BARREIROSR FTM. CIÊNCIAS ÁLBUM DE PLANTAS MEDICINAIS Atividade avaliativa da disciplina F.T.M. De Ciências, ministrada pela Professora Dra Sonia Maia, da Faculdade de Educação, do Instituto de Ciências da Educação da Universidade Federal do Pará (FAED/ICED/UFPA). CAMETÁ - PARÁ 2021 SUMÁRIO ARRUDA ________________________________________________________ 03 2. BOLDO _________________________________________________________ 05 3. ELIXIR __________________________________________________________07 4. MANJERICÃO___________________________________________________ 08 5. URUBU__________________________________________________________09 6. _________________________________________________________ 05 7. __________________________________________________________07 21. REFERÊNCIAS _________________________________________________11 ARRUDA A NOME CIENTÍFICO: Ruta graveolens L. FAMÍLIA: Rutaceae Juss. SINONÍMIA VULGAR: arruda doméstica, arruda dos jardins, arruda-fedorenta, arruda-fêmea, SINONÍMIA CIENTÍFICA: Ruta graveolens Descrição Planta cosmopolita, resistente até mesmo ao inverno da Europa. Seu caule atinge até 1 m de altura, sendo ramificado e guarnecido de folhas alternas, pecioladas, espessas, glabras, verdes, possuindo inúmeras bolsas de essência que são pequenos pontos claros e translúcidos, quando olhados contra a luz. Pela dissecação, estas folhas tornam-se cinzas. As flores são amarelas ou amarelo-esverdeadas, agrupadas em cimeiras terminais e apresentam 4 a 5 pétalas côncavas, em forma de concha e com as bordas denteadas. São sempre diplostêmones. Possuem sabor picante, mas ele é mascarado pelo cheiro forte, característico e desagradável. Fruto capsular, de 4 ou 5 lobos salientes e rugosos, abrindo-se em 4 ou 5 valvas. Semente rugosa e pardacenta. Multiplica-se por sementes, ponteiras ou folhas compostas em solos levemente alcalinos pobres e pedregosos. PARTES USADAS Planta florida, folhas ou toda a planta. FORMAS FARMACÊUTICAS Infuso, decocto, tintura, extrato fluido, pó, alcoolato, maceração ou colírio. EMPREGO: Abortivo, emenagogo, hemostático. O óleo é usado como estupefaciente. Externamente, é usado em fricções sob a forma de alcoolato. Toda a planta sob a forma de infuso, decocto, maceração ou colírio é usada como emenagoga, nas doenças cardíacas, nas otites e nas infecções oculares. É usada, externamente, para combater sarnas e piolhos. A rutina extraída da planta aumenta a resistência dos capilares sanguíneos evitando sua ruptura e é usada também na hipertensão. No entanto, seu uso interno é desaconselhável por se tratar de uma planta tóxica que pode causar hemorragia grave. A alcoolatura é usada a 10%. CONSTITUIÇÃO QUÍMICA: Óleo essencial constituído de: metilnonil, metileptipilcetonas, dimetilnonilcarbinol, álcoois, éster, fenóis, compostos terpênicos. Alcaloides: arborinina, graveolina, graveolinina, e α-fagarina. CONTRAINDICAÇÃO Não deve ser usado na gravidez por ser emenagoga e abortiva devido aos efeitos estimulantes uterinos. Se usada em presença da luz solar (UV) pode causar fotodermatites. Na insuficiência renal, pela estimulação do trato gênito-urinário e por ser irritante renal em altas doses, hemorragias e doenças renais. Pulso baixo, melancolia, espasmos musculares, distúrbios do sono e glossite. Na lactação e em crianças. TOXICIDADE Internamente é muito tóxica, podendo causar congestão sanguínea e uma estimulação sobre as fibras musculares uterinas. Sua ação abortiva só ocorre em doses tóxicas e causam muitas vezes a morte. Dermatite de contato, desmaio, fadiga, hipotensão. As furanocumarinas da arruda não estão associadas com a hemorragia, como sugerido anteriormente em alguns trabalhos, porém com efeitos mutagênicos e fotossensibilizantes. (GRANDI, 2014, p. 140-143) ALFAVACÃO Nome científico: Ocimum gratissimum L. Sinonímia Científica: Ocimum americanum L, Ocimum dinteri Briq, Ocimum Nome popular: Alfavaca, alfavaca-cheirosa, alfavaca-da-américa e alfavacão. Família: Labiatae Descrição Parte Utilizada: Folhas e caules Benefícios: Reduz a glicose urinária e a glicemia de jejum e pós-prandial, reduz níveis de colesterol sanguíneo, possui propriedade anti-inflamatória em casos de asma. Sistema digestivo – carminativa, digestiva, estomáquica, antiespasmódica, antiulcerogênica Sistema nervoso – ansiedade, insônia e antidepressiva leve. Sistema respiratório – gripes com cefaleia, antiasmática, broncodilatador, tosse alérgica, gripes e resfriados. Geral – Estimulante do organismo como um todo, refazendo processos de grande desgaste energético, antisséptico, analgésico, anti-inflamatório, febrífugo. Efeitos colaterais: Na gravidez pode provocar efeito mutagênico. Hepatotóxico em doses elevadas Hipoglicemia em pacientes sensíveis Contra indicações: Evitar uso em gestantes, crianças menores de 6 anos, pessoas com gastrites e úlceras gastroduodenais, síndrome do cólon irritável, colites, hepatopatias, epilepsia, Parkinson e hipoglicemia. Composição Química: Óleo essencial (0,5 a 1%) - Estragol ou metilchavicol, linalol, cineol, eugenol, acetato de linalilo, ocimeno, geraniol, cânfora, metil-cinamato, pineno e timol Saponinas Flavonoides Ácido cafeico BOLDO Família: Lamiaceae (Labiatae) Nome Científico Plecthantus barbathus Andrews[1]; Plecthantus ornatus Codd.[2]; Plecthantus grandis (Cremer) R. H. Wellenze[3] Sinonímia Vulgar Boldo[1], tapete-de-oxalá, falso-boldo, boldo-brasileiro, boldo-nacional, sete-dores.Boldinho[2],boldo-gigante[3], Sinonímia Científica Coleus barbathus Andrews Benth.[1]; Coleus forskohlii (Willd.) Briq.[1] Descrição Planta herbácea ou subarbustiva, aromática, perene, ereta, pouco ramificada. Folhas opostas, ovais, simples, de bordos crenados, muito pilosas, aveludadas medindo de 5 a 8 cm de comprimento, suculentas. Flores roxas dispostasem espigas de cima triflora, originária da Índia e cultivada em todo Brasil. Existem duas espécies muito semelhantes: o Pl. grandis (Cramer) R. H. Wellensze tem flores azuis, atingindo mais de 2 m de altura e florescendo em épocas diferentes do Pl. barbatus; e Pl. ornatus Codd., conhecido erroneamente como boldo-do-Chile, ou boldo-gambá. Entrou no Brasil há pouco tempo, como ornamental. Sua diferença com o boldo-sete-dores está no tipo de folha que é rombóidea, sendo erva de menor porte que as demais, tanto que é conhecida também como boldo-mirim. Parte Usada Folhas. Forma Farmacêutica Folhas maceradas em água ou infuso. Emprego Popularmente as folhas maceradas em água por 30 minutos e à temperatura ambiente são usadas como colagogo nas dores de cabeça e mal-estar, após ingestão de bebidas alcoólicas e nos problemas estomacais e digestivos; é usada também na hipotensão arterial. Constituição Química Barbatusol, barbatol, barbatusina, cariocal, ciclobutatusina, colenol, coleol, coliona, óleo essencial (rico em guaieno e fenchona), ferruginol, forskolina. As folhas frescas contêm 0,1% de óleo essencial e folhas secas ao ar, 0,3%. Toxicidade A utilização do boldo em dosagens elevadas, ou por períodos longos, pode provocar irritação gástrica e efeito cardioativo. Para pessoas com sensibilidade ao boldo ou a seus componentes é contraindicado.Em caso de obstrução das vias biliares ou doenças severas do fígado. Pacientes com úlcera e gastrite. (GRANDI, 2014, p. 227-229 ELixir Família: Lamiaceae (Labiatae) Nome Científico: Ocimum suave Willd. Sinonímia Vulgar Chá-da-índia, elixir-paregórico, canelinha, alfavaca-de-jardim. Descrição Planta perene, que atinge até 40 cm de altura, muito cultivada nas hortas mineiras. Caule muito ramificado. Folhas pecioladas, simples, opostas, lanceoladas, de margem inteira ou ondulada, membranáceas de 4 a 7 cm de comprimento e 3 a 5 cm de largura. Com aroma semelhante ao da essência de aniz. Flores pequenas de cor violácea, dispostos em cachos de cimas triflora. Estilete ginobásico. Frutos do tipo tetra-aquênio de cor escura, que não se separam facilmente das sementes. Cheiro aromático e agradável. Reproduz-se facilmente por sementes ou mudas e desenvolve-se melhor em terrenos bem drenados e recebendo o sol da manhã. Parte Usada Toda a planta. Formas Farmacêuticas Infuso, decocto ou tisana. Emprego Diurético, estimulante, tônico, usado contra dispneia, problemas cardíacos, gripe, insônia, angina pectoris. O infuso e o decocto a 5%, tomar de 3 a 4 xícaras ao dia, e o xarope, de 20 a 100 ml ao dia. Constituição Química Aminas, flavonoides, leucoantocianinas, esteróis e triterpenos. O óleo essencial contém eugenol, carvanol, metileugenol, cariofileno, éter metilchavicol, alcanfor, 1,8-cineol, estragol, decilaldeído. α-γ-βpineno; γ-selineno e terpineno-4-ol. (GRANDI, 2014, p. 74-78) MANJERICÃO Família Lamiaceae (Labiatae) Nome Científico Ocimum basilicum L. Sinonímia Vulgar Manjericão-grande, manjericão-de-folha-larga, alfavaca-cheirosa, alfavaca, basilicão. Descrição Subarbusto aromático, ereto, muito ramificado, de 30 a 50 cm de altura, introduzido no Brasil pela colônia italiana. Folhas simples ovais membranáceas, de margem ondulada, nervuras salientes, de 4 a 7 cm de comprimento. Flores brancas reunidas em cimeiras contraídas, com corola bilabiada, estames didínamos e estilete ginobásico. Fruto nuculâneo. Sementes negras. É planta melífera e condimentar e seu óleo essencial é insetífugo. Multiplica-se por sementes e estacas, em solo rico úmido e quente. Partes Usadas Raízes ou folhas. Formas Farmacêuticas Infuso ou decocto. Emprego Resfriados, estimulante, doença de chagas e dores do corpo. A planta seca em decocção, durante 3 minutos na dose 50 g/l atua em gargarejo na inflamação da garganta; 30 g/l é estimulante e sudorífera, atuando contra a inflamação intestinal, vômitos e espasmos. Contra cefaleia. Tônico nervoso, é indicado em caso de estafa mental e intelectual. Infuso 20 g/l, beber 3 xícaras ao dia. Constituição Química Estragol, lineol, linalol, alcanfor, eugenol, cineol, pineno, timol. Contém também taninos, saponinas, flavonoides, ácido cafeico e esculosídeo. Interações Medicamentosas e Associações Pode intensificar os efeitos hipoglicemiantes. Evitar o uso concomitante. Contraindicação Não é recomendado na gestação, porém é utilizado na lactação e fissura dos mamilos. Toxicidade É hepatocarcinogênico, em animais, efeito atribuído ao estragol e seus derivados ao DNA do fígado. O estragol tem sido relatado como tendo efeito mutagênico. O uso prolongado não é considerado seguro, mas a planta é considerada segura como tempero. (GRANDI, 2014, p. 199-201) URUBU Família Boraginaceae Nome Científico Heliotropium indicum L. Sinonímia Vulgar Crista-de-peru, borragem, borragem-brava, crista-de-galo, cravo-de-urubu, boragem-brava. Sinonímia Científica Eliopia riparia Raf.; Eliopia serrata Raf.; Heliophytum indicum (L.) DC.; Heliotropium cordifolium Moench.; Heliotropium foetidum Salisb.; Heliotropium horminifolium Mill.; Tiaridicum indicum (L.) Descrição Planta herbácea anual de pequeno porte, com caule sub-prostrado ou ereto, ramificado, de textura um tanto carnosa, pubescente, de 50 a 70 cm de altura, com pelos longos e glandulosos, mais numerosos no ápice da planta. Tem folhas simples, alternas ou sub-opostas, sem estípulas, pecioladas e membranáceas, com nervuras impressas na página superior atenuada de 3 a 6 cm de comprimento. Inflorescência terminal, geralmente cimeira bípara de cimeira unípara escorpioide. Flores azuis ou lilases, sésseis com cálice verde de 5 dentes, corola tubulosa com ápice curtamente lobado, estames 5 inclusos. Ovário súpero de 4 lóculos. Fruto nuculâneo de coloração pardo-escuro. Multiplica-se apenas por sementes. Encontrada em todo território brasileiro, como ruderal, em solos férteis e úmidos. Parte Usada Folhas. Formas Farmacêuticas Infuso, decocto ou tintura. Emprego Reumatismo, gota, tosses, coqueluche, anti-hemorroidal. Resolutivo nos abscessos. Furunculoses, estomatites, moléstias cutâneas e como adstringente. Alguns raizeiros consideram esta planta como a mais eficaz no tratamento da coqueluche. Constituição Química Alcaloides pirrolizidínicos. Toxicidade O efeito tóxico desta planta em animais foi relatado. O alcaloide encontrado é considerado cancerígeno e hepatocitotóxico. (GRANDI, 2014, p. 245-247 ) ERVA CIDREIRA Nome científico: Melissa officinalis L. Sinonímia Científica: Melissa altissima Sibth e Sm.; Melissa cordifolia Pers.; Melissa foliosa Opiz.; Melissa graveolens Host.; Melissa hirsuta Hornens.; Melissa occidentalis Rafin.; Melissa Romana Mill. Melissa bicornis Klokov. Nome popular: Melissa, Melissa Verdadeira e Erva Cidreira. Família: Lamiaceae. Parte Utilizada: Folha e caule Benefícios: A erva cidreira possui ação benéfica em casos de gases, problemas estomacais e tem um efeito calmante que melhora casos de insônia, ansiedade, depressão e ajuda na redução do estresse. Além disso, a planta também melhora os casos das cólicas. Efeitos colaterais: O consumo em excesso da erva-cidreira pode provocar alguns efeitos colaterais, como a diminuição de frequência cardíaca e sonolência, principalmente em pessoas que sofrem de hipersensibilidade. Contra indicações: Entre as contra-indicações está o hipotireoidismo, além disso as pessoas que sofrem de glaucoma não podem tomar o óleo essencial de erva-cidreira. Gravidez e aleitamento: devido à falta de dados confiáveis, não recomenda-se tomar erva-cidreira neste período da vida. Composição Química: Padronizado em 5% de Ácido Rosmarinico, Óleo Essencial: linalol, nerol, geraniol, citronelol, α-terpineol, terpineno-1-4-ol, neral, geranial, cariofilenol, farnesol, 10-epi-α-cadinol, α-cubebeno, α-copaeno, β-burboneno, βcariofileno, α-humuleno, 1,8-cineol, óxido de cariofileno e ocimenos; Flavonóides: luteolol-7-glicosídeo, ramnocitrosídeo, apigenina e quercitrosídeo; ácidos Carboxílicos: cafêico, clorogênico, elágico e rosmarínico; Taninos; Princípio Amargo; Mucilagens Urônicas JUCÁ Nome científico: Libidibia ferrea Sinonímia Científica: Caesalpinia férrea Nome popular: A planta é conhecida popularmente por uma série de nomes regionais, como pau de ferro, árvore leopardo, murapixuna, miraobi, jucaína, guratã ou então, muraitá. Família: Fabáceas(ex-Leguminosas), subfamília das Cesalpiniá- ceas. Parte Utilizada: A baga e a casca do caule Benefícios: O jucá é uma planta de origem brasileira, muito usada popularmente para tratamento de várias doenças e problemas de saúde, como: · Cicatrização de feridas; · Hemorragias; · Crise asmática; · Tosse com catarro; · Diabetes; · Alergia respiratória; · Diarreia; · Hemorroidas externas; · Úlceras gástricas. Também pode ser usado para auxiliar o tratamento de infecções por bactérias e fungos, principalmente inflamações na região da boca, como a gengivite, e pode ser utilizado para a prevenção de câncer, devido sua ação na proteção das células de defesa do corpo. Efeitos colaterais: Por ser uma planta em estudos, ainda não foram encontrados efeitos colaterais, entretanto, se ao tomar o chá ou bebida com jucá uma pessoa sentir qualquer sintoma diferente é necessário procurar atendimento médico para analisar os sintomas e indicar o tratamento mais adequado. Contra indicações: O jucá é contraindicado para gestantese lactantes e, se consumido em excesso, pode ser tóxico. Composição Química: Saponina triterpênica glicirrizina ou ácido glicirrízico PARIRI Nome científico: Arrabidaea chica Verlot Sinonímia Científica: Chica, Cricket-vine, Puca panga. Nome popular: Pariri, carajurú, crajurú, cipó cruz, paripari, capiranga, grajirú, guarajurupiranga, piranga, calajouru, karajura, krawiru, carajiru, cajuru, crejeru, oajuru, crejer, chica, cricket-vine e puca panga. Família: Bignoniaceae Parte Utilizada: Folhas Benefícios: A planta pariri possui propriedades expectorante, anti-inflamatória, anti-hipertensiva, adstringente, anti-diabética cicatrizante, antimicrobiana, antianêmica, diurética e antioxidante, podendo ser utilizada para ajudar no tratamento de diversas situações, sendo as principais: Dores intestinais; · Diarreia e diarreia com sangue; · Hemorragia; · Anemia; · Icterícia; · Corrimento vaginal; · Feridas na pele; · Inflamações ginecológicas; · Conjuntivite. Efeitos colaterais: Pariri tem poucos efeitos colaterais, pois possui baixo teor de toxinas. Porém nenhum tratamento deve ser feito sem orientação médica e nenhuma planta medicinal deve ser consumida em excesso. Contra indicações: essa planta não deve ser usada por quem possui hipersensibilidade ao ácido anisíco, cajurina, taninos, bixina, saponina, ferro assimilável e cianocobalamina. Composição Química: Sua composição química mostra saponinas, quininos, flavonas, taninos, pigmentos flavônicos e indícios de alcalóides. Sendo os vegetais anti-diabéticos, em geral, adstringentes, os taninos devem inativar os fermentos que atuam nos carboidratos, impedindo-lhes a atividade diastásica (Costa, 1975). Peca-Conha A ipeca e um pequeno arbusto de apenas 30 cm de altura, que pode ser usada como planta medicinal para induzir o vômito, cessar a diarreia e para soltar as secreções do sistema respiratório. Ela também e conhecida como ipecacuanha, ipeca-verdadeira, Poaia e poia cinzenta, muito utilizada para provocar vômito. Está planta possui grandes folhas ovaladas em tom de verde escuro brilhantes e opostas, com flores brancas que depois de fecundadas transformam-se em pequenos cachos de frutos vermelhos NOME CIENTÍFICO: psychotria ipecacuanha PARTES USADAS: as folhas e as raízes INDICAÇÕES DA IPECA: a ipecacuanha serve para induzir o vômito e para ajudar no tratamento de bronquite, pneumonia e infestação por amebas. MODO DE USO DA IPECA: a ipecacuanha e uma planta tóxica e só deve ser utilizada na forma industrializada. A superdorsagem e de apenas 2g de suas raízes podendo causar graves problemas de saúde. Seus compostos podem chegar ao sistema nervoso e causar alucinações, podendo ser usada também em rituais religiosos. PROPRIEDADE DA IPECA: a ipecacuanha possui ementina e cefalina, e pode ser usada no tratamento contra diarréia causada por amebas, como expectorante, pode ser útil em caso de gripe, bronquite e asma, e também atua como adstringente e anti-inflamatório. EFEITOS COLATERAIS DA IPECA: após a ingestão exclusiva ou prolongada dessa planta podem ocorrer gastrite, taquicardia, pressão baixa, arritmia cardíaca, convulsões, choque e pode levar até mesmo ão coma. Estes efeitos podem ser revestidos ao cessar sua ingestão. CONTRA INDICAÇÕES DA IPECA: a ipecacuanha esta contraindicada para crianças com menos de 6 meses de idade, durante gravidez ou quando indivíduo ingeriu querosene ou agentes corrosivos ácidos ou alcalinos. Por ser uma planta medicinal tóxica esta so deve ser usada sob indicação médica. HORTELÃ Família Lamiaceae (Labiatae) Nome Científico Mentha piperita L. Sinonímia Vulgar Hortelã-pimenta, sândalo, hortelã-inglesa. Descrição Origina-se do Oriente; é uma planta herbácea e vivaz, de caule quadrangular, ereto, pouco pubescente, de 40 a 60 cm de altura. Folhas opostas, simples, pecioladas, lanceoladas, retorcidas, um pouco arredondadas na base, agudas, denteadas ou serreadas, verde-escuras na face superior e verde-pálidas na inferior, ligeiramente aveludadas nas nervuras inferiores. As folhas inferiores têm de 5 a 8 cm de comprimento por 2 cm de largura, diminuindo de tamanho, à medida que se aproximam do ápice do caule. Flores andróginas, purpúreas, dispostas no ápice dos ramos, em espigas laxas, cônicas, agudas e opostas. As espigas inferiores são espaçadas umas das outras, ao passo que as superiores são muito próximas e sempre acompanhadas de brácteas foliáceas. Flores semelhantes às das Labiadas. Odor forte, aromático e característico. Multiplica-se por estolões enraizados, ponteiras ou desdobramento de touceiras de uma planta adulta, sendo de fácil cultivo, mas prefere solos ricos em matéria orgânica, bem drenados e a pleno sol. Partes Usadas Folha ou sumidade florida. Formas Farmacêuticas Infuso, decocto ou bala. Emprego Antiespasmódico, carminativo, estomacal, estimulante, vermífugo. Como especialidade farmacêutica, faz parte da constituição de dentifrícios, pomadas e linimentos, pós e pastilhas. O infuso ou decocto a 2%, tomar de 2 a 3 xícaras ao dia; o extrato fluido, de 1 a 4 ml ao dia; a essência pura, de 1 a 3 gotas ao dia. constituição Química Piperitone, α-mentona, mentofurano, metilacelato, pulejona, cineol, limoneno, jasmone, princípio amargo, vitaminas C e D, nicotinamida, terpenos, cetonas, taninos, sesquiterpenos: cariofileno e bisabolol. Flavonoides: mentosida, isoroifolina, luteolina. Óleo essencial: mentol, ácidos p-cumarínicos, perúlico, cafeico, rosmarínico clorogênicos e outros. Outros constituintes: carotenoides, colina, betaina e minerais. nterações Medicamentosas e Associações Em conjunto com a camomila, pode aumentar a atividade antiespasmódica, recomendada para lactentes e crianças. Pode ser associado, ainda, ao sabugueiro e ao mil-em-rama. A hortelã pode aumentar os níveis de várias drogas no sangue, devido à inibição do metabolismo de diversas enzimas das quais as drogas são substratos, como tilenol, varfarina e aldol. Contraindicação Gravidez, devido a seu potencial efeito emenagogo. O mentol em crianças de pouca idade e lactentes pode levar à dispneia e asfixia. O óleo essencial não deve ser inalado ou aplicado na área facial ou nariz de bebês ou crianças pequenas, pois o mentol pode causar o espasmo da glote. A essência irrita a mucosa ocular e conjuntiva em pessoas sensíveis e nelas pode ainda provocar insônia. É contraindicado o uso para pessoas que possuem cálculos biliares, ou em hérnia de hiato e refluxos ácidos, devido ao efeito relaxante no esfíncter do esôfago. Toxicidade Resposta alérgica, dermatite, úlceras na boca, perturbações gastrintestinais, dor de cabeça, rubor, azia. É seguro usá-la como tempero, óleo, extrato e óleo-resina. NOME CIENTÍFICO: eupatorium triplinerve val. FAMÍLIA: asteraceae. SINÔNIMOS BOTÂNICOS: ayapana triplenervis(vahl) R.M.kin g e H. Rob OUTROS NOMES POPULARES: aiapana, japana, erva_santa PROPRIEDADE MEDICINAIS: sudorifico, tônico, tônico digestivo. INDICAÇÕES: afta, diarréia, disenteria, estômago, fígado, gases, gengivites, úlcera gástrica. DESCRIÇÃO: ayapana triplenervis (asteraceae) e uma planta medicinal da Amazônia conhecida como "japana Branca" e "japana roxa" utilizada como tônico, digestivo, antidiarreico dentre outros . A ayapana triplenervis e uma erva com 40 a 50 cm de altura, ereta ou semi prostrada. O caule e cilíndrico, piloso em ambos os tipos, com coloração verde, maior números de nós e brotos foliares no tipo "Branca". Enquanto que no tipo roxa o caule apresenta_se com coloração roxa e entrenos curtos. As folhas são simples, herbáceas, sesseis, opostas; limbo 10-12cm de comprimento, 1,5-2,5cm de largura quando completamente expandido, ovadolanceolado, ápice agudo, margem levemente serreada, base decorrente no tipo branca e atenuada no tipo roxa; nervacao acrodroma suprabasal-broquidobrama. AMOR-CRESCIDO Figura 01: Amor-Crescido Fonte: (Googleimagens) Nome científico: Portulaca pilosa L. Família: Portulacaceae Sinonímia popular: Flor de seda (Brasil), alecrim-de-são-josé (Portugal) Sinonímia científica: Portulaca lanata Rich. Partes usadas: Planta inteira Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): Mucilagem, sais minerais, principalmente fósforo e potássio, cálcio, ferro, vitaminas B e C. Propriedade terapêutica: Diurética, cicatrizante, analgésica, hepatoprotetora. Indicação terapêutica: Problemas estomacais, queda de cabelo, diarreia, erisipela, queimadura. Origem, distribuição Nativa das Américas, estende-se desde o sul dos Estados Unidos e do Caribe até o sul do Brasil. Descrição Planta herbácea, anual, ereta. Folhas suculentas, cilíndricas, lineares, alternas, formando um verticilo (arranjo radial de três ou mais folhas em torno da haste, na parte superior desta). Flores cor-de-rosa e tricomas (cabelos, pelos) longos, brancos e crespos provenientes das axilas das folhas. Floresce na parte da manhã e fecha a tarde. Prospera em ambiente quente e ensolarado. Frutos deiscentes que se abrem completamente por uma divisão transversal, contendo pequenas sementes pretas. Portulaca é o antigo nome latino para "purslane" ("beldroega" em português). Ela deriva do nome "port", que em Latim significa "transportar" e "lac", que significa "leite", "milk-carrier" em inglês, que pode ser entendido como "caixa para transporte de leite". Pilosa refere-se aos longos pelos da planta. Em Latim "pilos" significa "peludo". Em alguns países é considerada uma planta invasora. Uso popular e medicinal No Brasil espécies de Portulaca pilosa têm sido usadas como um remédio tradicional para causar a diurese, antipirese e analgesia. Estudos têm mostrado que os seus extratos têm efeitos renais. Também tem sido observado em ratos que tais extratos causam um aumento na excreção de potássio, sem uma alteração concomitante da diurese de água ou a excreção de sódio. Esta espécie inibe a tirosinase em cogumelos in vitro. As folhas são utilizadas na forma de xampu para lavar e dar brilho aos cabelos. A planta é bastante popular em Belém, capital do Estado do Pará (Brasil) sobretudo no tradicional mercado central Ver-o-Peso que concentra inúmeros pontos de venda de plantas medicinais e aromáticas, ervas frescas e receitas de poções, xaropes e preparados contra vários tipos de afecção. O amor-crescido é das plantas mais procuradas neste mercado por ser difícil cultivá-la nos quintais. Dosagem indicada Utilizada em preparados e infusões contra a queda de cabelo. A infusão das folhas aplica-se em emplastros contra queimaduras e afecções da pele. Misturar um punhado de folhas de amor-crescido e outro de folhas de jambu (Spilanthes oleracea) em água fria e aquecer. Deixar levantar fervura e tomar em substituição a água, durante todo o dia. Esta decocção é excelente diurético e hepatoprotetor. REFERÊNCIA SIGRIST, Sérgio. Plantas medicinais-aromáticas-condimentares. Disponível em: <https://www.ppmac.org/content/amor-crescido. Acesso em: 3 jul, 2021. URTIGA Figura 02: Urtiga Fonte: (Google imagens) Família: Urticaceae Nome cientifico: Urtica dioica L. Sinonímia Popular: Mansa, cansanção Sinonímia cientifica: Urtica dioica Thunb; Urtica galiopsifolia Wierzb ex Opiz. Descrição Arbusto que pode atingir até 1,5 m de altura, com caule semiescandante. Folhas simples opostas, estipuladas, ovais, sendo a base cordiforme, a margem denteada de e os dentes triangulares. Flores verdes em inflorescência tipo cacho de espigas. Flores dioicas, com 4 sépalas e 4 estames, ovário súpero e estigma em forma de pincel. Fruto aquênio. Parte usada: toda a planta Forma Farmacêutica: Decocto Emprego: Moléstia cutâneas como psoríase, urticária, picadas de inseto e como adstringente e hemostático. Constituição Química: As folhas possuem uma substância histamínica e ácido fórmico. A planta inteira contém taninos, mucilagem, vitamina A, C, B2, B5. Minerais (S, Si, K, Fe, Ca, Na), clorofila, ácidos graxos, fitosterol (β-sitosterol), carotenoides, flavonoides (glicosídeo da quercetina) e secretina. Acetilcolina e serotonina. Interações Medicamentosas e Associações: Pode ser usada juntamente com dente-de-leão, cavalinha e bardana que têm as mesmas propriedades. O uso concomitante com o diclofenaco pode potencializar sua ação. Com anti-hipertensivos pode ter efeito somatório, devido à ação diurética e hipotensiva. A urtiga contém serotonina, que possui atividade coagulante, e vitamina K, que é antagonista da varfarina. Com agentes hipoglicemiantes orais e/ou insulina pode causar hipoglicemia. Contraindicação: Seu uso é contraindicado no caso de edemas, de problemas cardíacos e renais, devido à excreção inadequada de sais urinários. Seu uso interno excessivo é contraindicado na gravidez, devido ao efeito emenagogo, abortivo e estimulante do útero do seu componente serotonina. Toxidade: As folhas verdes ou secas não processadas podem causar irritações oculares e dérmicas (eritema, bolhas e vesículas muito pruriginosa), quando usadas externamente. As sementes não devem ser ingeridas. Foi relatado edema de glote em pessoas sensíveis, após a ingestão de um doce de leite com urtiga, usado como depurativo. Pode provocar natriurese, oligúria, sedação e urticária. CORRENTE Figura 03: Corrente Fonte: (Google imagens) Família: Amaranthaceae Nome cientifico: Pfaffia paniculata Sinonímia Popular: corango-açu, pfafia, ginseng brasileiro, pfafia e suma. Descrição A erva corrente é nativa da Amazônia e também de outras áreas tropicais do mundo, como na Venezuela, Peru, Paraguai, Panamá e Equador. Há registros do seu uso há mais de três séculos, principalmente pelos índios e pela população que viviam às margens dos rios. A principal parte utilizada para fins medicinais é a sua raiz. Benefícios: Essas substâncias são indicadas para inflamações, câncer, cansado, pressão alta, taxas baixas de leucócitos e baixa imunidade. Outros usos para a erva corrente são: colesterol alto, diabetes, anemia, artrite, depressão, indisposição sexual, asma, leucemia, doenças linfáticas, tumores, úlceras e envelhecimento precoce. A corrente funciona como facilitadora do oxigênio para as células. Além disso, essa substância presente na erva corrente serve para aumentar o apetite, memória e acelerar a circulação. Os atletas fazem uso dessa substância para fortalecer os músculos. Contraindicações: Apesar de ser extremamente benéfica, a erva corrente tem contraindicações para pessoas que tem reações alérgicas. E, se consumida em grande quantidade, as pessoas podem ter náuseas e até apresentar episódios de vômitos. Modo de usar: Você pode fazer a decoração da raiz da erva corrente da seguinte forma: pegue 10 gramas de raiz seca e coloque um litro de água fervente. Depois de fervida, mantenha a tampa fechada para apurar a mistura, coe e beba duas xícaras por dia. Caso você tenha a erva corrente em pó, use somente uma colher pequena, com cerca de 2g, até três vezes ao dia. Porém, antes de fazer uso do chá ou extrato da planta, consulte o seu médico para liberação. REFERÊNCIA BATISTA, Pollyana. Benefícios das plantas. Disponível em http://www.beneficiosdasplantas.com.br/correntes/efhttps://www.beneficiosdasplantas.com.br/corrente/ . Acesso em: 03 jul, 2021. GERVÃO Figura 04: Gervão Fonte: (Google imagens) Família: Verbenaceae Nome cientifico: Stachytarpheta cayenensis (L.C.Rich) Vahl. Sinonímia Popular: Gervão-Roxo, Gervão-Verdadeir, Gerebão, Orgibão, Ogervão, Urgevão, Fel-da-Terra. Descrição macroscópica A planta é anual, ou perene, subarbustiva, ereta, muito ramificada, de caule semiquadrangular, com 60 a 120 cm de altura. É uma planta daninha, frequente em todas as regiões tropicais do país. Composição química: Apigenol-7-glicuronídeo, - epinasterol, ácido gama-aminobutírico, ácido clorogênico, citral, dopamina, friedelina, geraniol, hentriancotano, hispidulina, ipolamida, luteol-7-glicuronídeo, n-dotriancotano, n-nonacosano, n-pentriacotano, n-tetraiancotrano, ácido salicílico, escutelareína,stachytarphina, estigmasterol, tarphetalina, ácido ursólico, verbascosídeo. Partes utilizadas Folhas Uso Terapêutico: Cultura popular: tônico, estomáquico, febrífugo, diaforético, vulnerário, analgésico, antiácido, anti-helmíntico, anti-histamínico, anti-inflamatório, antiespasmódico, antiulceroso, diurético, emenagogo, gastroprotetor, hepatoprotetor, hipotensivo, galactagogo, laxativo, sedativo. Formas Farmacêutica: Infusão, decocção, extrato fluído, tintura, xarope. Uso popular: - Infusão ou decocção: 2,5g, em 100mL de água: tomar de 50 a 200 ml/dia; - Extrato fluido: tomar de 1 a 5 ml por dia; - Tintura: tomar de 2.5 a 5 ml por dia; - Xarope: tomar de 100 a 200 ml por dia. Toxidade - Não é recomendado o uso por gestantes, devido ao efeito abortivo da planta; - Pode induzir queda da pressão arterial, devido às propriedades vasodilatadoras, havendo risco, na interação com medicamentos para controle da pressão arterial; - Pode inibir a agregação plaquetária, havendo risco, na interação com medicamentos anticoagulantes; - Pacientes alérgicos ao ácido acetilsalicílico (Aspirina®) devem tomar cuidado. O gervão apresenta pequenas quantidades de ácido salicílico. Considerações especiais O gervão contém um flavonoide, denominado Hispidulina, que é o responsável pela ação antiasmática, broncodilatadora e espasmolítica, ação hepatoprotetora e atividade inibidora da agregação plaquetária. Referência SIGRIST, Sérgio. Plantas medicinais-aromáticas-condimentares. Disponível em: <https://www.ppmac.org/content/gervao. Acesso em: 3 jul, 2021. Coronopus didymus (L.) Sm. Brassicaceae mastruço-rasteiro, mastruz, menstruz. PARTES USADAS: Partes aéreas. CARACTERÍSTICAS BOTÂNICAS: Planta herbácea, rasteira, aromática, espontânea em solos úmidos e que floresce na primavera. O mastruço é amplamente usado em todo o Brasil na medicina popular e como salada na alimentação. Deve-se ter cuidados, pois, a espécie pode ser confundida com outras plantas do gênero Lepidium e, além disso, o nome popular “mastruço” também é utilizado para outras plantas, como por exemplo a espécie Chenopodium ambrosioides, o que pode causar confusão em relação a sua correta identificação. USO POPULAR: A decocção das partes aéreas do mastruçorasteiro é utilizada externamente em contusões, machucados e hematomas. Internamente, em distúrbios pulmonares, para o tratamento de infecções urinárias, problemas de estômago e fraturas ósseas. Toda a planta é empregada na forma de infusão, como estomáquico, expectorante, depurativo, nas afecções das vias respiratórias, tosse, bronquite. Também usado no tratamento de escorbuto e tuberculose. O suco é considerado vermicida. A planta é ainda muito utilizada na forma de saladas na alimentação. INFORMAÇÕES CIENTÍFICAS: AN: Estudo mostrou que o extrato alcoólico das partes aéreas da planta possui potencial anti-inflamatório. OBSERVAÇÃO DO USO CLÍNICO EM FLORIANÓPOLIS: A infusão das partes aéreas do C. didymus usada internamente tem boa resposta para aliviar sintomas de infecções respiratórias. Externamente é empregada na forma de infusão ou alcoolatura para machucados e contusões. MODO DE USAR: Uso interno: Infusão preparada com 1 colher de sopa das partes aéreas para 1 xícara (200 ml) de água fervente, após abafar por 15 minutos, ingerir até 3 vezes ao dia por no máximo duas semanas. Tintura: na proporção de 1:10 em álcool 70% e 1:5 em álcool 90%. Deixar armazenado em garrafa de vidro e em local escuro por no mínimo 15 dias e utilizar para uso tópico na forma de compressas com auxílio de um algodão ou pano limpo para alívio de dores reumáticas, artralgias e contusões. Consumo in natura: Para uso como como salada, deve ser colhido antes da floração. CUIDADOS NO USO DESTA ESPÉCIE Devido à falta de estudos sobre interações medicamentosas desta espécie, o seu uso concomitantemente a outros medicamentos devem ser cauteloso. Evitar o uso interno da infusão em gestantes e lactantes. Não existem relatos de efeitos adversos com esta planta apesar do largo uso medicinal e alimentício. Alternanthera brasiliana (L.) Kuntze/ Amaranthaceae penicilina-perpétua-do-brasil, terramicina PARTES USADAS: folhas (roxas/avermelhadas) CARACTERÍSTICAS BOTÂNICAS: Planta herbácea, perene, muito ramificada com até 1,5 m de altura. Suas folhas são inicialmente verdes e com o desenvolvimento da planta a coloração vai mudando para a cor roxa, o que a torna muita utilizada para fins ornamentais. A espécie ocorre de forma espontânea em Florianópolis e sua propagação pode ser realizada facilmente por divisão das suas touceiras, podendo ser cultivada a pleno sol ou à meia sombra. Esta espécie é muito designada popularmente com o nome de diferentes antibióticos (penicilina, terramicina, neomicina). USO POPULAR: A infusão de suas folhas é utilizada como anti-inflamatória, diurética, digestiva e depurativa. O banho preparado com as folhas é utilizado para aliviar processos inflamatórios decorrentes do “deslocamento de osso”. As partes aéreas são empregadas em estados infecciosos do trato respiratório; e as flores, contra tosse. Segundo as comunidades da Ilha de Santa Catarina, é indicado o uso interno do infuso das folhas em estados gripais. Externamente, é usada para gargarejos em caso de inchaço e inflamação da boca e da garganta, para lavar feridas, micoses e para corrimento vaginal. INFORMAÇÕES CIENTÍFICAS: AN: Estudo com o extrato aquoso daspartes aéreasmostroupotencial anti-inflamatórioe analgésico em modelos experimentais. Outro trabalho mostrou efetividade para tratamento de feridas decorrentes de queimaduras OBSERVAÇÃO DO USO CLÍNICO EM FLORIANÓPOLIS: O uso externo da infusão preparada com as folhas tem boa resposta como vulnerária, para lavar feridas e lesões herpéticas, e pode ser usada também em afecções da orofaringe, infecções urinárias e em vulvovaginites. MODO DE USAR: Uso externo: Infusão preparada com 4-6 folhas vermelhas frescas rasuradas para 1 xícara (200 ml) de água fervente, após abafar por 15 minutos, utilizar para uso tópico em feridas e machucados e na forma de gargarejo em caso de inflamações de garganta. CUIDADOS PARA O USO DESTA ESPÉCIE:/8+ Devido à falta de estudos sobre interações medicamentosas desta espécie, o seu uso concomitante a outros medicamentos deve ser cauteloso. Evitar o uso em gestante, lactantes crianças menores de 6 anos. O uso interno desta planta ainda não tem a sua segurança estabelecida Oriza NOME CIENTÍFICO: Pogostemon cablin [Blanco] Benth. ou P. patchouly Pellet. FAMÍLIA BOTÂNICA: Lamiaceae. SINONÍMIA: Patcholi, patchuli, patchouli. HABITAT: Espécie alóctone, originária da Índia. FITOLOGIA: Planta arbustiva perene que cresce de 0,3 a 1,0m. O caule ereto, grosso, quadrangular, lenhoso na base, violeta-castanho, ramificado no dossel superior. As folhas são lisas, aveludadas, cobertas com um tomento amarelado fosco e glândulas de óleo em ambas as faces, ovadas, ponta subaguda, base cuneada, inteiras, pecioladas, opostas, com as margens grosseiramente duplo-dentadas, fortemente aromáticas e medindo 5 a 10cm de comprimento por 3 a 7cm de largura. As flores apresentam-se em glomérulos com espigas compostas, hermafroditas, pentâmeras. Fruto seco. Os ramos são radicantes. CLIMA: Prefere clima quente e úmido. Em regiões subtropicais o crescimento é lento e não ocorre o florescimento. SOLO: Prefere solos aluviais, ricos em matéria orgânica e bem drenados. AGROLOGIA: Espaçamento :1,2 x 1,0m. Propagação: estacas de ramos. As estacas são enraizadas em areia ou vermiculita, mantidas sempre umedecidas, sob tela de sombrite 70%. Plantio: outubro a novembro. Adubação: 1kg de húmus de minhoca ou composto orgânico e 100g de fosfato natural por planta. Readubar anualmente, aplicando-se 10g de fosfato de amônio por planta, a cada três meses, na primavera e verão. Nutrição: é comum ocorrer sintomas de deficiências nutricionais, sobretudo de fósforo e magnésio, sob temperaturas baixas. Plantas daninhas: por ter um crescimento lento, é imperioso que se faça um bom controle dos inços desde oplantio. Colheita: inicia 12 a 14 meses após o plantio. As folhas são colhidas antes do florescimento, quando ele ocorre. PARTES UTILIZADAS: Toda a planta, exceto as raízes. FITOQUÍMICA A planta contém 45% de óleo volátil rico em cânfora (93) eugenol, benzaldeído, anidrido cinâmico, b-patchouleno, a-guaieno, a-bulneseno, a-terpineno, cadineno, álcool patchouli (445). PROPRIEDADES ETNOTERAPÊUTICAS Antibacteriana e demulcente INDICAÇÕES A planta é utilizada no tratamento de dor-de-cabeça, fastio, náuseas, vômitos, diarreia, coriza, eructações, cólicas, halitoses, influenza, febre, dores musculares, tosse e dispepsia. FORMAS DE USO 6 a 12g/xícara, na forma de pó, infusão ou decôcto (444); 4,5 a 9g/xícara (445). OUTRAS PROPRIEDADES O óleo essencial da planta, obtido por destilação, é utilizado na fabricação de perfumes, cosméticos e sabonetes. As folhas pulverizadas, embaladas em saches, protegem as roupas do ataque de insetos. Sucurijú Nome cientifico: Mikania lindleyana D.C. Sinonímia: Sucurijuzinho. Propagação: planta nativa, ou estacas de ramos semi-lenhosos (mínimo de 4 nós) Espaçamento: planta nativa; usada como ornamental Época de Plantio: planta nativa Época Colheita: folhas: ano todo; principalmente nos períodos do início do florescimento. Partes utilizadas: Usa-se folhas, como infuso, uso interno, nas: inflamações, na hepatite. Uso externo: como cicatrizante, na varicose, nas dermatoses diversas, como suco. Nas úlceras gástricas crônicas como suco (1 colher de sopa) Características: Asteraceae [Compositeaea]. Originário da amazônia; arbusto volúvel, glabro, folhas opostas, inteiras, ovadas ou deltoides, com ápice acuminado e base truncada, atenuada, 4-8 cm comp., 3-6 cm largura, inflorescência em capítulos corimbo-tirsoide, com brácteas involucrais, flores tubosas, fruto aquênio cilíndrico, globoso, 30-40 setas mais longas que o fruto. REFERÊNCIAS FOTOS. Márcia Marques. UFPA- Campus Cametá, 2021. GRANDI, Telma Sueli Mesquita. Tratado das plantas medicinais [recurso eletrônico] : mineiras, nativas e cultivadas . 1. ed. Dados eletrônicos. Belo Horizonte : Adaequatio Estúdio, 2014. * PLANTAS MEDICINAIS Cametá- PA 2021
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