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INTRODUÇÃO A TIPOGRAFIA - UND 4

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INTRODUÇÃO ÀINTRODUÇÃO À 
TIPOGRAFIATIPOGRAFIA
Me. Joandson Fernandes Campos
I N I C I A R
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introdução
Introdução
O conceito de tipogra�a é amplo. Por ser uma área antiga do conhecimento
que tem passado por diversas reformulações, o processo de de�nição do
conceito tipológico se torna uma tarefa difícil. De acordo com Farias (2004), a
tipogra�a pode ser de�nida como o conjunto de práticas e processos
envolvidos na atividade de criação e utilização de símbolos visíveis
relacionados aos caracteres ortográ�cos (letras) ou para-ortográ�cos
(números, sinais de pontuação, etc.) para �ns de reprodução. Considerando
esse conceito, ao estudar a tipogra�a e a composição de materiais, é
necessário que se desenvolvam abordagens que levem em consideração
tanto o design de tipos quanto o design com tipos grá�cos. A seguir,
abordaremos o conjunto de processos de uso, manuseio e seleção dos
elementos envolvidos na redação de textos e composição para-ortográ�cas
considerando os elementos tipográ�cos.
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Existem diversas formas de organizar os textos em blocos, sendo altamente
variada a composição dos elementos envolvidos nos aspectos tipográ�cos. Os
elementos são relacionados à distribuição, organização e à forma em que os
textos são exibidos no produto, podendo ser desde revistas e jornais
impressos até materiais grá�cos digitais. Para que a composição seja de
qualidade superior, o texto deve ser corretamente organizado, utilizando-se
dos elementos de ajustamento.
O elemento de ajuste mais comum é o alinhamento, que pode ser de�nido
como o posicionamento do texto em relação ao espaço e aos elementos
contidos em um mesmo bloco textual (geralmente parágrafo). Entre os tipos
mais comuns, estão:
Alinhamento à Esquerda
Composição Tipográ�ca:Composição Tipográ�ca:
Elementos de Ajuste de TextoElementos de Ajuste de Texto
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No alinhamento à esquerda, as linhas dos textos têm diferentes tamanhos e
são irregulares na margem externa, ou seja, à direita.
Alinhamento à Direita
No alinhamento à direita, as linhas do bloco do texto possuem diferentes
tamanhos e são alinhadas à direita, sendo as irregularidades posicionadas em
suas margens externas esquerdas.
Alinhamento Centralizado
Figura 4.1 - Texto alinhado à esquerda 
Fonte: Andrade (2009).
Figura 4.2 - Texto alinhado à direita 
Fonte: Andrade (2009).
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Neste tipo de alinhamento, as linhas de textos têm tamanho irregulares em
ambos os lados e são dispostas a partir da região central do bloco de texto.
Alinhamento Justi�icado
Nesta opção de alinhamento, as linhas têm o mesmo comprimento, portanto
cria-se margens duras, retas, simétricas e justapostas em relação às bordas
externas.
Apesar das opções citadas serem as mais comuns e usuais, não são as únicas
aplicáveis na composição de textos. A seguir, abordaremos opções de
ajustamento de texto que podem criar sensações únicas em relação às
iê i i i
Figura 4.3 - Texto alinhado ao centro 
Fonte: Andrade (2009).
Figura 4.4 - Texto com alinhamento justi�cado 
Fonte: Andrade (2009).
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experiências visuais.
Elementos de Ajuste Avançado
Os elementos de ajuste avançado podem ser usados no processo de
comunicação visual para a construção do modo de transmissão das ideias
que se pretende exibir. Nesse sentido, existem diversos ajustes que podem
ser feitos. Nesse tópico abordaremos três: ajuste capitular, recuo e listas.
Ajuste capitular
Esse elemento de ajuste geralmente é usado para dar ênfase à letra inicial do
começo de um capítulo. Isso é feito aumentando o tamanho do corpo da letra
em relação às palavras seguintes no mesmo bloco de texto. Como
demonstrado na Figura 4.5, é um elemento usado para quebrar continuidade,
portanto, recomendado para a divisão de seções.
Recuo
Como o próprio nome indica, esse elemento está relacionado com a posição
do texto e o espaço entre a margem e certa(s) linha(s) do bloco textual. Os
dois principais são o recuo de indentação e recuo contínuo. O recuo de
indentação se apresenta como um espaço em branco, sem texto e no início
do parágrafo.  Geralmente o recuo de indentação é à esquerda e na primeira
linha do bloco de texto, conforme exibe a Figura 4.6.
Figura 4.5 - Ajuste capitular 
Fonte: Elaborado pelo autor.
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O recuo contínuo é o oposto da opção por indentação. Recebe o nome de
contínuo por manter o recuo em todas as linhas, exceto a primeira. Enquanto
a primeira linha �ca alinhada à esquerda, as demais linhas são alinhadas um
pouco à direita e mantêm a estrutura ao decorrer do bloco de texto (Figura
4.7).
Listas
As listas são elementos utilizados para a criação de grupos de objetos. As
listas podem ser enumeradas (para indicar ordem e sequência) ou de
marcadores (não indicando ordem ou sequência), conforme a Figura 4.8.
Figura 4.6 - Recuo de indentação 
Fonte: Wikipédia (2019).
Figura 4.7 - Recuo contínuo 
Fonte: Elaborado pelo autor.
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Os elementos abordados, quando bem usados, podem estruturar um
mecanismo de comunicação efetivo, agradável e, acima de tudo, simples em
relação à usabilidade.
praticar
Vamos Praticar
Existem vários elementos de organização de texto, um dos mais importantes são os
elementos de ajuste. Considerando os elementos de ajustamento abordados, o
ajuste capitular pode ser de�nido como:
a) O ajuste dado à primeira palavra de cada bloco de texto. Aumenta-se o tamanho da fonte da
primeira palavra em relação às outras do bloco anterior.
b) O ajuste dado à primeira letra da primeira palavra do capítulo ou seção do texto.
c) O ajuste capitular é o ajuste usado para indicar continuidade de texto em um mesmo capítulo
de obras textuais diferentes. Recebe o nome de capitular por ser usado apenas uma vez por
capítulo.
d) Ajuste que pode ser usado para capitularizar textos, tendo sua utilização restrita à
pergaminhos e textos arcaicos.
e) O ajuste capitular é o elemento de quebra de continuidade usado para indicar o final de um
capítulo.
Figura 4.8 - Listas
Fonte: Elaborado pelo autor.
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Além dos ajustes relacionados ao ajuste vertical (entrelinhamento e entre-
parágrafo), existem os ajustes considerando a palavra como unidade básica.
 Esses ajustes são realizados em dois aspectos ligados à morfologia dos
espaços entre-caracteres das fontes: O kern e o Track.
De acordo com Lupton (2006), o kern é o elemento que representa o
espaçamento entre os caracteres de uma mesma família tipográ�ca quando
dispostos em um texto. Esse espaço pode ser variável de acordo com a ordem
das letras nas palavras.
Diferente do kern, o track é o espaço entre letras e entre as palavras do texto
de um mesmo bloco. O processode manipulação desses espaços geralmente
é utilizado para melhor dispor as informações de acordo com a limitação de
espaço na área do texto.
Ajuste de Espaçamento Horizontal: Kerning
Composição Tipográ�ca: KerningComposição Tipográ�ca: Kerning
e Trackinge Tracking
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Ajuste de Espaçamento Horizontal: Kerning
e Tracking
O processo de manipulação de kern recebe o nome de kerning. O processo de
ajustamento ou manipulação do track recebe o nome de tracking.
KERNING
O kerning é um processo de modi�cação, podendo ser adição ou remoção de
espaço entre pares de caracteres especí�cos dentro de uma mesma unidade
textual (nesse caso, a palavra). Existem três tipos de kerning: Métrico, óptico e
manual.
É possível ajustar o tipo de kerning a ser aplicado de modo automático. O
kerning métrico usa pares de ajustes, que estão incluídos na maioria das
fontes mais usadas atualmente. Os pares de kerning possuem informações
sobre o espaçamento de pares entre certas letras. Alguns exemplos podem
ser citados como: LA, P., To, Tr, Ta, Tu, Te, Ty, Wa, WA, We, Wo, Ya e Yo.
Como você pode perceber, a margem do primeiro glifo é invadida pelo
segundo caractere, de modo a criar melhor conectividade entre as letras da
palavra ou, nesse caso, da sílaba.
Já o kerning óptico é usado para ajustar o espaçamento entre caracteres
adjacentes com base em suas con�gurações geométricas. Algumas famílias
de fontes incluem especi�cações avançadas de pares de kerning de modo já
nativo. Porém, se uma fonte possuir apenas kerning interno mínimo, não
possuir kerning nativo, se forem usadas duas fontes diferentes ou duas
con�gurações de dimensões distintas em uma ou mais palavras de uma
mesma linha, é recomendável usar a opção de kerning óptico no bloco de
texto que se está compondo. 
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Além do métrico e o óptico, existe o kerning manual. Esse tipo de ajustamento
é ideal para con�gurar o espaço entre duas letras. De acordo com Adobe
(2018), o kerning manual e o tracking são cumulativos, portanto, deve-se
primeiro ajustar os pares de letras separadamente e, em seguida, estreitar ou
alargar um bloco de texto sem que isso afete o kerning relativo daqueles
pares de letras.
É importante que não se confunda o kerning com o "espaçamento entre
palavras" que geralmente é usado para "justi�car" o alinhamento do texto.
Enquanto a justi�cação se aplica ao bloco textual, o kerning altera o valor do
kern apenas entre o primeiro caractere e o espaço que o antecede na mesma
palavra. Um exemplo de combinação desses elementos pode ser conferido na
imagem a seguir. 
Como pode-se observar, deve-se considerar o uso desses elementos somente
quando recomendável. Apesar de apresentarem alterações leves, a utilização
de maneira incorreta pode afetar de forma negativa a leiturabilidade e
legibilidade do texto.
TRACKING
O tracking é um elemento de ajuste que se aplica às palavras e/ou ao bloco de
texto. Seu uso é recomendável para justi�cação de texto, ou seja, uma melhor
Figura 4.9 - Antes (acima) e depois (abaixo) da aplicação de kern óptico ao par
“W” e a” 
Fonte: Adobe (on-line).
Figura 4.10 - Combinação de kerning e tracking (A - Original | B - Kerning
aplicado entre “W” e “a” | 
C - Tracking aplicado) 
Fonte: Adobe (on-line).
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distribuição do texto no espaço limitado da página. O tracking se divide em
dois tipos principais: expandido e condensado.
Tracking expandido
Como o nome indica, o tracking expandido busca “esticar” a palavra às
margens, buscando criar margens retas e simétricas no bloco de texto.
Tracking condensado
O tracking condensado pode ser resumido como o oposto do tracking
expandido, buscando “comprimir” o texto dentro do espaço. É recomendável
para a economia de espaço, mas pode prejudicar a leiturabilidade. Na
imagem a seguir, podemos ver exemplos de textos com tracking expandido e
condensado. 
Os elementos de espaçamento horizontal auxiliam o processo de otimização
do uso do espaço limitado do local onde os textos estão inseridos. O uso de
modo rígido e controlado, permite ao diagramador a concepção de projetos
que conseguem transmitir de modo claro a mensagem que pretende
transmitir com a composição tipográ�ca em questão. 
praticar
Figura 4.11 - Tipos de tracking 
Fonte: Elaborado pelo autor.
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praticar
Vamos Praticar
O kern e track são objetos que representam os espaços entre caracteres, pares de
caracteres, palavras ou blocos de texto. Apesar de semelhantes, esses objetos não
devem ser confundidos, pois possuem aplicações distintas. Considerando esses dois
elementos, suas características e diferenças, assinale a a�rmação correta.
a) O processo de ajuste do kern se chama kernering, e recebe esse nome em referência ao verbo
“espaçar” em inglês.
b) O track recebe esse nome por ser um elemento que é aplicado a todo o texto, não podendo
ser aplicado somente ao bloco textual isoladamente.
c) O leading é o espaço entre as letras em relação ao espaçamento de uma das linhas do texto
(tracking).
d) O kerning é o processo de modificação/ajustamento do kern.
e) O tracking é o conjunto de ajustamento dos elementos horizontais: o kern e o track.
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A Tipogra�a é o conjunto de processos de criação, composição e impressão
de um texto, física ou digitalmente em um espaço limitado e controlado. É um
dos campos do design grá�co geral que tem como objetivo principal dar
organização estrutural e forma à comunicação escrita.
Além disso, essa área do conhecimento busca conferir ordem estrutural e
formal à comunicação impressa. Em relação aos métodos usados pela
tipogra�a, o desenvolvimento da parte visual é realizado por meio da escolha
de fontes tipográ�cas, layout dos textos e tonalidades a serem aplicadas a
esses elementos.
Segundo Duh (2011), o estudo da tipogra�a busca que os objetos grá�cos
harmonizem-se com todos os elementos presentes na página ou na área
onde será impresso (físico ou digital). Esse processo de ajuste busca
intensi�car de forma positiva a usabilidade e existem pelo menos três
critérios tipográ�cos que são requisitos para uma boa usabilidade do objeto
Composição de MaterialComposição de Material
Tipográ�co: Legibilidade eTipográ�co: Legibilidade e
LeiturabilidadeLeiturabilidade
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informacional comunicativo. 
Visibilidade: Representa o conjunto de qualidades de um caractere
e/ou símbolo que deve se apresentar visualmente ao usuário, sem
interferência do fundo ou de elementos de adorno, por exemplo.
Legibilidade: Diz respeito ao conjunto de qualidades que permitem
o reconhecimento das letras individualmente sem ruídos na escrita,
contraste e iluminação. Nesse sentido, recomenda-se que a forma
seja clara e de fácil reconhecimento.
Leiturabilidade: Diz respeito ao conjunto de qualidades
relacionadas ao reconhecimento e a �uência dos tipos/glifos em
sentenças, como frases e parágrafos. A leiturabilidade depende mais
do layout, ou estrutura do texto, que propriamente das
características individuais dos caracteres.
Apesar dessa divisão em três aspectos, comumente os elementos são
divididos em dois, dando ênfase à legibilidade e à leiturabilidade. Nesses
casos, a visibilidade é condensada como um aspecto que permeia os outros
dois. 
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Em alguns casos, os conceitos de legibilidade e leiturabilidade podem se
confundir. No entanto, ambos referenciam à aspectos diferentes e individuais.
De forma resumida, é possível a�rmar que legibilidade diz respeito à
capacidade de reconhecer as letras, enquanto a leiturabilidade diz respeito à
capacidade de se ler as palavras e diversas linhas do texto (BERKSON, 2019).
A imagem a seguir apresenta um texto onde as letras são legíveis, mas não
apresentam harmonia entre si, o que di�culta a leitura. Portanto, caracteriza
um caso de baixa leiturabilidade. 
reflitaRe�ita
Até meados das primeiras décadas do século XX, a tarefa de comunicar dependia única
e exclusivamente do texto em si, independente da apresentação visual e elementos
não-verbais. No entanto, a partir de 1925, devido ao advento do movimento Nova
Tipogra�a (New Typography), isso mudou drasticamente. Assim, percebeu-se que o
aumento crescente da complexidade da informação necessitava de novas maneiras de
apresentá-la nos materiais impressos, estruturados por meio do design da informação
e do design grá�co. Devido a tarefa de encontrar maneiras de transformar uma
mensagem complexa em algo simples, surgiram diversos elementos que atualmente
são básicos em publicações impressas e digitais, tais como fotogra�as, artes
(infográ�co, charge, ilustração), box, �os, além de demais elementos tipográ�cos.
Fonte: Martins (2009).
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Além de aspectos relacionados com o tipo de fonte e sua combinação, para
aumentar a legibilidade e leiturabilidade deve-se considerar a otimização dos
elementos de ajustes, como o Kerning e Tracking. A con�guração incorreta do
kerning e tracking podem afetar o ritmo de leitura, que prejudicam de forma
intensa a leiturabilidade. Na imagem a seguir, é possível observar o uso
incorreto do ajustamento que causa prejuízos ao ritmo de leitura. 
Vários aspectos afetam a legibilidade e a leiturabilidade, como as margens, os
alinhamentos, o comprimento das linhas, a composição e tamanho dos
parágrafos, o espaçamento vertical e horizontal, as entrelinhas, o tracking e
kerning, entre outros. Considerando esses elementos, Itiro (2005) sugere que:
1.  Em caso de projeto de apresentação em alta escala, como banners, priorize
tipos de letras (fontes) simples, evitando fontes rebuscadas e sem serifa;
2.  Evite letras maiúsculas, especialmente palavras inteiras em maiúsculas.
Elas devem ser usadas apenas em início de frases, de nomes próprios e de
Figura 4.12 - Alta legibilidade e baixa leiturabilidade 
Fonte: Adaptado de Berkson (2019).
Figura 4.13 - Ritmo ruim e ritmo bom 
Fonte: Adaptado de Berkson (2019).
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títulos;
3.  Pre�ra letras com serifas (pequenos traços perpendiculares nas
extremidades das letras) para textos corridos, e as letras sem serifas para
títulos e manchetes. 
Segundo Iida (2005), acredita-se que as letras com serifas são apropriadas
para os textos corridos porque ajudariam a conduzir o olhar no sentido da
leitura. As dimensões das letras dependem da distância visual (distância do
texto ao leitor). 
saiba mais
Saiba mais
Combinar fontes é um processo corriqueiro, porém demanda trabalho e
conhecimentos relacionados às diversas famílias de fontes, assim como aos seus
usos, características e morfologia. Por ser um trabalho que pode lhe render muita
dor de cabeça, existem diversas ferramentas online que podem lhe ajudar a
selecionar a melhor fonte para seu projeto. A opção mais utilizada é a Adobe
Fonts, de uso gratuito e desenvolvida por uma das maiores fabricantes de
softwares para tipogra�a e diagramação.
Ao acessar o endereço, você seleciona uma família de fontes e o site lhe indicará a
melhor combinação.
Fonte: Elaborado pelo autor.
ACESSAR
Figura 4.14 - Comparação entre fonte com serifa e sem serifa 
Fonte: Elaborado pelo autor
https://fonts.adobe.com/collections
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São exemplos de letras populares com serifa: Times New Roman, Spectral e
Currier. São exemplos de letras sem serifa: Arial e Century Gothic. Desse
modo, a legibilidade e a leiturabilidade são fatores que podem alterar de
modo drástico a comunicação e o transporte da mensagem entre o objeto
tipográ�co e o leitor/usuário. 
praticar
Vamos Praticar
Os conceitos de visibilidade, leiturabilidade e legibilidade podem ser confundidos.
No entanto, representam signi�cados distintos e com aplicações especí�cas dentro
do estudo das composições tipográ�cas. Considerando essas diferenças, assinale a
alternativa correta.
a) A principal diferença entre legibilidade e leiturabilidade é o campo de atuação. Leiturabilidade
é um conceito ligado às questões tipográficas, enquanto legibilidade é um conceito atrelado a
ergonomia de acessibilidade gráfica.
b) A leiturabilidade diz respeito ao conjunto de qualidades relacionadas ao reconhecimento e a
fluência dos tipos/glifos em sentenças, como frases e parágrafos.
c) A legibilidade e a leiturabilidade são conceitos que representam uma antítese na relação de
análise tipográfica de textos.
d) A visibilidade é um conceito ligado aos aspectos de leiturabilidade, tendo uma relação de
oposição ao conceito de legibilidade.
e) A legibilidade diz respeito ao conjunto de qualidades que permitem o reconhecimento das
letras em conjunto com a presença de ruídos na escrita, contraste e retro-iluminação.
Fonte: Elaborado pelo autor.
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Um material tipográ�co possui diversos blocos de textos, sendo que cada
bloco pertence a uma categoria. Essa ideia de categorizar os textos é essencial
para a criação de uma experiência visual saudável.
Sendo mais estudada pelos pro�ssionais que atuam com composições
tipográ�cas editoriais, a hierarquização permite organizar ideias por meio do
controle de diversos elementos relacionados à tipometria e aos ajustes
textuais. Na imagem a seguir, pode-se perceber a comparação entre uma
hierarquização simples e a transição do mesmo bloco de texto para uma
hierarquização com maior complexidade e visualmente agradável.
Composição de MaterialComposição de Material
Tipográ�co: Hierarquização,Tipográ�co: Hierarquização,
Repetição e Seleção de CorRepetição e Seleção de Cor
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Apesar de existirem diversas opções e combinações, tradicionalmente os
principais níveis de hierarquia são 3:
Nível 1 – Headline ou título: É a seção do texto que deve ser vista de imediato,
deve ser usada para atrair o leitor e indicar o principal tema do documento.
Nível 2 – Subtexto: Essa é a seção que apresenta um breve resumo do que o
conjunto de blocos de textos se trata, para convencer o leitor a seguir no
documento.
Nível 3 – Texto: Essa, geralmente, é a parte mais extensa em relação ao
volume de palavras. Nessa seção, os elementos dos níveis anteriores são
explicados em um texto corrido.
Na imagem a seguir, é possível observar um jornal do �m do século XIX que
usa apenas três níveis de hierarquia.
Figura 4.15 - Comparação entre modelos de hierarquização, repetição e
módulos de cor 
Fonte: Eichlig (2019).
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Além da hierarquização, existem outras maneiras de manipular a composição
tipográ�ca modi�cando a famíliadas fontes, a cor dos caracteres ou a cor do
fundo. O processo de diagramação de conteúdo editorial precisa lidar com
elementos grá�cos (categorias de materiais visuais) e aspectos (variáveis que
podem modi�car o resultado �nal e a percepção do leitor). Os sistemas de
medidas utilizados em diagramações (redação de textos) são geralmente em
paicas e pontos, sendo que 1 P (uma paica) corresponde a 12 p (doze pontos).
Con�iguração dos Elementos
O espaço delimitado disponível para a impressão dentro de uma página se
chama mancha grá�ca. Esse espaço é delimitado por margens, de modo que
Figura 4.16 - Jornal com três níveis 
Fonte: Bergens Tidende (on-line).
Figura 4.17 - Diferentes níveis hierárquicos 
Fonte: Elaborado pelo autor.
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qualquer elemento posicionado fora da mancha grá�ca é chamado
"sangrado". Organizar os elementos signi�ca distribuí-los de acordo com a
experimentação do material. Os elementos são: texto, título (título, subtítulo,
antetítulo, intertítulo e olho), foto, arte (infográ�co, charge, ilustração), box,
�o, cabeçalho, rodapé, anúncio etc. Esses elementos possuem con�gurações
especí�cas sobre os seguintes aspectos: fonte tipográ�ca, colunagem e cor.
Fonte
Os aspectos da fonte são ligados à fatores relacionados com a família
tipográ�ca, a combinação de diferentes fontes e os ajustamentos dados aos
caracteres.
Colunagem
Os aspectos da colunagem estão ligados à fatores relacionados com a
distribuição do texto em colunas, bem como suas con�gurações de margem,
tabulamento e número de objetos em cada parte.
Cor
Os aspectos da cor estão ligados à fatores relacionados com a matiz,
saturação, composição tonal e diversas outras con�gurações de cores em
diferentes sistemas colorimétricos.
Assim como os fatores de ajustamento, a compreensão dos aspectos de
organização do texto em blocos é essencial para a criação de produtos de alta
usabilidade. Considerar os elementos usados na criação e o usuário �nal, bem
como suas demandas e expectativas sobre o projeto, é a chave do sucesso
quando se trata de composição tipográ�ca.
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praticar
Vamos Praticar
A hierarquização permite a criação de uma identidade visual única devido a in�nita
possibilidade de combinação de fontes e tamanhos. Existem diversas formas de
organizar o texto em categorias e níveis. Considerando isso, assinale a alternativa
correta que representa uma organização comum e tradicional em nível decrescente
em relação ao tamanho das fontes usadas.
a) Título - Subtítulo - Texto.
b) Título - Entretítulo - Para-título.
c) Texto - Pré-título - Subtítulo - Corpo do texto.
d) Subtítulo - Título - Sob-título.
e) Corpo do texto - Título do texto - Rodapé
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indicações
Material Complementar
LIVRO
Manual de Editoração e Estilo
Editora: Edusp
Autor: Plinio Martins Filho
ISBN: 8531416299
Comentário: Um material tipográ�co, seja uma revista,
jornal ou publicação digital, é resultado do trabalho de
uma equipe. Cada editora tem suas normas de
organização e formatação, buscando, além criar
unidade e coerência ao documento, dar uniformidade
global à sua produção.
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O livro Manual de Editoração e Estilo é, segundo seu
autor, “uma proposta de normalização na edição de
livros que possa corresponder a uma uni�cação
racional de critérios que, mantendo a capacidade de
diferenciar os inúmeros objetos editoriais e as
características individuais de cada obra, possam
agrupar-se em categorias, classes, espécies e gêneros,
facilitando desse modo o trabalho de quem edita livros
e a compreensão desse objeto pelo leitor”.
FILME
The Founder (Fome de Poder)
Ano: 2016
Comentário: O �lme The Founder (no Brasil �cou
conhecido como: Fome de Poder), é um drama sobre a
biogra�a de Ray Krock. Estreou em 2016 e foi dirigido
por John Lee Hancock e escrito por Robert Siegel. O
�lme retrata a história da criação da rede de fast food
McDonald's. Além de abordar a vida de Ray Krock, o
�lme também aborda as estratégias usadas para a
criação dos aspectos visuais da marca, bem como o
processo de desenvolvimento de elementos grá�cos,
textuais e não verbais que hoje permitem reconhecer a
marca em qualquer lugar do mundo.
T R A I L E R
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conclusão
Conclusão
Compreender os aspectos tipográ�cos é essencial para todos os pro�ssionais
que trabalham com a criação de materiais que buscam transmitir
informações por meio de textos, sejam editoriais ou não. Como abordado, a
con�guração desses materiais perpassa pelo uso correto dos elementos de
ajuste dos espaçamentos horizontais e verticais. Além destes, deve-se
considerar os aspectos de leiturabilidade, legibilidade, hierarquização e
composição durante o processo de redação, sobretudo em materiais
editoriais.
Assim, apesar de não haver garantias sobre as variáveis das características
dos produtos �nais, considerar esses fatores citados é o primeiro passo para
que os materiais produzidos apresentem qualidade elevada e satisfatória.
referências
Referências Bibliográ�cas
BERKSON, W. Readability, a�ability, authority. I Love Typography, 2010.
Disponível em: <https://ilovetypography.com/2010/11/02/reviving-caslon-part-
https://ilovetypography.com/2010/11/02/reviving-caslon-part-2-readability-affability-authority/
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https://fg.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668920_1&PA… 29/32
2-readability-a�ability-authority/>. Acesso em: 7 jul. 2019.
DUH, M.; KRAŠNA, M. Aesthetics and creativity in e-learning material.
International journal of knowledge and learning, Suíça, v. 7, n. 1-2, p. 130-
144, 2011.
EICHLIG, R. Três níveis de hierarquia tipográ�ca e o segredo de um grande
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<https://temporalcerebral.com.br/tres-niveis-de-hierarquia-tipogra�ca-e-o-
segredo-de-um-grande-design/>. Acesso em: 8 jul. 2019.
FARIAS, P. L. Notas para uma normatização da nomenclatura tipográ�ca. In:
Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design, 6., 2004, São
Paulo. Anais… São Paulo: FAAP, 2004.
ITIRO, I. I. D. A. Ergonomia-projeto e produção. São Paulo: Editora Blucher,
2005.
LUPTON, E. Pensar com tipos. São Paulo: Cosac Naify, 2006.
SOBRE kerning e tracking. Adobe, 2018. Disponível em:
<https://helpx.adobe.com/br/indesign/using/kerning-tracking.html>. Acesso
em: 7 jul. 2019.
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https://temporalcerebral.com.br/tres-niveis-de-hierarquia-tipografica-e-o-segredo-de-um-grande-design/
https://helpx.adobe.com/br/indesign/using/kerning-tracking.html
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