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Impactos ambientais da produção industrial no Brasil e no mundo

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Impactos ambientais da produção industrial no Brasil e no mundo
· Os países desenvolvidos são os que detêm maior volume de produção industrial;
· As fontes de energia utilizadas para alavancar a produção industrial são, na maior parte das vezes, geradas por combustão de carvão mineral e petróleo;
· Responsável por cerca de 60% de energia no mundo;
· Somente o petróleo, responde cerca de um terço das fontes de energia mundiais;
· Apenas na Europa Ocidental e no Japão, que investiram na diversificação das fontes de energia, houve uma estabilidade no consumo de petróleo somente na década de 1990;
· Nos países industrializados, o setor industrial é responsável pelo consumo de energia;
· Os dados referentes ao Brasil indicam, em 2010, que esse setor foi responsável por 35,6% do consumo final de energia;
· O que é necessário lembrar que esse setor é associado aos transportes, cujo 28,9% da energia consumida no Brasil, em 2010, é dele;
· A utilização de fontes de energias fosseis tem sido parte das discussões ambientais, pois é um dos maiores poluentes mundiais, afetando a saúde das pessoas e animais;
· Além de ser um dos fatores do aumento de temperatura nas últimas décadas;
· Há uma grande diferença entre os países desenvolvidos e super industrializados com os demais;
· Nesses países a população foi denominada como “sociedades de consumo”, pois o consumo é um fenômeno presente nas relações sociais, políticas e cotidianas;
· Vários países industrializados (China, Índia, Brasil, México, etc.), são também populosos, o que reduz a quantidade media de CO2 emitida por habitante;
A produção industrial e a população do solo e das águas
· A industrialização também é responsável pela poluição das águas fluviais, lacustres e oceânicas;
· As indústrias químicas, petroquímicas e nucleares apresentam maior risco de poluição das águas e do solo;
· Durante o século XX, foram registrados dezenas de casos com consequências sociais e ambientais desastrosas, entre elas estão as regiões mais importantes industrializados;
· Na América do Sul, a principal área sujeita a esse tipo de acidente é o eixo formado pelas regiões industriais no Sudeste do Brasil, das regiões metropolitanas de Porto Alegre e de Curitiba e a região metropolitana de Buenos Aires, na Argentina;
Produção industrial e saúde humana
· A produção industrial, se feita sem planejamento e fiscalização, pode contribuir para o aumento de doenças;
· Em geral decorrentes por falta de saneamento básico;
· Essas doenças são agravadas pela intoxicação das águas e do solo por resíduos industriais (mercúrio, chumbo, substancias neurotoxicas, etc.) que trazem grandes riscos à saúde humana como distúrbios visuais e auditivos;
· Em relação a produção industrial de resíduos industriais, outra questão deve ainda ser considerada;
· A partir da metade do século XX, dezenas de fabricas de empresas transnacionais que atuam em setores considerados críticos do ponto de vista ambiental, começaram a se transferir para países emergentes ou subdesenvolvidos;
· Essas transferências foram motivadas pelos seguintes fatores:
· Proximidade da matéria-prima;
· Disponibilidade da mão de obra mais barata;
· Legislação ambiental menos rigorosa ou precariedade dos mecanismos de fiscalização dos órgãos governamentais;
· No Brasil, a desconcentração industrial impulsionou a quantidade de áreas sujeitas a poluição;
· Além da transferência de atividades produtivas que geraram poluição ambiental dos países mais desenvolvidos, nos últimos anos tem surgido casos de “exportação de lixo” para países emergentes;
· Tornando as relações mais complexas no que se refere ao destino e ao tratamento dos resíduos sólidos;
O enfrentamento dos problemas ambientais e industriais
· A internacionalização da produção industrial torna a questão da poluição um problema a ser enfrentado para além dos limites políticos-administrativos nacionais;
· Reuniões, conferencias e acordos intergovernamentais (Rio+20) indicam a necessidade de enfrentamento conjunto dos problemas ambientais em escala mundial;
· Porém, a fragilidade política ainda existe;
· Os governos são responsáveis por tomar decisões que são vistas como conflitantes com os interesses econômicos;
Redução da poluição industrial e fontes de energia
· A substituição das energias fosseis por fontes alternativas de energia faz parte das medidas que devem ser incentivadas para que se tenha uma produção industrial mais limpa;
· Os biocombustíveis renováveis são mencionados como parte da solução;
· A produção e o consumo de etanol e biodiesel tem apresentado aumento significativo nas últimas décadas;
· As projeções feitas pela Agencia Internacional de Energia até 2030 indicam que esse crescimento continuará com potencial para substituir os combustíveis fossem em proporções cada vez maiores;
· As projeções são ainda mais favoráveis se houver investimentos maiores do que os atuais;
· A produção de biocombustíveis traz ao menos três questões a serem consideradas em sua ampliação e produção em larga escala e que exigem estudos e planejamentos dos governos e institutos de pesquisa dos países produtores;
· O uso de energias fosseis para a produção e transporte dos bens agrícolas utilizados como matérias-primas, como a cana-de-açúcar, soja, milho, etc.;
· A pressão sobre o preço dos alimentos em razão do uso de produtos agrícolas essenciais para a alimentação (milho e trigo);
· O avanço da agricultura sobre áreas de florestas, como a Nova Fronteira Agrícola na Amazônia brasileira;
· A legislação ambiental dos países industrializados tem papel fundamental para estabelecer parâmetros de uma produção industrial menos impactante;
· Nesse sentido, merece destaque a “Lei de Crimes Ambientais” em vigor no Brasil desde 1998;
· A dificuldade é a mesma das outras leis, a capacidade de fiscalização e aplicação por parte dos órgãos governamentais brasileiros;
O papel do consumo frente aos problemas ambientais industriais
· As responsabilidades pela redução dos impactos socioambientais negativos decorrentes da produção industrial recaem sobre os agentes econômicos diretamente envolvidos nesse setor e sobre a população geral;
· Para as indústrias, tem se tornado uma exigência do próprio mercado inserir mecanismos que reduzam a poluição;
· A ISSO 14000 e diversos outros certificados ambientais são exemplos dessa tendência;
· As sociedades de consumo concentram-se nos países desenvolvidos e mais industrializados;
· Essa situação aumenta a responsabilidade desse grupo de países no sentido de reduzir o impacto elevado sobre o meio ambiente na escala global;
· Os países subdesenvolvidos, entretanto, não estão isentos dessa responsabilidade;
· Nesses países, a produção industrial e o consumo de produtos industrializados e de energia estão em rápido crescimento, o qual é considerado um dos principais “termômetros” da expansão da economia mundial;
· É preciso tornar esse processo sustentável possibilitando a geração e a distribuição da renda com parte dos lucros investidos em pesquisa e desenvolvimentos para diminuir os impactos ambientais;
· Cada cidadão pode adquirir atitudes que contribuam para uma sociedade mais sustentável;
· O princípio dos 3 R’s vem sendo empregado para incentivar a redução do consumo, reutilização de materiais quando possível e a reciclagem de resíduos sólidos;
· Municípios brasileiros, como Curitiba, vêm mostrando desde a década de 90 que é possível alcançar bons resultados, desde que haja envolvimento dos diversos sujeitos sociais;
· No Brasil, ainda é baixo o índice de reciclagem de grande parte dos materiais, o que evidencia a necessidade de avanço nesse sentido;
· A reciclagem e a reutilização de materiais que precisam de mais tempo de decomposição (vidros, pneus, plásticos) são cruciais para reduzir os impactos negativos dos resíduos sólidos do meio ambiente;
· O desenvolvimento de produtos alternativos, como o plástico biodegradável, também contribui nesse sentido;
· O consumo diário de produtos e serviços está relacionado diretamente as questões ambientais;
·Diante disso, inúmeras atitudes individuais podem ser adotadas para reduzir a produção de resíduos e contribuir para amenizar o impacto ambiental negativo;
· Comprar somente produtos que de fato serão utilizados, evitando o desperdício;
· Optar por produtos fabricados com materiais reciclados ou passiveis de reciclagem e também por biodegradáveis;
· Reutilizar materiais como papel e garrafas plásticas;
· Contribuir para a economia de energia, valorizando o transporte publico e ações cotidianas (reduzir tempo de banho, entre outros);
· Vale salientar que essas ações individuais e coletivas não visam ao fim do consumo de bens e de serviços;
· Por isso, expressões como ‘consumo consciente’ ou ‘consumo sustentável’ são consideradas também estratégias do próprio sistema capitalista para garantir a continuidade do consumo;
· Para alguns setores da sociedade, somente a estagnação do crescimento econômico evitaria o colapso dos sistemas naturais que possibilitam a vida no planeta;
· Para isso, seria necessário que as sociedades dos países desenvolvidos e subdesenvolvidos estivessem dispostas a rever seus valores individuais e coletivos;
· Esse é um tema que certamente fará parte dos debates das próximas décadas e já tem apresentado como um dos maiores desafios para o século XXI.

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