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JASMINY MOREIRA | TURMA 5 SAUDE E ATENÇÃO PRIMÁRIA | 2021.1 1 Saúde do trabalhador KARL MARX ↳ O trabalho em geral é toda a atividade que relaciona a humanidade à natureza, isto é, toda a qualquer atividade que primeiro pensamos e depois realizamos ↳ O trabalho assalariado é uma atividade central para a perpetuação das relações sociais entre capitalistas e trabalhadores e, por consequencia, da exploração e dominação do trabalhador pelo capitalista. LEI EM RELAÇÃO A SAÚDE DO TRABALHADOR • ART 3 ↳ Todos os trabalhadores, homens e mulheres, independentemente de sua localização, urbana ou rural, de sua forma de inserção no mercado de trabalho, formal ou informal, de seu vínculo empregatício, público ou privado, assalariado, autônomo, avulso, temporário, cooperativados, aprendiz, estagiário, doméstico, aposentado ou desempregado são sujeitos desta Política. ↳ A Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora alinha-se com o conjunto de políticas de saúde no âmbito do SUS, considerando a transversalidade das ações de saúde do trabalhador e o trabalho como um dos determinantes do processo saúde-doença. • FINALIDADE → ART 2 ↳ Definir os princípios, as diretrizes e as estratégias a serem observados pelas três esferas de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), para o desenvolvimento da atenção integral à saúde do trabalhador, com ênfase na vigilância, visando a promoção e a proteção da saúde dos trabalhadores e a redução da morbimortalidade decorrente dos modelos de desenvolvimento e dos processos produtivos. • OBJETIVOS → ART 8 I - fortalecer a Vigilância em Saúde do Trabalhador (VISAT) e a integração com os demais componentes da Vigilância em Saúde, o que pressupõe; II - promover a saúde e ambientes e processos de trabalhos saudáveis; III - garantir a integralidade na atenção à saúde do trabalhador, que pressupõe a inserção de ações de saúde do trabalhador em todas as instâncias e pontos da Rede de Atenção à Saúde do SUS, mediante articulação e construção conjunta de protocolos, linhas de cuidado e matriciamento da saúde do trabalhador na assistência e nas estratégias e dispositivos de organização e fluxos da rede, considerando os seguintes componentes; IV - ampliar o entendimento de que de que a saúde do trabalhador deve ser concebida como uma ação transversal, devendo a relação saúde-trabalho ser identificada em todos os pontos e instâncias da rede de atenção; V - incorporar a categoria trabalho como determinante do processo saúde-doença dos indivíduos e da coletividade, incluindo-a nas análises de situação de saúde e nas ações de promoção em saúde; VI - assegurar que a identificação da situação do trabalho dos usuários seja considerada nas ações e serviços de saúde do SUS e que a atividade de trabalho realizada pelas pessoas, com as suas possíveis consequências para a saúde, seja considerada no momento de cada intervenção em saúde; VII - assegurar a qualidade da atenção à saúde do trabalhador usuário do SUS. • ESTRATÉGIAS → ART 9 I - integração da Vigilância em Saúde do Trabalhador com os demais componentes da Vigilância em Saúde e com a Atenção Primária em Saúde; II - análise do perfil produtivo e da situação de saúde dos trabalhadores; III - estruturação da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (RENAST) no contexto da Rede de Atenção à Saúde; IV - fortalecimento e ampliação da articulação intersetorial; V - estímulo à participação da comunidade, dos trabalhadores e do controle social; VI - desenvolvimento e capacitação de recursos humanos; VII - apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas. • PAPEL DO SUS → ART 11 ATÉ O 17 VI - promover a incorporação de ações e procedimentos de vigilância e de assistência à saúde do trabalhador junto à Rede de Atenção à Saúde, considerando os diferentes níveis de complexidade, tendo como centro ordenador a Atenção Primária em Saúde. Com atribuições que competem aos gestores nacional, estadual e municipal de saúde, CEREST (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador) e RENAST (Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador). TRABALHOR EVENTUAL ↳ É a pessoa física que eventualmente trabalha para outra pessoa ou mesmo uma empresa. Exemplo: pintor. ↳ Trabalhador avulso ↳ Não tem vínculo empregatício e presta serviço para área urbana e/ou rural com a intermediação de um órgão específico, um sindicato. ↳ Exemplo: vigilante de embarcação. TIPOS DE TRABALHADORES CONCEITO DE TRABALHO JASMINY MOREIRA | TURMA 5 SAUDE E ATENÇÃO PRIMÁRIA | 2021.1 2 TRABLHADOR TEMPORÁRIO ↳ É aquele que presta serviço para uma empresa para atender à necessidade transitória de um determinado momento. ↳ Exemplo: funcionários contratados para determinada época do ano, como o período de Páscoa, para fabricação dos ovos de chocolate. ↳ Caso passe três meses do contrato, o trabalhador passa a ser empregado da empresa. TRABALHADOR ESTAGIÁRIO ↳ Trabalha para complementar os seus conhecimentos adquiridos em sala de aula. Seu vínculo de estágio está relacionado diretamente com uma instituição de ensino. ↳ A atividade de estágio não está sujeita à Consolidação das Leis de Trabalho (CLT). Exemplo: estudantes acima de 16 anos. TRABALHADOR AUTÔNOMO ↳ Sua principal característica é a autonomia. ↳ Sua principal característica é a autonomia. ↳ O trabalhador liberal é um autônomo. ↳ Exemplo: advogado e contador. ART 7 → SÃO DIREITOS DOS TRABLHADORES URBANOS E RURAIS, ALÉM DE OUTROS QUE VISEM À MELHORIA DE SUA CONDIÇÃO SOCIAL ART 9 ↳ É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. DIREITO DOS TRABALHADORES JASMINY MOREIRA | TURMA 5 SAUDE E ATENÇÃO PRIMÁRIA | 2021.1 3 § 1o A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. § 2o Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei. ART 10 ↳ É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação. ART 11 ↳ Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores. CONFORME A LEI ART 19 ↳ Conforme dispõe o art. 19o da Lei no 8.213/91, "acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho". INCISOS DO ART 20 DA LEI N° 8.213/91 ↳ doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social; ↳ doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I. ↳ Como se revela inviável listar todas as hipóteses dessas doenças, o § 2o do mencionado artigo da Lei no 8.213/91 estabelece que, "em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho". ART 21 DA LEI N° 8.213/91 I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade parao trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação; II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de: a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho; b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho; c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho; d) ato de pessoa privada do uso da razão; e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior; III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade; IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho: a. na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa; b. na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; c. em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão de obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado; d. no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado. Para empregadores, os ambientes seguros e saudáveis aumentam a competitividade e lucro em razão de mais organização e aumento da produção pelos métodos de trabalho racionais e estudados, bem como pela diminuição de gastos e perdas envolvendo eventuais acidentes, a exemplo de despesas com remoção ou resgate, atendimento médico e remédios para socorrer acidentados ou doentes, redução de despesas judiciais, redução das faltas ao trabalho (absenteísmo), recontratação e treinamento de novos empregados, diminuição da rotatividade, redução do risco de indenizações ao empregado e ao INSS, enfim, redução do risco do negócio, além de ganhos de imagem. Ambientes seguros e saudáveis são bons para a sociedade brasileira. De fato, acidentes e doenças do trabalho constituem uma tragédia para o país, em decorrência da perda de vida ou incapacitação para o trabalho de cidadãos brasileiros, de valor inestimável. De outra monta, os gastos decorrentes de um acidente do trabalho (como remoção, deslocamento, atendimento na rede pública ou privada de saúde, dias parados, indenizações, recontratação e requalificação) são transferidos para toda a sociedade, seja na relação de consumo ou através dos impostos e seguros utilizados para pagamento de benefícios. Assim, em nível mundial, cuja economia está cada vez mais globalizada, o país perde competitividade internacional, visto que outros podem controlar esse fator e produzir o mesmo produto com menos acidentes e, consequentemente, menos despesas. ACIDENTES DE TRABALHO
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