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Processo civil

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I. Das Normas Fundamentais e da Aplicação das Normas Processuais
· A teoria das fases processuais sustenta que a lei nova incide nos processos em curso, mas respeita as fases iniciadas antes da sua vigência, que continuarão a ser reguladas pela lei revogada.
· O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.
· É permitida a arbitragem, na forma da lei.
· A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial.
· As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa.
· Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé.
· Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva.
· É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório.
· Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência.
· Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida, com exceção de: (i) tutela provisória; (ii) Tutela de evidência quando pude ser tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental ou as alegações de fato puderem ser provadas documentalmente; (iii) expedição de mandado de pagamento; (iv) entrega da coisa ou execução de obrigação de fazer ou de não fazer, quando for evidente o direito do autor.
· O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.
· A jurisdição civil será regida pelas normas processuais brasileiras, ressalvadas as disposições específicas previstas em tratados, convenções ou acordos internacionais de que o Brasil seja parte.
· A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada.
· A doutrina reconhece a existência de ao menos três fases na evolução do direito Processual Civil: (i) sincretismo ou praxismo; (ii) processualismo; (iii) instrumentalismo
1. Princípios gerais do processo civil
a) Impulso oficial
· O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.
· O princípio do impulso processual é aquele ao que compete ao juiz, após a instauração da relação processual, mover o procedimento de fase em fase até a extinção do processo propriamente dito.
b) Oficialidade
· Por esse principio todos os atos do judiciário devem ser oriundos de órgãos oficialmente reconhecidos e ligados ao poder estatal, ou seja, estes órgãos são os titulares para aplicar a lei como está detida nos ordenamento.
c) Segurança jurídica
· D
d) Disponibilidade e indisponibilidade.
· A disponibilidade é a possibilidade que os cidadãos têm de exercer, ou não, os seus direitos. Ou seja, no processo civil, cabe à parte interessada decidir se quer ou não ajuizar determinada ação a qual tenha direito.
e) Princípio da Instrumentalidade
· A existência do ato processual é um instrumento utilizado para se atingir determinada finalidade. 
· Assim, ainda que com vício, se o ato atinge sua finalidade sem causar prejuízo às partes, não se declara sua nulidade.
f) Princípio do direito de ação
· Indica que o acesso à justiça, ou o direito de ação, não pode ser negado àqueles que se sentirem lesados em seus direitos.
g) Princípio do dispositivo
· Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e formas legais.
h) Princípio da adstrição.
· O magistrado está vinculado àquilo que foi proposto pelas partes no processo, de modo que não poderá analisar de ofício questões que a lei atribua a iniciativa da parte. 
i) Principio da congruência
· Demarca o campo de atuação do magistrado, vedando qualquer incursão fora desse limite, sob pena de caracterização de sentença ultra, extra ou infra petita.
· São exceções ao princípio da congruência: (i) pedido implícito; (ii) fungibilidade: o magistrado poderá conceder tutela diferente da requerida nas ações possessórias e cautelares; (iii) demandas cujo objetivo é uma obrigação de fazer ou não fazer; (iv) O Supremo Tribunal Federal também admite o afastamento do princípio da congruência ao declarar inconstitucionalidade de uma norma, em atenção a pedido formulado pelo autor, todavia, utilizando-se de fundamentos diferentes daqueles que foram suscitados.
j) Princípio do livre conhecimento motivado
· Significa que toda decisão deve ser motivada pelo que consta nos autos, limitada ao pedido formulado pela parte.
k) Princípio da eventualidade.
· Significa que cabe ao réu formular toda sua defesa na contestação
l) Princípio do impulso oficial/demanda
· Cumpre ao juiz e ao seus auxiliares zelar para que o processo tenha andamento, na forma da lei, impulsionando-o até atingir o seu desfecho, excetuada as hipóteses em que o andamento do processo depende de ato a ser realizado pelo autor
m) Princípio da persuasão racional
· Relacionado com o princípio da motivação, prevê que o juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento.
2. Outras informações
· Segundo Paulo Cezar Pinheiro Carneiro são subprincípios do acesso à justiça: (i) acessibilidade; (ii) operosidade; (iii) utilidade; (iv) proporcionalidade.
· Acessibilidade significa a existência de sujeitos de direito, capazes de estar em juízo, sem obstáculos de qualquer natureza, utilizando adequadamente o instrumental jurídico, e possibilitando a efetivação de direitos individuais e coletivos.
· Operosidade significa que todos os envolvidos na atividade jurisdicional devem atuar de forma a obter o máximo de sua produção, para que se atinja o efetivo acesso à justiça.
· Utilidade entende-se que o processo deve assegurar ao vencedor tudo aquilo que ele tem direito a receber, da forma mais rápida e proveitosa, garantindo-se, contudo, o menor sacrifício para o vencido.
· Proporcionalidade se traduz pela escolha a ser feita pelo julgador quando existem dois interesses em conflito. Deve ele se orientar por privilegiar aquele mais valioso, ou seja, o que satisfaz um maior número de pessoas.
· Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, o CPC será aplicado supletiva e subsidiariamente.
· No novo Código de Processo Civil, proporcionalidade e razoabilidade passaram a ser princípios expressos do direito processual civil.
· A ideia de duração razoável do processo já existia no sistema brasileiro, antes mesmo da EC 45 e do CPC 2015, surgindo no pacto de San José da Costa Rica.
II. Jurisdição
· É a atuação estatal que visa aplicar o direito objetivo ao caso concreto, representa o poder estatal de inferir na esfera jurídica dos jurisdicionados para aplicar o referido direito.
· A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o território nacional
· Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade.
· A doutrina moderna entende que são elementos da jurisdição o poder de decisão, o poder de coerção e o poder de documentação, enquanto, para a concepção clássica, tais elementos são notio, vocatio, coertio, iudicium e executio.
· Juízo de delibação é a apreciação superficial de um ato ou procedimentopara averiguar obediência à forma legal, sem adentrar no exame de mérito. 
· É o poder dever e atividade de compor litígios, acautelar e realizar direitos.
1. Equivalentes Jurisdicionais
· São admitidos no direito outras maneiras pelas quais as partes podem buscar uma solução para o conflito em que estão envolvidas.
1.1 Autotutela
· É o sacrifício integral de uma das partes envolvida no conflito em razão do exercício da força pela parte vencedora.
· É consideravelmente excepcional sendo raras as previsões legais que a admitem.
· A autotutela é a única forma de solução alternativa de conflitos que pode ser amplamente revista pelo poder judiciário, de modo que o derrotado sempre poderá judicialmente reverter eventuais prejuízos advindos da solução do conflito.
1.2 Formas consensuais de solução dos conflitos
a) Autocomposição
· Forma de solução dos conflitos sem a interferência da jurisdição, estando fundada no sacrifício integral ou parcial do interesse das partes envolvidas no conflito.
· O que determina a solução do conflito não é o exercício da força, como ocorre na autotutela, mas as vontades das partes.
· É gênero do qual são espécies a transação, submissão e renúncia.
· Na renúncia o titular do direito renuncia a este consequentemente o fazendo desaparecer com sua ofensa.
· Na submissão o sujeito se submete a uma pretensão contrária, ainda que fosse legitima sua resistência.
b) Mediação
· Forma alternativa de solução de conflitos baseada na vontade das partes.
· Não se confunde com autocomposição porque não existe sacrifício das partes. 
· Na mediação não se propõe solução de conflito as partes chegam a um consenso por si só. 
· O conciliador atua nos casos em que não envolvam relação continuada entre as partes já o mediador faz o contrário.
· Pelo principio da independência os conciliadores e mediadores devem atuar de forma independente, sem pressão interna e externa.
· Pelo princípio da imparcialidade eles precisam ser imparciais.
· Pelo princípio da autonomia da vontade, essas soluções não podem ter a vontade das partes viciadas sob pena de nulidade.
· Pelo princípio da confidencialidade, não podem divulgar ou depor sobre os fatos e elementos resultantes da conciliação ou mediação.
· As tratativas são orais, pelo principio da oralidade.
· Pelo princípio da decisão informada, o conciliador e mediador tem o dever de manter o jurisdicionado plenamente informado quanto aos seus direitos e contexto fático que está inserido.
· Havendo causa de parcialidade ou impedimento é necessário comunicar imediatamente ao juiz, estando proibidos de assessorar, representar ou patrocinar qualquer das partes durante o período de 1 ano, contado da data da ultima audiência em que atuaram.
· Agir com dolo ou culpa na conciliação ou medição e atuar estando impedido ou suspeito são causas de exclusão
1.3 Arbitragem
· Na arbitragem as partes escolhem um terceiro de sua confiança que será responsável pela solução do conflito de interesses
· A decisão desse terceiro é impositiva, o que significa que resolve o conflito independente da vontade das partes.
· STJ admite arbitragem em contratos administrativos
· Arbitragem não afasta o principio da inafastabilidade da jurisdição.
· A Lei de Arbitragem aplica-se aos contratos que contenham cláusula arbitral, ainda que celebrados antes da sua edição.
2. Características
A) Caráter substitutivo
· Estende-se a característica da substitutividade da jurisdição, ou seja, a jurisdição substitui a vontade das partes pela vontade da lei.
b) Lide
· É o conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida. 
· A ideia, portanto, é de um sujeito que pretende obter um bem de vida, no que é impedido por outro, que lhe cria uma resistência, surgindo desse choque de interesses o conflito.
· A lide não é de competência exclusiva do poder judiciário, ela pode ser solucionada de outras formas.
c) Inércia
· O juiz não poderá iniciar um processo de ofício, sendo tal tarefa exclusiva do interessado.
· Também é chamado de princípio da demanda.
· A restauração dos autos constitui uma exceção à característica inerte da jurisdição.
d) Definitividade
· Afirma-se que a solução do conflito por meio jurisdicional é a única que se torna definitiva e imutável, sendo considerada a derradeira e incontestável solução do caso concreto. 
· Essa decisão deverá ser respeitada por todos: partes e juiz
3. Princípios da Jurisdição
a) Investidura
· O estado investe o Juiz de poder jurisdicional para que o represente no exercício concreto da atividade jurisdicional
· A jurisdição só pode ser exercida por quem foi aprovado em concurso público da magistratura
b) Territorialidade
· É uma forma de limitação do exercício legitimo da jurisdição, o juiz investido só pode exercê-la nos limites legais.
c) Indelegabilidade
· O Judiciário tendo recebido a função jurisdicional, como regra, não pode delega-la a outros poderes ou órgãos que não pertençam ao judiciário. 
d) Juiz Natural
· Ninguém será processo senão pela autoridade competente.
· É a impossibilidade de escolha do juiz para julgamento de determinada demanda.
· Esse princípio proíbe a criação de tribunais de exceções.
e) Promotor natural
· Compartilha da ideia do juiz natural, mas aqui impede que o procurador faça designações discricionárias de promotores.
f) Improrrogabilidade
· Veda ao juiz o exercício da função jurisdicional fora dos limites delineados pela lei
4. Jurisdição voluntária
4.1 Características
a) Obrigatoriedade
· Exige-se das partes a intervenção do Poder Judiciário para que obtenham o bem de vida pretendido, nesse tipo de jurisdição há uma concentração muito grande de ações constitutivas necessárias que demanda uma obrigatoriedade legal de atuação jurisdicional.
b) Princípio inquisitivo
· O procedimento de jurisdição voluntária age de forma contrária ao principio da adstrição por permitir que seja aplicado o principio aquisitivo 
· Sendo assim o juiz poder dar inicio de oficio de determinadas demandas da jurisdição voluntária, o juiz tem mais poderes instrutórios e pode produzir prova contra a vontade das partes, pode julgar utilizando equidade, e pode decidir contra a vontade das partes.
c) Juízo de equidade:
· O Juiz não é obrigado a observar o critério da legalidade estrita podendo adotar em casa caso concreto a solução que considerar mais conveniente.
d) Participação do MP como fiscal da ordem jurídica.
4.2 Natureza Jurídica
a) Inexistência de caráter substitutivo
· Juiz não substitui vontade das partes quando profere a decisão apenas integra o acordo de vontade das partes para que produza efeito.
b) Inexistência de aplicação do direito ao caso concreto
· Não existe aplicação do direito material para resolver o conflito, o juiz apenas homologa o acordo das partes.
c) Ausência de lide
· Não existe conflito de interesse porque eles são convergentes e tem a mesma pretensão
d) Não há partes, mas meros interessados.
e) Não há processo, mas mero procedimento.
f) Não existe coisa julgada material
5. Dos limites da jurisdição nacional
5.1 Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que: 
· O réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil; 
· No Brasil tiver de ser cumprida a obrigação
· O fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil.
a) Outras informações.
· Considera-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal.
5.2 Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações:
a) De alimentos, quando:
· O credor tiver domicílio ou residência no Brasil;
b) O réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou obtenção de benefícios econômicos: 
· Decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil;
· Em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional.
5.3 Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra:
· Conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;· Em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional; 
· Em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional.
5.4 Outras informações.
· A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência e não obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas, ressalvadas as disposições em contrário de tratados internacionais e acordos bilaterais em vigor no Brasil.
· A pendência de causa perante a jurisdição brasileira não impede a homologação de sentença judicial estrangeira quando exigida para produzir efeitos no Brasil.
· Não compete à autoridade judiciária brasileira o processamento e o julgamento da ação quando houver cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro em contrato internacional, arguida pelo réu na contestação.
6. Da cooperação internacional
6.1 A cooperação jurídica internacional será regida por tratado de que o Brasil faz parte e observará:
· O respeito às garantias do devido processo legal no Estado requerente;
· A igualdade de tratamento entre nacionais e estrangeiros, residentes ou não no Brasil, em relação ao acesso à justiça e à tramitação dos processos, assegurando-se assistência judiciária aos necessitados; 
· A publicidade processual, exceto nas hipóteses de sigilo previstas na legislação brasileira ou na do Estado requerente; 
· A existência de autoridade central para recepção e transmissão dos pedidos de cooperação; 
· A espontaneidade na transmissão de informações a autoridades estrangeiras.
6.2 A cooperação jurídica internacional terá por objeto:
· A citação, intimação e notificação judicial e extrajudicial; 
· A colheita de provas e obtenção de informações; 
· A homologação e cumprimento de decisão; 
· A concessão de medida judicial de urgência
· A assistência jurídica internacional; 
· Qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não proibida pela lei brasileira.
6.3 Outras informações.
· Na ausência de tratado, a cooperação jurídica internacional poderá realizar-se com base em reciprocidade, manifestada por via diplomática.
· Não se exigirá a reciprocidade para homologação de sentença estrangeira.
· Na cooperação jurídica internacional não será admitida a prática de atos que contrariem ou que produzam resultados incompatíveis com as normas fundamentais que regem o Estado brasileiro.
· O Ministério da Justiça exercerá as funções de autoridade central na ausência de designação específica.
· O pedido de cooperação jurídica internacional oriundo de autoridade brasileira competente será encaminhado à autoridade central para posterior envio ao Estado requerido para lhe dar andamento.
· O pedido de cooperação oriundo de autoridade brasileira competente e os documentos anexos que o instruem serão encaminhados à autoridade central, acompanhados de tradução para a língua oficial do Estado requerido.
· O pedido passivo de cooperação jurídica internacional será recusado se configurar manifesta ofensa à ordem pública.
· A cooperação jurídica internacional para execução de decisão estrangeira dar-se-á por meio de carta rogatória ou de ação de homologação de sentença estrangeira.
· Considera-se autêntico o documento que instruir pedido de cooperação jurídica internacional, inclusive tradução para a língua portuguesa, quando encaminhado ao Estado brasileiro por meio de autoridade central ou por via diplomática, dispensando-se a juramentação, autenticação ou qualquer procedimento de legalização.
· A autenticidade do documento para instruir pedido de cooperação jurídica não impede, quando necessária, a aplicação pelo Estado brasileiro do princípio da reciprocidade de tratamento
7. Auxilio direto
· Cabe auxílio direto quando a medida não decorrer diretamente de decisão de autoridade jurisdicional estrangeira a ser submetida a juízo de delibação no Brasil.
· A solicitação de auxílio direto será encaminhada pelo órgão estrangeiro interessado à autoridade central, cabendo ao estado requerente assegurar a autenticidade e a clareza do pedido.
· A autoridade central brasileira comunicar-se-á diretamente com suas congêneres e, se necessário, com outros órgãos estrangeiros responsáveis pela tramitação e pela execução de pedidos de cooperação enviados e recebidos pelo Estado brasileiro, respeitadas disposições específicas constantes de tratado.
· No caso de auxílio direto para a prática de atos que, segundo a lei brasileira, não necessitem de prestação jurisdicional, a autoridade central adotará as providências necessárias para seu cumprimento.
· Recebido o pedido de auxílio direto passivo, a autoridade central o encaminhará à Advocacia-Geral da União, que requererá em juízo a medida solicitada.
· O Ministério Público requererá em juízo a medida solicitada quando for autoridade central.
· Compete ao juízo federal do lugar em que deva ser executada a medida apreciar pedido de auxílio direto passivo que demande prestação de atividade jurisdicional.
7.1 Além dos casos previstos em tratados de que o Brasil faz parte, o auxílio direto terá os seguintes objetos: 
· Obtenção e prestação de informações sobre o ordenamento jurídico e sobre processos administrativos ou jurisdicionais findos ou em curso;
· Colheita de provas, salvo se a medida for adotada em processo, em curso no estrangeiro, de competência exclusiva de autoridade judiciária brasileira;
· Qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não proibida pela lei brasileira.
8. Carta rogatória
· O procedimento da carta rogatória perante o STJ é de jurisdição contenciosa e deve assegurar às partes as garantias do devido processo legal.
· A defesa restringir-se-á à discussão quanto ao atendimento dos requisitos para que o pronunciamento judicial estrangeiro produza efeitos no Brasil.
· Em qualquer hipótese, é vedada a revisão do mérito do pronunciamento judicial estrangeiro pela autoridade judiciária brasileira.
III. Ação
· Ação é um direito que o jurisdicionado tem de requerer a tutela jurisdicional do Estado.
· Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade.
· Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico.
· Havendo substituição processual, o substituído poderá intervir como assistente litisconsorcial.
· O interesse do autor pode limitar-se à declaração: (i) da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica; (ii) da autenticidade ou da falsidade de documento.
· É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha ocorrido a violação do direito.
· Pela teoria abstrata o direito de ação é autônomo e abstrato.
· Pela teoria concreta o direito de ação é reconhecido, todavia, essa teoria entende que o provimento deve ser favorável.
· Pela teoria eclética, adotada no CPC, o direito de ação é autônomo, abstrato e condicionado (deve preencher algumas condições como a legitimidade e o interesse). 
· Ainda segundo a teoria eclética, a existência do direito de ação independe da existência do direito material.
· Pela teoria da asserção, que é aplicada pelo STJ, se o juiz realizar cognição profunda sobre as alegações do autor, após esgotados os meios probatórios, terá, na verdade, proferido juízo sobre o mérito da questão.
1. Condições da ação
· Para as condições para o exercício da ação leva-se em conta a teoria da asserção.
· São condições da ação: legitimidades ad causam  e interesse processual (interesse de agir)
· Não há mais a possibilidade jurídica do pedido
· As condições da ação não se confundem com o mérito e, quando ausentes, geram uma sentença terminativa de carência de ação.
· As condições da ação podem ser matéria de mérito.
· A falta de condição da ação, ainda que não tenha sido alegada em preliminar de contestação, poderáser suscitada pelo réu nas razões ou em contrarrazões recursais.
a) Possibilidade Jurídica do pedido
· Se o juiz, na inicial, verifica existir vedação expressa no ordenamento jurídico material ao pedido do autor, deve indeferi-la liminarmente por impossibilidade jurídica, extinguindo o processo. 
· Não é mais uma condição de ação.
b) Interesse de agir/interesse processual
· Cabe ao autor demonstrar que o provimento jurisdicional será capaz de lhe proporcionar uma melhora em sua situação fática, o juiz deve analisar em abstrato e hipoteticamente se o autor, sagrando-se vitorioso, terá efetivamente a melhora que pretendeu obter com o pedido de concessão de tutela.
· Em regra, havendo a lesão ou ameaça a direito, consubstanciada na lide tradicional, haverá interesse de agir.
c) Legitimidade
· A legitimidade para agir (ad causam) é a situação prevista em lei que permite a um determinado sujeito propor a demanda judicial a um determinado sujeito formar o polo passivo dessa demanda.
· Somente o titular do alegado direito pode pleitear em nome próprio seu próprio interesse, mas excepcionalmente admite-se que alguém em nome próprio litigue em defesa de interesse de terceiro.
· A representação processual (ad processum) é a capacidade de estar em juízo, o representante atua em nome alheio na defesa de interesse alheio, não sendo considerada parte no processo.
2. Elementos da ação
· São elementos as partes, a causa de pedir e o pedido.
2.1 Partes
· Para que o sujeito seja considerado parte é necessário que além de sua presença na relação jurídica processual que esteja em juízo pedindo tutela ou contra ele esteja sendo pedida tutela jurisdicional.
· STF diz que amicus curiae não é parte, mas sim um colaborador informal da Corte.
2.2 Pedido
· É a providência jurisdicional pretendida, condenação, constituição, mera declaração.
a) Certeza e determinação do pedido
· O pedido deverá ser certo e determinado.
· Deve também ser expresso, ainda que conste apenas fundamentação na inicial.
· No pedido imediato o autor deve indicar de forma precisa e clara qual a espécie de tutela jurisdicional pretendida enquanto no pedido mediato deve indicar o gênero do bem da vida pleiteado.
b) Pedidos Genéricos
· Universalidade de Bens: Verifica-se nas chamadas "ações universais" caso o autor não consiga individualizar na petição inicial os bens demandados, ações universais são aqueles que se têm como objetivo uma universalidade de bens em situação na qual falte ao autor às condições de individualizar cada um.
· Quando impossível fixar o valor do dano: Ocorre quando não é possível o autor fixar do valor de todos os danos suportados em virtude de ato imputado ao réu porque o ato ainda não exauriu todos os seus efeitos na propositura da demanda.
· Valor a depender de ato a ser praticado por réu: A impossibilidade de indicação do valor deriva de ser o réu o responsável por tal indicação, o que obviamente cria um obstáculo material intransponível ao autor no momento da propositura da ação.
c) Pedido implícito
· O pedido deve ser expresso não podendo o juiz conceder aquilo que não tenha sida expressamente requerida pelo autor. 
· Uma exceção é a concessão de tutela que pode ser concedida mesmo sem o pedido. 
· São hipóteses de pedido implícito: despesas e custas, honorários advocatícios, correção monetária, juros legais/moratórios (não sendo considerados juros convencionais ou compensatórios).
d) Cumulação de pedidos:
· O princípio da adequação do procedimento admite a cumulação de pedidos iniciais procedimentalmente incompatíveis, desde que seja possível ajustá-los ao procedimento comum.
· A cumulação de pedidos é admitida mesmo que os pedidos não sejam conexos, ou seja, que não derivem de uma mesma causa de pedir.
· A cumulação será admitida num único processo "contra o mesmo réu".
· O STJ decidiu que a cumulação de pedidos é admissível mesmo que a demanda seja proposta com formação de litisconsórcio passivo, dirigindo-se diferentes pedidos a cada um do réu.
· Os pedidos devem ser compatíveis entre si, todavia, só se aplica as espécies de cumulação própria (simples e sucessiva), ou seja, não se admite pedidos incompatíveis em pedidos sucessivos.
· Para ocorrer à cumulação de pedidos também é necessário que o juízo seja competente para todos os pedidos, se tratar de diferentes competências absolutas, a cumulação é sempre inadmissível.
· Se for de competência relativa à cumulação vai depender da conexão entra os pedidos e se não for conexo os pedidos será admitido se o réu deixar de alegar a incompetência do juízo.
· A cumulação própria se dá quando for possível a procedência de todos os pedidos. 
· A cumulação própria pode ser simples quando os pedidos são independentes entre si, ou seja, poderiam ser objeto de ação autônoma.
· A cumulação própria pode ser sucessiva que se dá quando existir entre os pedidos uma relação de prejudicialidade, ou seja, para análise de um depende a análise do outro, como por exemplo, investigação de paternidade com pedido de alimentos.
· A cumulação própria pode ser propriamente incidente ou superveniente: se dá quando os pedidos são formulados em momentos processuais diversos..
· Na cumulação impropria somente um dos pedidos pode ser acolhido. 
· A cumulação impropria é eventual ou subsidiaria quando o segundo pedido somente é analisado se o primeiro não for concedido.
· A cumulação impropria é alternativa com a possibilidade do juiz escolher um dos pedidos.
2.3 Causa de Pedir
· A causa de pedir, independentemente da natureza da ação, é formada pelos fatos jurídicos narrados pelo autor e também pela fundamentação jurídica que compõe a causa de pedir.
3. Outras informações
· Ação de conhecimento é a certificação de direito. Podem ser: condenatórias, constitutivas e declaratórias.
· Ação de execução é efetivação de direito.
· Ação cautelar protege a efetivação de um direito
· De acordo com a doutrina, constitui ação cognitiva de natureza constitutiva aquela que, além de apresentar um conteúdo declaratório, também cria, modifica ou extingue um estado ou uma relação jurídica.
· A satisfação do bem da vida vindicado constitui o objeto da ação
· Os vícios relativos ao interesse de agir e à legitimidade podem ser reconhecidos a qualquer tempo, desde que ainda não tenha transitado em julgado.
· O interesse processual deverá estar presente tanto para propor quanto para contestar a ação.
· A falta de condição da ação, ainda que não tenha sido alegada em preliminar de contestação, poderá ser suscitada pelo réu nas razões ou em contrarrazões recursais.
· De acordo com a doutrina, constitui ação cognitiva de natureza constitutiva aquela que, além de apresentar um conteúdo declaratório, também cria, modifica ou extingue um estado ou uma relação jurídica.
IV. Relação Jurídica Processual
1. Características
· Autônoma, porque mesmo não existindo relação jurídica de direito material existira a de direito processual.
· Complexa, pelas inúmeras e sucessivas situações jurídicas que se verifica durante o trâmite procedimental.
· Continuada, porque se desenvolve durante o tempo.
· Unidade, porque os atos práticos por sujeitos processuais estão interligados estando assim o posterior dependendo do anterior.
· Natureza Pública, porque há a participação do juiz, como representante do estado.
2. Pressupostos Processuais
· Trata-se de matéria preliminar, ligada as formalidades processuais, que deve ser analisada antes de o juiz enfrentar o pedido do autor.
2.1 Pressuposto processual subjetivo (juiz)
a) Investidura
· O Estado investe um determinado sujeito, juiz de direito, do poder jurisdicional, para que possa exercê-lo por meio desse sujeito.
b) Imparcialidade
· O juiz não deve ter interesse em razão de vantagem pessoal de qualquer ordem.
2.2 Pressuposto subjetivo (partes)
a) Capacidade de ser parte
· A capacidade de ser parte diz respeito à capacidade do sujeito de gozo e exercício de direitos e obrigações, essa capacidade nem sempre vem acompanhada da capacidade de estar em juízo.
b) Capacidade de estar em juízo
· As partesno processo terão necessariamente que praticar os atos processuais que são uma espécie de ato jurídico, dessa forma precisa ter capacidade processual (ad processum) para praticar tais atos.
c) Capacidade Postulatória
· As partes deverão ser assistidas por um advogado.
· No juizado especial pode-se dispensar o advogado nas causas inferiores até 20 salários mínimos.
2.3 Pressupostos processuais objetivos
a) Pressupostos processuais objetivos intrínsecos
· São pressupostos processuais analisados na própria relação jurídica processual
· Demanda: É necessária a existência de uma demanda para que o processo possa funcionar
· Petição inicial apta: Se exige o preenchimento dos requisitos previstos em lei para que a petição seja considerada apta.
· Citação válida: Citação válida só pode ser considerada pressuposto quando a citação for necessária, havendo somente irregularidade procedimental se nesses casos não ocorrer à citação válida.
· Regularidade Formal: Os atos processuais devem ser praticados na forma da lei
3. Princípios Processuais
a) Contraditório
· As partes devem ser comunicadas de todos os atos processuais, abrindo-se a elas a oportunidade de reação como forma de garantir a sua participação na defesa de seus interesses.
· Revelia não se aplica nos direitos indisponíveis.
· Para o STJ o vicio gerado pela não intimação da parte em momento adequado pode não resultar em nulidade se posteriormente for permitida sua manifestação a respeito da matéria
· Não fere o princípio do contraditório as matérias de ordem pública que o juiz conhece de oficio.
b) Princípios dispositivo e inquisitivo
· No sistema inquisitivo puro o juiz é colocado como figura central do processo, cabendo a ele sua instauração e condução sem necessidade de provocar as partes. 
· No sistema dispositivo o juiz tem uma participação condicionada à vontade das partes.
· O sistema brasileiro é misto.
c) Motivação das decisões
· Todas as decisões proferidas em processo judicial devem ser motivadas sendo obrigatória ao juiz a tarefa de exteriorização das razões da sua decisão com demonstração do raciocínio fático e jurídico.
· Não pode o juiz em sua fundamentação se limitar a indicação a reprodução ou a paráfrase de ato normativo sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida, o juiz precisa explicar sua decisão e a interpretação que fez de acordo com a norma jurídica.
· Não será fundamentada a decisão que empregar conceitos jurídicos indeterminados sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso
· Há vedação a simples invocação de motivos que se prestarias a justificar outra decisão sem demonstrar como isso se aplica ao caso concreto.
· Na fundamentação exauriente (ou completa) o juiz é obrigado a enfrentar todas as obrigações da parte. 
· Na fundamentação suficiente basta que enfrente e decida todas as causas de pedir do autor e os fundamentos de defesa do réu.
· NCPC não obriga juiz a enfrentar fundamentos jurídicos invocados pela parte, quando já tenham sido enfrentados nas formações dos precedentes obrigatórios, fazendo isso de forma devidamente justificada.
· Não basta ao juiz aplicar sumula como fundamento ao decidir devendo justificar sua aplicabilidade ao caso concreto.
d) Publicidade dos atos processuais
· A publicidade é regra geral no processo.
· A CF permite a restrição da publicidade dos atos processuais quando assim exigirem a intimidade e o interesse social
· STJ diz que sendo juntado aos autos documentos submetido a sigilo o processo deve seguir em segredo de justiça
· Permanecem em segredo de justiça processos que versarem sobre casamento, separação de corpo, divórcio, união estável, filiação, alimentos, guarda de crianças e adolescentes, processos que constem dados íntimos.
· No processo com segredo de justiça só se de admite as partes, advogados, defensores e MP.
e) Instrumentalidade das formas
· Sempre que ato processual tenha uma forma prevista em lei, deve ser praticado segundo a formalidade legal, sob pena de nulidade.
· Não é conveniente considerar o ato nulo somente porque foi praticado em desconformidade com a forma legal, é necessário verificar se o desrespeito a essa forma legal o afastou da sua finalidade, se não causou nenhum prejuízo à parte ou ao processo e atingiu sua finalidade, não se precisa anular.
f) Cooperação
· O princípio da cooperação (ou da colaboração), segundo o qual o processo seria o produto da atividade cooperativa triangular (entre o juiz e as partes).
· Exige um juiz ativo no centro da controvérsia e a participação ativa das partes, por meio da efetivação do caráter isonômico entre os sujeitos do processo. 
· Juiz tem obrigação de esclarecer determinas duvidas das partes (dever de esclarecimento);
· Deve ainda ouvir previamente as partes sobre as questões de fato ou de direito que influenciarão o julgamento da causa (dever de consulta);
· Pelo dever de prevenção o juiz aponta as deficiências postulatórias das partes para que sejam supridas; 
· Tem ainda o Juiz o dever do auxilio e de adotar consulta adequada, ética e respeitosa. (correção e urbanidade)
g) lealdade e boa fé
· Deveres que as partes têm em evitar, na ampla defesa, condutas que violem a boa-fé e a lealdade processual.
· A parte responsável pela criação do vício processual não tem legitimidade para alega-lo em juízo.
· A parte não pode exercer um direito no qual anteriormente praticou fato contraditório quando podia exercê-lo.
h) primazia do mérito
· Cabe ao juiz fazer o possível para evitar a necessidade de prolatar sentença terminativa no caso concreto, buscando chegar ao julgamento do mérito.
i) Outros Princípios
· Pelo principio da vedação surpresa é vedado que o juiz ou tribunal decida qualquer questão sem que seja dado à parte se manifestar sobre ela
· A boa-fé é presumida, ou seja, não exige a verificação da intenção do sujeito processual.
· Principio da moralidade não está, de forma explicita, no CPC.
· Princípio da legalidade encontra adoção expressa no art. 8º, do CPC/2015, ao atribuir ao juiz o dever de “aplicar o ordenamento jurídico”, atendendo aos fins sociais e às exigências do bem comum. 
· Pelo princípio da eventualidade ou da preclusão, cada faculdade processual deve ser exercida dentro da fase adequada, sob pena de se perder a oportunidade de praticar o ato respectivo. 
· O princípio da verdade real consiste na obrigação do juiz de perseguir a veracidade das versões apresentadas, por meio de vários deveres e de uma atuação oficial na condução da produção probatória, sem que isso implique qualquer violação da imparcialidade e da independência do Estado-Juiz. 
· O princípio da inevitabilidade é também chamado de princípio da irrecusabilidade e significa que o exercício da jurisdição não está sujeito à vontade das partes, mas, pelo contrário, se impõe.
V. Competência
· Competência é a limitação da jurisdição delegada a um determinado órgão.
· As causas cíveis serão processadas e decididas pelo juiz nos limites de sua competência, ressalvado às partes o direito de instituir juízo arbitral, na forma da lei.
· Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial.
1. Competência Relativa
· As regras de competência relativa prestigia a vontade das partes, podendo eles escolherem ou não aplicar ao caso concreto.
a) Legitimado para arguir incompetência relativa
· Autor não pode alegar a incompetência relativa em razão de preclusão lógica.
· O réu tem legitimidade para excepcionar o juízo.
· MP tem legitimidade excepcional, desde que não seja autor da ação.
· Assistente do autor não tem legitimidade, mas o assistente do réu sim.
· Denunciado a lide pelo autor não tem legitimidade, o pelo réu pode vir a ter.
b) Reconhecimento de ofício de incompetência relativa
· Incompetência relativa não pode ser declarada.
· Havendo cláusula de eleição de foro abusiva em qualquer contrato o juiz antes da citação declarará nula a cláusula determinando a remessa do processo ao foro do domicílio do réu, isso só pode ocorrer até a citação do réu senão cria uma preclusão excepcionalpara o juiz, o réu por sua vez poderá excepcionar o juízo (em preliminar de contestação) demonstrando preferencia pelo juízo da clausula de eleição de foro.
c) Momento para alegação da incompetência relativa
· Existe prazo preclusivo para a alegação de incompetência relativa de forma que não havendo manifestação dentro desse prazo ocorrerá prorrogação de competência, ou seja, o juízo se tornara competente no caso concreto.
· O prazo referido é até a contestação.
2. Competência Absoluta
· As regras de competência absoluta são fundadas em razão de ordem pública para as quais a liberdade das partes deve ser desconsiderada em virtude da prevalência do interesse público sobre os particulares.
· Incompetência absoluta é exemplo de error in procedendo
a) legitimado para arguir a incompetência absoluta
· Todos os sujeitos processuais são legitimados.
· O juiz deve declarar de oficio, intimando a outra parte (autor) se deparar com alegação de incompetência para se manifestar sobre a matéria.
b) momento de arguição da incompetência absoluta
· Pode ser reconhecida a qualquer momento, até depois do trânsito em julgado através da ação rescisória e ainda quando o processo estiver no 1º grau de jurisdição, ou ainda em grau recursal, desde que em vias ordinárias de impugnação.
3. Outras disposições sobre competência
· Reconhecida a incompetência absoluta ou relativa o processo será remetido ao juízo competente
· No juizado a incompetência territorial (relativa) é causa de extinção do processo.
· Se o autor acumula dois pedidos de competência absoluta diversa perante um juízo absolutamente incompetente para ambos o processo é extinto
· Os atos praticados por juízo incompetente são válidos, devendo ser revistos ou ratificados (ainda que tacitamente) pelo juízo competente.
· A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar onde for encontrado, ademais proposta a execução fiscal, a posterior mudança de domicílio do executado não desloca a competência já fixada.
· A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada
· A competência para o julgamento das demandas propostas em face de instituição de ensino superior particular segue as seguintes regras: (i) Tratando-se de mandado de segurança, a ação será de competência da Justiça Federal; (ii) Tratando-se de qualquer outra ação, em regra, será de competência da Justiça Estadual; (iii) Tratando-se de qualquer outra ação, e dizendo respeito a registro de diploma perante o órgão público competente ou o credenciamento da entidade de ensino perante o Ministério da Educação, será de competência da Justiça Federal.
4. Limites da Jurisdição
a) Principio da efetividade
· Determina que a justiça brasileira só deva se considerar competente para julgar demandas cuja decisão gere efeitos em território nacional ou em estado estrangeiro que reconheça tal decisão.
b) Competência internacional concorrente e exclusiva
· Competência concorrente entre Brasil e país estrangeiro não é obstáculo para homologar sentença estrangeira perante o STJ
· Não cabe a autoridade judiciária brasileira o julgamento de ações quando houver cláusula de eleição de foro exclusivo e estrangeiro arguida pelo réu na contestação.
c) Litispendência internacional
· A existência de um processo estrangeiro não obsta que um processo idêntico aquele exista no Brasil, ressalvada as disposições em tratados internacionais e acordos bilaterais em vigor no Brasil.
· Transitando em julgado a homologação da sentença estrangeira o processo nacional deve ser extinto, se ocorrer o contrário a sentença estrangeira não poderá ser homologada.
· A pendência de causa perante a justiça brasileira não impede homologação de sentença judicial ou arbitral estrangeira
5. Espécies de competências
· As competências absolutas são a funcional, em razão da matéria e em razão da pessoa. 
· As competências relativas são as, territorial e valor da causa.
5.1 Competência Territorial
a) Foro comum
· É o previsto pela lei brasileira, que seja, o domicilio do réu. 
· Essa regra só se aplica aos processos fundados em direito pessoal e direito real sobre bens móveis
· Tendo o réu mais de um domicilio será demandado em qualquer um deles.
· Sendo incerto ou desconhecido ele pode ser demandado onde for encontrado ou no foro do domicilio do autor.
· Se o réu não tiver domicilio ou residência no Brasil, será proposto no foro do autor, se esse também não tiver será proposto em qualquer foro.
· Havendo dois ou mais réus com diferentes domicílios serão demandados em qualquer um deles, a escolha do autor.
· A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar onde for encontrado.
b) Direito real imobiliário
· Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa.
· O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova.
· A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta. 
c) inventário, partilha, arrecadação, cumprimento de disposições de última vontade, impugnação ou anulação de partilha extrajudicial ações em que o espólio for RÉU
· O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.
· O foro de domicílio do autor da herança representa regra de competência relativa e, portanto, sujeita-se a prorrogação
· Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente: (i) o foro de situação dos bens imóveis; (ii) havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes; (iii) não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio.
d) Réu incapaz
· Foro do domicilio do seu representante ou assistente.
e) União
· Nas causas em que a união figurar como autora a competência será do foro do domicílio do réu. 
· Se a união for ré a ação poderá ser proposta no foro do domicilio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no da situação da coisa ou no DF.
f) Competência por delegação
· Na ausência de vara federal no foro competente a vara estadual será competente para o julgamento do processo, mas os recursos serão interpostos nos tribunais federais.
g) Estado ou DF
· Se o estado for autor a competência será o foro comum (domicílio do réu)
· Se o estado for réu pode ser no foro do domicílio do autor, no foro da ocorrência do ato ou fato, do foro da situação da coisa ou no foro da capital do Estado.
h) Ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável.
· Se tiver filho incapaz será o foro do domicilio do guardião.
· Não havendo filho incapaz será o foro do ultimo domicilio do casal
· Se não houver filho incapaz e se nenhuma das partes residirem no antigo domicílio do casal o foro será o do domicilio do réu.
i) Ação de alimentos.
· Foro do domicilio ou residência do alimentando
· Se aplica a ação de paternidade c/c pedido de alimentos, 
· Ações exoneratórios de alimentos será foro comum (réu)
j) Pessoa Jurídica como réu
· Foro de onde localiza sua sede.
l) Obrigações contratuais por agência ou sucursal
· Foro de onde se acha a agência ou sucursal quanto as obrigações que a pessoa jurídica contraiu.
m) Sociedade ou associação sem personalidade jurídica (de Fato)
· Local onde esta exerce suas atividades ou local onde exerça de forma significa suas atividades.
n) Ação para exigir obrigação a ser cumprida
· Foro do local de onde a obrigação deve ser cumprida
o) Direitos Previstos no Estatuto do idoso
· Residência do idoso para casos que versem sobre o estatuto do idoso.p) Reparação de Dano
· O lugar do ato ou fato que gerou o dano 
· Se aplica apenas na hipótese de ilícito civil extracontratual
q) Reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos
· Foro concorrente entre o lugar do ato ou fato e do domicílio do autor. 
· Excepcionalmente o foro comum.
r) ação de reparação de dano por ato praticado em razão do ofício de cartório de notas
· O foro será a sede da serventia notarial ou de registro
s) Ação em que o administrador ou gestor de negócios alheios seja réu
· O foro será o lugar do ato ou fato
5.2 Competência Funcional
· Enquanto nos outros critérios busca-se estabelecer o juiz competente para conhecer de determinada causa, no critério funcional reparte-se a atividade jurisdicional entre órgãos que devam atuar dentro do mesmo processo.
· Como o procedimento se desenvolve em diversas fases, pode haver necessidade de determinados atos se realizarem perante órgãos diversos.
· A competência se fixa por fase do processo, o juízo que praticou determinado ato processual torna-se absolutamente competente para praticar outro ato processual previamente estabelecido.
· O juízo da ação principal seja absolutamente competente para as ações acessórias e incidentais.
· Competência por graus de jurisdição, que poderá ser recursal ou originária.
5.3 Competência em razão da matéria
· Determinada em virtude da natureza da causa (objeto da demanda)
· São regras de competência absoluta, não admite prorrogação.
5.4 Competência em razão da pessoa
· Fixação da competência tendo em conta as partes envolvidas (ratione personae) pode ensejar a determinação da competência originaria dos tribunais, para ações em que a Fazenda Pública for parte etc.;
5.5 Competências em razão do valor da causa
· Muito menos usado, serve para delimitar, entre outras hipóteses, competência de varas distritais, ou, quando houver organizado, dos Tribunais de Alçada.
· São de competência dos juizados especiais estaduais, ação de despejo para uso próprio, ação possessória sobre bens imóveis que não exceda 40x o salario mínimo, as causas que não ultrapasse 40x o salário mínimo.
· Não podem ser partes o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida, o insolvente civil.
· O JEC da Fazenda é competente para processar, conciliar e julgar causas cíveis dos estados e municípios até o valor de 60 salários mínimos, a competência é absoluta.
6. Da incompetência
· A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação.
· A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada de ofício.
· Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá imediatamente a alegação de incompetência.
· Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competente.
· Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente.
· Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de contestação.
· A incompetência relativa pode ser alegada pelo Ministério Público nas causas em que atuar.
a) Conflito de competência
Há conflito de competência quando:
· Dois ou mais juízes se declaram competentes;
· Dois ou mais juízes se consideram incompetentes, atribuindo um ao outro a competência;
· Entre dois ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou separação de processos.
· O juiz que não acolher a competência declinada deverá suscitar o conflito, salvo se a atribuir a outro juízo.
· Não há conflito de competência se já existe sentença com trânsito em julgado, proferida por um dos juízos conflitantes.
· Compete ao Tribunal Regional Federal dirimir conflito de competência verificado, na respectiva região, entre juiz federal e juiz estadual investido de jurisdição federal.
· Compete ao Tribunal Regional Federal decidir os conflitos de competência entre juizado especial federal e juízo federal da mesma seção judiciária.
· Não compete ao STJ dirimir conflitos de competência entre juízes trabalhistas vinculados a Tribunais Regionais do Trabalho diversos.
7. Prorrogação de competência
· As hipóteses de prorrogação de competência, aplicam-se exclusivamente as regras de competência relativa, a exceção fica por conta da tutela coletiva, que permite a reunião de demandas conexas.
7.1 Prorrogação Legal
a) Conexão e continência
· A conexão se dá quando duas ou mais ações lhes for comum o pedido ou a causa de pedir; 
· Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado.
· A execução de título extrajudicial, a ação de conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico e as execuções fundadas no mesmo título executivo serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado.
· Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles.
· A Continência se dá quando duas ou mais ações houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.
· A ação continente é a que tem o pedido mais amplo e a contida a mais restrita.
· Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente reunidas. 
· A reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo prevento, onde serão decididas simultaneamente.
b) Ausência de alegação de incompetência relativa.
· Tratando-se de competência relativa, em regra, o juiz não poderá conhecer de oficio sua incompetência, salvo no caso do foro contratual dos herdeiros.
· O réu, caso não alegue em preliminar de contestação a incompetência relativa, permitirá que aquele juízo originariamente incompetente, se torne competente dependendo também que o juiz se omita em se manifestar e em qualquer hipótese dependerá da inexistência de alegação do Ministério Público.
· A ausência de alegação de incompetência relativa é causa legal de prorrogação de competência, é equivocado o entendimento de que seja causa de prorrogação voluntária.
7.2 Prorrogação voluntária
a) Eleição de foro
· As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.
· A eleição de foro só produz efeito quando constar de instrumento escrito e aludir expressamente a determinado negócio jurídico.
· O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes
· Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu.
· Citado, incumbe ao réu alegar a abusividade da cláusula de eleição de foro na contestação, sob pena de preclusão.
· Não estará precluso o direito do réu de alegar a abusividade de cláusula de eleição de foro se, citado, deixar de argui-la na contestação.
· A cláusula de eleição de foro estrangeiro não se aplica as hipóteses de competência internacional exclusiva, como é o caso dos imóveis situados em território brasileiro.
· A cláusula de eleição de foro não poderá ser afastada, de ofício, pelo juiz, em qualquer fase do processo, mas apenas antes da citação do réu.
b) Outras informações
· A ação acessória será proposta no juízo competente para a ação principal.
· A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é inderrogável por convenção das partes.
· Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal competente se nele intervier a União, suas empresas públicas, entidades autárquicas e fundações, ou conselho de fiscalização de atividade profissional, na qualidade de parte ou de terceiro interveniente, exceto as ações:(i) de recuperação judicial, falência, insolvência civil e acidente de trabalho; (ii) sujeitas à justiça eleitoral e à justiça do trabalho.
· Os autos não serão remetidos se houver pedido cuja apreciação seja de competência do juízo perante o qual foi proposta a ação.
7. Prevenção
· Concentração de competência, responsável por sua fixação em um juízo em que abstratamente sejam competentes um ou mais juízos para a causa.
· A prevenção é gerada pelo registro ou distribuição da petição inicial
· Se o imóvel se achar situado em mais de um Estado, comarca, seção ou subseção judiciária, a competência territorial do juízo prevento estender-se-á sobre a totalidade do imóvel.
8. Perpetuatio Jurisdictionis
· A competência será determinada pelo momento do registro ou da distribuição da inicial, ao ponto que, serão irrelevantes alterações do estado de fato ou de direito ocorridas após este momento. Vemos aqui a regra da perpetuação da competência.
· Impede que alteração superveniente de fato ou de direito afetem a competência da demanda.
· STF entendeu que criação de subseção judiciária da justiça federal não é motivo para modificar competência.
· STJ entendeu que criações de varas ou comarcas por resoluções administrativas ou leis de organização judiciaria não se sobrepõem as regras de competência previstas pelo CPC
· Ações revisionais de alimentos devem ser propostas no domicilio atual do alimentando, ainda que esse novo domicilio tenha sido resultado de mudança durante a ação de alimentos
· STF decidiu que a propositura da ação se dá com o protocolo da inicial
· Há duas exceções a perpetuatio jurisdictionis: a) supressão do órgão judiciário; e b) alteração superveniente da competência em razão da matéria ou da hierarquia, porque são espécies de competência absoluta.
9. Da cooperação nacional
· Aos órgãos do Poder Judiciário, estadual ou federal, especializado ou comum, em todas as instâncias e graus de jurisdição, inclusive aos tribunais superiores, incumbe o dever de recíproca cooperação, por meio de seus magistrados e servidores.
· Os juízos poderão formular entre si pedido de cooperação para prática de qualquer ato processual.
· O pedido de cooperação jurisdicional deve ser prontamente atendido, prescinde (dispensa) forma específica e pode ser executado como: (i) auxílio direto; (ii) reunião ou apensamento de processos; (iii) prestação de informações; (iv) atos concertados entre os juízes cooperantes.
· Os atos concertados entre os juízes cooperantes poderão consistir, além de outros, no estabelecimento de procedimento para: (i) a prática de citação, intimação ou notificação de ato; (ii) a obtenção e apresentação de provas e a coleta de depoimentos; (iii) a efetivação de tutela provisória; (iv) a efetivação de medidas e providências para recuperação e preservação de empresas; (v) a facilitação de habilitação de créditos na falência e na recuperação judicial; (vi) a centralização de processos repetitivos; (vii) a execução de decisão jurisdicional.
· O pedido de cooperação judiciária pode ser realizado entre órgãos jurisdicionais de diferentes ramos do Poder Judiciário.
10. Sumulas sobre competência
· A presença da União ou de qualquer de seus entes, na ação de usucapião especial, não afasta a competência do foro da situação do imóvel.
· Compete à turma recursal processar e julgar o mandado de segurança contra ato de juizado especial.
· A pessoa jurídica de direito privado pode ser demandada no domicilio da agência, ou estabelecimento, em que se praticou o ato.
· É competente a Justiça Comum para julgar as causas em que é parte sociedade de economia mista. 
· Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar as causas cíveis em que é parte sociedade de economia mista e os crimes praticados em seu detrimento. 
· As sociedades de economia mista só têm foro na Justiça Federal, quando a união intervém como assistente ou opoente.
· Compete a justiça ordinária estadual o processo e o julgamento, em ambas as instâncias, das causas de acidente do trabalho, ainda que promovidas contra a união, suas autarquias, empresas públicas ou sociedades de economia mista.
· Compete à Justiça Federal processar e julgar execução fiscal promovida por conselho de fiscalização profissional.
· A decisão do Juizo Federal que exclui da relação processual ente federal não pode ser reexaminada no Juízo Estadual.
· Compete à Justiça Estadual processar e julgar os litígios decorrentes de acidente do trabalho (só vale nos casos de ação proposta contra o INSS pleiteando benefício decorrente de acidente de trabalho)
· Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar ação de servidor público municipal, pleiteando direitos relativos ao vinculo estatutário.
· Compete à Justiça estadual processar e julgar ação de servidor estadual decorrente de direitos e vantagens estatutárias no exercício de cargo em comissão
· Compete à Justiça Federal decidir sobre a existência de interesse jurídico que justifique a presença, no processo, da união, suas autarquias ou empresas públicas.
VI. Sujeitos do processo
· Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em juízo.
1. Incapaz
· O incapaz será representado ou assistido por seus pais, por tutor ou por curador, na forma da lei.
· O juiz nomeará curador especial ao: a) incapaz, se não tiver representante legal ou se os interesses deste colidirem com os daquele, enquanto durar a incapacidade; b) réu preso revel, bem como ao réu revel citado por edital ou com hora certa, enquanto não for constituído advogado.
· A curadoria especial só pode ser exercida da pela Defensoria Pública.
· Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício.
· Descumprida a determinação para sanar a incapacidade ou irregularidade de representação, caso o processo esteja na instância originária: a) o processo será extinto, se a providência couber ao autor; b) réu será considerado revel, se a providência lhe couber; c) o terceiro será considerado revel ou excluído do processo, dependendo do polo em que se encontre.
· Descumprida a determinação em fase recursal perante tribunal de justiça, tribunal regional federal ou tribunal superior, o relator: a) não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente; b) determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido.
· Em processo que envolva interesse de incapaz, tendo sido verificado que o parquet não foi intimado, o juiz só poderá decretar a nulidade após intimar o MP.
2. Cônjuges
· O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens.
· Ambos os cônjuges serão necessariamente citados para a ação: a) que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens; b) resultante de fato que diga respeito a ambos os cônjuges ou de ato praticado por eles; c) fundada em dívida contraída por um dos cônjuges a bem da família; d) que tenha por objeto o reconhecimento, a constituição ou a extinção de ônus sobre imóvel de um ou de ambos os cônjuges.
· Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu somente é indispensável nas hipóteses de composse ou de ato por ambos praticado.
· Essa regra também vale para à união estável comprovada nos autos.
· O consentimento do cônjuge para praticar determinados atos pode ser suprido judicialmente quando for negado por um dos cônjuges sem justo motivo ou quando lhe seja impossível concedê-lo. 
· A falta de consentimento quando necessário e não suprido pelo juiz, invalida o processo.
3. Representação Judicial
Serão representados em juízo ativa e passivamente:
a) A União, pela Advocacia-Geral da União, diretamente ou mediante órgão vinculado;
b) O Estado e o Distrito Federal, por seus procuradores;
· Os Estados e o DF poderão ajustar compromisso recíproco para prática de ato processualpor seus procuradores em favor de outro ente federado, mediante convênio firmado pelas respectivas procuradorias.
c) O Município, por seu prefeito ou procurador;
d) A autarquia e a fundação de direito público, por quem a lei do ente federado designar;
e) A massa falida, pelo administrador judicial;
f) A herança jacente ou vacante, por seu curador;
g) O espólio, pelo inventariante;
· Quando o inventariante for dativo, os sucessores do falecido serão intimados no processo no qual o espólio seja parte.
h) A pessoa jurídica, por quem os respectivos atos constitutivos designarem ou, não havendo essa designação, por seus diretores;
i) A sociedade e a associação irregulares e outros entes organizados sem personalidade jurídica, pela pessoa a quem couber a administração de seus bens;
· A sociedade ou associação sem personalidade jurídica não poderá opor a irregularidade de sua constituição quando demandada.
j) A pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, representante ou administrador de sua filial, agência ou sucursal aberta ou instalada no Brasil;
· O gerente de filial ou agência presume-se autorizado pela pessoa jurídica estrangeira a receber citação para qualquer processo.
k) O condomínio, pelo administrador ou síndico.
4. Deveres das partes e de seus procuradores
a) Deveres
· Expor os fatos em juízo conforme a verdade;
· Não formular pretensão ou apresentar defesa quando cientes de que são destituídas de fundamento;
· Não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou à defesa do direito;
· Cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar embaraços à sua efetivação;
· Declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residencial ou profissional onde receberão intimações, atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer modificação temporária ou definitiva;
· Não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso
b) Outras informações
· A violação aos deveres de cumprir as decisões com exatidão e não criar embaraço e de não praticar inovação legal constitui ato atentatório à dignidade da justiça, devendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao responsável multa de até 20% do valor da causa, de acordo com a gravidade da conduta.
· Não sendo paga no prazo a ser fixado pelo juiz, a multa do ato atentatório, esta será inscrita como dívida ativa da União ou do Estado após o trânsito em julgado da decisão que a fixou, e sua execução observará o procedimento da execução fiscal.
· Aos advogados públicos ou privados e aos membros da Defensoria Pública e do Ministério Público não se aplica a multa do ato atentatório, devendo eventual responsabilidade disciplinar ser apurada pelo respectivo órgão de classe ou corregedoria, ao qual o juiz oficiará.
· Reconhecida violação da inovação legal do estado do bem ou litigioso, o juiz determinará o restabelecimento do estado anterior, podendo, ainda, proibir a parte de falar nos autos até a purgação do atentado, sem prejuízo da aplicação da multa de ato atentatório a dignidade da justiça.
· O representante judicial da parte não pode ser compelido a cumprir decisão em seu lugar.
· É vedado às partes, a seus procuradores, aos juízes, aos membros do Ministério Público e da Defensoria Pública e a qualquer pessoa que participe do processo empregar expressões ofensivas nos escritos apresentados.
· Quando expressões ou condutas ofensivas forem manifestadas oral ou presencialmente, o juiz advertirá o ofensor de que não as deve usar ou repetir, sob pena de lhe ser cassada a palavra.
· De ofício ou a requerimento do ofendido, o juiz determinará que as expressões ofensivas sejam riscadas e, a requerimento do ofendido, determinará a expedição de certidão com inteiro teor das expressões ofensivas e a colocará à disposição da parte interessada.
5. Responsabilidade das partes por dano processual
5.1 Litigante de ma-fé
· Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé como autor, réu ou interveniente.
a) Considera-se litigante de má-fé aquele que:
· Deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso.
· Alterar a verdade dos fatos;
· Usar do processo para conseguir objetivo ilegal;
· Opuser resistência injustificada ao andamento do processo;
· Proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo;
· Provocar incidente manifestamente infundado;
· Interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.
b) Outras informações
· De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a 1% e inferior a 10% do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou.
· Quando forem dois ou mais os litigantes de má-fé, o juiz condenará cada um na proporção de seu respectivo interesse na causa ou solidariamente aqueles que se coligaram para lesar a parte contrária.
· Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser fixada em até 10 vezes o valor do salário-mínimo.
· O valor da indenização será fixado pelo juiz ou, caso não seja possível mensurá-lo, liquidado por arbitramento ou pelo procedimento comum, nos próprios autos.
VII. Despesas, Honorários advocatícios e multas.
· Salvo as disposições concernentes à gratuidade da justiça, incumbe às partes prover as despesas dos atos que realizarem ou requererem no processo, antecipando-lhes o pagamento, desde o início até a sentença final ou, na execução, até a plena satisfação do direito reconhecido no título.
· Incumbe ao autor adiantar as despesas relativas a ato cuja realização o juiz determinar de ofício ou a requerimento do Ministério Público, quando sua intervenção ocorrer como fiscal da ordem jurídica.
· A sentença condenará o vencido a pagar ao vencedor as despesas que antecipou.
· O autor, brasileiro ou estrangeiro, que residir fora do Brasil ou deixar de residir no país ao longo da tramitação de processo prestará caução suficiente ao pagamento das custas e dos honorários de advogado da parte contrária nas ações que propuser, se não tiver no Brasil bens imóveis que lhes assegurem o pagamento.
· Não se exigirá a caução: a) quando houver dispensa prevista em acordo ou tratado internacional de que o Brasil faz parte; b) na execução fundada em título extrajudicial e no cumprimento de sentença; c) na reconvenção.
· Verificando-se no trâmite do processo que se desfalcou a garantia, poderá o interessado exigir reforço da caução, justificando seu pedido com a indicação da depreciação do bem dado em garantia e a importância do reforço que pretende obter.
· As despesas abrangem as custas dos atos do processo, a indenização de viagem, a remuneração do assistente técnico e a diária de testemunha.
1. Honorários
· A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor. 
· Os honorários advocatícios nascem contemporaneamente à sentença e não preexistem à propositura da demanda, isto é, as regras sobre os honorários advocatícios tem validade pela lei que esta em vigor quando for prolatada a sentença que os crie.
· Os honorários contratuais são relacionados a um contrato celebrado com o próprio cliente para a prestação de algum serviço jurídico;
· Os honorários sucumbenciais são relacionados à vitória de seu cliente em processo judicial.
· São devidos honorários advocatícios na: a) reconvenção; b) no cumprimento de sentença, provisório ou definitivo; c) na execução, resistida ou não; d) nos recursos interpostos, cumulativamente.
· Os honorários serão fixados entre o mínimo de 10 e o máximo de 20% sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido. 
· O valor da condenação e o proveito econômico obtido será mensurado pelo valor da causa atualizado, atendidos: (i) o grau de zelo do profissional; (ii) o lugar de prestação do serviço; (iii) a natureza e a importância da causa; (iv) o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido parao seu serviço.
· Não serão devidos honorários no cumprimento de sentença contra a fazenda pública que enseje expedição de precatório, desde que não tenha sido impugnada.
· Nas causas em que for inestimável ou irrisório o proveito econômico ou, ainda, quando o valor da causa for muito baixo, o juiz fixará o valor dos honorários por apreciação equitativa. 
· Na ação de indenização por ato ilícito contra pessoa, o percentual de honorários incidirá sobre a soma das prestações vencidas acrescida de 12 prestações vincendas.
· Nos casos de perda do objeto, os honorários serão devidos por quem deu causa ao processo.
· O tribunal, ao julgar recurso, majorará os honorários fixados anteriormente levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal, sendo vedado ao tribunal, no cômputo geral da fixação de honorários devidos ao advogado do vencedor, ultrapassar os respectivos limites.
· Os honorários recebidos em grau recursal são cumuláveis com multas e outras sanções processuais
· As verbas de sucumbência arbitradas em embargos à execução rejeitados ou julgados improcedentes e em fase de cumprimento de sentença serão acrescidas no valor do débito principal, para todos os efeitos legais.
· Os honorários constituem direito do advogado e têm natureza alimentar, com os mesmos privilégios dos créditos oriundos da legislação do trabalho, sendo vedada a compensação em caso de sucumbência parcial.
· O advogado pode requerer que o pagamento dos honorários que lhe caibam seja efetuado em favor da sociedade de advogados que integra na qualidade de sócio.
· Quando os honorários forem fixados em quantia certa, os juros moratórios incidirão a partir da data do trânsito em julgado da decisão.
· Os honorários serão devidos quando o advogado atuar em causa própria.
· Caso a decisão transitada em julgado seja omissa quanto ao direito aos honorários ou ao seu valor, é cabível ação autônoma para sua definição e cobrança.
· Os advogados públicos perceberão honorários de sucumbência, nos termos da lei.
a) Outras informações
· STJ decidiu que não cabe majoração quando o recurso é oriundo de decisão interlocutória sem a prévia fixação de honorários.
· Só se majora em âmbito de recurso se for julgado por outro órgão jurisdicional, distinto daquele que proferiu a decisão impugnada
· Os honorários são cumuláveis com multas e outras sanções processuais
· Com ou sem pedido das partes, a decisão que deixa de condenar o vencido a pagar os honorários é citra petita
· Não havendo condenação ao pagamento de honorários advocatícios a parte sucumbente não estará implicitamente condenada a pagar qualquer quantia
· Para se cobrar os honorários o advogado precisa estar constituído no momento da execução, o advogado que ja atuou terá que pleitear por meio de ação própria.
· Além do advogado, a parte tem legitimidade recursal para contestar os honorários.
· É permitida a cumulação da multa contratual com os honorários de advogado, após o advento do Código de Processo Civil vigente.
· Os honorários advocatícios não podem ser fixados em salários-mínimos
· Arbitrados os honorários advocatícios em percentual sobre o valor da causa, a correção monetária incide a partir do respectivo ajuizamento. 
· São cabíveis honorários de advogado na ação regressiva do segurador contra o causador do dano.
· Na ação de indenização por dano moral, a condenação em montante inferior ao postulado na inicial não implica sucumbência recíproca.
· Os honorários advocatícios não são devidos à Defensoria Pública quando ela atua contra a pessoa jurídica de direito público à qual pertença.
· Os honorários sucumbenciais, quando omitidos em decisão transitada em julgado, não podem ser cobrados em execução.
· São devidos honorários de advogado sempre que vencedor o beneficiário de justiça gratuita.
· Os honorários advocatícios incluídos na condenação ou destacados do montante principal devido ao credor consubstanciam verba de natureza alimentar cuja satisfação ocorrerá com a expedição de precatório ou requisição de pequeno valor observada ordem especial restrita aos créditos dessa natureza.
2. Despesas
· Se cada litigante for, em parte, vencedor e vencido, serão proporcionalmente distribuídas entre eles às despesas.
· Se um litigante sucumbir em parte mínima do pedido, o outro responderá, por inteiro, pelas despesas e pelos honorários.
· Concorrendo diversos autores ou diversos réus, os vencidos respondem proporcionalmente pelas despesas e pelos honorários.
· A sentença deverá distribuir entre os litisconsortes, de forma expressa, a responsabilidade proporcional pelo pagamento. 
· Se a sentença não distribuir entre os litisconsortes, os vencidos responderão solidariamente pelas despesas e pelos honorários.
· Nos procedimentos de jurisdição voluntária, as despesas serão adiantadas pelo requerente e rateadas entre os interessados.
· Nos juízos divisórios, não havendo litígio, os interessados pagarão as despesas proporcionalmente a seus quinhões.
· Proferida sentença com fundamento em desistência, em renúncia ou em reconhecimento do pedido, as despesas e os honorários serão pagos pela parte que desistiu, renunciou ou reconheceu. Sendo parcial a desistência, a renúncia ou o reconhecimento, a responsabilidade pelas despesas e pelos honorários será proporcional à parcela reconhecida, à qual se renunciou ou da qual se desistiu.
· Havendo transação e nada tendo as partes disposto quanto às despesas, estas serão divididas igualmente.
· Se a transação ocorrer antes da sentença, as partes ficam dispensadas do pagamento das custas processuais remanescentes, se houver.
· Se o réu reconhecer a procedência do pedido e, simultaneamente, cumprir integralmente a prestação reconhecida, os honorários serão reduzidos pela metade.
· As despesas dos atos processuais praticados a requerimento da Fazenda Pública, do Ministério Público ou da Defensoria Pública serão pagas ao final pelo vencido.
· As perícias requeridas pela Fazenda Pública, pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública poderão ser realizadas por entidade pública ou, havendo previsão orçamentária, ter os valores adiantados por aquele que requerer a prova. Não havendo previsão orçamentária no exercício financeiro para adiantamento dos honorários periciais, eles serão pagos no exercício seguinte ou ao final, pelo vencido, caso o processo se encerre antes do adiantamento a ser feito pelo ente público.
· Quando, a requerimento do réu, o juiz proferir sentença sem resolver o mérito, o autor não poderá propor novamente a ação sem pagar ou depositar em cartório as despesas e os honorários a que foi condenado.
· As despesas de atos adiados ou cuja repetição for necessária ficarão a cargo da parte, do auxiliar da justiça, do órgão do Ministério Público ou da Defensoria Pública ou do juiz que, sem justo motivo, houver dado causa ao adiamento ou à repetição.
· Se o assistido for vencido, o assistente será condenado ao pagamento das custas em proporção à atividade que houver exercido no processo.
· Cada parte adiantará a remuneração do assistente técnico que houver indicado, sendo a do perito adiantada pela parte que houver requerido a perícia ou rateada quando a perícia for determinada de ofício ou requerida por ambas as partes
· O juiz poderá determinar que a parte responsável pelo pagamento dos honorários do perito deposite em juízo o valor correspondente.
· Quando o pagamento da perícia for de responsabilidade de beneficiário de gratuidade da justiça, ela poderá ser: (i) custeada com recursos alocados no orçamento do ente público e realizada por servidor do Poder Judiciário ou por órgão público conveniado; (ii) paga com recursos alocados no orçamento da União, do Estado ou do Distrito Federal, no caso de ser realizada por particular, hipótese em que o valor será fixado conforme tabela do tribunal respectivo ou, em caso de sua omissão, do CNJ.
· Para o pagamento do perito é vedada a utilização de recursos do fundo de custeio da Defensoria Pública.
· A Fazenda Pública, quando parte no processo, fica sujeita à exigência do depósito

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