Buscar

Cinesiologia, Biomecânica e Cinesioterapia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CINESIOLOGIA, BIOMECÂNICA E CINESIOTERAPIA
A cinesiologia é o estudo do movimento humano através dos princípios da anatomia do aparelho locomotor e da fisiologia neuromuscular que, somados aos conhecimentos mecânicos do corpo através da biomecânica, é uma das bases norteadoras no diagnóstico, promoção e tratamento. Assim nos levando a cinesioterapia, que é o conjunto de exercícios que busca a prevenção ou a reabilitação de lesões, utilizando o movimento para treinar o corpo e alcançar um objetivo fisioterapêutico. 
planos e eixos de movimento
Os movimentos articulares executados pelo corpo humano ocorrem em planos e cada um possui um eixo correspondente. Há 3 planos e consequentemente 3 eixos:
· O plano frontal (também conhecido como plano coronal) e seu eixo anteroposterior;
· O plano sagital e o seu eixo correspondente laterolateral (ou em algumas literaturas medial-lateral);
· O plano transversal ou horizontal e o seu eixo superior-inferior (ou também conhecido como craniocaudal).
	Plano
	Eixo
	Frontal
	Anteroposterior
	Sagital
	Laterolateral
	Transversal
	Superior-Inferior
O movimento articular ocorre em torno de um eixo que é sempre perpendicular ao seu plano.
Sempre que um plano atravessa a linha média corporal, é denominado plano cardinal, porque divide o corpo em partes iguais. O ponto em que os três pontos cardinais se comunicam representa o centro de gravidade do corpo. No corpo humano, esse ponto está aproximadamente na porção anterior da segunda vértebra sacral. 
· O plano frontal divide o corpo em parte anterior e posterior, podendo realizar movimentos como, abdução de ombro e quadril, inclinação cervical ou do tronco e desvio radial e ulnar.
· O plano sagital divide o corpo em parte medial e lateral (direita ou esquerda), podendo realizar movimentos como, flexão e extensão de qualquer articulação. 
· O plano transverso divide o corpo em superior e inferior (proximal ou distal), podendo realizar movimentos como, rotação medial (interna) e lateral (externa) e pronação e supinação do antebraço. 
amplitude de movimento
A articulação é o local e união entre dois ou mais ossos do esqueleto. As articulações apresentam uma variedade de forma e funções. Algumas não possuem movimentos (sinartrose), outras permitem pouquíssimo movimento (anfiartrose) algumas são livremente móveis (diartrose/sinovial). 
· Sinartrose – articulação que une os ossos pelo tecido fibroso, não permite movimentação, evitando a separação dos ossos. Dividida em suturas (ossos do crânio) e sindesmoses (ossos do antebraço e pernas)
· Anfiartrose – articulação que une os ossos pela cartilagem hialina e ou pela fibra cartilagem, permitindo pouquíssimo movimento. 
· Sinovial – inclui a maioria das articulações do corpo e permite movimentos amplos e livres (na coluna vertebral, ombro e quadril). Não há uma união direta entre os ossos, pois são conectadas por ligamentos e recobertas por uma cartilagem, nessas articulações contem a membrana sinovial que produz o líquido sinovial. 
articulações sinoviais
Na articulação sinovial o grande diferencial das outras é a existência da cápsula articular, que apresenta duas camadas: uma externa e uma interna. A camada externa é constituída por tecido conjuntivo fibroso denso que mantém os ossos da articulação justapostos; já a cama interna é formada por uma membrana sinovial que secreta o líquido sinovial, o qual lubrifica a área, reduzindo atrito dos ossos e que facilita os movimentos. 
Obs: A cápsula possui duas características que contribuem na acomodação óssea, a primeira é que o envelopamento da região articular provoca um “certo vácuo” unindo as regiões epifisárias; a outra é que a produção de sinóvia gera um mecanismo de adesão-coesão, ou seja, a pequena quantidade de líquido potencializa a conexão. 
GRAUS DE LIBERDADE
Os graus de liberdade equivalem ao número de planos em que as articulações se movimentam. 
· Articulação monoaxial – realiza movimento angular em um plano em torno de um eixo e inclui dois tipos de subclassificações: gínglimo (dobradiça) em que os únicos movimentos possíveis são flexão e extensão, que ocorrem no plano sagital em torno do eixo transversal; e trocóidea (pivô) onde o movimento é de rotação e ocorre no plano transverso em torno do eixo longitudinal. 
· Articulação biaxial – realiza movimentos em torno de dois planos e eixos e incluem três tipos de subclassificações: condiloide, que é uma superfície esférica convexa em conjunto com uma superfície oposta côncava; elipsoidal que possui uma superfície convexa que se articula com um acidente anatômico côncavo e profundo; e a selar, onde cada componente ósseo possui uma superfície côncava e convexa orientadas uma com a outra. 
· Articulação triaxial – realiza movimentos em torno de todos os planos e eixos. Conhecida também como do tipo esferoidal ou bola e soquete, é a relação articular que possibilita mais movimentos do que qualquer outro tipo.
sensação final de movimento
A sensação final de movimento, ou também o end feel, corresponde às características provocadas por aproximação de estruturas especificas no limite da amplitude articular. Existem três tipos de sensação: dura, firme e mole. Uma sensação dura será provocada pelo contato de um osso com outro osso, como durante a extensão do cotovelo, essa sensação não permite que a amplitude final de movimento ceda um pouco mais ao adicionar uma pressão externa/passiva. Na sensação firme, a limitação é sentida de forma flexível, isso porque as estruturas que restringirão o movimento são capsulo-ligamentares, como a flexão do punho. A sensação mole se dá quando os tecidos musculares se aproximam uns dos outros, por exemplo, quando se realiza a flexão do joelho. Alterações nessas condições indicarão que a sensação final está anormal e, na maioria das vezes, provocada por alguma desordem ortopédica ou traumatológica. 
CADEIA CINÉTICA ABERTA E FECHADA
As cadeias cinéticas tratam das relações articulares que permitirão os movimentos do corpo humano. São divididas em abertas e fechadas e o que vai discernir uma da outra será o comportamento do segmento distal durante a execução de uma determinada ação. 
Na CCA, durante o deslocamento articular, o segmento distal encontra-se livre para se mover no espaço. Na CCF, o segmento distal está fixo e as partes proximais que se movem.
Na cadeia aberta os movimentos são variáveis, já que todas as articulações participantes estão livres para contribuir com diversos graus de amplitude, o que vulnerabiliza as articulações a risco de lesões. Até mesmo porque as mudanças de posicionamento articular na CCA tendem a ser mais velozes quando comparadas à CCF. 
Para que ocorra o movimento na cadeia fechada se faz necessário que mais de uma articulação se mova, e, apesar das variações de movimentos da CCF não possuírem tanta velocidade, elas produzem mais potencia e força para as atividades funcionais. 
SISTEMA DE ALAVANCAS
As alavancas são rígidas e podem rodar em torno de um ponto fixo quando se aplica uma forca, no corpo, são consideradas três classes de alavancas e cada uma delas têm uma diferença de propósito e vantagem mecânica, mas também existem três elementos que compõem cada alavanca: eixo, força e resistência. 
· Eixo – ponto fixo, também chamado de fulcro, corresponderá à área de contato entre os ossos, na articulação.
· Força – é o motor que garantirá a variação/manutenção de amplitude na alavanca, serão os músculos.
· Resistência – vista também como carga, inclui o peso do segmento e o peso externo que possa estar sustentado (além da gravidade). 
As alavancas são classificadas em: interfixa, inter-resistente e interpotente. 
Outro destaque são os chamados braço de força (BF), que é a distância entre a força e o eixo, e o braço de resistência (BR), que é a distância entre a resistência e o eixo. Quanto maior for o BF, mais fácil se tornará para mover uma resistência. 
Alavanca interfixa – é quando o eixo está entre a força e a resistência, se for colocado o eixo perto da resistência terá um favorecimento da força; seo eixo estiver perto da força, terá uma alavanca que favorece a distância e se o eixo for ajustado no meio entre força e resistência a alavanca favorece o equilíbrio. Um exemplo no corpo é a articulação atlantoccipital, que será o eixo, o peso da cabeça sendo a resistência equilibrada pela força muscular extensora do pescoço. 
Alavanca inter-resistente – é quando a resistência fica entre o eixo e a força, o que favorece a potência já que uma força relativamente pequena do musculo consegue mover uma grande resistência do corpo. No corpo temos a plantiflexão como exemplo, o eixo é representado pelas articulações metatarsofalangeanas no pé, a resistência é a tíbia e o restante do peso corporal acima dela, e a força corresponde à área da panturrilha. 
Alavanca interpotente – é quando a força se encontra no meio entre o eixo e a resistência, sendo a classe mais comum no corpo humano e a principal quando lidamos com exercícios em CCA. Nela, o BF é mais longo que o BF, portando, a vantagem mecânica fica com a força de resistência. No corpo é encontrada como a flexão do cotovelo, o eixo corresponde à articulação umeroulnar, o bíceps braquial exerce a força e a resistência é o peso do antebraço e da mão. 
ANALÍSE DA MARCHA
A marcha é a forma que os indivíduos se movimentam de um local a outro, sendo feita com pouco gasto energético. Requer equilíbrio sobre um membro inferior enquanto o outro se move pra frente, além da ação muscular efetiva, também é necessária a utilização do tronco e membros superiores.
Quando ocorre alguma lesão ou doença musculoesquelética ou neurológica, a marcha pode sofrer alterações e adaptações frente às novas mudanças estruturais e fisiológicas. 
O ciclo da marcha é o período em que o calcanhar de um pé toca o solo ate o momento em que ele volta a tocar o solo novamente. O ciclo da marcha é dividido em fase de apoio e fase de balanço, que possuem suas subfases. 
A fase de apoio corresponde a aproximadamente 60% do tempo do CM, que é o tempo em que o pé está em contato com o solo, inicia-se quando o calcanhar de um pé toca o solo e termina quando este pé sai do solo, suas subfases são: contato inicial, resposta à carga, apoio médio, apoio terminal e pré-balanço.
A fase de balanço corresponde a cerca de 40% do tempo do CM, ocorre quando o pé não está em contato com o solo, começando no momento que o pé sai do solo e finaliza quando o calcanhar do mesmo pé toca o solo outra vez, suas subfases são: balanço inicial, balanço médio e balanço final. 
Existem três evento a considerar durante a marcha:
1. Aceitação do peso: ocorre bem no inicio da fase de apoio, quando o pé toca o solo e o peso do corpo começa a ser transferido para o membro inferior.
2. Apoio simples: acontece quando o peso do corpo está totalmente sobre o membro inferior de apoio para que o outro membro avance para frente, durante o apoio médio e final.
3. Avanço do membro inferior: que vai desde a fase de pré-balanço até o final do balanço.
O ciclo da marcha possui dois períodos de apoio simples e dois de apoio duplo, que acontece quando os dois pés estão em contato com o solo. 
FASE DE APOIO
· Contato inicial – contato do calcanhar no solo, inicio da aceitação do peso e da fase de apoio (duplo);
· Resposta à carga – o peso do corpo continuar a ser transferido para o membro inferior e o pé em direção ao solo, fim do apoio duplo;
· Apoio médio – inicia-se a saída do outo membro inferior do solo, início do apoio simples;
· Apoio final – o calcanhar sobe, as pernas avançam sobre o antepé, o tronco e move sobre o membro que agora está em extensão, fim do apoio simples.
· Pré-balanço – começa o contato do outro pé no solo, continua até que os dedos saiam do solo, início do avanço do membro inferior, início e término do apoio duplo.
fase de balanço
· Balanço inicial – saída do pé do solo, início do encurtamento (flexão) do membro inferior para realizar aceleração, início da fase de balanço;
· Balanço médio – flexão máxima de joelho, termina quando o membro inferior se encontra em posição vertical;
· Balanço final – membro inferior em posição vertical, fim do avanço do membro inferior, membro vai desacelerar para o contato inicial novamente.
O comprimento do passo é a distância entre o ponto médio do calcanhar até o calcanhar do outro pé. O comprimento da passada é a distancia entre o contato inicial de um pé e o contato inicial do mesmo pé, ou seja, é a soma do comprimento do passo direito e esquerdo. A largura do passo corresponde à distancia horizontal entre dois pés, ou seja, desde o ponto médio de um calcanhar até o outro. 
A velocidade é a distancia expressa em metros por segundo ou quilômetros por hora, já a cadência corresponde ao número de passos completados por unidade de tempo, geralmente em passos por minuto. Ao ocorrer alterações no comprimento da passada ou cadência, a velocidade pode ser mudada.
A velocidade da caminhada é importante na análise da marcha, pois pode influenciar em outros fatores, como tempo e distância, gasto energético e atividade muscular.
Os músculos podem atuar como estabilizadores, aceleradores ou desaceleradores. 
· Estabilizadores – geralmente o trabalho é isométrico para posicionar uma articulação enquanto outra se move;
· Aceleradores – frequentemente utilizam a contração concêntrica visando movimentar o seguimento à frente;
· Desaceleradores – contraem excentricamente para reduzir um movimento ou absorver a força produzida. 
	Subfase
	Principais músculos
	Tipo de atividade
	
Contato inicial 
0 – 5%
	Tibial anterior, quadríceps, glúteo máximo e glúteo médio
	· Excêntrica para estabilizar o tornozelo.
· Excêntrica para absorção de impacto do pé no solo.
· Isométrica para estabilizar quadril.
	
Resposta à carga
5 – 16%
	Tibial anterior, quadríceps e glúteo máximo
	· Excêntrica para absorver impacto do pé no solo.
· Isométrica para estabilizar quadril.
	
Apoio médio
16 – 30%
	Gastrocnêmio e sóleo, glúteos máximo, médio, mínimo e tensor da fáscia lata
	· Estabilizam o tornozelo e restringem o movimento pra frente da tíbia no fêmur, gerando apoio estável para o joelho.
· Isométrica para estabilizar a pelve durante o período de apoio unilateral.
	
Apoio final
30 – 50%
	Gastrocnêmio
	· Concêntrica para gerar força e preparo para o membro ir para frente na fase seguinte.
	Pré-balanço
50 – 64%
	Gastrocnêmio e sóleo, adutores do quadril e iliopsoas
	· Concêntrica para impulsionar o corpo pra frente (aceleradores).
	Balanço inicial
64 – 70%
	Tibial anterior, reto femoral e iliopsoas
	· Excêntrica para acelerar o membro pra frente.
	Balanço médio
80 – 80%
	Tibial anterior
	· Isométrica para controlar o pé durante a fase de balanço.
	
Balanço final
80 – 100%
	Glúteo máximo e isquiotibiais, quadríceps e tibial anterior
	· Excêntrica para desacelerar o movimento do quadril e joelho pra frente.
· Preparo do joelho para aceitação do peso do próximo ciclo.
· Mantém posição estável do tornozelo na flexão dorsal neutra para o contato do solo.
Os membros superiores também têm papel importante no processo da marcha e contribuem auxiliando na estabilização e reduzindo o movimento lateral do corpo. Os músculos do tronco, ficam ativos durante o CM, principalmente no contato inicial para evitar a flexão de tronco e movimentos da cabeça que ocorrem enquanto o corpo passa da aceleração para a desaceleração. Os músculos abdominais são ativados conforme o aumento da velocidade da marcha, buscando gerar maior estabilidade. 
CLASSIFICAÇÃO DOS EXERCÍCIOS TERAPÊUTICOS
A cinesioterapia é um conjunto de exercícios que busca a prevenção ou tratamento de lesões utilizando o movimento para alcançar um objetivo terapêutico, que pode ser o aumento da amplitude articular, força muscular, alívio das dores, melhora da postura, coordenação motora, equilíbrio e etc. Os exercícios terapêuticos podem ser realizados de várias maneiras: ativa, ativa-assistida, ativa-resistida ou passiva.
· Exercícios passivos – são realizados através de uma força externa, o indivíduo não tem participação ativa no movimento. O fisioterapeutaque realiza os movimentos fisiológicos da articulação, com objetivo de preservar a ADM, prevenir contratura musculares e aderências capsulares, além de reduzir a dor.
Os exercícios ativos são realizados pela ação do próprio paciente, podendo ter algum auxílio externo. 
· Ativa – quando o paciente realiza todo o exercício sem ajuda externa, contraindo a musculatura;
· Ativa-assistida – o paciente realiza o movimento ativamente, entretanto, recebe auxilio do terapeuta em algum momento do exercício que não consegue realizar;
· Ativa-resistida – realiza o exercício ativamente e necessita de força muscular adicional para vencer uma resistência imposta pelo terapeuta com objetivo de fortalecer a musculatura. 
As contrações musculares podem ser: isotônica e isométrica. A isotônica é quando o musculo se contrai e determina modificações tanto no comprimento muscular quando no ângulo da articulação para geração de força. Sendo assim, é dividida em concêntrica e excêntrica. A concêntrica ocorre quando há movimento articular, encurtamento do músculo e aproximação das inserções musculares. Já a excêntrica ocorre quando há movimento articular, porém o músculo se alonga, afastando as inserções. A isométrica é quando ocorre a geração de força e aumento da tensão, porém não existe alteração do comprimento do músculo, ou seja, é estático. 
ALONGAMENTO MUSCULAR
Os alongamentos podem ser passivos e ativos. Será ativo quando o próprio indivíduo movimenta o segmento e mantém na posição desejada e passivo quando outra pessoa realiza o movimento. O alongamento muscular promove aumento da flexibilidade tanto dos tecidos contráteis quando dos não contráteis, aumentando assim a amplitude de movimento da articulação, prevenindo ou tratando encurtamentos, contraturas musculares e restrições de mobilidade.
Os três principais tipos de alongamentos são: estático, por facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP) e balístico. 
É importante falar sobre o reflexo de estiramento miotático, gerado pelo fuso muscular que se encontra no centro da fibra muscular, que impede o alongamento excessivo e em alta velocidade com objetivo de prevenir lesões. 
· Alongamento estático – é quando alonga o musculo ou grupo muscular lentamente, mantendo por segundos ou minutos, esse tipo não ativa o reflexo miotático. 
· Alongamento mecânico – é um alongamento passivo estático realizado por dispositivos que proporcionam uma carga constante.
· Alongamento por inibição neuromuscular – realiza a contração máxima isométrica por resistência manual do terapeuta, depois provoca o relaxamento da musculatura e, em seguida, realiza o alongamento estático. Esta técnica utiliza os princípios da FNP e caracteriza-se pelo uso da contração muscular ativa com objetivo de ocasionar a inibição autogênica, gerada pelo OTG, o que promove um aumento no ganho da ADM.
· Alongamento balístico – realizado de forma vigorosa e em velocidade rápida, utiliza vario esforços musculares ativos na tentativa de maior alcance da ADM, o que pode deflagar o reflexo miotático.
treino proprioceptivo 
A propriocepção é entendida como informações vindas das articulações, músculos, tendões e outros tecidos para o SNC que induz repostas reflexas e controle motor voluntário. A propriocepção faz parte do sistema somatossensorial, que engloba informações mecânicas, dolorosas e térmicas.
Os mecanorreceptores musculares, mais especificamente no fuso, funciona como um receptor de estiramento, que se encontra nos músculos pequenos dos olhos, mãos e peso. 
Sobre os demais músculos, a constante carga de impulso regulatório faz com que os deixe sempre em prontidão, o que contribui para o tônus muscular, caracterizado por rigidez e tensão de repouso.
Em áreas tendíneas, fica a cargo do OTG, justamente por ser orientado em linha com as fibras colágenas de tendão. Quando há tensão nessa região, informações eferentes são enviadas ao músculo agonistas para inibi-lo e a seu antagonista facilitá-lo.
O controle neuromuscular, que é a ativação inconsciente dos estabilizadores dinâmicos, ocorre em preparação e em resposta ao movimento articular, que envolvem tanto vias conscientes quanto vias inconscientes.
Lesões musculoesqueléticas ou nervosas provocam déficits na propriocepção, alterando o controle neuromuscular. Sendo assim, o treinamento proprioceptivo é fundamental para a reabilitação e prevenção de lesões, o que é possível melhorar a coordenação motora, equilíbrio e tempo de reação a perturbações. São exercícios dinâmicos e multidirecionais, que envolve equilíbrio em superfícies instáveis, devendo ser iniciado após alcançar a força muscular.
EXERCÍCIOS PLIOMÉTRICOS
Os exercícios pliométricos são utilizados na pratica esportiva, no treinamento de atletas para melhora do rendimento. Esses exercícios tem objetivo de promover potência neuromuscular e controle neuromuscular utilizando o ciclo alongamento-encurtamento (CAE), que gera uma contração muscular excêntrica seguida de uma concêntrica, ocorrendo de forma rápida. A fase excêntrica estimula os receptores musculares e carrega os músculos com energia elástica. Já a fase de contração ou encurtamento, gera o movimento explosivo que resulta do armazenamento de energia elástica durante a fase excêntrica e sua reutilização como energia mecânica durante a contração concêntrica e a ativação do reflexo miotático. 
O reflexo miotático é gerado através dos fusos musculares e ocorre quando um músculo é alongado de forma rápida, na pliometria ocorrem movimentos alongados e excêntricos que deflagram esse reflexo, promovendo contração rápida e explosiva, o que melhora a ativação neuromuscular e consequentemente aumentando o rendimento muscular. O OTG ocorre quando a tensão muscular aumenta a ponto de colocar em risco a integridade musculotendinosa, gerando inibição do músculo contraído, causando relaxamento e prevenindo lesão.
Para iniciar a pliometria na reabilitação, é importante destacar que o indivíduo deve estar livre de aspectos inflamatórios agudos, sem restrições na amplitude de movimento, flexibilidade e medidas de força similares ao membro contralateral.

Outros materiais