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PDF_10-06-21 - AP - DIR ADMNISTRATIVO - PC 2021 - EMILLY

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CONTEÚDO 
 
1. Estado, Governo e Administração Pública. 1.1. Con-
ceitos, elementos, poderes e organização. 1.2. Nature-
za, fins e princípios. 2. Organização administrativa da 
União: administração direta e indireta. 3. Atos adminis-
trativos. 3.1. Conceitos, requisitos, elementos, pressu-
postos e classificação. 3.2. Fato e ato administrativo. 
3.3. Atos administrativos em espécie. 3.4. O silêncio 
no direito administrativo. 3.5. Cassação. 3.6. Revoga-
ção e anulação. 3.7. Processo administrativo. 3.8. Fa-
tos da administração pública: atos da administração 
pública e fatos administrativos. 3.9. Formação do ato 
administrativo: elementos procedimento administrati-
vo. 3.10. Validade, eficácia e autoexecutoriedade do 
ato administrativo. 3.11. Atos administrativos simples, 
complexos e compostos. 3.12. Atos administrativos 
unilaterais, bilaterais e multilaterais. 3.13. Atos admi-
nistrativos gerais e individuais. 3.14. Atos administra-
tivos vinculados e discricionários. 3.15. Mérito do ato 
administrativo, discricionariedade. 3.16. Ato adminis-
trativo inexistente. 3.17. Teoria das nulidades no direi-
to administrativo. 3.18. Atos administrativos nulos e 
anuláveis. 3.19. Vícios do ato administrativo. 3.20. Te-
oria dos motivos determinantes. 3.21. Revogação, anu-
lação e convalidação do ato administrativo. 4. Contra-
tos administrativos e noções de licitações públicas. 5. 
Poderes administrativos. 5.1. Poder hierárquico. 5.2. 
Poder disciplinar. 5.3. Poder regulamentar. 5.4. Poder 
de polícia. 5.5. Uso e abuso do poder. 6. Controle e 
responsabilização da administração. 6.1. Controle ad-
ministrativo. 6.2. Controle judicial. 6.3. Controle legis-
lativo. 7. Responsabilidade civil do Estado. 7.1. Evolu-
ção doutrinária. 7.2. Atos comissivos ou omissivos. 
7.3. Causas excludentes e nexo de causalidade. 8. 
Probidade administrativa e princípios da Administra-
ção Pública. 8.1. Lei nº 8.429/1992 e suas alterações. 
8.1.1 Disposições gerais. 8.1.2 Atos de improbidade 
administrativa e respectivas penas. 8.1.3. Procedimen-
to administrativo, processo judicial e disposições pe-
nais. 9. Lei nº 13.709/2018 (Lei Geral de Proteção de 
Dados Pessoais). 
 
 
O estudo da Administração Pública em geral deve par-
tir da definição de Estado no seu sentido amplo, sobre o 
qual repousa toda a concepção moderna de organização 
e funcionamento dos serviços públicos a serem prestado-
res aos administrados. 
 
O objetivo desse tópico não é aprofundar o estudo so-
bre o Estado, o que é objeto do Direito Constitucional, mas 
estabelecer premissas para melhor compreender os insti-
tutos do Direito Administrativo. Para tanto, é necessário 
compreender que a origem da Administração Pública está 
no surgimento do Estado, criado para substituir os ansei-
os sociais, para representar o Povo. 
 
1.1. Conceitos, elementos, poderes e organização. 
 
O Estado, sob o prisma constitucional, é pessoa jurídi-
ca territorial soberana; é uma nação politicamente organi-
zada, dotada de personalidade jurídica própria, sendo 
pessoa jurídica de direito público que contém seus ele-
mentos e três Poderes. Como ente personalizado, o Esta-
do tanto pode atuar no campo do direito público quanto 
no direito privado, mantendo sempre sua personalidade 
de direito público. 
 
O Estado brasileiro consiste em uma federação. Disto 
extrai-se que no território nacional coexistem diversos 
entes autônomos: União, estados, municípios e Distrito 
Federal. 
 
Esta autonomia política é traduzida pela capacidade 
de auto-organização e pela possibilidade de legislar. 
 
O conceito de Estado está relacionado com o modo de 
exercício do poder político em função do território de um 
dado Estado. A existência ou não da repartição regional 
de poderes autônomos é, pois, o núcleo caracterizador do 
conceito de forma de Estado. O Estado será federado 
(federal, composto ou complexo) se o poder político esti-
ver repartido entre diferentes entidades governamentais 
autônomas, gerando uma multiplicidade de organizações 
governamentais que coexistem em um mesmo território. 
 
Desse modo, o Estado surgiu no intuito de auxiliar e 
cuidas dos objetivos da sociedade, sendo que no Brasil as 
atividades foram distribuídas constitucionalmente entre 
os entes federativos, dai que não somos um Estado unitá-
rio, e sim um Estado Federativo. 
 
 
 
 
 
A figura do Governo surge a partir da necessidade de 
organização desse Estado. O conceito de Governo refere-
se à maneira como se dá a instituição do poder na socie-
dade, e como se dá a relação entre governantes e gover-
nados. 
 
Caso a instituição do poder se dê por meio de eleições, 
diretas ou indiretas, por um período certo de tempo, e o 
governante represente o povo, bem como tenha o dever 
de prestar contas de seus atos, teremos a forma de go-
verno republicana. 
 
Se a forma de governo for marcada pela hereditarieda-
de, vitaliciedade e ausência de representação popular, 
teremos a monarquia. Na monarquia, a instituição do 
poder se dá por meio de eleições, o mandato é vitalício e o 
monarca não representa o povo, tampouco responde pe-
rante o povo pelos atos de governo. 
 
A Administração Pública surge para exteriorizar as ne-
cessidades de perseguição do bem público e dos serviços 
pela sociedade. Atualmente, divide-se em direta (compos-
ta pelos entes federativos) e indireta (composta por au-
tarquias, fundações, sociedades de economia mista e 
empresas públicas). 
 
Cumpre esclarecer ainda que o Estado é composto de 
três elementos originários e indissociáveis: o povo, que 
representa o componente humano; o território, que é a 
sua base física, e o governo soberano, que é o elemento 
condutor do Estado, que detém e exerce o poder absoluto 
de autodeterminação e auto-organização, emanado pelo 
povo. Não se admite Estado independente sem soberania, 
isto é, sem esse poder absoluto, indivisível e incontrastá-
vel de organizar-se e de conduzir-se, segundo a vontade 
livre de seu povo e de fazer cumprir as suas decisões, 
inclusive pela força, se necessário. 
 
Elementos: Direito Público e Direito Privado 
 
A clássica divisão do Direito em Público e Privado, tal 
como reconhecida por Hely Lopes Meirelles, pauta-se no 
interesse tutelado. O Direito Público interno é aquele des-
tinado a regular, precipuamente, os interesses estatais e 
sociais, subdividindo-se em Direito Constitucional, Direito 
Administrativo, Direito Tributário, Direito Penal, Direito 
Processual, Direito do Trabalho, Direito Eleitoral e Direito 
Municipal. O Direito Público externo regulamenta as rela-
ções entre os Estados Soberanos (Direito Internacional 
Público) e entre cidadãos de um Estado com Estados 
diversos (Direito Internacional Privado). Por fim, o Direito 
Privado tutela preponderantemente os interesses indivi-
duais, bipartindo-se em Direito Civil e Direito Comercial. 
 
 
Contudo, modernamente, solidificou-se outra classifi-
cação, sustentando a insuficiência do critério clássico, 
uma vez que os interesses público e privado se afiguram 
tão próximos que se torna impossível verificar qual o inte-
resse preponderante. 
 
Essa nova corrente busca o elemento diferenciador no 
titular da relação jurídica (sujeito). Desse modo, o Direito 
Público é aquele que regula as relações das quais o Esta-
do participa, enquanto que o Direito Privado disciplina as 
relações entre particulares. 
 
Nesse diapasão, o Direito do Trabalho é considerado 
ramo do Direito Privado. É relevante ressaltar entendimen-
to de Celso Antônio Bandeira de Mello, no sentido de que 
a Administração (Estado) quando pratica atos próprios 
dos particulares, com a locação de um imóvel, submete-
se ao regime jurídico de direito privado e não de direito 
público, pois, neste caso, “o direito administrativo só lhes 
regula as condições de emanação, mas não lhes discipli-
na o conteúdo e correspondentes efeitos”, que são disci-
plinados pelo direito privado. 
 
Para ambas as classificações, o Direito Administrativo 
é um ramo do DireitoPúblico Interno. 
 
Poderes e organização 
 
No dizer de Hely Lopes Meirelles o Estado se manifes-
ta por seus órgãos que são supremos (constitucionais) ou 
dependentes (administrativos). Àqueles incumbe o exer-
cício do poder político, cujo conjunto se denomina gover-
no ou órgão governamentais. 
 
Os outros estão em plano hierárquico inferior, cujo 
conjunto forma a Administração pública que encontra 
suas bases na Constituição quer quando estrutura o Po-
der Executivo, referido às várias esferas de governo, quer 
quando, nos arts. 37 a 43, define os fundamentos de sua 
organização, seus princípios e o regime do pessoal admi-
nistrativo e civil e militar. 
 
A Administração Pública é o conjunto de meios insti-
tucionais, materiais, financeiros e humanos preordenados 
à execução de decisões políticas. Esta noção destaca a 
subordinação da Administração Pública ao Poder Político 
bem assim como o seu caráter instrumental, ou seja, de 
algo que serve para o atingimento de determinados fins. 
 
Da noção, extrai-se, ainda, os dois aspectos da Admi-
nistração: um conjunto de órgãos a serviço do poder polí-
tico e as operações e atividades administrativas. 
 
 
 
 
 
 
Conceito de Administração Pública 
 
Administração é todo o aparelhamento do Estado pré-
ordenado à realização de serviços, visando à satisfação 
das necessidades coletivas. Não pratica atos de governo, 
pratica atos de execução, com maior ou menor autonomia 
funcional. Conforme a competência dos órgãos ou de 
seus agentes, é o instrumento de que dispõe o Estado 
para colocar em prática as opções políticas de Governo. 
 
Há dois (2) sentidos mais comuns dados à expressão 
Administração Pública, consoante lição de Maria Sylvia 
Zanella di Pietro. 
 
1) sentido subjetivo, formal ou orgânico: designa os en-
tes que exercem a atividade administrativa: compre-
ende pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos. É o 
conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas, aos quais a 
lei atribui o exercício da função administrativa do Es-
tado. Alguns autores até admitem como sinônimo de 
Estado, quando pensando no aspecto físico, estrutural. 
Nesse sentido, conforme convenciona parte da doutri-
na, a expressão Administração Pública deve ser grafa-
da com as primeiras letras maiúsculas. 
 
Esse sentido está diretamente associado ao seguinte 
questionamento: QUEM FAZ a Administração Pública? 
 
2) sentido objetivo, material ou funcional: designa a pró-
pria função administrativa, que incumbe, predominan-
temente, ao Poder Executivo. É a atividade concreta e 
imediata que o Estado desenvolve sob regime jurídico 
de direito público, para a consecução dos interesses 
coletivos. Nessa aplicação, a expressão administração 
pública deve ser grafada com as letras iniciais minús-
culas. Esse sentido está diretamente associado ao se-
guinte questionamento: O QUE FAZ a Administração 
Pública? 
 
1.6.2 Divisão da Administração Pública 
 
A atividade administrativa consiste na gestão de bens 
e interesses qualificados da comunidade, de âmbito fede-
ral, estadual ou municipal, segundo os preceitos do Direi-
to e da Moral, visando ao bem comum. 
 
Representa toda atividade desenvolvida pela Adminis-
tração, protegendo os interesses da coletividade e decor-
re do fato de o Brasil ser uma República, em que toda 
atividade desenvolvida deve privilegiar a coisa pública. 
Desse modo, a atuação da Administração Pública divide-
se em direta e indireta. 
 
a) Administração Direta: Formada por entidades políticas 
(também conhecidas por entidades federativas) que 
recebem as suas atribuições da própria Constituição 
Federal. São consideradas pessoas jurídicas de direito 
público interno (possuem poderes políticos). São elas: 
União, Estados, DF e Municípios. 
 
b) Administração Indireta: Formada por entidades admi-
nistrativas que exercem suas competências conforme 
estabelecida na lei que as instituiu (elas não detêm 
poderes políticos e nem legislam). São elas: Autarqui-
as, Fundações, Sociedades de Economia Mista e Em-
presas Públicas. 
 
Formas de prestação da atividade administrativa: 
 
a) Centralizada: Atividade prestada pela Administração 
Direta, composta por entes políticos. Ocorre sempre 
que a titularidade e execução do serviço for realizada 
pelo próprio ente federativo sem passar por interposta 
pessoa. 
 
b) Descentralizada: Ao contrário do que ocorre com a 
centralização, entre a pessoa federativa competente 
(União, Estados, Municípios e Distrito Federal) e o ci-
dadão beneficiário da atuação estatal haverá uma 
pessoa interposta, qual seja, a entidade descentraliza-
da. Retira a atividade do núcleo e transfere para outra 
pessoa jurídica, seja da administração indireta ou par-
ticular. As concessionárias, permissionárias, SESC, 
SESI, SENAI e outros, não compõem a administração 
indireta, pois se tratam de particulares, até mesmo se 
enquadrando como paraestatais. Ex: INSS; FUNASA, 
FUNAI, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Pe-
trobrás. 
 
c) Desconcentrada: Divisão de atividades dentro da 
mesma pessoa jurídica, por meio do poder hierárquico. 
Existe hierarquia dentro da pessoa jurídica, diferente 
da descentralização, em que só há fiscalização. Ex: 
Ministros e Ministérios; Secretários e Secretarias; Pro-
curadores e Procuradorias. 
 
Modalidades de Descentralização: 
 
a) Outorga: Transferência de titularidade, que só é possí-
vel através de lei. A doutrina majoritária entende que 
só pode ser transferida à Administração Indireta de Di-
reito Público (autarquias e fundações públicas). 
 
b) Delegação: Transferência apenas da execução da obra 
ou serviço. A Administração detém a titularidade. Pode 
ser feita por lei (para as pessoas jurídicas de direito 
privado) ou por contrato (para os particulares, como 
concessões e permissões de serviço público). Tam-
bém é possível a delegação através de convênios ou 
por ato unilateral (autorização de serviço). 
 
 
 
 
1.2. Natureza, fins e princípios. 
 
A finalidade do Estado resume-se na busca do bem 
comum, da garantia do fornecimento das necessidades 
de toda a coletividade. A Administração Pública passa a 
ser a limitadora das liberdades individuais em prol dos 
interesses coletivos. 
 
Destarte, podemos afirmar que o Estado de Direito es-
tá estruturado nos seguintes princípios: 
 
a) legalidade – que submete os indivíduos e o próprio 
Estado ao império da lei, principalmente, à lei funda-
mental, que é a Constituição definidora da própria es-
trutura do Estado e da esfera de liberdade dos indiví-
duos. 
 
b) garantia dos direitos individuais – arrolados na Carta 
Magna, de modo a não poderem ser suprimidos pelo 
Estado. Relaciona-se à idéia de direito público subjeti-
vo que podem ser exigidos em face do Estado. 
 
c) separação dos poderes – significando o desdobramen-
to do poder estatal, que é “uno, indivisível e indelegá-
vel” em três (3) funções: legislativa, administrativa 
(executiva) e jurisdicional, atribuíveis a órgãos (pode-
res) diferentes (Legislativo, Executivo e Judiciário), in-
dependentes e harmônicos entre si, havendo entre es-
ses poderes relação de colaboração e controle recí-
proco, que integra o mecanismo de “freios e contrape-
sos” e é essencial para manter o Estado subordinado 
ao ordenamento jurídico, pois “o poder freia o poder, 
evitando a tirania”. 
 
Princípios Gerais do Direito Público 
 
O ordenamento jurídico é composto de duas espécies 
de normas: princípios e regras. Princípios são as normas 
basilares de um sistema jurídico, de hierarquia superior às 
regras e determinantes do alcance e sentido destas. Os 
princípios condicionam a interpretação das regras (pre-
ceitos de comportamento). 
 
Vejamos alguns princípios que não estão previstos no 
texto constitucional, mas que são utilizados para solucio-
nar conflitos que a Administração Pública: 
 
a) Autoridade pública – o Estado existe em função dos 
interesses públicos ou coletivos, que tem prevalência 
sobre os interesses privados. Destarte, possui opoder 
de autoridade que se manifesta, basicamente, impon-
do unilateralmente comportamentos e atribuindo direi-
tos aos particulares. 
 
 
 
b) Submissão do Estado à ordem jurídica – significa que 
o Estado apenas pode agir quando autorizado pela lei. 
 
c) Função – o exercício do poder jurídico se traduz em 
verdadeiro dever jurídico (poder-dever) e é finalístico, 
isto é, busca satisfazer o interesse público. 
 
d) Igualdade dos particulares perante o Estado – inscul-
pido no art. 5º, da CF/88. O tratamento desigual entre 
os particulares apenas é possível quando possua cau-
sa justificadora, isto é, na medida de suas desigualda-
des. 
 
e) Devido processo – implica em garantia aos indivíduos 
em relação ao processo legislativo, judicial e, também, 
ao processo administrativo, que devem guardar obser-
vância com as regras constitucionais e infraconstitu-
cionais. 
 
f) Responsabilidade objetiva – A Administração Pública 
será responsável pelos prejuízos que seus agentes 
causarem a terceiros, independente de dolo ou culpa. 
O único caso que a administração pode se eximir de 
responsabilizar será a culpa exclusiva da vítima. Após 
o pagamento da indenização a terceiros, a administra-
ção poderá ingressar com ação regressiva contra o 
servidor, visando receber os valores pagos com a in-
denização. 
 
g) Igualdade das pessoas políticas – sendo o Estado 
Brasileiro federado e não unitário, as funções adminis-
trativas e políticas estão divididas entre as pessoas 
políticas (União, Estados, Municípios e Distrito Fede-
ral), que, sob a ótica jurídica são iguais entre si, encon-
trando suas competências diretamente no texto cons-
titucional. Não há hierarquia entre União e Estados ou 
Estados e Municípios, todos merecem tratamento 
isonômico. 
 
h) Supremacia do interesse público sobre o privado – A 
Constituição Federal garante os direitos de liberdade e 
propriedade aos indivíduos, entretanto, a Administra-
ção Pública cuida dos interesses de toda a sociedade, 
de modo que, nos casos em que houver conflito entre 
particular e Poder Público, os interesses deste último 
sempre prevalecem. Determina privilégios jurídicos e 
um patamar de superioridade do interesse público so-
bre o particular. Em razão desse interesse público, a 
Administração terá posição privilegiada em face dos 
administrados, além de prerrogativas e obrigações que 
não são extensíveis aos particulares. Entretanto, sua 
utilização só será legítima quando aplicada para al-
cance de interesses coletivos, jamais para satisfazer 
interesses ou conveniências pessoais ou de terceiros. 
 
 
 
i) Continuidade do serviço público – Diz respeito ao for-
necimento dos serviços essenciais à população, ou se-
ja, indispensáveis à coletividade. Tais serviços são de 
competência da Administração Pública e suas autar-
quias, concessionárias ou permissionárias, de maneira 
ininterrupta, para que o interesse da coletividade não 
venha a ser prejudicado. É relevante lembrar que há 
limites à greve na Administração Pública, justamente 
devido ao princípio da continuidade. Vejamos alguns 
serviços essenciais: tratamento e abastecimento de 
água; produção e distribuição de energia elétrica, gás e 
combustíveis; assistência médica e hospitalar; distri-
buição e comercialização de medicamentos e alimen-
tos; serviços funerários e transporte coletivo; captação 
e tratamento de esgoto e lixo; telecomunicações e a 
guarda, uso e controle de substâncias radioativas, 
equipamentos e materiais nucleares; processamento 
de dados ligados a serviços essenciais; controle de 
tráfego aéreo e compensação bancária. 
 
j) Indisponibilidade do interesse público – Serve para 
limitar a atuação do agente público, revelando-se um 
contrapeso à superioridade descrita no princípio da 
supremacia, podendo se afirmar que, em nome da su-
premacia do interesse público o Administrador pode mui-
to, pode quase tudo, mas não pode abrir mão do interesse 
público. Os bens, direitos e interesses públicos são 
confiados ao administrador para gestão, nunca para 
sua disposição. 
 
k) Finalidade – Pode ser explicitada como a ideia que a 
lei traz contida em seu texto. É o fator que proporciona 
compreendê-la dentro do seu contexto legal. 
 
l) Isonomia – Significa tratar os iguais de forma igual e 
os desiguais de forma desigual, na medida de suas de-
sigualdades. Todavia, a dificuldade é fixar quais os pa-
râmetros e definir quem são os iguais ou os desiguais 
e, o que é pior ainda, qual é a medida da desigualdade. 
 
m) Contraditório e Ampla Defesa – A Administração Pú-
blica está obrigada a dar ciência da existência de pro-
cesso e de seu conteúdo ao interessado, para garantir 
o seu direito de apresentar sua versão dos fatos e as 
provas que entender cabíveis. A ampla defesa com-
preende o direito de defender-se, independentemente 
de usar ou não o prazo que lhe é concedido, utilizando 
todos os meios de prova possíveis. 
 
n) Razoabilidade – Proíbe a atuação do administrador de 
forma despropositada quando, com a desculpa de 
cumprir a lei, age de forma arbitrária e sem qualquer 
bom-senso. Trata-se do princípio da proibição de ex-
cessos. Desse modo, as decisões que violarem a razo-
abilidade não serão inconvenientes, e sim ilegais e ile-
gítimas, porque ofenderão a finalidade da lei, admitin-
do correção inclusive pelo Poder Judiciário. 
o) Proporcionalidade – Para a maioria dos autores, inclu-
sive Hely Lopes Meirelles e Maria Silvia Zanella di Pie-
tro, este princípio está contido no da razoabilidade. O 
princípio da proporcionalidade exige o equilíbrio entre 
os meios de que se utiliza a Administração e os fins 
que ela tem que alcançar, segundo padrões comuns da 
sociedade em que vive, analisando sempre cada caso 
concreto. 
 
p) Autotutela – Esclarece que a Administração Pública 
pode controlar os seus próprios atos, seja para anulá-
los, quando ilegais, ou revogá-los, quando inconvenien-
tes ou inoportunos, independente de revisão pelo Po-
der Judiciário. 
 
q) Especialidade – Decorre dos princípios da indisponibi-
lidade e da legalidade. Surgiu com base na ideia de 
descentralização administrativa, apesar de a doutrina 
também admitir a sua aplicação pela própria Adminis-
tração Direta. 
 
r) Motivação – Implica para a Administração Pública o 
dever de justificar seus atos, apontando-lhes o funda-
mentos de direito e de fato, assim como a correlação 
lógica entre os eventos e situações que lhes deram 
causa, a providência tomada, a sua compatibilidade 
com a previsão legal e, quando necessário, o juízo de 
valor, as razões de conveniência e oportunidade que 
justificaram a prática desses atos. 
 
 
Princípios administrativos constitucionais 
 
Estabelecidas as noções introdutórias do Direito Ad-
ministrativo, é possível partir para a análise dos princípios 
que embasam o estudo desta disciplina. 
 
Inicialmente, para o reconhecimento do Direito Admi-
nistrativo como disciplina autônoma, esses princípios não 
podem ser escolhidos de forma aleatória e também não 
podem ser considerados de forma isolada; é necessária a 
fixação de um conjunto sistematizado de princípios e 
normas que lhe ofereça identidade, tornando possível 
diferenciá-lo dos demais ramos do direito. 
 
Os princípios escolhidos para compor esse conjunto 
devem ser peculiares aos seus objetivos e devem especi-
almente guardar entre si uma correlação lógica, uma rela-
ção de coerência e unidade, um ponto de coincidência, 
compondo um sistema ou regime: o regime jurídico admi-
nistrativo. 
 
A Constituição Federal de 1988 definiu em seu artigo 
37 os princípios administrativos constitucionais. Tais 
princípios constituem a base das regras administrativas 
no País. 
 
 
Enfatizamos que a existência destes princípios explíci-
tos na lei não afastam em momento algum os princípios 
implícitos, já estudados no capítulo anterior e conhecidos 
como princípios gerais do direito público, haja vista que o 
Direito Administrativo consiste em uma ciência composta 
por normasesparsas, fazendo uso constante da doutrina 
e da jurisprudência. 
 
a) Legalidade: Para a Administração Pública tal princípio 
Indica que os agentes públicos só podem fazer o que a 
lei determina ou o autoriza. É a base do Estado Demo-
crático de Direito e garante que todos os conflitos se-
jam resolvidos pela lei. É agir apenas secundum legis, 
nunca contra legem ou praeter legem. Para os particu-
lares, a legalidade possui um perfil diverso, com uma 
maior incidência de liberdade, que pode ser sintetizada 
nos seguintes termos: as partes poderão fazer tudo o 
que a lei não proíbe. É a autonomia das vontades. En-
tretanto, é possível apontar três restrições excepcio-
nais ao princípio da legalidade: as medidas provisórias, 
o estado de defesa e o estado de sítio. 
 
b) Impessoalidade: A atuação impessoal da Administra-
ção Pública é imperativo que funciona como uma via 
de mão dupla, pois se aplica em relação ao adminis-
trado e aos administrados. Desse modo, a função ad-
ministrativa deve ser uma atividade destinada a satis-
fazer a todos e por isso a Administração Pública não 
poderá atuar discriminando pessoas determinadas de 
forma gratuita, a não ser que esteja presente o interes-
se público. Do mesmo modo a responsabilidade dos 
atos praticados não deve ser imputada ao agente e 
sim à pessoa jurídica. Sob esse prima, se veda a pro-
moção pessoal de autoridades. O princípio deve, por-
tanto, ser analisado sob dois aspectos diferentes: pri-
meiro, quanto ao dever de atendimento ao interesse 
público, tendo o administrador o dever de agir de for-
ma impessoal, abstrata, genérica, protegendo sempre 
a coletividade; segundo, que a atividade administrativa 
exercida por um agente público seja imputada ao ór-
gão ou entidade e não ao próprio agente. 
 
c) Moralidade: Consiste no conjunto de regras de condu-
ta retirada da disciplina interna da Administração. As-
sim, não basta que o agente público afirme que prati-
cou o ato de acordo com a permissão da lei. É preciso 
indagar se o ato praticado é também honesto e obede-
ce aos demais preceitos éticos. O princípio da morali-
dade administrativa não se confunde com a moralida-
de comum, pois enquanto esta última preocupa-se 
com a distinção entre o bem e o mal, a primeira é 
composta não só por correção de atitudes, mas tam-
bém pelas regras da boa administração. 
 
 
d) Publicidade: Traz a ideia de transparência ou visibili-
dade de toda a atuação administrativa, permitindo o 
controle dos atos praticados. Possui exceções, haja 
vista a necessidade de segurança público e respeito à 
intimidade das pessoas. A publicidade também repre-
senta condição de eficácia para os atos administrati-
vos, marcando o início da produção de seus efeitos ex-
ternos, já que ninguém está obrigado a cumprir um ato 
administrativo se desconhece a sua existência. 
 
e) Eficiência: Inserido pela Emenda Constitucional nº 
19/98, visa aperfeiçoar os serviços e as atividades 
prestadas, buscando otimizar os resultados e atender 
o interesse público com maiores índices de rapidez 
(ausência de burocracia e presença de celeridade e di-
nâmica), perfeição (serviço satisfatório e completo) e 
rendimento (mais economicidade e produtividade). 
 
 
01.(2015/CESPE - TCE-RN - Assessor Técnico Jurídico – 
Cargo 2) A cerca dos consórcios públicos e da admi-
nistração pública em sentido subjetivo, julgue o item a 
seguir. 
 As pessoas físicas que espontaneamente assumem 
funções públicas em situações de calamidade são 
consideradas particulares em colaboração com o po-
der público e integram a administração pública em 
sentido subjetivo. 
 C  E 
 
02.(2015/CESPE - MPOG - Analista Técnico Administrati-
vo - Cargo 13) A respeito das noções de Estado, go-
verno e administração pública, julgue o item a seguir. 
 Administração pública, em sentido amplo, abrange o 
exercício da função política e da função administrativa, 
estando ambas as atividades subordinadas à lei. 
 C  E 
 
03.(2014/CESPE - SUFRAMA - Nível Superior) Acerca do 
direito administrativo, julgue o item a seguir. 
 Do ponto de vista objetivo, a expressão administração 
pública se confunde com a própria atividade adminis-
trativa exercida pelo Estado. 
 C  E 
 
04.(2014/CESPE - MDIC - Analista Técnico – Administra-
tivo) Julgue os itens seguintes, relativos à administra-
ção pública e aos atos administrativos. 
 O exercício das funções administrativas pelo Estado 
deve adotar, unicamente, o regime de direito público, 
em razão da indisponibilidade do interesse público. 
 C  E 
 
 
 
 
 
05.(2013/CESPE - MC - Todos os Cargos) Com relação a 
Estado, governo e administração pública, julgue o item 
a seguir. 
 A administração pública, sob o ângulo subjetivo, não 
deve ser confundida com nenhum dos poderes estru-
turais do Estado, sobretudo o Poder Executivo. 
 C  E 
 
06.(2013/CESPE - ANS - Especialista em Regulação de 
Saúde Suplementar) Julgue o item a seguir, relativo ao 
Estado e aos princípios administrativos. 
 A cada um dos poderes de Estado é atribuída determi-
nada função, a qual é exercida com exclusividade pe-
los poderes. 
 C  E 
 
07.(2012/CESPE - TJ-RR - Analista – Processual) A res-
peito do conceito e dos princípios da administração 
pública, julgue os próximos itens. 
 Segundo a doutrina, no aspecto formal, a administra-
ção pública é compreendida como a manifestação do 
poder público mediante a prática de atos jurídico-
administrativos dotados da propriedade de autoexecu-
toriedade. 
 C  E 
 
08.(2011/CESPE - Correios - Analista de Correios – Advo-
gado) A respeito do conceito e dos direitos e deveres 
dos agentes administrativos, julgue os itens seguintes. 
 Em sentido subjetivo, a administração pública com-
preende o conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas 
ao qual a lei confere o exercício da função administra-
tiva do Estado. 
 C  E 
 
09.(2011/CESPE - TJ-ES - Analista Judiciário – Adminis-
tração) Tendo em vista o fato de que as democracias 
modernas se fundamentam, em geral, na existência de 
três poderes e na ideia de que haja equilíbrio entre 
eles, julgue o item. 
 A administração pública é o conjunto das funções 
necessárias à oferta de serviços públicos em geral; por 
isso, o funcionário público detém o que se conhece 
como poder discricionário, que é a liberdade de agir 
para resolver problemas que não estejam explícitos na 
lei, mas se apresentam no cotidiano dos serviços pú-
blicos. 
 C  E 
 
10.(2010/CESPE - INSS - Engenheiro Elétrico) Com rela-
ção ao direito administrativo, julgue os itens a seguir: 
 O governo é atividade política e discricionária e tem 
conduta independente, enquanto a administração é 
atividade neutra, normalmente vinculada à lei ou à 
norma técnica e exercida mediante conduta hierarqui-
zada. 
 C  E 
11.(2015/CESPE - FUB - Assistente em Administração) A 
administração pública é regida por princípios funda-
mentais que atingem todos os entes da Federação: 
União, estados, municípios e o Distrito Federal. Com 
relação a esse assunto, julgue o item subsecutivo. 
 A pretexto de atuar eficientemente, é possível que a 
administração pratique atos não previstos na legisla-
ção. 
 C  E 
 
12.(2015/CESPE - FUB - Assistente em Administração) A 
administração pública é regida por princípios funda-
mentais que atingem todos os entes da Federação: 
União, estados, municípios e o Distrito Federal. Com 
relação a esse assunto, julgue o item subsecutivo. 
 Apesar de o princípio da moralidade exigir que os atos 
da administração pública sejam de ampla divulgação, 
veda-se a publicidade de atos que violem a vida priva-
da do cidadão. 
 C  E 
 
13.(2015/CESPE - TRE-GO - Técnico Judiciário – Área 
Administrativa) No que se refere ao regime jurídico-
administrativo brasileiro e aos princípios regentes da 
administração pública, julgue o próximo item. 
 O regime jurídico-administrativo brasileiro está funda-
mentado em dois princípios dos quaistodos os de-
mais decorrem, a saber: o princípio da supremacia do 
interesse público sobre o privado e o princípio da in-
disponibilidade do interesse público. 
 C  E 
 
14.(2014/CESPE - TC-DF - Analista de Administração 
Pública – Organizações) Acerca do regime jurídico 
administrativo, julgue o próximo item. 
 O princípio da supremacia do interesse público sobre o 
interesse privado é um dos pilares do regime jurídico 
administrativo e autoriza a administração pública a 
impor, mesmo sem previsão no ordenamento jurídico, 
restrições aos direitos dos particulares em caso de 
conflito com os interesses de toda a coletividade. 
 C  E 
 
15.(2014/CESPE - Câmara dos Deputados – Analista Le-
gislativo) A respeito do regime jurídico administrativo, 
julgue o item a seguir. 
 O princípio da indisponibilidade do interesse público 
não impede a administração pública de realizar acor-
dos e transações. 
 C  E 
 
16.(2014/CESPE - Câmara dos Deputados – Analista Le-
gislativo) A respeito do regime jurídico administrativo, 
julgue o item a seguir. 
 
 
 
 O regime jurídico administrativo é instituído sobre o 
alicerce do princípio da legalidade restrita, o que impe-
de a aplicação, no âmbito da administração pública, de 
princípios implícitos, não expressamente previstos na 
legislação. 
 C  E 
 
17.(2014/CESPE - MTE – Contador) Julgue os itens a 
seguir acerca da responsabilidade civil do Estado e do 
Regime Jurídico Administrativo. 
 A supremacia do interesse público sobre o privado e a 
indisponibilidade, pela administração, dos interesses 
públicos, integram o conteúdo do regime jurídico-admi-
nistrativo. 
 C  E 
 
18.(2014/CESPE - SUFRAMA - Nível Superior) A respeito 
do direito administrativo, julgue o item subsecutivo. 
 A impossibilidade da alienação de direitos relaciona-
dos aos interesses públicos reflete o princípio da in-
disponibilidade do interesse público, que possibilita 
apenas que a administração, em determinados casos, 
transfira aos particulares o exercício da atividade rela-
tiva a esses direitos. 
 C  E 
 
19.(2013/CESPE - MJ - Analista Técnico – Administrati-
vo) Com referência aos princípios do direito adminis-
trativo e aos poderes da administração, julgue os pró-
ximos itens. 
 As restrições impostas à atividade administrativa que 
decorrem do fato de ser a administração pública mera 
gestora de bens e de interesses públicos derivam do 
princípio da indisponibilidade do interesse público, que 
é um dos pilares do regime jurídico-administrativo. 
 C  E 
 
20.(2013/CESPE - MC - Todos os Cargos) A respeito dos 
princípios básicos da administração e dos poderes da 
administração, julgue o item subsequente. 
 Nos casos de desapropriação e do exercício do poder 
de polícia do Estado, constata-se nitidamente a aplica-
ção do princípio da supremacia do interesse público 
sobre o privado. 
 C  E 
 
21.(2015/CESPE - Telebrás) Julgue o próximo item acerca 
dos princípios administrativos e da responsabilidade 
dos agentes públicos. 
 A teoria do órgão, segundo a qual os atos e provimen-
tos administrativos praticados por determinado agente 
são imputados ao órgão por ele integrado, é reflexo 
importante do princípio da impessoalidade. 
 C  E 
 
22.(2015/CESPE - STJ - Técnico Judiciário – Administra-
tiva) Julgue o item que se segue à luz dos princípios 
do direito administrativo. 
 Em um Estado democrático de direito, deve-se assegu-
rar o acesso amplo às informações do Estado, exigin-
do-se, com amparo no princípio da publicidade, absolu-
ta transparência, sem espaço para excepcionalidades 
no âmbito interno. 
 C  E 
 
23.(2015/CESPE - STJ - Técnico Judiciário – Administra-
tiva) Julgue o seguinte item, referente a licitações, 
pregão e sistema de registro de preços. 
 A impessoalidade é princípio que norteia a administra-
ção e está intimamente afeta às licitações públicas. 
 C  E 
 
24.(2015/CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Ex-
terno - Conhecimentos Gerais) No que se refere a ato 
administrativo, agente público e princípios da adminis-
tração pública, julgue o próximo item. 
 O princípio da eficiência, considerado um dos princí-
pios inerentes à administração pública, não consta ex-
pressamente na CF. 
 C  E 
 
25.(2015/CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Ex-
terno - Conhecimentos Gerais) No que se refere a ato 
administrativo, agente público e princípios da adminis-
tração pública, julgue o próximo item. 
 De acordo com entendimento dominante, é legítima a 
publicação em sítio eletrônico da administração públi-
ca dos nomes de seus servidores e do valor dos ven-
cimentos e das vantagens pecuniárias a que eles fa-
zem jus. 
 C  E 
 
26.(2015/CESPE - FUB – Administrador) Julgue o item 
subsecutivo, de acordo com os princípios que com-
põem o direito administrativo brasileiro. 
 Os atos administrativos se aperfeiçoam pela publici-
dade, sendo possível, em alguns casos, que sejam pra-
ticados sob sigilo. 
 C  E 
 
27.(2015/CESPE - TCU - Técnico Federal de Controle Ex-
terno - Conhecimentos Básicos) No que se refere aos 
princípios e conceitos da administração pública e aos 
servidores públicos, julgue o próximo item. 
 Ofenderá o princípio da impessoalidade a atuação 
administrativa que contrariar, além da lei, a moral, os 
bons costumes, a honestidade ou os deveres de boa 
administração. 
 C  E 
 
 
 
28.(2015/CESPE - TCU - Técnico Federal de Controle Ex-
terno - Conhecimentos Básicos) No que se refere aos 
princípios e conceitos da administração pública e aos 
servidores públicos, julgue o próximo item. 
 Se for imprescindível à segurança da sociedade e do 
Estado, será permitido o sigilo dos atos administrati-
vos. 
 C  E 
 
29.(2015/CESPE - FUB – Administrador) Julgue o item 
subsecutivo, de acordo com os princípios que com-
põem o direito administrativo brasileiro. 
 A ação administrativa tendente a beneficiar ou a pre-
judicar determinada pessoa viola o princípio da iso-
nomia. 
 C  E 
 
30.(2015/CESPE - FUB – Administrador) Julgue o item 
subsecutivo, de acordo com os princípios que com-
põem o direito administrativo brasileiro. 
 O agente público só poderá agir quando houver lei que 
autorize a prática de determinado ato. 
 C  E 
 
31.Com relação ao direito administrativo e à administra-
ção pública, assinale a opção correta. 
A) A administração pública em sentido estrito abrange 
os órgãos governamentais, encarregados de traçar 
políticas públicas, bem como os órgãos administra-
tivos, aos quais cabe executar os planos governa-
mentais. 
B) As atividades de polícia administrativa, de presta-
ção de serviço público e de fomento são próprias da 
administração pública em sentido objetivo. 
C) Consoante o critério do Poder Executivo, o direito 
administrativo pode ser conceituado como o con-
junto de normas que regem as relações entre a ad-
ministração pública e os administrados. 
D) As principais fontes do direito administrativo brasi-
leiro, que não foi codificado, são o costume e a ju-
risprudência. 
E) A administração pública em sentido subjetivo não 
se faz presente nos Poder. 
 
32.Ao realizar uma obra pública a Administração Pública 
está obrigada a transparecer todos os dados da obra, 
tais como dados do contrato, dos valores e do gestor 
público responsável, sob pena de desrespeito ao prin-
cipio da: 
A) Moralidade. 
B) Supremacia do interesse público sobre o privado. 
C) Autotutela. 
D) Publicidade. 
E) Confiança. 
 
33.Considerando os princípios constitucionais que regem 
a administração pública, assinale a opção correta. 
A) Em decorrência do princípio da legalidade, a admi-
nistração pública pode adotar qualquer conduta que 
não seja vedada por lei, usufruindo de um sistema 
de controle de discricionariedade menos rigoroso 
que o controle exercido pela lei sobre os adminis-
trados. 
B) É proibida a ocupação de quaisquer cargos públicos 
sem a préviaaprovação de concurso público, em 
decorrência dos princípios da impessoalidade, da 
legalidade e da igualdade. 
C) Dado o princípio da publicidade, que garante à soci-
edade o conhecimento dos atos praticados pela 
administração, ressalvados os casos legais de sigi-
lo, exige-se a publicação dos atos administrativos 
no Diário Oficial, o que garante seu efetivo conhe-
cimento por todos os interessados. 
D) A vedação ao nepotismo no serviço público resulta, 
entre outros fundamentos, da aplicação do princípio 
da eficiência, do qual decorre a exigência de qualifi-
cação para o exercício das funções públicas. 
E) O princípio da moralidade impõe ao servidor público 
uma moral jurídica, entendida como o conjunto de 
regras de conduta advindas da disciplina interior da 
administração pública. 
 
34.Entidade administrativa, com personalidade jurídica de 
direito público, destinada a supervisionar e fiscalizar o 
ensino superior, criada mediante lei específica, 
A) é regida, predominantemente, pelo regime jurídico 
de direito privado. 
B) integra a administração direta. 
C) possui autonomia e é titular de direitos e obriga-
ções próprios. 
D) tem natureza de empresa pública. 
E) é exemplo de entidade resultante da desconcentra-
ção administrativa. 
 
35. Determinada autoridade administrativa deixou de anu-
lar ato administrativo ilegal, do qual decorriam efeitos 
favoráveis para seu destinatário, em razão de ter de-
corrido mais de cinco anos desde a prática do ato, pra-
ticado de boa-fé. 
 
 Nessa situação hipotética, a atuação da autoridade 
administrativa está fundada no princípio administrati-
vo da 
A) tutela. 
B) moralidade. 
C) segurança jurídica. 
D) legalidade. 
E) especialidade. 
 
 
 
 
 
36.O regime jurídico-administrativo caracteriza-se 
A) pelas prerrogativas e sujeições a que se submete a 
administração pública. 
B) pela prevalência da autonomia da vontade do indi-
víduo. 
C) por princípios da teoria geral do direito. 
D) pela relação de horizontalidade entre o Estado e os 
administrados. 
E) pela aplicação preponderante de normas do direito 
privado. 
 
37.O princípio da supremacia do interesse público 
A) é hierarquicamente superior aos demais princípios, 
impondo-se sempre que houver conflito entre o inte-
resse público e o interesse particular. 
B) foi substituído pelo princípio da indisponibilidade 
dos bens públicos, posto que as decisões que vi-
sam ao atendimento do interesse público não coli-
dem mais, na atualidade, com os interesses priva-
dos. 
C) depende de interpretação do conteúdo no caso 
concreto, não se aplicando apriorística ou isolada-
mente, sem considerar os demais princípios e as 
demais normas que se apliquem aos diversos inte-
resses contrapostos, públicos e privados. 
D) é aplicado quando inexiste disposição legal para 
orientar determinada atuação, posto que, em ha-
vendo, é típico caso de incidência do princípio da 
legalidade. 
E) depende essencialmente do princípio da legalidade, 
uma vez que, para sua integral aplicação e validade, 
é necessário que exista norma legal expressa nesse 
sentido. 
 
38.A lisura no trato das coisas do Estado, com o escopo 
de inibir que a Administração se conduza perante o 
administrado com astúcia ou malícia, buscando alcan-
çar finalidades diversas do bem comum, ainda que sob 
a égide de autorização legislativa, é conceito que se 
refere ao princípio constitucional da 
A) moralidade. 
B) eficiência. 
C) legalidade. 
D) impessoalidade. 
E) publicidade. 
 
39.São princípios constitucionais expressos voltados à 
administração pública direta e indireta: 
A) celeridade e transparência. 
B) isonomia e pessoalidade. 
C) legalidade e imparcialidade. 
D) moralidade e proporcionalidade. 
E) legalidade e eficiência. 
 
 
40.A proibição de práticas de nepotismo poderá ser relati-
vizada, tendo em vista o interesse público, o costume 
local ou a premente necessidade da administração de 
justiça. 
 C  E 
 
41.A administração possui posição de superioridade em 
relação aos administrativos, além de possuir prerroga-
tivas e obrigações que não são extensíveis aos parti-
culares. Além disso, os assuntos públicos possuem 
preferência em relação aos particulares. Essas carac-
terísticas da administração pública decorrem do prin-
cípio da 
A) proporcionalidade, previsto expressamente na legis-
lação ordinária. 
B) presunção de legitimidade, previsto implicitamente 
na Constituição Federal e na legislação ordinária. 
C) supremacia do interesse público, previsto implici-
tamente na Constituição Federal e expressamente 
na legislação ordinária. 
D) legalidade, previsto expressamente na Constituição 
Federal e na legislação ordinária. 
E) segurança jurídica, previsto expressamente na 
Constituição Federal. 
 
42.Considere a seguinte situação hipotética: Dimas, ex-
prefeito de um Município do Amapá, foi condenado pe-
lo Tribunal de Justiça do Estado, tendo em vista que 
adotou na comunicação institucional da Prefeitura lo-
gotipo idêntico ao de sua campanha eleitoral. O Tribu-
nal considerou tal fato ofensivo a um dos princípios 
básicos que regem a atuação administrativa. Trata-se 
especificamente do princípio da 
A) moralidade. 
B) publicidade. 
C) eficiência. 
D) impessoalidade. 
E) motivação. 
 
43.O Supremo Tribunal Federal, em importante julgamen-
to, negou pedido formulado por servidor público em 
ação por ele ajuizada perante a Corte Suprema. O 
mencionado servidor sustentou, na demanda, a inexis-
tência de nepotismo. No entanto, exercia função co-
missionada em Tribunal ao qual seu irmão era vincula-
do como juiz. Assim, a Corte Suprema negou o pedido, 
reconheceu a configuração do nepotismo e, por con-
sequência, a violação a um dos princípios básicos da 
Administração pública. Trata-se especificamente do 
princípio da 
A) motivação. 
B) impessoalidade. 
C) publicidade. 
D) proporcionalidade. 
E) supremacia do interesse privado. 
 
 
 
44.A respeito dos princípios da administração pública, 
assinale a opção correta. 
A) Decorre do princípio da hierarquia uma série de 
prerrogativas para a administração, aplicando-se 
esse princípio, inclusive, às funções legislativa e ju-
dicial. 
B) Decorre do princípio da continuidade do serviço pú-
blico a possibilidade de preencher, mediante institu-
tos como a delegação e a substituição, as funções 
públicas temporariamente vagas. 
C) O princípio do controle ou tutela autoriza a adminis-
tração a realizar controle dos seus atos, podendo 
anular os ilegais e revogar os inconvenientes ou 
inoportunos, independentemente de decisão do Po-
der Judiciário. 
D) Dado o princípio da autotutela, a administração 
exerce controle sobre pessoa jurídica por ela institu-
ída, com o objetivo de garantir a observância de su-
as finalidades institucionais. 
E) Em decorrência do princípio da publicidade, a admi-
nistração pública deve indicar os fundamentos de 
fato e de direito de suas decisões. 
 
45.Assinale a opção correta a respeito dos princípios da 
administração pública. 
A) Em decorrência do princípio da hierarquia, nega-se o 
direito de greve e de livre associação sindical para 
funcionários do Poder Judiciário. 
B) Em decorrência do princípio da legalidade, é permi-
tido ao agente público praticar atos administrativos 
que não sejam expressamente proibidos pela lei. 
C) A observância dos princípios da eficiência e da lega-
lidade é obrigatória apenas à administração pública 
direta. 
D) A proibição de nomear parentes para ocupar cargos 
comissionados na administração pública é expres-
são da aplicação do princípio da moralidade. 
E) O princípio da publicidade não está expressamente 
previsto na CF. 
 
46.Os princípios balizadores das atividades da Adminis-
tração pública ganharam importância e destaque nas 
diversas esferas de atuação, tal como o princípio da 
eficiência, que 
A) permite que um ente federado execute competência 
constitucional de outro ente federado quando este 
se omitir e essa omissão estiver causando prejuízos 
aos destinatáriosda atuação. 
B) autoriza que a Administração pública interprete o 
ordenamento jurídico de modo a não cumprir dispo-
sição legal expressa, sempre que ficar demonstrado 
que essa não é a melhor solução para o caso con-
creto. 
 
 
C) deve estar presente na atuação da Administração 
pública para atingimento dos melhores resultados, 
cuidando para que seja com os menores custos, 
mas sem descuidar do princípio da legalidade, que 
não pode ser descumprido. 
D) ubstituiu o princípio da supremacia do interesse 
público que antes balizava toda a atuação da Admi-
nistração pública, passando a determinar que seja 
adotada a opção que signifique o atingimento do 
melhor resultado para o interesse público. 
E) não possui aplicação prática, mas apenas interpre-
tativa, tendo em vista que a Administração pública 
está primeiramente adstrita ao princípio da supre-
macia do interesse público e depois ao princípio da 
legalidade. 
 
47.As atividades materiais prestadas aos administrados 
que sejam predicadas como serviços públicos estão 
sujeitas a regime jurídico com características próprias, 
dentre elas, a previsão de princípios específicos, como 
o princípio da 
A) continuidade dos serviços públicos, que permite su-
cessivas prorrogações de contratações, sem sub-
missão a nova licitação, sempre que o serviço esti-
ver sendo prestado adequadamente. 
B) igualdade dos usuários, que impede cobrança de va-
lores diferenciados de tarifas, independentemente 
das distinções de situação jurídica dos usuários. 
C) mutabilidade do serviço público, que permite altera-
ção do serviço público prestado, para que o contra-
tado execute o serviço cuja natureza melhor atenda 
às necessidades dos administrados. 
D) continuidade dos serviços públicos, que permite 
que o Poder Público assuma a prestação dos servi-
ços sempre que o contratado não estiver executan-
do de forma adequada o contrato e isso estiver pre-
judicando a qualidade do serviço disponibilizado 
aos usuários. 
E) imutabilidade do regime jurídico dos serviços públi-
cos, que impede que sejam promovidas alterações 
na forma de prestação dos serviços, garantindo aos 
usuários que esses receberão os benefícios na for-
ma em que foram contratados inicialmente. 
 
CESPE – INSS – 2016 
 
Julgue os itens que se seguem, acerca da administração 
pública. 
 
48.Na análise da moralidade administrativa, pressuposto 
de validade de todo ato da administração pública, é 
imprescindível avaliar a intenção do agente. 
 C  E 
 
 
 
 
49.No cômputo do limite remuneratório (chamado de teto 
constitucional), devem ser consideradas todas as par-
celas percebidas pelo agente público, incluídas as de 
caráter indenizatório. 
 C  E 
 
50.Em decorrência do princípio da impessoalidade, as 
realizações administrativo-governamentais são impu-
tadas ao ente público e não ao agente político. 
 C  E 
 
CESPE – TJ CE – 2015 
 
51.No que se refere à administração direta e à indireta, à 
centralizada e à descentralizada, assinale a opção cor-
reta. 
A) As empresas públicas e as sociedades de economia 
mista são integrantes da administração indireta, in-
dependentemente de prestarem serviço público ou 
de exercerem atividade econômica de natureza em-
presarial. 
B) Toda pessoa integrante da administração indireta 
está vinculada a determinado órgão da administra-
ção direta, fato que decorre do princípio da especifi-
cidade. 
C) Em virtude do princípio da separação dos poderes, a 
administração pública direta é exercida exclusiva-
mente pelo Poder Executivo, o qual é incumbido da 
atividade administrativa em geral. 
D) A criação de empresa pública e de sociedade de 
economia mista depende de autorização legislativa, 
porém, o mesmo não ocorre às suas subsidiárias. 
E) Trata-se de administração indireta quando o Estado, 
a fim de obter maior celeridade e eficiência, exerce 
algumas de suas atividades de forma desconcen-
trada. 
 
52.Os princípios constitucionais da administração pública 
se limitam à esfera do Poder Executivo, já que o Poder 
Judiciário e o Poder Legislativo não exercem função 
administrativa. 
 C  E 
 
53.Dentre os princípios de observância obrigatória pela 
administração pública, expressamente previstos na 
Constituição Federal, está o da 
A) proporcionalidade. 
B) autotutela. 
C) eficiência. 
D) razoabilidade. 
E) hierarquia. 
 
54.É INCORRETO afirmar que o princípio da moralidade 
administrativa 
A) considera, também, o conteúdo ético do trabalho 
administrativo, com base na indisponibilidade do in-
teresse maior da sociedade. 
B) é denunciado pela coerente adequação de meios e 
fins. 
C) significa, também, não se desviar da finalidade 
constante da lei (interesse público). 
D) determina que o ato administrativo deve ser atribuí-
do à entidade ou ao órgão que o titula, não ao agen-
te que o pratica. 
E) não diz respeito à moral comum, mas à moral jurídi-
ca e tem primazia sobre os outros princípios consti-
tucionalmente formulados. 
 
55.O princípio da moralidade administrativa diz respeito 
A) à moral paralela, que, embora ilegítima, deve ser 
acatada, porque é lícita. 
B) ao próprio princípio da legalidade e se identifica 
com a moral aceita pelo homo medius. 
C) à economia interna da Administração, excluída sua 
apreciação pelo Poder Judiciário. 
D) à desonestidade e, portanto, se subordina ao inte-
resse público ou finalidade do ato. 
E) ao conjunto de regras de conduta tiradas da disci-
plina interior da Administração 
 
56.Em relação aos princípios básicos da Administração 
Pública, é INCORRETO afirmar que o da 
A) razoabilidade significa que a Administração deve 
agir com bom senso e de modo proporcional. 
B) especialidade aplica-se mais às autarquias, de mo-
do que estas, de regra, não podem ter outras fun-
ções diversas daquelas para as quais foram cria-
das. 
C) indisponibilidade consiste no poder da Administra-
ção de revogar ou anular seus atos irregulares, ino-
portunos ou ilegais. 
D) impessoalidade significa que a Administração deve 
servir a todos, sem preferências ou aversões pesso-
ais ou partidárias. 
E) hierarquia refere-se ao fato de que os órgãos e 
agentes de nível superior podem rever, delegar ou 
avocar atos e atribuições. 
 
57.É uma decorrência possível do princípio da impessoa-
lidade aplicado à Administração Pública 
A) serem os atos praticados pelos agentes públicos 
imputados à entidade da Administração em nome 
da qual eles agem. 
B) ser vedado à autoridade que pratica um ato admi-
nistrativo identificar-se pessoalmente. 
C) não serem os agentes públicos pessoalmente res-
ponsáveis pelos atos que praticam em nome da 
Administração. 
 
 
D) não poder a Administração praticar atos que gerem 
consequências para pessoas nominalmente identi-
ficadas. 
E) não possuir a Administração responsabilidade civil 
pelos atos praticados por seus agentes, nas hipóte-
ses em que estejam exercendo competência priva-
tiva. 
 
58.No que tange ao princípio da legalidade, a Administra-
ção Pública 
A) é limitada em face dos direitos subjetivos, vinculan-
do-se à lei como medida de exercício do poder. 
B) deverá, desde que presente o interesse coletivo, 
atuar praeter legem. 
C) poderá, desde que presente o interesse público, 
atuar contra legem. 
D) fica restrita à fiscalização e ao controle jurisdicional 
de sua atuação. 
E) deverá revogar os atos ilegais que praticar, desde 
que o particular seja indenizado. 
 
59.O Prefeito Municipal passou a exibir nas placas de 
todas as obras públicas a indicação "GOVERNO TOTO-
NHO FILHO". Assim agindo, o governante ofendeu o 
princípio da administração pública conhecido como 
A) moralidade. 
B) impessoalidade. 
C) autotutela. 
D) razoabilidade. 
E) publicidade. 
 
60.É expressão do princípio da legalidade, relativamente à 
atuação da Administração Pública, a 
A) obrigação de o Administrador praticar apenas os 
atos que a lei expressamente determinar. 
B) vinculação do Administrador aos textos normativos 
infralegais, oriundosde autoridades superiores. 
C) possibilidade de o Administrador praticar quaisquer 
atos que não sejam expressamente vedados pela 
lei. 
D) necessidade de os atos administrativos com força 
de lei estarem em conformidade com as disposi-
ções constitucionais. 
E) permissão para a prática de atos administrativos 
que sejam expressamente autorizados pela lei, ain-
da que mediante simples atribuição de competên-
cia. 
 
61.Como possível corolário do princípio da impessoalida-
de, pode-se afirmar que 
A) é vedado à autoridade administrativa identificar-se 
pessoalmente na prática de qualquer ato. 
B) a nomeação e o provimento em cargo em comissão 
não poderão levar em consideração as característi-
cas pessoais do nomeado. 
C) deverá a Administração Pública evitar tratar desi-
gualmente os administrados, na medida do possí-
vel, em razão de circunstâncias pessoais de cada 
um deles. 
D) a Administração Pública não poderá identificar-se 
como tal na divulgação de obras e serviços públi-
cos. 
E) fica vedada a publicidade dos atos praticados pela 
Administração Pública. 
 
62.As afirmações abaixo estão relacionadas à obrigatori-
edade de obediência dos princípios constitucionais pe-
la administração pública. 
I. Os princípios devem ser obedecidos pela adminis-
tração de quaisquer Poderes. 
II. A obrigatoriedade de obediência destina-se à admi-
nistração direta, não alcançando as empresas pú-
blicas. 
III. Todas as entidades estatais (União, Estados, Distri-
to Federal e Municípios) devem obediência àqueles 
princípios. 
 
 Está correto APENAS o que se afirma em 
A) II e III . 
B) I e III . 
C) I e II . 
D) II . 
E) I . 
 
63.Considere as afirmações relativas ao regime jurídico. 
I. A administração pública pode submeter-se a regime 
jurídico de direito público ou a regime jurídico de di-
reito privado. 
II. A administração pública submete-se ao regime jurí-
dico de direito privado nas suas relações com os 
particulares. 
III. Cabe à administração a prerrogativa de escolha en-
tre o regime de direito público ou o de direito priva-
do, valendo-se da discricionariedade. 
 
 Está correto APENAS o que se afirma em 
A) I . 
B) II . 
C) III . 
D) I e II . 
E) I e III . 
 
64.Considere o que segue: 
I. A imposição ao administrador público de uma ação 
planejada e transparente, com o fito de prevenir ris-
cos e corrigir desvios suscetíveis de afetar o equilí-
brio das contas públicas. 
II. Os atos praticados pela Administração Pública de-
vem ser abstratamente genéricos e isonômicos, 
sem consagrar privilégios ou situações restritivas 
injustificadas. 
 
 
III. A autolimitação do Estado em face dos direitos sub-
jetivos e a vinculação de toda atividade administra-
tiva à lei, como medida de exercício do poder. 
 
Tais disposições dizem respeito, respectivamente, aos 
princípios da 
A) publicidade, legalidade e moralidade. 
B) eficiência, impessoalidade e legalidade. 
C) impessoalidade, publicidade e legalidade. 
D) legalidade, eficiência e impessoalidade. 
E) moralidade, impessoalidade e eficiência. 
 
65.O Prefeito Municipal passou a exibir nas placas de 
todas as obras públicas a indicação "GOVERNO TOTO-
NHO FILHO". Assim agindo, o governante ofendeu o 
princípio da administração pública conhecido como 
A) moralidade. 
B) impessoalidade. 
C) autotutela. 
D) razoabilidade. 
E) publicidade. 
 
66.É uma decorrência possível do princípio da impessoa-
lidade aplicado à Administração Pública 
A) serem os atos praticados pelos agentes públicos 
imputados à entidade da Administração em nome 
da qual eles agem. 
B) ser vedado à autoridade que pratica um ato admi-
nistrativo identificar-se pessoalmente. 
C) não serem os agentes públicos pessoalmente res-
ponsáveis pelos atos que praticam em nome da 
Administração. 
D) não poder a Administração praticar atos que gerem 
consequências para pessoas nominalmente identi-
ficadas. 
E) não possuir a Administração responsabilidade civil 
pelos atos praticados por seus agentes, nas hipóte-
ses em que estejam exercendo competência priva-
tiva. 
 
67.A motivação dos atos administrativos é apontada pela 
doutrina como elemento fundamental para o controle 
de sua legalidade. A Constituição Federal, por sua vez, 
previu expressamente a motivação 
A) entre os princípios arrolados para toda a Adminis-
tração Pública. 
B) entre os princípios arrolados para toda a Adminis-
tração Pública Direta, não se referindo à Indireta. 
C) entre os princípios arrolados para toda a Adminis-
tração Pública Indireta, não se referindo à Direta. 
D) como necessária em todas as decisões administra-
tivas dos Tribunais. 
E) como necessária em todas as decisões políticas do 
Congresso Nacional. 
 
68.Pode-se afirmar que uma empresa contratada pela 
Administração Pública para executar uma obra não 
pode, de regra, interromper sua execução e alegar falta 
de pagamento. Têm-se aí o princípio da 
A) razoabilidade. 
B) finalidade. 
C) autotutela. 
D) continuidade. 
E) impessoalidade. 
 
69.A expressão Administração Pública em sentido objeti-
vo, material ou funcional, designa a natureza da ativi-
dade exercida pelas pessoas jurídicas, órgãos e agen-
tes públicos. Nesse sentido, a Administração Pública é 
a própria função administrativa. Portanto, é INCOR-
RETO afirmar que 
A) está a referida função administrativa sob regime 
prevalente de direito público, porque o ente público 
também pratica atos de direito privado, quando a 
isso esteja autorizado por lei. 
B) está presente a possibilidade de Legislativo e Judi-
ciário também praticarem função administrativa 
atipicamente, bem como outras pessoas jurídicas, a 
exemplo das concessionários de serviço público. 
C) está contida nessa função administrativa a possibi-
lidade da edição de atos gerais, tais como os decre-
tos regulamentadores, como também e principal-
mente, de atos individuais. 
D) os atos praticados pela Administração Pública 
comportam revisão pelo Judiciário e pelo Legislati-
vo que, em suas funções típicas, poderão sempre 
revogá-los com efeitos ex nunc ou ex tunc, respecti-
vamente. 
E) é ela exercida por meio de atos e comportamentos 
controláveis internamente e externamente pelo Le-
gislativo, contando-se com o auxílio dos Tribunais 
de Contas. 
 
70.Uma das possíveis aplicações do princípio da impes-
soalidade é 
A) considerar que o servidor age em nome da Adminis-
tração, de modo que a Administração se responsa-
biliza pelos atos do servidor, e este não possui res-
ponsabilidade. 
B) proibir que constem, na publicidade das obras e 
serviços públicos, nomes, símbolos ou imagens que 
caracterizem promoção pessoal de autoridades. 
C) impedir que servidores públicos se identifiquem 
pessoalmente como autores dos atos administrati-
vos que praticam. 
D) impedir que determinadas pessoas recebam trata-
mento favorecido em concursos públicos, em razão 
de deficiência física. 
E) considerar inconstitucionais os critérios de títulos 
em concursos para provimento de cargos públicos. 
 
 
 
71.A publicidade de atos, programas, obras e serviços dos 
órgãos públicos deverá 
A) ter caráter educativo, informativo ou de orientação 
social. 
B) promover pessoalmente autoridades ou servidores 
públicos. 
C) conter nomes, símbolos e imagens que identifiquem 
as autoridades responsáveis. 
D) ser divulgada apenas por veículo oficial de rádio ou 
televisão. 
E) seguir o programa político-partidário da autoridade 
responsável. 
 
72.As decisões administrativas de um tribunal caracteri-
zam exercício de função. 
A) jurisdicional, podendo formar coisa julgada. 
B) jurisdicional, vinculando todos os órgãos a ele su-
bordinados, mas não formando coisa julgada. 
C) jurisdicional, exigindo-se que sejam sempre motiva-
das 
D) administrativa, devendo ser tomadas pela maioria 
absoluta de seus membros se de conteúdo discipli-
nar 
E) administrativa, não se sujeitando, todavia, aos prin-
cípios previstos constitucionalmente para a Admi-
nistração Pública. 
 
73.Decorre do princípio da impessoalidade,ao qual está 
vinculada a Administração Pública, a 
A) impossibilidade de responsabilização pessoal de 
servidor público por ato que corresponda ao exercí-
cio de sua função, em relação à qual tenha compe-
tência privativa. 
B) vedação da identificação nominal da autoridade 
responsável pela decisão de processos administra-
tivos disciplinares, sendo a decisão atribuída ao ór-
gão público ao qual pertença a autoridade. 
C) proibição de que constem da publicidade de atos, 
programas e campanhas de órgãos públicos, símbo-
los ou imagens que caracterizem promoção pessoal 
de autoridades ou servidores públicos. 
D) impossibilidade de tratamento favorecido de pes-
soas, pelo critério de condições físicas, para fins de 
ingresso nas carreiras públicas. 
E) negação do caráter intuitu personae dos contratos 
administrativos em geral. 
 
74.O princípio da impessoalidade, próprio do Direito Ad-
ministrativo, é concebido pelos doutrinadores brasilei-
ros por pontos de vista diversos, mas compatíveis e 
complementares. Assinale a alternativa que NÃO apre-
senta uma adequada compreensão do princípio da im-
pessoalidade. 
 
 
A) Os atos e provimentos administrativos são imputá-
veis não ao funcionário que os pratica, mas ao ór-
gão ou entidade administrativa em nome do qual 
age o funcionário. 
B) O administrador fica impedido de buscar outro obje-
tivo que não o atendimento do interesse público, ou 
de praticar atos no interesse próprio ou de terceiros. 
C) Os atos praticados culposamente por agentes ad-
ministrativos, no exercício de sua função, geram 
responsabilidade à Administração, não acarretando 
responsabilidade pessoal do agente. 
D) A Administração tem que tratar a todos os adminis-
trados sem discriminações, benéficas ou detrimen-
tosas; o princípio em causa não é senão o próprio 
princípio da igualdade ou isonomia. 
E) Busca-se, desse modo, que predomine o sentido de 
função, isto é, a ideia de que os poderes atribuídos 
finalizam-se ao interesse de toda a coletividade, 
portanto a resultados desconectados de razões 
pessoais. 
 
75.Assinale a alternativa que contém uma afirmação in-
correta: 
A) A noção de interesse público encerra conceito jurí-
dico indeterminado. 
B) O regime jurídico administrativo é composto por 
prerrogativas e sujeições. 
C) O princípio da finalidade, ou da supremacia do inte-
resse público, está presente no momento da elabo-
ração da lei, condicionando a atuação do legislador, 
bem como no momento da sua execução em con-
creto pela Administração Pública. 
D) Em nome do princípio da eficiência, introduzido na 
Constituição Federal pela Emenda Constitucional n. 
19, de 4/6/98, o administrador passou a ter a dispo-
nibilidade sobre os interesses públicos confiados à 
sua guarda e realização, relativizando o princípio da 
legalidade. 
E) A Administração Pública pode se submeter a regime 
jurídico de direito privado ou a regime jurídico de di-
reito público. 
 
76.Sobre a função administrativa é correto assinalar: 
A) Caracteriza-se por prover de maneira imediata e 
concreta às exigências individuais ou coletivas para 
a satisfação dos interesses públicos. É imparcial, 
concreta e subordinada. 
B) Existe exclusivamente no seio do Poder Executivo, 
único apto a editar atos administrativos. 
C) O administrador público, no exercício da função 
administrativa, só deve atuar quando provocado, na 
medida em que não dispõe da iniciativa para dar à 
lei contornos concretos. 
 
 
 
 
D) Tem como pressuposto a satisfação do bem co-
mum. Além de ser exercida pelo Poder Executivo, 
também está presente em atos do Poder Judiciário 
e do Poder Legislativo, podendo, ainda, materializar-
se por meio de atos praticados por terceiros autori-
zados a agir em nome do Estado, como ocorre com 
os concessionários e permissionários de serviços 
públicos. 
E) Na sua abrangência não se incluem as atividades 
de fomento. 
 
77.Assinale a alternativa que contém afirmação inverídica 
acerca do princípio da razoabilidade: 
A) É conceito que está implícito na Constituição Fede-
ral; 
B) Pode ser considerado em relação à lei, hipótese em 
que está intimamente relacionado com os princí-
pios da isonomia e do devido processo legal subs-
tantivo e pode ser tomado em relação aos atos da 
Administração, quando se confunde com o princípio 
da proporcionalidade; 
C) O princípio da razoabilidade pode ser encontrado no 
artigo 37, inciso XXI, da Constituição Federal, que, 
ao exigir licitação para as compras, alienações, 
obras e serviços somente admite exigências de qua-
lificação técnica e econômica indispensáveis à ga-
rantia do cumprimento das obrigações; 
D) Pode, em situações especiais, ser invocado como 
justificativa para a Administração Pública deixar de 
cumprir preceito legal; 
E) Serve de limite à discricionariedade do administra-
dor público. 
 
78.No que tange aos princípios constitucionais em rela-
ção ao Direito Administrativo, é certo que o princípio 
da 
A) publicidade é absoluto, sofrendo restrições ape-
nas quando se tratar de promoções e propagan-
da pessoal do agente público. 
B) legalidade incide somente sobre a atividade admi-
nistrativa, ficando excluídas as funções atípicas 
da esfera legislativa e da atividade jurisdicional. 
C) impessoalidade nada tem a ver com os princípios 
da igualdade ou da finalidade, porque os atos admi-
nistrativos são sempre imputáveis ao funcionário 
que os pratica. 
D) moralidade impõe expressamente à Administração 
Pública a obrigação de realizar suas atribuições 
com perfeição, rapidez e rendimento. 
E) eficiência é também boa administração, pois deve-
se sopesar a relação de custo-benefício, buscar a 
otimização de recursos, em suma, tem-se por obri-
gação dotar da maior eficácia possível todas as 
ações do Estado. 
 
79.A Administração Pública obedecerá, dentre outros 
princípios, ao da segurança jurídica, que tem como 
manifestações principais 
A) o contraditório, a liberdade de reunião e a informa-
ção dos órgãos públicos, que, embora não sendo 
relevantes, sustentam sociologicamente o princípio 
acima aludido. 
B) o devido processo legal, a liberdade de crença e de 
trabalho, ofício ou profissão, que se apresentam 
como fundamentos elementares desse princípio. 
C) a ampla defesa, a liberdade de locomoção e a livre 
manifestação do pensamento, que resultam no fun-
damento jurídico do supra mencionado princípio. 
D) o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coi-
sa julgada, que se constituem em elementos de su-
pino relevo para dar significado eficiente ao supra 
referido princípio, que se encontra na base do Direi-
to. 
E) a presunção de inocência, a liberdade de associa-
ção e a retroatividade que, tendo importância re-
lativa, encontram-se na base do Direito e da socie-
dade. 
 
80.Se o Direito Administrativo for conceituado como: 
I. O sistema dos princípios jurídicos que regulam a 
atividade do Estado para o cumprimento de seus 
fins. 
II. O conjunto de normas que regem as relações entre 
a Administração e os administrados. 
III. O conjunto de princípios que regem a Administração 
Pública. 
 
Seu fundamento repousa nos critérios denominados, 
respectivamente, 
A) das relações jurídicas, da administração pública e 
da atividade jurídica ou social do Estado. 
B) negativo ou residual, da atividade jurídica ou so-
cial do Estado e teleológico. 
C) do serviço público, do Poder Executivo e residual ou 
negativo. 
D) da administração pública, do serviço público e do 
Poder Executivo. 
E) teleológico, das relações jurídicas e da administra-
ção pública. 
 
81.A Constituição Federal não se referiu expressamen-
te ao princípio da finalidade, mas o admitiu sob a de-
nominação de princípio da 
A) impessoalidade. 
B) publicidade. 
C) presunção de legitimidade. 
D) legalidade. 
E) moralidade. 
 
 
 
 
 
82.Tendo em vista o entrelaçamento dos princípios bá-
sicos da Administração Pública, observa-se quedos 
princípios da legalidade e da supremacia do interesse 
público e da indisponibilidade desse interesse, decor-
re, dentre outros, aquele concernente à ideia de des-
centralização administrativa, a exemplo da criação de 
pessoa jurídica administrativa. Esta situação, diz res-
peito ao princípio da 
A) razoabilidade. 
B) continuidade do serviço público. 
C) especialidade. 
D) finalidade pública. 
E) proporcionalidade. 
 
83.A adequação entre meios e fins, vedada a imposição 
de obrigações, restrições e sanções em medida su-
perior àquelas estritamente necessárias ao atendimen-
to do interesse público; e a observância das formalida-
des essenciais à garantia dos direitos dos administra-
dos, entre outras, dizem respeito ao princípio da 
A) razoabilidade, sob a feição de proporcionalidade. 
B) motivação, decorrente da formalidade. 
C) finalidade, que se apresenta como impessoalidade. 
D) ampla defesa, somada à segurança jurídica. 
E) segurança jurídica atrelada à legalidade. 
 
84.As súmulas 346 e 473 do STF estabelecem, respecti-
vamente, que a administração pública pode declarar a 
nulidade dos seus próprios atos e que administração 
pode anular os seus próprios atos, quando eivados de 
vícios que os tornem ilegais, porque deles não se ori-
ginam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveni-
ência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiri-
dos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação ju-
dicial. O princípio básico da Administração Pública que 
está consagrado nas respectivas súmulas é o princípio 
da 
A) supremacia do interesse público. 
B) especialidade. 
C) presunção de veracidade. 
D) moralidade administrativa. 
E) autotutela. 
 
85.No que concerne aos princípios administrativos, é 
INCORRETO afirmar que 
A) o princípio da moralidade impõe ao administrador o 
dever de, além de obedecer à lei jurídica, regrar 
suas condutas funcionais de acordo com a lei ética 
e em consonância com regras tiradas da disci-
plina interior da Administração, posto que nem tudo 
o que é legal é honesto. 
B) a busca pelo aperfeiçoamento na prestação de ser- 
viços públicos, exigindo do administrador resulta-
dos positivos que atendam às necessidades da 
comunidade e seus membros, caracteriza o prin-
cípio da eficiência. 
C) o princípio da impessoalidade obriga a Administra-
ção Pública a agir de modo imparcial em relação 
aos administrados, bem como proíbe a promoção 
pessoal de autoridade ou servidores públicos sobre 
suas realizações. 
D) os princípios administrativos previstos constitucio-
nalmente representam uma relação meramente 
exemplificativa de dogmas que deverão ser obri-
gatoriamente observados pelo administrador públi-
co. 
E) o Poder Público pode criar obrigações ou impor ve-
dações aos administrados, independentemente da 
existência de lei prévia. 
 
86.Uma nota característica do regime jurídico comum às 
entidades de direito privado integrantes da Adminis-
tração indireta brasileira é a 
A) não submissão de seus dirigentes às normas da Lei 
de Improbidade Administrativa. 
B) ausência de subordinação hierárquica, em sentido 
jurídico, entre seus dirigentes e o chefe do Poder 
Executivo. 
C) desnecessidade de licitação para celebrar contratos 
que caracterizem atos regulares de gestão. 
D) ausência de sujeição de suas contas ao contro-
le externo exercido pelo Poder Legislativo. 
E) possibilidade de contratação, pelo regime da CLT e 
independentemente de concurso público, dos em-
pregados integrantes de seus quadros. 
 
87.A Administração não pode, na edição de ato adminis-
trativo concreto, deixar de observar norma posta em 
decreto regulamentar, PORQUE a Administração Públi-
ca está submetida ao direito e o decreto contém norma 
geral, a ser observada nas situações concretas que 
nela se enquadrem, sob pena de ofensa ao princípio da 
legalidade e da isonomia. 
 
 A sentença acima possui duas asserções. Para res-
ponder a questão assinale, na folha de respostas, 
A) se as duas asserções forem verdadeiras e a segun-
da for uma justificativa correta da primeira. 
B) se as duas asserções forem verdadeiras, mas a se-
gunda não for uma justificativa correta da primeira. 
C) se a primeira asserção for uma proposição verda-
deira e a segunda uma proposição incorreta. 
D) se a primeira asserção for uma proposição incorreta 
e a segunda uma proposição verdadeira. 
E) se tanto a primeira como a segunda forem proposi-
ções incorretas. 
 
88.A Administração Pública, no exercício da função admi-
nistrativa, está obrigada à atuação regrada ou vincula-
da quando a 
 
 
 
 
A) lei estabelece uma única solução possível a ser 
adotada no caso concreto, sob pena de ilegalidade. 
B) lei estabelece os limites da atuação administrativa, 
que deverão ser atendidos, exceto se motivada a 
adoção de outro procedimento não legalmente 
prescrito. 
C) situação de fato, a ensejar a medida administrativa, 
relacionar-se com o poder disciplinar da Adminis-
tração. 
D) situação de fato, a ensejar a atuação administrativa, 
exigir observância dos princípios constitucionais 
da moralidade e da eficiência. 
E) medida administrativa a ser adotada implicar o es-
tabelecimento de relação de subordinação entre 
as diversas categorias de servidores públicos. 
 
89.Em face dos princípios informadores do Direito Admi-
nistrativo, considere as seguintes afirmações: 
I. A impessoalidade, como princípio da Administração 
Pública, restringe a ampla nomeação de cargos de 
confiança e em comissão. 
II. A imoralidade administrativa acarreta a invalidade 
do ato administrativo, podendo ser decretada pela 
própria Administração ou pelo Poder Judiciário. 
III. A legalidade e a supremacia do interesse público 
sobre o particular informam todos os ramos do 
Direito Público, não sendo específicos do Direito 
Administrativo. 
IV. Evidencia-se a desigualdade jurídica entre a Admi-
nistração e os administrados e a presunção de 
legitimidade dos atos da Administração. 
 
Estão corretas SOMENTE as afirmações 
A) I e II. 
B) I e III. 
C) I, II e III. 
D) I, III e IV. 
E) II, III e IV. 
 
90.Luís Antônio e Adelaide, servidores públicos do Poder 
Judiciário do Estado do Piauí, discutiam temas perti-
nentes à Administração Pública daquele Estado, no-
tadamente sobre os princípios que devem nortear as 
correspondentes atividades. Em determinado momen-
to, Adelaide inquiriu Luís Antônio sobre qual desses 
princípios caracteriza o Estado Democrático de Direito, 
devendo a resposta correta recair sobre o princípio da 
A) impessoalidade. 
B) legalidade. 
C) probidade administrativa. 
D) presunção de legitimidade. 
E) indisponibilidade de interesse público. 
 
 
 
91.Depois de ingressar nos quadros do executivo federal 
mediante concurso público, o servidor em estágio pro-
batório foi dispensado por não convir à Administração 
a sua permanência, após ter sido apurado, em ava-
liação especial de desempenho realizada por comissão 
instituída para essa finalidade, assegurada a ampla 
defesa, que realizou atos incompatíveis com a função 
do cargo em que se encontrava investido. Referida 
dispensa está embasada, precipuamente, no 
A) elemento da impessoalidade. 
B) requisito da publicidade. 
C) princípio da eficiência. 
D) princípio da imperatividade. 
E) requisito de presunção de veracidade. 
 
92.Em matéria de princípios básicos e norteadores das 
atividades do administrador público, analise: 
I. A lei para o administrador público significa “pode 
fazer assim”. 
II. Na Administração Pública não há liberdade nem 
vontade pessoal. 
III. Na Administração Pública é lícito fazer tudo o que a 
lei não proíbe. 
IV. No exercício de sua atividade funcional, o adminis-
trador público não está sujeito às exigências do 
bem comum. 
V. O administrador público está, em toda a sua ativi-
dade funcional, sujeito aos mandamentos da lei. 
 
É correto o que consta APENAS em 
A) I, pois há equivalência

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