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A Tríciple do Trading


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TTrípliceríplice dodo
TRADINGTRADING
O Guia de Tudo
Que Importa Nos Mercados
Por Hugo R. Teixeira
A Tríplice do Trading ▲ 1ª Edição
PrimeiraPrimeira EdiçãoEdição
 
Revisada em Agosto de 2013
Copyright © 2013 Hugo R. Teixeira | Página 2 
A Tríplice do Trading ▲ 1ª Edição
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Sendo assim, o leitor deverá ouvir ao seu próprio bom senso antes de utilizar as 
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Garantia de GanhosGarantia de Ganhos
Retornos passados não garantem retornos futuros parecidos.
Portanto, o autor não garante retornos específicos, apenas a sua satisfação em 
relação a este produto.
O seu sucesso nos investimentos dependerá do seu interesse, dedicação, estudo 
e motivação.
Mesmo com as lições que serão ensinadas, nada poderá te ajudar caso a sua 
seriedade seja falha.
Copyright © 2013 Hugo R. Teixeira | Página 3 
A Tríplice do Trading ▲ 1ª Edição
ÍndiceÍndice
 
Introdução …....................................................................................................... 05
Análise Técnica .................................................................................................. 08
Os Gráficos ….............................................................................................. 11
As Ferramentas Clássicas …...................................................................... 17
As Ferramentas Modernas …..................................................................... 24
Os Esclarecimentos …................................................................................ 35
Gestão do Dinheiro …........................................................................................ 37
Os Modelos Bons …................................................................................... 40
Os Modelos Ruins ….................................................................................. 48
Seleção de Ativos …............................................................................................ 52
A Teoria …................................................................................................... 55
A Prática …................................................................................................. 61
Juntando Tudo ................................................................................................... 65
O Sistema …............................................................................................... 68
O Backtest ….............................................................................................. 72
O Próximo Passo ….................................................................................... 96
Leituras Complementares …............................................................................. 98
Conclusão …..................................................................................................... 101
Obrigado! .......................................................................................................... 103
Copyright © 2013 Hugo R. Teixeira | Página 4 
A Tríplice do Trading ▲ 1ª Edição
IntroduçãoIntrodução
Nenhum soldado pode usar um rifle para atirar sem antes possuir a munição, ou se 
preferir, as “balas”.
Porém, mesmo assim não é possível atirar pois essas balas devem ser inseridas 
dentro de um cartucho.
Só depois, quando o cartucho for posicionado no rifle que ele poderá atirar no que 
bem entender.
Ou seja, o soldado precisa do rifle, das balas e do cartucho ao mesmo tempo para 
que o processo funcione.
São 3 elementos.
Sem um deles, é impossível atirar.
Sem dois deles, é impossível atirar também.
Copyright © 2013 Hugo R. Teixeira | Página 5 
A Tríplice do Trading ▲ 1ª Edição
Nenhum trader pode operar ações, futuros ou pares de forex sem saber QUANDO 
comprar ou vender. Sem boas técnicas de entrada e saída, ele fará tudo nas horas 
erradas e perderá dinheiro.
O que define o momento exato de comprar ou vender é a análise técnica.
Logo, o trader precisa dela.
Só que ele não pode usar a análise técnica esperando atingir o sucesso sem antes 
saber QUANTO comprar ou vender.
Se ele operar além da conta e tudo der errado, os seus prejuízos serão grandes e 
talvez fatais. Por outro lado, se operar muito pequeno, os seus lucros serão quase 
insignificantes.
O que define a quantia exata a ser operada é a gestão do dinheiro.
Logo, o trader precisa dela.
Agora falta só um elemento.
Se o operador sabe quando e quanto mas não sabe NO QUÊ operar e escolhe os 
ativos errados, as coisas dão errado também.
O que define os ativos exatos para se comprar ou vender é a seleção de ativos.
Logo, o trader precisa dela.
Novamente, são 3 elementos.
Eu os chamo de “A Tríplice do Trading” e acredite, você precisa dominá-la antes de 
considerar a possibilidade de talvez um dia pensar em operar.
Felizmente é para isso que foi criado este e-book. Nele, você vai aprender a utilizar 
todos os elementos da tríplice a partir do zero.
Não importa que você seja um iniciante ou até já tenha se queimado nos mercados 
antes porque tudo será encaminhado ou corrigido.
Nas próximas páginas você vai descobrir:
Quando comprar e vender um ativo;
Quanto aplicar a cada operação;
Quais são os melhores ativos para se operar.
Copyright © 2013 Hugo R. Teixeira | Página 6 
A Tríplice do Trading ▲ 1ª Edição
E no final, vai aprender a unir esses elementos em um sistema que te diga de uma 
vez por todas o que fazer, se ele funciona ou não e se for o caso, quanto dinheiro 
ele pode render em detalhes!
Ou seja, você não vai ouvir que “você tende a ganhar” mas sim que “você tende a 
acertar 60% dos trades e ganhar 50% em cada um deles”.
Essa é a boa notícia.
A má notícia é que a jornada não será fácil em todos os momentos.
Mas eu posso te prometer uma coisa:
Se você conseguir chegar até o final, entendendo até as partes mais complicadas 
e difíceis, o esforço valerá a pena.
Honestamente, espero que você consiga.
Bons estudos!
Hugo R. Teixeira
Copyright © 2013 Hugo R. Teixeira| Página 7 
A Tríplice do Trading ▲ 1ª Edição
Análise TécnicaAnálise Técnica
A análise técnica te diz quando comprar e vender um ativo, seja ele uma ação, um 
contrato futuro ou um par do forex.
Esta é a parte mais simples da tríplice porque você pode se dar bem aprendendo 
apenas o mínimo, o básico.
O problema é que quase ninguém sabe disso e muitos traders caem na mentira de 
que a análise técnica é complicada e difícil de dominar.
O próprio nome sugere algo complexo:
“A-ná-li-se téc-ni-ca”
Com essa ideia em suas mentes, eles dão uma importância exagerada ao assunto 
e extrapolam nos estudos.
E é aí que mora o perigo.
Copyright © 2013 Hugo R. Teixeira | Página 8 
A Tríplice do Trading ▲ 1ª Edição
Eles começam a querer saber tudo sobre a análise técnica pois acreditam que ela 
é o segredo do sucesso. Você agora sabe que o segredo é a tríplice mas o trader 
comum nem suspeita!
E então, quando nada funciona mesmo depois de estudar 99 livros sobre a análise 
técnica, o trader comum pensa:
“Hmm, se não está funcionando, eu preciso continuar estudando!”
Nisso, começa um ciclo vicioso no qual ele se frusta a cada dia mais pela falta de 
resultados e pouco depois, desiste ou procura uma alternativa.
Agora, caso você também esteja atrás dessa alternativa, sinta-se livre para pular 
este capítulo.
Por outro lado, se você quer um reforço ou não sabe nada sobre a análise técnica 
e quando olha para algo assim...
...fica confuso e pensa...
“Wow! Eu não tenho a MÍNIMA ideia do que está acontecendo!”
...ou...
“Nossa! Nunca vou conseguir traduzir essas coisas!”
Fique tranquilo pois você aprenderá a usar todas essas linhas, barras e afins para 
comprar e vender nos melhores momentos possíveis.
Copyright © 2013 Hugo R. Teixeira | Página 9 
A Tríplice do Trading ▲ 1ª Edição
Porém, não vamos colocar os cavalos na frente da carruagem.
Antes de avançarmos, você precisa de uma plataforma gráfica para ter acesso as 
ferramentas da análise técnica.
Para isso, visite o site ADVFN e faça o seu cadastro. Ele oferece gráficos de vários 
mercados e, apesar de existirem os planos pagos, existe um gratuito que é ótimo.
Se por algum motivo você não gostar, instale o software GrapherOC que além de 
ser bem recomendado, também é gratuito.
De modo geral, tanto faz qual plataforma você escolha, contanto que seja simples 
de usar e mostre os gráficos, qualquer uma serve.
Copyright © 2013 Hugo R. Teixeira | Página 10 
http://br.advfn.com/
http://www.operacaoconsultoria.com.br/grapherOC/
A Tríplice do Trading ▲ 1ª Edição
OOs Gráficoss Gráficos
A maioria das pessoas tenta usar a análise técnica sem antes entender como os 
gráficos são apresentados.
Para que esse não seja o seu caso, vou começar com uma breve e fácil introdução 
aos conceitos mais básicos.
E como uma imagem vale por mil palavras, eis um exemplo:
Este é um gráfico de candlesticks.
Essas barras uma do lado da outra são os tais candlesticks, também conhecidos 
como candles ou velas japonesas.
Cada candle mostra os preços de um único período, ou seja:
Se o gráfico estiver na escala diária, cada candle vai mostrar os preços de 
um único dia.
Se ele estiver na escala semanal, cada um vai mostrar os preços de uma 
única semana.
E se estiver na intra-day, cada um vai mostrar os preços de um minuto, trinta 
minutos ou qualquer outro período intra-day que você selecionar em sua 
plataforma gráfica.
Copyright © 2013 Hugo R. Teixeira | Página 11 
A Tríplice do Trading ▲ 1ª Edição
Agora que você sabe que o gráfico de candlesticks é composto de vários candles, 
falta saber como cada um deles é formado.
Felizmente é fácil entender.
Cada candle mostra os preços entre os quais um investimento (ou apenas, “ativo”) 
foi negociado dentro do período escolhido.
Esses preços são:
Abertura;
Máxima;
Mínima;
Última (ou fechamento).
Sim, foi isso mesmo o que você leu, não existe apenas um preço mas sim, quatro 
preços diferentes!
Um ativo pode custar R$10 na abertura, subir até uma máxima de R$12, cair para 
uma mínima de R$9 e então, parar nos R$11 na hora do fechamento.
Esses quatro podem ser vistos facilmente nos candles.
Mas para que você consiga vê-los também, antes você precisa entender como um 
candle é formado:
Um candle típico é formado pelo seu corpo e duas sombras, uma inferior e uma 
superior.
Copyright © 2013 Hugo R. Teixeira | Página 12 
A Tríplice do Trading ▲ 1ª Edição
O corpo pode ser definido como “a parte gorda no meio do candle”.
Ele é muito importante pois nos mostra a diferença de preços entre a abertura e o 
fechamento de um ativo.
Um corpo pode ser branco ou preto:
Quando o corpo é branco, significa que o preço do fechamento ficou acima 
do preço da abertura, indicando um ganho.
Quando o corpo é preto, significa que o preço do fechamento ficou abaixo do 
preço da abertura, indicando uma perda.
Graficamente eles são assim:
O candle da esquerda (branco) indica um ganho e o da direita (preto), uma perda 
na mesma proporção.
Vale lembrar que quando o corpo tem um formato de ”-”, o preço do fechamento foi 
o mesmo, ou ficou próximo, da abertura.
Além disso, um candle pode possuir sombras. As sombras são as retas verticais 
que ficam na parte de cima e de baixo de alguns candles.
E adivinha?
O significado delas vai depender diretamente do corpo do candlestick.
Copyright © 2013 Hugo R. Teixeira | Página 13 
A Tríplice do Trading ▲ 1ª Edição
Se o corpo for branco...
A sombra inferior irá da mínima até a abertura.
A sombra superior irá do fechamento até a máxima.
Se o corpo for preto...
A sombra inferior irá da mínima até o fechamento.
A sombra superior irá da abertura até a máxima.
Copyright © 2013 Hugo R. Teixeira | Página 14 
A Tríplice do Trading ▲ 1ª Edição
Vale lembrar que alguns candles não possuem sombras:
Quando a mínima é igual a abertura e a máxima é igual ao fechamento em 
um candle branco, ele não tem sombras.
Quando a máxima é igual a abertura e a mínima é igual ao fechamento em 
um candle preto, ele não tem sombras também.
Olha só os exemplos:
O fato de um candle não possuir sombras indica que no período em questão, ele 
praticamente “só subiu” ou “só desceu”.
No caso, o candle esquerdo abriu, nem chegou a olhar para trás e fechou no topo 
ao término do período, gerando lucros. Já o candle direito foi para baixo desde a 
abertura, mal esboçou uma reação e gerou apenas perdas.
Esses candles cheios não são tão comuns assim, mas quando aparecem, indicam 
uma força poderosa.
Muitas vezes um candle branco sugere a continuação de uma tendência de alta ou 
o término de uma de baixa.
Por outro lado, um candle preto sugere a continuação de uma tendência de baixa 
ou o término de uma de alta, o que não é tão legal!
Enfim, é dessa maneira que os candles e os gráficos de candles são formados!
Copyright © 2013Hugo R. Teixeira | Página 15 
A Tríplice do Trading ▲ 1ª Edição
Obviamente existem outros tipos de gráficos, só que como alguns são complicados 
ou simples demais, não vamos perder tempo com eles.
Mas chega disso!
A seguir, vamos aprender a utilizar a análise técnica para podermos responder de 
uma vez a questão de 1 milhão de dólares:
“Qual é o melhor momento de se comprar ou vender um ativo?”
Copyright © 2013 Hugo R. Teixeira | Página 16 
A Tríplice do Trading ▲ 1ª Edição
AAs s Ferramentas ClássicasFerramentas Clássicas
Antigamente não existiam cotações em tempo real ou plataformas gráficas. E sem 
as facilidades que temos hoje, os grandes traders precisavam trabalhar de maneira 
bem diferente.
Eles pegavam os preços dos ativos pelo jornal ou telefone, anotavam no papel e 
saiam somando números e traçando linhas.
O processo era trabalhoso mas a performance deles era fantástica porque as suas 
análises eram feitas com ferramentas igualmente fantásticas!
E agora você vai conhecer algumas delas, começando é claro, pelas...
Resistências e SuportesResistências e Suportes
Esta ferramenta é na verdade um conceito psicológico.
Para entender, imagine que você comprou um ativo que foi de R$10 para R$12 em 
poucos dias mas logo voltou aos R$10 iniciais.
Quando algo do tipo acontece, o seu subconsciente implanta a seguinte ideia na 
sua mente:
“Hmm, se esse ativo atingiu os R$12 e se desvalorizou, quando atingir os R$12 no 
futuro, vai se desvalorizar também!”
É como morder uma fruta estragada sem perceber. Você fica com medo de comer 
a mesma fruta depois por temer que ela esteja na mesma condição.
No caso dos investimentos, você não percebe na hora, mas quando o ativo chegar 
novamente aos R$12, você vai ficar com medo que a situação se repita.
Todos os outros investidores que observaram a situação desde o começo temem o 
mesmo, a repetição e o prejuízo.
O resultado chega a ser engraçado:
Sempre que o ativo se aproxima dos R$12, eles o vendem com medo de uma 
queda nos preços. Só que por causa dessas vendas, os preços realmente caem!
Assim surge uma barreira nos R$12, mantendo o ativo abaixo desse valor porque 
nele, todos só querem vender. Essa barreira é conhecida como resistência.
Copyright © 2013 Hugo R. Teixeira | Página 17 
A Tríplice do Trading ▲ 1ª Edição
Preste atenção no exemplo para compreender melhor:
O que acontece aqui é simples:
A partir do lado esquerdo do gráfico, o ativo sobe até os R$25, apontados 
pela seta e reta cinzas. 
Nesse preço é formada a tal da resistência porque “se a partir daí o ativo 
desabou, no futuro vai desabar também”.
Depois dessa “desabada” nos preços até os ~R$23,10, eles se recuperam e 
ultrapassam os R$25 de antes.
A partir desse ponto, o ativo dispara como se não houvesse um amanhã.
Até aí, tudo bem.
Mas agora preste atenção na setinha verde.
Ela nos diz o que precisamos saber, isto é, o momento de comprar o ativo!
A ideia é que uma resistência “força” os preços para baixo. Porém, quando eles 
conseguem rompê-la e continuam subindo, significa que o ativo deve ter força para 
subir ainda mais!
Consequentemente, o momento de comprar um ativo é justo quando ele prova que 
está forte ao romper a resistência.
Copyright © 2013 Hugo R. Teixeira | Página 18 
A Tríplice do Trading ▲ 1ª Edição
Por exemplo:
Se a resistência está nos R$12, você compra se o ativo rompê-la e atingir os 
R$12,01 ou R$12,05.
Se ela está nos R$76, você compra se o ativo atingir os R$76,08 ou algum 
valor muito próximo.
Porém, preste atenção no seguinte:
Não adianta comprar antes do rompimento pois o ativo só prova que tende a subir 
ao romper a resistência! Enquanto isso não acontece, não compre nada pois as 
chances do rompimento falhar e dar tudo errado ainda são grandes!
Muita gente pensa que não tem problema comprar um pouco antes quando a força 
do ativo parece óbvia. Porém, óbvia ou não, o único sinal válido é mesmo o de um 
rompimento.
Comprar antes da hora é que nem puxar a vara de pescar antes de sentir um peixe 
fisgar a isca: até pode funcionar de vez em quando, mas não vale a pena contar 
com isso!
Enfim, agora que já falamos das resistências, você precisa aprender a identificar e 
utilizar os suportes.
Um suporte é basicamente uma resistência ao contrário.
Enquanto uma resistência impede um ativo de se valorizar por causa do medo, o 
suporte o impede de se desvalorizar por causa da esperança de uma subida!
Para entender, imagine o seguinte:
Um outro ativo caiu até os R$50, momento no qual o mercado “mudou de ideia” e o 
fez se valorizar até R$70. Porém, alguns dias depois ele voltou aos R$50 iniciais.
O que você acha que um investidor comum vai pensar numa situação dessas?
“Hmm, se da primeira vez foi de R$50 para R$70, vou comprar agora porque deve 
ir de R$50 para R$70 dessa vez também!”
E adivinha o que ele faz?
Ele compra por R$50, assim como vários outros investidores e assim, um suporte 
é formado impedindo que os preços caiam mais.
Copyright © 2013 Hugo R. Teixeira | Página 19 
A Tríplice do Trading ▲ 1ª Edição
Aqui está um exemplo:
Note como os preços caem e ao atingirem a área da setinha e reta cinzas, 
tentam mudar de direção.
Como a força é pequena, eles não aguentam muito e encostam no suporte 
formado anteriormente.
E quando ele é rompido, no candle da seta vermelha, os preços desabam.
Como você pode deduzir, o certo é vender no rompimento do suporte pois quando 
isso acontece, as chances da operação praticamente desaparecem.
Mas preste atenção mais uma vez!
Nesse caso também não adianta vender antes do rompimento porque enquanto o 
suporte não for vencido, o ativo continua com chances de se valorizar e aí, o jogo 
continua!
Você só deve vender quando as chances de recuperação diminuírem ao máximo, 
quando o rompimento falhar!
Enfim, para resumir tudo, as regras dessas ferramentas são simples:
Compre logo após o rompimento da resistência para ganhar.
Venda logo após o rompimento do suporte para se proteger.
Simples e fácil.
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A Tríplice do Trading ▲ 1ª Edição
Para facilitar mais, use ordens start e stop para não precisar esperar o momento 
exato do rompimento plantado na frente do computador.
Com essas ordens o sistema compra e vende o ativo automaticamente, basta que 
você configure tudo no seu home broker:
Se quiser comprar o ativo se ele passar dos R$7, coloque uma ordem start a 
partir de R$7,01.
Se quiser vender o ativo se ele cair abaixo de R$20, coloque um stop loss 
logo abaixo de R$19,99.
Fazendo isso você poderá comprar e vender mesmo estando de férias ou morto!
Apesar de que talvez você queira antes conhecer os “primos” dos suportes e das 
resistências.
Estou falando das...
Linhas de TendênciaLinhas de Tendência
Se você pode imaginar suportes e resistências inclinados, você pode imaginar as 
linhas de tendência.
Caso esteja difícil, observe o exemplo:
Este gráfico mostra uma típica linha de tendência que pode ser interpretada da 
seguinte forma:
Copyright © 2013 Hugo R. Teixeira| Página 21 
A Tríplice do Trading ▲ 1ª Edição
A primeira seta cinza indica um ponto no qual o ativo encerra um período de 
queda e forma um suporte comum.
Logo depois, ele sobe em um ângulo de 45°, como mostra a linha cinza.
Quando os preços atingem essa linha nas outras setas, eles voltam a subir, 
quase como se a “respeitassem”.
Por causa desse efeito “suporte”, ela é conhecida como “linha de tendência 
de alta” ou apenas, LTA.
Como nada dura para sempre, a sua força logo acaba e após o rompimento 
indicado pela setinha vermelha, o ativo despenca.
Com isso fica fácil deduzir que quando uma linha de tendência de alta for rompida, 
você deve vender o ativo para evitar surpresas desagradáveis. Novamente, na 
hora e sem enrolar.
O segundo exemplo mostra o outro lado da história:
Aqui é o seguinte:
Na primeira seta cinza, o ativo para de se valorizar e resolve seguir a direção 
oposta, formando a resistência.
A queda segue um mesmo ângulo pois os preços param de subir quando o 
atingem, como indicam as outras setas cinzas.
Copyright © 2013 Hugo R. Teixeira | Página 22 
A Tríplice do Trading ▲ 1ª Edição
Para ilustrá-lo, traçamos uma “linha de tendência de baixa”, ou se preferir a 
versão mais curta, LTB, na cor cinza.
Como no exemplo anterior, a força da linha é limitada.
No candle indicado pela seta verde, o ativo a rompe e se valoriza até onde o 
gráfico nos mostra.
Como você pode ver, para identificar e traçar essas linhas, basta encontrar pontos 
nos quais um ativo respeita um certo ângulo e riscar a linha nesses pontos.
Você liga as mínimas em uma LTA, as máximas em uma LTB e com isso, descobre 
um possível ponto de saída / entrada mais adiante. 
Para quem não esperava muito de algumas “linhazinhas”, até que essa é uma boa 
função, não acha?
Copyright © 2013 Hugo R. Teixeira | Página 23 
A Tríplice do Trading ▲ 1ª Edição
As Ferramentas ModernasAs Ferramentas Modernas
Todas as plataformas gráficas oferecem ferramentas que eu costumo chamar de 
“modernas”. 
Com elas, você não olha o gráfico e descobre sozinho o que fazer, aqui elas fazem 
tudo e aí te dizem o que fazer.
Elas contam, calculam e de modo geral, facilitam a sua vida.
E como todos amamos facilidades, vou ensinar agora algumas das melhores, mais 
úteis e rentáveis.
Canais de DonchianCanais de Donchian
Para entender como funciona a minha ferramenta preferida, preste muita atenção 
no gráfico abaixo:
Aqui a seta / reta cinzas indicam uma resistência e a verde, indica o candle no qual 
ela foi rompida.
O problema é que essa resistência está meio escondida e pode ser ignorada pelos 
mais distraídos.
Para piorar, ficar procurando resistências, suportes e linhas de tendência demora 
muito quando você não tem tanta experiência e não sabe exatamente quais pontos 
considerar para traçar as suas retas.
Copyright © 2013 Hugo R. Teixeira | Página 24 
A Tríplice do Trading ▲ 1ª Edição
Felizmente existem os Canais de Donchian!
Para aprender a interpretar as linhas dos Canais de Donchian, acompanhe:
A função delas é formar um canal (no caso, azul) em torno dos preços.
Esse canal possui uma linha superior, uma inferior e às vezes, uma no meio 
que raramente tem alguma utilidade.
Quando um candle do ativo rompe a linha superior, você compra e quando 
rompe a inferior, você vende.
Note que o rompimento da linha superior (seta verde) ocorre no mesmo 
candle do gráfico de antes.
Além disso, o rompimento da linha inferior (seta vermelha) surge como um 
“bônus”, indicando a hora certa de vender.
Viu como os Canais de Donchian facilitam as coisas?
Com eles, você encontra os pontos de compra e de venda com muito mais rapidez!
Vale lembrar que antes de usá-los, você deve configurar a largura e a distância dos 
canais para que eles funcionem na escala, no ativo e no mercado desejados. Isso 
é muito importante porque configurando tudo errado, tudo vai dar errado.
Porém, como definir as configurações certas de uma ferramenta é uma das últimas 
coisas a se fazer, vamos falar disso só mais tarde...
Copyright © 2013 Hugo R. Teixeira | Página 25 
A Tríplice do Trading ▲ 1ª Edição
Médias MóveisMédias Móveis
Uma das ferramentas mais conhecidas, práticas e úteis de toda a análise técnica 
são as médias móveis.
No gráfico abaixo podemos ver uma delas em ação:
Essa linha verde é uma média móvel (ou MM) do tipo simples (ou MMS).
Apesar de existirem médias diferentes com características diferentes, todas elas 
possuem algo em comum:
Elas mostram a média de preços de um ativo durante um período de tempo.
Se o período for de 5 dias, ela vai mostrar a média dos últimos 5 dias. Se for de 6, 
vai mostrar a média de 6 e por aí vai.
A cada novo dia, o valor mais antigo será ignorado para que o mais recente seja 
adicionado a média para atualizá-la.
Porém, aqui acontece o seguinte:
No gráfico acima existe apenas uma média móvel (cujo período é 9) que por si só, 
não serve para nada. Para conhecermos o verdadeiro poder e eficiência das MM's, 
precisamos de pelo menos mais uma MM.
Adicionando uma nova MM de um período maior (26, azul claro) do que a primeira 
(9, verde), conseguimos algo assim:
Copyright © 2013 Hugo R. Teixeira | Página 26 
A Tríplice do Trading ▲ 1ª Edição
Notou os cruzamentos das linhas?
Com eles podemos dar o próximo passo em nossa análise e identificar o momento 
certo de comprar ou vender:
Se a média menor cruzar a maior para cima, compre!
Se a média menor cruzar a maior para baixo, venda!
As setas abaixo indicam as duas situações neste exemplo, respectivamente:
Agora, lembre-se que assim como no caso das outras ferramentas, você precisa 
comprar ou vender logo após o cruzamento!
Copyright © 2013 Hugo R. Teixeira | Página 27 
A Tríplice do Trading ▲ 1ª Edição
Não adianta esperar para ver se o sinal vai funcionar ou não porque aí pode ser 
tarde demais.
E por falar em tarde demais, existe um problema no exemplo que eu dei:
Ele usa apenas médias móveis simples que, apesar de serem boas, atribuem o 
mesmo “peso” a cada preço da média. Isso significa que uma MMS de 10 períodos 
soma os preços de todos eles e os divide por 10.
O resultado é uma média que demora para se adaptar às mudanças bruscas nos 
preços e pode gerar sinais atrasados.
E adivinha o que acontece se você receber um sinal atrasado?
Você pode comprar ou vender tarde demais, sacrificando uma boa parte dos seus 
lucros e arriscando mais do que o necessário!
Felizmente a média móvel exponencial não possui esse problema pois ela dá um 
peso maior aos períodos mais recentes.
Veja como a sua capacidade superior de adaptação pode impactar os resultados 
de forma dramática:
Neste novo exemplo, o ativo e os períodos são os mesmos de antes. A diferença é 
que enquanto o sinal de venda ficou no mesmo lugar de antes, o de compra se 
adiantou, o que gerou lucros maiores!
Logo, se você gostou das MM's, considere também as MME's ao investir.
Copyright © 2013 Hugo R. Teixeira| Página 28 
A Tríplice do Trading ▲ 1ª Edição
Outra coisa bacana que você pode fazer com uma média é criar um filtro pra evitar 
operações ruins. Para isso, adicione uma linha de um período mais longo (no caso, 
150), como indica a seta cinza no gráfico abaixo...
...e siga essas duas regrinhas:
Se surgir um sinal de compra comum, compre se as médias estiverem acima 
da mais longa.
Se surgir um sinal de compra mas as médias estiverem abaixo da mais 
longa, ignore o sinal.
Esse dispositivo, se bem utilizado, pode fortalecer a sua segurança e até melhorar 
os seus resultados.
MACDMACD
Outra ferramenta muito popular e sofisticada é o “Moving Average Convergence / 
Divergence”, mais conhecido como MACD.
A sua sofisticação se dá ao fato de que ele possui duas funções:
Indicador;
Histograma;
Na função de indicador, o MACD funciona como as médias móveis, nos dizendo 
quando comprar ou vender através de cruzamentos.
Copyright © 2013 Hugo R. Teixeira | Página 29 
A Tríplice do Trading ▲ 1ª Edição
Olha só o exemplo:
Na parte inferior do gráfico podemos ver as linhas do indicador se cruzando e as 
setinhas apontando para esses cruzamentos também nos preços.
Para utilizar o indicador, basta seguir as mesmas regras das médias móveis para 
comprar ou vender:
Se a média menor cruzar a maior para cima, compre!
Se a média menor cruzar a maior para baixo, venda sem olhar pra trás!
Como o conceito dos cruzamentos é igual, podemos dizer que quem sabe usar as 
MM's, sabe usar o indicador MACD.
Porém, não podemos dizer o mesmo da sua função de histograma, que é muito 
diferente...
A segunda função do MACD nos mostra barrinhas verticais uma do lado da outra e 
nelas, devemos procurar divergências.
“Wow, mas o que é uma divergência??”
Para entender, siga o raciocínio:
Normalmente o histograma segue a direção dos preços, ou seja, se eles sobem, o 
histograma sobe também. Se eles caem, o histograma faz o mesmo.
Uma divergência é quando o histograma resolve seguir a direção oposta.
Copyright © 2013 Hugo R. Teixeira | Página 30 
A Tríplice do Trading ▲ 1ª Edição
Aqui vai um exemplo:
Veja como os preços e o histograma “andam juntos” nas retas verdes, mas mudam 
de direção (divergem) nas retas vermelhas e surge uma queda brusca nos preços 
logo depois.
Viu como o histograma conseguiu “prever” a queda com essa divergência?
Esse é o trabalho dele, dizer quando uma tendência está perdendo força e pode 
terminar a qualquer momento.
Vale lembrar que ele não gera sinais de compra ou de venda, apenas sinais de 
“preste atenção nisso” ou “cuidado”, como se fosse um semáforo.
Eu não gosto muito dessa função pois além dela ser subjetiva demais para o meu 
gosto, ela falha bastante. Porém, fazendo parte do “pacote MACD”, faz sentido 
conhecê-la.
Outra ferramenta que faz sentido conhecer devido a sua incrível popularidade é o...
VolumeVolume
Como o nome já revela, essa ferramenta nos mostra o volume de negociações de 
um certo período. Com ela podemos saber se um ativo foi muito negociado, se 
quase não foi tocado ou se ficou na média.
Essas informações são apresentadas através de barrinhas verticais, exatamente 
como no histograma MACD.
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Eis um exemplo para ilustrar:
Acima, temos os candlesticks de sempre.
Abaixo, temos o volume.
Cada uma dessas barrinhas verdes e vermelhas corresponde ao volume do candle 
acima dela. Se a barrinha for longa, o volume de negociação naquele candle foi 
maior, se for curta, o volume foi menor.
Até aqui, tudo ok.
Agora, para analisar esses dados você precisa entender o conceito de aceitação 
de preços no mercado que diz o seguinte:
“Quando um ativo gera um sinal de compra tradicional, como um rompimento, o 
aumento no volume sugere que o mercado “aceitou” esse sinal.
Com isso, as chances do ativo realmente seguir a direção do sinal é maior.”
Talvez você já tenha percebido que em um rompimento de preços, eles “acordam” 
e sobem mesmo se a alta durar pouco.
Como naquele instante o rompimento de uma resistência é um acontecimento, 
todos querem comprar. Pode dar tudo errado depois, mas naquele instante é só 
festa e os preços sobem com muita força.
Observe o exemplo na próxima página:
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Aqui as partes cinzas mostram uma resistência, a seta verde mostra o candle do 
rompimento e as azuis mostram o volume e os seus candles correspondentes.
Percebeu como o volume do rompimento cresce em relação aos outros candles?
Essa é a tal “aceitação de preços”.
O problema é que apesar da ideia ser ótima na teoria, na prática ela só funciona 
bem mesmo na escala intra-day.
O exemplo mostra um ativo na escala diária, mas conforme a escala aumenta, o 
volume perde a utilidade pois gera sinais falsos e inúteis, como no caso abaixo:
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Novamente, temos uma resistência rompida e um pequeno aumento no volume, 
indicado pelas setas azuis mais claras. Se você apertar bem os olhos no gráfico, 
verá que esse aumento é sútil e quase insignificante.
Porém, veja como o volume sobe com força a direita do gráfico no candle indicado 
pelas setas azuis mais escuras.
Adivinha o que esse aumento significa?
Nada, não significa nada.
E o gráfico não mostra, mas existem candles com volumes ainda maiores nesse 
ativo que também não significam nada.
Para piorar, os sinais com um bom aumento de volume são raros mesmo no caso 
dos rompimentos, que quase sempre apresentam volumes medianos.
Portanto, se você opera ou quer operar no intra-day, pense em usar o volume pois 
ele pode ser útil. Mas se você opera da escala da diária para cima, entenda que 
não há nenhum problema em ignorar essa ferramenta.
O importante é usar o que funciona e não o que fica bonitinho no gráfico.
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Os EsclarecimentosOs Esclarecimentos
Por falar em gráficos, no começo deste capítulo eu te mostrei um com várias setas, 
retas e se você não conhecia a análise técnica, ele pode ter te intimidado.
Falando no diabo, aqui está ele:
Observe as mesmas setas, retas, linhas e barras e veja se mudou alguma coisa na 
sua percepção.
Mudou, não é mesmo?
Se antes isso parecia Chinês ou Árabe, agora você entende o que cada um desses 
elementos significa.
É só bater os olhos na imagem para saber que:
Este é um gráfico de candlesticks.
As setas e a reta cinzas indicam uma simples resistência.
O canal de linhas azuis é na verdade um Canal de Donchian.
A seta verde aponta o rompimento da resistência indicada pelos elementos 
cinzas e pelos próprios Canais de Donchian.
Esse rompimento é um sinal de compra no ativo.
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Já a seta vermelha aponta para o sinal de venda gerado pelo rompimento da 
linha inferior dos Canais de Donchian.
Abaixo dos candlesticks, as barras verdes e vermelhas mostram o volume.
Os cruzamentos das linhas azul e vermelha no campo MACD ilustram a sua 
função de indicador.
E para terminar, as barras pretas atrás desse indicador pertencem a função 
“semáforo” do MACD, a de histograma.
Se você ainda estiver com dificuldades de visualizar esses elementos, releia este 
capítulo do começo que logo você os entenderá melhor. Acredite, tudo isso fica 
muito fácil com o tempo.
Porém, caso você não acredite que um trader só precisa dessas ferramentas para 
atingir o sucesso, saiba que...
Jesse Livermore;
Nicolas Darvas;
Os Turtles do Richard Dennis;
...e muitos outros (inclusive eu) não chegam perto de usar nem metade do que foi 
coberto aqui.
E você já sabe o porquê:
Análise técnica rentável e eficiente é análise técnica básica, simples e fácil!
Mas ainda assim, como ela é totalmente inútil sozinha, vamos agora conhecer o 
próximo elemento da tríplice...
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Gestão do DinheiroGestão do Dinheiro
Imagine que depois de ler sobre as ferramentas técnicas, você gostou dos Canais 
de Donchian e agora quer usá-los.
Porém, logo no primeiro sinal de compra de um ativo qualquer, bate a dúvida:
“Quanto que eu devo investir nesse ativo?”
Como nunca te explicaram nada sobre o assunto, você logo chega a conclusão:
“Já sei!
Vou gastar 100% do meu capital porque juraram de pés juntos que os tais canais 
de donchian funcionam!”
Em pouco tempo você abre a plataforma home broker e aplica todo o seu dinheiro 
naquele único ativo. “All in”, exatamente como no pôker.
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Apesar do risco assumido, tudo funciona bem no começo, o ativo sobe e nos dias 
seguintes continua gerando lucros (no papel) como se não quisesse parar.
Porém, em uma deprimente tarde de sexta feira, os preços desabam sem motivo e 
o canal inferior é rompido!
E agora?
E agora que chegou a hora de vender.
Você vende.
Você perde tudo, 100%.
E então?
E então que você aprendeu a lição:
“Não é uma ideia inteligente investir todo o seu capital em um único ativo, é melhor 
diversificar.”
Depois de chorar por alguns dias, você levanta um novo capital e recomeça do 
lado conservador das coisas. Você formula um novo plano.
Ao invés de arriscar 100% do capital, você vai arriscar só 0,1% para evitar essas 
perdas ao máximo.
Parece ser uma boa ideia na teoria, mas será que tal plano funciona mesmo?
Sim, ele funciona fantasticamente bem!
Com um risco de só 0,1% o seu capital fica protegido contra as perdas, grandes ou 
pequenas! Por outro lado, fica protegido contra os lucros já que arriscando nada, 
você até não perde nada, mas não ganha nada também.
Agora, será que depois de tanto estudar os mercados, você quer mesmo perder 
tudo ou não ganhar nada?
É claro que não, você quer alcançar o sucesso!
Mas para isso é necessário encontrar um equilíbrio entre as quantias investidas de 
modo que o risco seja adequado. Você deve encontrar o ponto perfeito no qual 
você ganha bem quando acerta mas perde pouco quando erra.
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O que te ajuda a encontrar esse ponto perfeito é a gestão do dinheiro, conhecida 
também por position sizing ou apenas money management.
Para usá-la, basta que você conheça e saiba aplicar “modelos” que dizem quanto 
investir em um ativo em números exatos.
E adivinha?
É isto o que você irá aprender a seguir...
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Os Modelos BonsOs Modelos Bons
Existem dezenas de modelos diferentes, alguns bons, alguns ruins.
Pesquisando na internet podemos encontrar vários bons, mas como só precisamos 
mesmo dos melhores, vamos estudar apenas eles.
Agora eu vou te ensinar quatro modelos:
Bloquinho Por Operação;
Porcentagem Relativa ao Stop;
Porcentagem Relativa ao Stop, Mas Naquelas;
Porcentagem Relativa a Volatilidade ATR;
Assim como muitos conceitos da AT, todos eles funcionam há dezenas de anos e 
continuarão funcionando por muitos anos mais.
Porém, como os três últimos são um pouquinho complicados, vamos começar com 
aquele que até uma criança pode usar...
Bloquinho Por OperaçãoBloquinho Por Operação
Neste modelo você divide o seu capital em X partes iguais e investe cada parte em 
um ativo diferente.
Ou seja, se o seu capital for de R$10k e você resolveu usar 12 partes, é só dividir 
os R$10k por 12 para descobrir o valor de cada parte, que no caso, é de R$833.
Aí é só espalhar o capital:
Se você opera ações, cada parte fica com uma ação.
Se opera futuros, cada uma fica com um tipo de contrato.
Se opera forex, cada uma fica com um par.
Este modelo é muito bom pois além de ser simples de usar, a sua rentabilidade fica 
pouco abaixo dos mais complexos.
Falando nisso, configurá-lo também é uma brisa pois você só precisa definir em 
quantas partes (ou bloquinhos) o seu capital será dividido.
Os valores mais extremos ficam entre 2 e 30 blocos e os mais comuns e rentáveis, 
entre 4 e 12 blocos.
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“Legal, mas qual desses valores é o ideal?”
Dificilmente você terá problemas com 8 blocos. Quando eu usava este modelo em 
ações na escala diária com Donchian, 8 era o meu número da sorte.
Em outros mercados / escalas / ferramentas, os números variam demais e você só 
terá como descobrir o valor ideal testando tudo de uma vez. Mas como testar é a 
última coisa a se fazer, pense nos modelos hoje e deixe os valores para amanhã...
Porcentagem Relativa ao StopPorcentagem Relativa ao Stop
Imagine agora que você tenha R$40k e não queira perder de jeito nenhum mais de 
2% desse capital a cada operação fracassada. Ou seja, se você sofrer 3 perdas de 
uma vez, cada uma será de ~R$800 e só.
Você pode usar esse limite de risco contanto que saiba de antemão quando entrar 
e quando sair de uma operação caso ela fracasse imediatamente.
Pense no trade abaixo para entender melhor:
Aqui a seta verde indica o preço de entrada em R$8,00 e a seta vermelha indica o 
preço inicial de saída em R$6,95.
Se você comprar por R$8,00 e tudo der completamente errado no mesmo candle, 
você vai vender por R$6,95 sem olhar para trás.
Logo, para limitar a sua perda nesta operação em até 2% (R$800) do seu capital, 
basta que você junte todas essas informações...
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Capital Total: R$40k
Risco: 2%
Preço de Entrada: R$8,00
Preço Inicial de Saída: R$6,95
...conheça a fórmula do modelo...
(Capital Total * Risco) / (Entrada – Inicial de Saída)
...substitua todos os dados na fórmula e resolva a continha:
(R$40k * 2%) / (R$8,00 – R$6,95)
(40.000 * 0,02) / (8,00 – 6,95)
800 / 1,05
761,90unidades
Agora você sabe que precisa comprar 761,90 unidades do ativo para limitar o seu 
risco a 2% do seu capital.
Lembre-se de arredondar os números quando for necessário. E se não for possível 
operar com 762 unidades, arredonde para 760 ou 800 (depende se o mercado 
exige algum lote fixo de ativos, como 100).
Para saber quanto vão custar todas essas unidades, basta multiplicar o valor pelo 
preço de entrada do ativo:
800 * 8,00 = R$6.400,00
Depois é só gastar essa quantia e ficar de olho:
Se a operação der certo, os seus lucros serão altos o suficiente para gerar 
um bom retorno sobre o seu capital.
Se der errado, a sua perda será pequena e ficará limitada aos 2% desejados 
ou na pior das hipóteses, a um valor muito próximo disso.
Como você pode ver, esse modelo ainda é simples de ser usado e protege o seu 
capital de uma maneira mais elegante que o modelo dos bloquinhos.
Porém, existem dois empecilhos:
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Ele não funciona com todas as ferramentas da análise técnica.
De vez em quando sugere posições grandes ou pequenas demais.
O primeiro é que você precisa saber de antemão quando vender o ativo caso tudo 
dê errado rapidamente ou não será possível calcular a fórmula e usar o modelo.
No exemplo anterior é fácil encontrar as informações pois os Canais de Donchian 
mostram os dados nas linhas de entrada e de saída de uma vez.
Mas quem usa ferramentas como médias móveis ou o MACD não pode fazer nada 
porque elas não mostram um preço inicial de saída.
Olhe só o exemplo para entender melhor:
Se você comprar esse ativo na seta verde, em qual momento você vai vender caso 
tudo dê errado no candle seguinte?
Você só vai saber se tudo der errado no candle seguinte e as linhas se cruzarem!
Ou seja, como não podemos definir tanto um ponto de entrada quanto um de saída 
antes da operação, não temos como usar este modelo com ferramentas deste tipo.
Agora, para entender o segundo problema, preste atenção:
Com este modelo, apesar do risco em todas as operações ser praticamente igual, 
o tamanho das posições será diferente. No exemplo, o risco era de 2% mas a 
posição, isto é, quanto dinheiro você aplicou no ativo, passou dos 15%.
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Esse valor pode variar muito, para mais ou para menos, dependendo do trade e do 
risco. Porém, ele sempre fica numa certa média.
O problema surge quando o modelo sugere uma posição muito longe desta média, 
como mostra o exemplo abaixo:
Neste gráfico a setinha verde indica o preço de entrada em R$5,90 e a vermelha 
indica o preço inicial de saída em R$5,45.
Utilizando esses valores e os mesmos R$40k de capital e 2% de risco anteriores, 
chegamos ao seguinte cálculo:
(Capital Total * Risco) / (Entrada – Inicial de Saída)
(R$40k * 2%) / (R$5,90 – R$5,45)
(40.000 * 0,02) / (5,90 – 5,45)
800 / 0,45
1.777.77 unidades ou R$10.488,88
Esse resultado nos sugere um gasto de quase R$10,5k nesta operação para limitar 
o risco aos 2% de sempre. Na teoria, isso faz todo o sentido do mundo, mas na 
prática a coisa muda.
Ao gastar R$10,5k de um capital de R$40k em um único ativo, a sua posição será 
elevados 26,22% de todo o capital!
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E adivinha?
Manter 26% do seu dinheiro em um único ativo pode ser demais. Primeiro porque 
tende a ficar fora da média e segundo porque sobra pouco para outras operações.
Vale lembrar que o mesmo problema pode dar as caras no outro lado da mesa. Às 
vezes o modelo sugere posições tão pequenas e abaixo da média que faz com que 
eventuais lucros se tornem irrelevantes de tão pequenos.
Enfim, são esses os dois problemas do modelo.
Infelizmente o primeiro não pode ser resolvido, mas existe sim um solução para as 
posições exageradas. É uma adaptação que eu chamo de... 
Porcentagem Relativa ao Stop, Mas Naquelas...Porcentagem Relativa ao Stop, Mas Naquelas...
O modelo que eu uso é basicamente o de porcentagem relativa ao stop aplicado 
com uma certa dose de flexibilidade.
Por exemplo:
Se o seu modelo sugere posições médias de 10% a 16% mas do nada sugerir uma 
de 25%, recuse a sugestão e utilize um valor mais próximo da média, como 20%.
Lembre-se de respeitar o risco, não importa que ele seja de 1%, 2% ou 5%. Se for 
necessário diminuí-lo na adaptação, tudo bem. Mas evite aumentá-lo.
É verdade que essa versão do modelo se assemelha um pouco ao dos bloquinhos 
com suas posições do mesmo tamanho.
Porém, aqui elas não possuem o mesmo tamanho e sim, apenas estão na mesma 
média de tamanho, o que gera um equilíbrio mais adequado aos riscos e possibilita 
resultados ainda melhores.
Porcentagem Relativa a Volatilidade ATRPorcentagem Relativa a Volatilidade ATR
Este modelo calcula o tamanho das posições usando os dados de uma ferramenta 
conhecida como ATR.
Essa ferramenta mostra a volatilidade de um ativo durante um certo período.
Ou seja, ela nos diz se o ativo está mais volátil, subindo e descendo sem parar ou 
se está menos volátil, ficando mais ou menos no mesmo lugar.
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Aqui vai um exemplo:
Veja como os pontos mais baixos da linha vermelha da ATR coincidem com os 
candles mais “parados” do gráfico.
Essa linha é a função mais básica da ferramenta e indica o seguinte:
Se a volatilidade estiver em baixa, a linha estará mais para baixo.
Se a volatilidade estiver em alta, a linha estará mais para cima.
Agora preste atenção nesse valor de 0,5578 da setinha azul. Este é o valor da ATR 
no candle apontado pela seta verde.
Isso significa que nesse candle verde, no qual é possível encontrar um rompimento 
de uma resistência em R$22, o valor da ATR é de 0,5578.
Levando em conta um capital de R$120k e um risco de 1,5%, podemos usar todos 
esses dados no cálculo do modelo.
A fórmula é essa:
(Capital Total * Risco) / (X * ATR da Entrada)
Considerando que já sabemos o capital total, o risco e o valor da ATR no candle da 
entrada, só resta descobrirmos o que é esse X da fórmula.
O X é um multiplicador que varia de 1 até o infinito. Os valores mais usados ficam 
entre 2 a 5 e funcionam em vários mercados e escalas temporais.
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Você vai aprender a escolher o valor ideal no final do e-book. Porém, vamos definir 
um valor aleatório para X de 3.5 para continuarmos com o exemplo.
Enfim, agora só falta fazermos as continhas:
(Capital Total * Risco) / (X * ATR da Entrada)
(R$120k * 1,5%) / (3.5 * 0,5578)
(120.000 * 0,015) / (3.5 * 0,5578)
1.800 / 1,9523
922 unidades
Com o resultado sabemos que você deve comprar 922 unidades do ativo (ou 900, 
arredondando) para limitar o risco a aproximadamente 1,5% do seu capital.
Mais uma vez, para saber o custo dessas unidades, basta multiplicar o valor pelo 
preço de entrada do ativo:
900 * 22,00 = R$19.800,00
Sendo assim, gastando R$19.800,00 no ativo, o seu risco estará perfeito de acordo 
com o modelo de volatilidade ATR.
Também vale lembrar que existe a possibilidade de aproveitar o valor da ATR paradefinir um preço inicial de saída, um stop loss inicial, se preferir.
Para isso, subtraia o resultado da segunda parte da fórmula (1,9523) da mínima do 
candle de entrada. Como esse candle possui uma mínima de R$21,50, subtraindo 
1,9523 encontramos o ponto inicial de saída em ~R$19,54.
E é assim que se utiliza a ferramenta ATR, tanto para a gestão do dinheiro quanto 
para identificar um ponto de saída.
Esse modelo é dos melhores e mais eficientes que existem. A sua rentabilidade 
tende a ser superior a dos outros modelos na maioria das vezes.
Com o meu estilo de trading ele não costuma funcionar tão bem, mas como cada 
um é cada um, seria muita ingenuidade da sua parte não estudá-lo para saber se 
ele funciona para você ou não.
E por falar em funcionar ou não...
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Os Modelos RuinsOs Modelos Ruins
Assim como existem os modelos que protegem o seu capital e maximizam os seus 
lucros, existem os que só servem para atrapalhar.
Além do “all in” que expliquei na introdução, quatro outros são tão ruins quanto e 
devem ser evitados a qualquer custo.
São eles:
Nenhum;
Intuitivo;
X de Cada;
Martingale;
Agora vou explicar os prós e os terríveis contras de todos eles para que você não 
pense em usá-los num momento de fraqueza.
E vamos começar com o mais óbvio deles...
NenhumNenhum
Sem modelo.
Nenhum.
Zip. Nada.
Aqui o operador decide na hora quanto vai investir dependendo do seu humor e de 
outros fatores irrelevantes.
Se ele estiver com a confiança em alta, poderá investir 70% do seu capital em um 
mesmo ativo. Se tudo der errado, poderá diminuir para 30%, 5% ou 0,001%.
Quando tudo der inevitavelmente errado pela falta de lógica, talvez ele vá conhecer 
os bons modelos que acabei de te ensinar.
Bloquinhos, ATR, Porcentagem de Stop.
Porém, depois de testar todos, é provável que chegue a conclusão de que prefere 
usar um modelo diferente a cada operação.
Ou seja, ele escolhe todos, não segue nenhum, acaba misturando tudo e quebra.
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IntuitivoIntuitivo
Obviamente, este modelo é variável e depende da intuição do próprio trader.
O processo em si é simples:
Você observa os ativos, faz algumas comparações em sua própria mente, define 
um valor de compra e aperta o gatilho.
Ao contrário do modelo anterior, o intuitivo pode funcionar. O problema é que para 
isso acontecer, um trader precisa de uma intuição formada ao longo de vários anos 
de experiência.
É só para profissionais de longa data.
E ainda assim são poucos os que operam dessa forma pois a margem de erro é 
gigante. Você precisa ser muito, muito experiente mesmo.
Porém, muitos iniciantes passam algumas semanas ou poucos meses operando e 
decidem que já possuem uma intuição forte e eficiente.
E isso nunca é verdade.
Iniciantes não possuem uma intuição que pode ser utilizada na gestão do dinheiro 
pois eles quase não possuem experiência.
E adivinha?
A maneira de se conseguir essa experiência é tendo sucesso nos mercados, quase 
sempre usando modelos calculáveis no processo.
Portanto, se em algum momento você quiser substituir o seu velho modelo ATR por 
um intuitivo, antes pergunte a si mesmo a seguinte questão:
“Será que eu realmente possuo a experiência necessária para abandonar um bom 
modelo, válido e testado e seguir a minha intuição?”
Se a resposta for positiva, parabéns.
Se a resposta for negativa, continue com o seu modelo de sempre e mantenha a 
distância do intuitivo pois a chance dele destruir o seu capital é quase certa.
Lembre-se que não há problema algum em usá-lo, mas para isso você precisa ter 
a experiência para tal, o que leva anos para adquirir.
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X de CadaX de Cada
Se você sempre compra a mesma quantidade de ações mesmo quando elas são 
de empresas diferentes, você usa o modelo X de cada.
Com ele você sempre terá 100 ações do ativo A, 100 ações do ativo B, 4 contratos 
do futuro A, 4 contratos do futuro B e por aí vai.
A vantagem é que você descobre quanto comprar ou vender em segundos porque 
o número de ativos será constante, seja ele de 9, 100, 4 ou 1200.
A desvantagem é que o modelo não funciona pelo seguinte motivo:
O preço de 300 ações A pode ser de R$3k, o preço de 300 ações B pode ser R$9k, 
o futuro A pode custar R$X por contrato e o futuro B, R$10X por contrato.
Como todos esses ativos possuem preços diferentes, o modelo gera posições sem 
riscos proporcionais, totalmente desequilibrados.
E aí é só pensar um pouco:
Será que é inteligente investir o triplo ou até dez vezes mais no segundo do que no 
primeiro ativo quando o risco dos dois é parecido?
Não, não faz nenhum sentido.
Portante, ignore este modelo definitivamente pois ele é ilógico e ineficaz.
Simples assim.
MartingaleMartingale
Muito popular em cassinos e jogos de azar, ele te diz o seguinte:
Se você apostar R$1 e perder, faça uma nova aposta de R$2 que ao ganhar, 
você voltará ao 0 a 0 e poderá apostar novamente sem nenhum prejuízo.
Se der tudo errado mais uma vez e você perder os R$2, basta apostar R$4 
que se você ganhar, voltará ao 0 a 0 e poderá apostar sem prejuízos.
Na teoria, o Martingale engana muitas pessoas com a ilusão de que não é possível 
perder dinheiro. Afinal, é só dobrar a aposta a cada perda que logo no primeiro 
ganho, todo o capital será recuperado.
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A Tríplice do Trading ▲ 1ª Edição
Infelizmente esse modelo “genial” possui uma falha:
Nem sempre surge um pequeno ganho, mas se continuarem surgindo perdas, uma 
hora o dinheiro vai acabar e você não terá mais como apostar o dobro. E quando 
isso acontecer, o jogo e você estarão terminados.
Agora, são poucos os que usam o Martingale por escolha própria. A maioria o faz 
de forma inconsciente devido a uma forte tensão psicológica.
Por exemplo, quando um trader está perdendo muito dinheiro, ele pode se sentir 
obrigado a arriscar mais para se recuperar.
Conhece aquela do “arrisca, perde, arrisca mais, perde mais?”
É a mesma coisa.
Por esse motivo podemos dizer que o modelo é mais uma reação irracional ao 
enfrentar uma situação de estresse sem o preparo adequado do que uma escolha 
verdadeira.
E como a melhor maneira de evitar tais situações e preservar o psicológico é se 
preparando direito, a solução é simples:
Use um dos modelos bons e evite os que você acabou de conhecer que na hora H, 
a pressão será suportável e você nem chegará perto de sofrer com o Martingale.
A sua saúde e carteira agradecem.
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Seleção de AtivosSeleção de Ativos
De longe, o assunto mais ignorado pela maioria dos traders de todos os mercados 
é a seleção de ativos.
Alguns poucos conhecem a análise técnica, outros mais estudiosos conhecem até 
a gestão do dinheiro.
Mas a seleção de ativos?
Ninguém toca no assunto, nunca. 
E quer saber uma verdade?
Esse é um dos piores erros que podem ser cometidos e é a razão pela qual muitos 
“traders avançados” empacam e nunca ganham nada além de frustração.
Agora, para que vocêentenda a importância da seleção de ativos, eu quero contar 
uma rápida historinha...
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A Tríplice do Trading ▲ 1ª Edição
Tony era um homem infeliz pois nunca teve a oportunidade de se casar e ter filhos.
Porém, sendo bastante rico, possuía todos os recursos necessários para oferecer 
apenas o melhor para a sua eventual família.
Infelizmente a sua aparência sugeria o contrário.
Como passou a sua vida toda na frente do computador até altas horas do noite, o 
seu estado físico era lamentável. Ele estava gordo, fraco, mal vestido e no geral, 
mais parecia um mendigo do que um multimilionário.
Por isso, antes de procurar uma esposa, ele decidiu mudar a si mesmo.
“Se eu quero o melhor, devo oferecer o melhor também!”, pensou.
Alguns meses depois, Tony ganhou massa muscular, perdeu gordura, deu um tapa 
na cara através de cirurgias plásticas e até aplicou Botox.
Ele ficou forte, saudável e bonito.
Só que ele apenas parecia um mendigo forte, saudável e bonito. Faltava cuidar da 
parte externa, das roupas, do carro e da mansão.
Tony queria impressionar a futura mãe dos seus filhos e fez o máximo para atingir 
esse objetivo:
Comprou ternos na Savile Row, sapatos John Lobb, um Rolls Royce novinho em 
folha e uma mansão de 50 dormitórios com 4 mordomos.
Agora ele estava pronto.
Só faltava escolher uma mulher e começar a família.
Tony se dirigiu ao centro da sua cidade e não perdeu tempo:
Pediu em casamento a mão da primeira mulher que passou na sua frente.
Nina, uma ex-presidiária condenada por múltiplos assassinatos com requintes de 
crueldade aceitou o pedido no ato.
Poucas horas depois a união foi feita em uma viagem relâmpago a Las Vegas.
Porém, assim que alguns meses se passaram, e sem ter dado nenhum herdeiro a 
Tony, Nina o matou e fugiu para o México em busca de sua próxima vítima.
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A moral dessa história aparentemente off-topic é simples:
Não adianta ser o melhor homem do mundo se na hora de escolher uma parceira 
você for incapaz de tomar uma decisão sábia.
Como Tony cuidou das duas primeiras partes do seu plano mas falhou totalmente 
na terceira, ele acabou morto.
No mundo da tríplice e dos investimentos a situação é a mesma:
Não adianta nada conhecer as melhores ferramentas da análise técnica e todos os 
modelos da gestão do dinheiro se você for escolher os ativos errados.
Logo, como é fundamental operar apenas os ativos certos para que a sua tríplice 
funcione, é isso o que vamos aprender a seguir...
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A TeoriaA Teoria
Antes de procurarmos ativos de qualidade precisamos conhecer as características 
que os definem.
Felizmente são apenas quatro características:
Trendabilidade;
Liquidez;
Acessibilidade;
Histórico Longo;
Para aprender a identificá-las, acompanhe-me abaixo...
TrendabilidadeTrendabilidade
Ao comprar um ativo, você espera que ele se valorize para que seja possível tirar 
bons lucros do seu movimento de alta. 
Essa valorização precisa ser relativamente previsível porque do contrário, a análise 
técnica não vai funcionar.
A característica que define a “boa vontade” do ativo de se valorizar previsivelmente 
é a tal da trendabilidade.
Aqui vai um exemplo desse conceito:
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Note como o ativo desse gráfico:
Sobe com força de forma direta e sem enrolar;
Apresenta correções (pequenas quedas) breves e curtas;
Raramente se mantém em movimentos laterais.
“Respeita” o sinal de entrada das médias móveis.
Esse tipo de ativo é o melhor para se ganhar dinheiro porque com ele quase não 
existe dificuldade: você compra, ele sobe e acabou.
Até as piores ferramentas técnicas funcionam apenas porque o ativo é bom.
Por outro lado, alguns agem da forma oposta, cuspindo na cara da análise técnica 
e da gestão do dinheiro como se as chamasse de inúteis.
O ativo acima se movimenta da pior maneira possível:
Ele não sobe e nem desce;
Não “respeita” os cruzamentos das médias móveis;
Não “respeita” os rompimentos, gerando falsos sinais de entrada e saída.
Ativos assim possuem uma trendabilidade baixa demais e devem ser ignorados ao 
máximo para que você não sofra com perdas depois.
Agora, como você já pode deduzir, nós queremos ações, futuros ou pares de forex 
que se comportem mais como o primeiro do que como o segundo exemplo.
Além disso queremos ativos com outras características vitais, como por exemplo...
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LiquidezLiquidez
Mesmo movimentando-se perfeitamente, um ativo não poderá ser operado se não 
possuir também uma boa liquidez.
O conceito é o seguinte:
Os mercados não são como supermercados nos quais todas as pessoas compram 
produtos do estabelecimento em si.
Não.
Nos mercados de investimentos as pessoas negociam entre elas mesmas, igual a 
um mercado árabe cheio de bate boca.
Logo, se você quiser pagar R$5 em uma ação cuja última negociação foi feita por 
R$5, você precisa encontrar alguém que a venda por R$5 também.
Os sistemas da bolsa / futuros / forex unem os interessados automaticamente, mas 
para que a troca seja feita, as duas partes precisam estar de acordo em relação ao 
preço e é claro, ao produto.
Isso significa que se a última negociação foi feita por R$5, é possível que na sua 
vez de comprar você precise pagar R$5,05 se ninguém quiser te vender pelos R$5 
de antes.
A diferença entre o preço da última negociação e o preço no qual o ativo realmente 
pode ser comprado ou vendido no instante atual se chama slippage e quanto maior 
ela for, pior para você...
Olha só:
Se você precisar pagar R$5,05 no ativo de R$5 e a operação der certo, você 
vai ganhar menos (-R$0,05) do que ganharia caso não existisse a slippage.
Se precisar pagar R$5,05 no mesmo ativo e tudo der errado, você vai perder 
mais do que perderia caso não existisse a chata da slippage.
O que isso tem a ver com a liquidez é simples:
Quanto mais liquidez, menos slippage e lucros maiores / perdas menores.
Quanto menos liquidez, mais slippage e lucros menores / perdas maiores.
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Vale lembrar que tudo piora com ativos de baixíssima liquidez porque a slippage se 
torna absurda! Não estou falando de querer pagar R$9,92 e ser obrigado a pagar 
R$10 mas sim, querer pagar R$9,92 e ser obrigado a pagar R$12!
Isso seria péssimo porque apesar de ser “normal” sofrer com uma slippage de 1%, 
é totalmente impossível suportar uma de mais de 10% mesmo que o ativo possua 
a melhor trendabilidade do mundo!
Portanto, sempre fique de olho no fator liquidez.
A maneira mais rápida de evitar ativos com baixa liquidez é observar o seu book de 
ofertas (se estiver disponível / for aplicável).
Com ele, a análise pode ser feita em dois passos:
Observe os preços do book e compare-os com o da última negociação.
Se forpossível estimar uma compra ou venda a mercado com slippage de 
2% ou mais, esqueça o ativo.
Simples, rápido e eficiente.
AcessibilidadeAcessibilidade
Imagine agora que você encontrou um ativo que se movimenta muito bem e quase 
não apresenta slippage. Ele pode ser o melhor ativo de todos os tempos mas você 
só vai operá-lo se tiver o dinheiro para tal.
Sem ele, não vai dar para fazer nada.
Por exemplo:
Se você precisa de R$8k para adquirir um lote de ações mas possui apenas R$5k, 
existem duas soluções:
Comprar menos de um lote de ações no mercado fracionário e aguentar as 
perdas de uma slippage gigante.
Ignorar o ativo, por melhor que ele seja, até acumular um capital maior.
Como uma slippage alta é ruim, a única escolha é não comprar o ativo pois mesmo 
sendo de boa qualidade, ele não serve para você por ser muito caro.
Nesse caso o jeito é procurar ativos mais baratos.
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Por outro lado, mesmo que você tenha os recursos será burrice comprar o ativo se 
para isso você precisar desrespeitar o seu modelo da gestão do dinheiro.
Aqui vai o exemplo:
Imagine que você usa o modelo dos bloquinhos dividindo o seu capital de R$18k 
em 6 partes iguais, cada uma de R$3k.
Se você gastar no mínimo R$9k em um ativo qualquer, será preciso dedicar três 
bloquinhos a ele, o que é arriscado demais pois o valor representaria 50% do seu 
capital de apenas R$18k!
E o que acontece se uma operação que toma 50% do seu dinheiro dá errado?
Você perde muito dinheiro!
Portanto, seja humilde e opere apenas os ativos que forem compatíveis com o seu 
capital / modelo de risco.
Se encontrar um que seja “areia demais para o seu caminhãozinho”, ignore-o para 
a sua própria segurança. Com o tempo você terá como operá-lo corretamente mas 
até lá, é melhor prevenir (se existir a escolha) do que remediar.
Histórico LongoHistórico Longo
A última característica que define um ativo de qualidade tanto para o público geral 
quanto para você é um histórico longo.
Nós queremos ativos que estão no mercado há muitos anos ou pelo menos, há 
alguns bons meses.
Pense em uma ação que acabou de ser lançada no mercado. No começo, muitos 
podem querer essa ação, fazendo com que a sua liquidez seja alta e um provável 
movimento de alta seja forte.
Com isso a primeira impressão do ativo será a melhor possível.
“Wow! Essa ação 'trenda' super e tá molhada de liquidez!”
Mas será que podemos considerar como definitivas a liquidez e a trendabilidade de 
um ativo depois de apenas alguns dias de negociação?
Não mesmo.
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Um ativo pode se comportar de um jeito no lançamento e no futuro se transformar 
completamente. Escolhendo um ativo muito jovem, você corre o risco de descobrir 
depois que a sua qualidade é baixíssima.
Por isso prefira ativos cujos gráficos mostrem vários candles para saber melhor se 
ele tende a ser bom mesmo ou apenas se teve sorte no começo.
Você não quer comprar um brinquedo novo assim que ele chega na loja. Você quer 
comprá-lo só depois de conhecê-lo na loja, ver se existem problemas e certificar-se 
de que ele serve mesmo para você.
É claro que todo esse cuidado pode fazer com que algumas oportunidades sejam 
perdidas. Mas no longo prazo você só tem a ganhar.
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A PráticaA Prática
Agora que sabemos o que é um ativo de qualidade, devemos aprender a localizar 
vários deles de uma vez só.
A maneira de se fazer isso é usando um “modelo da seleção de ativos”.
Como antes, os melhores e mais úteis são apenas 4:
Mercado;
Grupo;
Subgrupo;
Olhômetro.
E para manter a tradição, vamos conhecer cada um em detalhes...
MercadoMercado
No modelo mais simples, todos os ativos de um mesmo mercado são escolhidos:
Se a ideia é operar ações da bolsa brasileira, você vai operar apenas ações 
dessa bolsa e de nenhuma outra.
Se preferir operar apenas futuros da bolsa de Chicago, vai operar só esses 
futuros e nenhum a mais.
Como você pode imaginar, a eficiência deste modelo é baixa pois “escolher todos 
os ativos” é uma solução muito genérica.
Porém, ela funciona (de forma suave) pois de todos os mercados, alguns tendem 
naturalmente a “trendar” melhor do que os outros.
O mercado de futuros e o forex são exemplos desses mercados.
Já o de ações, apesar de ser muito bom com os ativos e escalas corretas, requer 
um modelo melhor pois no geral, sua trendabilidade não é tão boa e a liquidez de 
algumas ações é ridícula.
Isso quer dizer que quem utilizar o modelo de mercado e operar apenas futuros ou 
forex tende a ficar com ativos melhores do que quem for operar apenas ações.
Novamente, não é o modelo perfeito, mas como muitos traders mal sabem o que é 
um modelo, esse é um começo.
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GrupoGrupo
A maneira de selecionar os ativos por grupos que possuem boas características é 
a mais adequada para ações.
Como mencionei antes, algumas delas se comportam de maneira horrível e fazem 
com que a qualidade geral do mercado fique numa média baixa.
Felizmente tudo muda se separarmos as ações por grupos:
Blue Chips (grandes empresas);
Mid Caps (médias empresas);
Small Caps (pequenas empresas);
Micos (empresas falidas ou quase lá);
Agora, ao invés de operar “só ações da Bovespa”, você pode operar “só ações de 
grandes empresas da Bovespa” ou “só ações de pequenas empresas da bolsa de 
valores da Botswana”.
O que você tem a ganhar com cada um desses grupos vai depender do seu estilo 
de trading e da escala temporal usada.
De modo mais detalhado, é o seguinte:
Blue Chips – possuem uma liquidez altíssima mas uma trendabilidade ruim 
nas escalas acima da diária. Por outro lado, funcionam bem na intraday.
Mid Caps – não são tão líquidas e 'trendáveis' como as blue chips na escala 
intraday e nem nas escalas maiores. Elas são as ações “pato”: fazem várias 
coisas, mas nenhuma delas muito bem.
Small Caps – apresentam uma trendabilidade fantástica mas uma liquidez 
que deixa a desejar. Por isso elas são melhores da escala diária para cima. 
Mas na intraday é melhor ir com as blue chips.
Micos – altíssima trendabilidade e liquidez praticamente zero. Nesse caso a 
primeira não compensa a segunda. Nunca conheci uma pessoa inteligente 
que operasse micos. Você não deve operá-los também.
Para saber quais ações pertencem a quais grupos, basta digitar o nome do grupo e 
o da bolsa no Google e procurar uma lista de ações, seja de um índice ou não.
Digitando “bovespa blue chips” (ou “large caps”), “índice small caps bovespa” e por 
aí vai, você encontra a lista de ativos do grupo desejado.
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Seguindo essas regras de grupo e de escala, basta operar “blue chips na intraday” 
ou “small caps na diária” que automaticamente você terá um equilíbrio tanto na 
trendabilidade quanto na liquidez.
Apesar deste modelo servir basicamente para ações, é possível usá-lo em outros 
mercados:
Com futuros por exemplo, você pode separar as mercadorias como boi gordo, café 
ou