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DIREITO PENAL APLICADO I

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DIREITO PENAL APLICADO I
INTRODUÇÃO, CONCEITO E PRINCÍPIOS DO DIREITO
	
	 
		
	
		1.
		Consoante os estudos sobre as características do Direito Penal no Estado Democrático de Direito, assinale a alternativa INCORRETA:
	
	
	
	A intervenção estatal penal só se legitima nos casos em que a conduta possa colocar em grave risco ou lesionar bem jurídico relevante.
	
	
	Dentre suas características, destacam-se: ser essencialmente preventivo, retributivo e ressocializador, buscando, sempre que possível, a aplicação de medidas alternativas às penas privativas de liberdade como forma de controle penal e, portanto, devendo ser utilizado como última forma de controle social.
	
	
	O princípio da proporcionalidade preconiza a idéia de que a punição deve guardar relação com o fato praticado
	
	
	O recurso à pena no Direito Penal garantista está condicionado ao princípio da máxima intervenção, para garantir a proteção de todos os bens jurídicos
	
	
	O ordenamento positivo deve ter como excepcional a previsão de sanções penais, e não se apresentar como instrumento de satisfação de situações contingentes e particulares.
	
Explicação:
O Direito Penal Garantista está fundamentado no princípio da mínima intervenção, e não da máxima intervenção, pois o Direito Penal deve ser aplicado quando estritamente necessário., ou seja, será aplicado quando os demais ramos do Direito não tutelarem efetivamente o bem jurídico protegido.
	
	
	
	 
		
	
		2.
		O principio da ultima ratio:
	
	
	
	constitui-se em sistema descontinuo de seleção de ilícitos não sancionado todas as condutas lesivas dos bens mais relevantes.
	
	
	estabelece que, a elaboração de normas incriminadoras e função exclusiva da lei.
	
	
	implica na irretroatividade da lei penal.
	
	
	estipula que a criminalização de uma conduta só se legitima se constituir meio necessário para a proteção de determinado bem jurídico.
	
	
	praticamente erradica a responsabilidade objetiva enunciando que não há crime sem culpabilidade.
	
Explicação:
Ultima ratio é uma expressão em latin e significa ultimo recurso. Sendo assim, pelo princípio da intervenção mínima do Direito Penal este ramo do Direito deve ser o último recurso a ser adotado pelo Estado. Portanto, se outros ramos do Direito tutelam de forma eficaz o bem jurídico não há necessidade de se socorrer do Direito Penal. 
	
	
	
	 
		
	
		3.
		Só a lei pode definir crimes e cominar penalidades. Nenhuma outra fonte inferior à lei pode gerar uma norma penal. Dessa forma, não há possibilidade de uma portaria, uma resolução ou medidas provisórias (que são outras espécies de normas) criarem um tipo de crime. Um bom exemplo dessa afirmação é que o presidente não pode criar crime por meio de um ato legislativo seu, a Medida Provisória (art. 62 da CF/88), que não passa pelo congresso. Assim, as demais normas, que não sejam leis, não podem definir crimes nem impor penas. Nesse sentido, o texto refere-se ao Princípio da:
 
	
	
	
	Irretroatividade das Normas Incriminadoras
	
	
	Anterioridade da Lei Penal
	
	
	Reserva da Lei
	
	
	Taxatividade
	
	
	Irretroatividade da Lei Penal
	
Explicação:
Princípio da Reserva da Lei
 
	
	
	
	 
		
	
		4.
		Parece existir uma relevante importância do processo histórico na compreensão da filosofia e dos princípios do Direito Penal Contemporâneo. Crimes e castigos existiram na sociedade humana desde os primórdios. Assim, relativamente aos princípios de Direito Penal, assinale a alternativa INCORRETA:
	
	
	
	Não há crime sem lei anterior que o defina.
	
	
	A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-se aos fatos anteriores.
 
	
	
	não há pena sem prévia cominação legal.
	
	
	Os crimes hediondos não estão sujeitos ao princípio da anterioridade da lei penal.
	
	
	nenhuma das alternativas
	
	
	 
		
	
		5.
		Jefferson, segurança da mais famosa rede de supermercados do Brasil, percebeu que João escondera em suas vestes três sabonetes, de valor aproximado de R$ 12,00 (doze reais). Ao tentar sair do estabelecimento, entretanto, João é preso em flagrante delito pelo segurança, que chama a polícia. A esse respeito, assinale a alternativa correta.
	
	
	
	Embora sua conduta constitua crime, João deverá ser absolvido, uma vez que a prisão em flagrante é nula, por ter sido realizada por um segurança particular.
	
	
	A conduta de João não constitui crime, uma vez que o fato é materialmente atípico.
	
	
	A conduta de João não constitui crime, uma vez que este agiu em estado de necessidade.
	
	
	A conduta de João constitui crime, uma vez que se enquadra no artigo 155 do Código Penal, não estando presente nenhuma das causas de exclusão de ilicitude ou culpabilidade, razão pela qual este deverá ser condenado.
	
	
	A conduta de João não constitui crime, uma vez que será excluída sua culpabilidade.
	
Explicação:
Materialmente atípico tendo em vista o princípio da insignificância (bagatela), pois o crime de furto tutela o patrimônio e neste caso o patrimônio do supermercado não foi materialmente atingido. 
	
	
	
	 
		
	
		6.
		A vida em sociedade impõe ao ser humano uma série de relações com seus semelhantes. Nem sempre essas relações serão pacíficas. Os conflitos podem surgir e, dessa forma, a vida em sociedade depende de uma regulamentação. No que tange à disciplina em estudo, Direito Penal,  cumpre destacar que o Estado, criado para proteger os seres humanos e lhes garantir um bem-estar, protege os bens mais importantes da sociedade erigindo a condução de bens tutelados pelo direito penal. Assim, quando os bens do homem (vida, patrimônio liberdade, dignidade sexual etc.) recebem essa proteção de uma norma elaborada pelo Estado. Nesse sentido, a função do Direto Penal é:
 
	
	
	
	Proteger os direitos humanos
	
	
	Proteger a ordem pública
	
	
	Proteger o patrimônio
	
	
	Proteger a honra.
 
	
	
	Proteger os bens jurídicos.
	
Explicação:
Os bens jurídicos são os bens da vida, tutelados por uma norma penal que incrimina quem os atinge ou coloca em risco. A partir da prática de uma dessa condutas incriminadas pelo direito penal, surge para o Estado o poder-dever de exercer seu ius puniendi (direito de punir).
	
	
	
	 
		
	
		7.
		O Direito Penal, ou Direito Criminal, é um ramo do Direito Público que é composto por um conjunto de normas jurídicas que qualificam e tipificam atitudes em crimes. Ele permite que o Estado, diante da legalidade jurídica, aplique sanções penais a quem cometer crimes que perturbem a ordem. Assim o princípio da insignificância considera como necessária, na aferição do relevo material da tipicidade penal, a presença de certos vetores, entre os quais, NÃO SE INCLUI:
	
	
	
	a mínima ofensidade da conduta do agente
	
	
	reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento
	
	
	nenhuma das afirmativas
 
	
	
	nenhuma periculosidade social da ação
	
	
	elevado nível sócio econômico do ofensor
	
Explicação:
O ALUNO DEVERÁ DIFERENCIAR OS Princípios constitucionais e infraconstitucionais
	
	
	
	 
		
	
		8.
		No que diz respeito aos princípios aplicáveis ao Direito Penal, analise os textos a seguir:
- A proteção de bens jurídicos não se realiza só mediante o Direito Penal, senão que nessa missão cooperam todo o instrumental do ordenamento jurídico. - ROXIN, Claus. Derecho penal- parte geral. Madrid: Civitas, 1997.1.1, p. 65;
- A criminalização de uma conduta só se legitima se constituir meio necessário para a proteção de ataques contra bens jurídicos importantes. - BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratada de direito penal: parte geral. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2014, p. 54.
Nesse sentido, é correto afirmar que os textos se referem ao:
	
	
	
	princípio da intervenção mínima, imputando ao Direito Penal somente fatos que escapem aos meios extrapenais de controle social, em virtude da gravidade da agressão e da importância do bem jurídico para a convivência social.princípio da proporcionalidade, em que somente se reserva a intervenção do Estado, quando for estritamente necessária a aplicação de pena em quantidade e qualidade proporcionais à gravidade do dano produzido e a necessária prevenção futura.
	
	
	princípio da adequação social em que as condutas previstas como ilícitas não necessariamente revelam-se como relevantes para sofrerem a intervenção do Estado, em particular quando se tornarem socialmente permitidas ou toleradas.
	
	
	princípio da ofensividade, pois somente se justifica a intervenção do Estado para reprimir a infração com aplicação de pena, quando houver dano ou perigo concreto de dano a determinado interesse socialmente relevante e protegido pelo ordenamento jurídico.
	
	
	princípio da insignificância, que reserva ao Direito Penal a aplicação de pena somente aos crimes que produzirem ataques graves a bem jurídicos protegidos por esse Direito, sendo que agir de forma diferente causa afronta à tipicidade material.

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