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Eletricidade_geral_Pratica

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Aprendizagem Industrial Eletricista de Manutenção
Eletricidade geral
Prática
Eletricidade geral - Prática
SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade Geral - Prática
 SENAI-SP, 2005
2ª Edição.
Trabalho revisado pela Escola SENAI “Roberto Simonsen” - CFP 1.01 e editorado por Meios Educacionais
da Gerência de Educação da Diretoria Técnica do SENAI-SP.
Revisão de conteúdos Antônio Hernandes Gonçalves (CFP 1.01)
Paulo Dirceu Bonami Briotto (CFP 1.01)
Demércio Claudinei Lopes (CFP 1.01)
1a Edição, 2003.
Trabalho editorado a partir de conteúdos extraídos da Intranet por Meios Educacionais da Gerência de
Educação da Diretoria Técnica do SENAI-SP.
Coordenação Airton Almeida de Moraes
Seleção de conteúdos Luiz Cláudio Vecchia
Capa José Joaquim Pecegueiro
Contato: meiosedu@sp.senai.br
SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Departamento Regional de São Paulo
Av. Paulista, 1313 - Cerqueira César
São Paulo – SP
CEP 01311-923
Telefone
Telefax
SENAI on-line
(0XX11) 3146-7000
(0XX11) 3146-7230
0800-55-1000
E-mail
Home page
senai@sp.sena.br
http://www.sp.senai.br
Eletricidade geral - Prática
SENAI-SP - INTRANET
Sumário
Apresentação 5
Ferramentas para instalações elétricas 7
Ferramentas para eletrodutos 15
Utensílios para eletricistas 25
Normas técnicas 31
Condutores elétricos 39
Técnicas de conexão de condutores elétricos 45
Eletrodutos 53
Acessórios para eletrodutos 63
Proteção contra os perigos da energia elétrica 67
Instrumentos de medição de grandezas elétricas 73
Fontes de alimentação 93
Lâmpadas incandescentes 105
Luminária para lâmpadas fluorescentes 109
Dispositivos de manobra, ligação e conexão 119
Dispositivo de proteção, acionamento e sinalização 127
Diagramas elétricos 141
Noções de ergonomia 151
Riscos ergonômicos 173
Prevenção de incêndios 183
Descarte de materiais 193
Emendar, soldar e isolar condutores 203
Serrar, abrir roscas e curvar eletrodutos 209
Montar rede de eletroduto 215
Medir resistência elétrica 225
Medir grandezas elétricas 229
Comprovar a lei de Ohm 237
Comprovar as leis de Kirchhoff 243
Instalar tomada, interruptor e lâmpada 253
Instalar duas lâmpadas incandescentes 257
Eletricidade geral - Prática
SENAI-SP - INTRANET
Instalar luminária 259
Indicações de normas 261
Referências bibliográficas 265
Eletricidade geral - Prática
SENAI-SP - INTRANET 5
Apresentação
Caro Aluno;
Neste momento você está iniciando seus estudos na área de Eletricista de
Manutenção do Curso de Aprendizagem Industrial do SENAI. O principal objetivo deste
estudo é fazer você conhecer não só os princípios e as leis que comandam o
funcionamento dos circuitos eletroeletrônicos, mas também as características de
componentes e instrumentos de medição usados no dia-a-dia do profissional dessa
área.
Para isso, o presente volume, Eletricidade geral - Prática profissional está
dividido em duas partes: Tecnologia Aplicada, que complementa os conceitos
teóricos que você já estudou com informações tecnológicas sobre ferramentas,
instrumentos, componentes, equipamentos e normas de segurança para a realização
das atividades práticas e Ensaios, que têm o objetivo de comprovar
experimentalmente os conceitos e aplicar na prática todos os conteúdos teóricos
estudados.
Trata-se de um material de referência preparado com todo o cuidado para ajudá-lo em
sua caminhada rumo ao sucesso profissional. Por isso desejamos que ele seja não
apenas a porta de entrada para o maravilhoso mundo da eletroeletrônica, mas também
que indique os inúmeros caminhos que este mundo pode fornecer quando se tem
curiosidade, criatividade e vontade de aprender.
Eletricidade geral - Prática
SENAI-SP - INTRANET6
Eletricidade geral - Prática
SENAI-SP - INTRANET 7
Ferramentas para
instalações elétricas
Para a realização de suas tarefas do dia-a-dia, o profissional da área eletroeletrônica
necessita não só do conhecimento teórico, mas também de uma série de
equipamentos, componentes e ferramentas que o auxiliam nesse trabalho.
Neste capítulo serão estudadas as ferramentas mais usadas em eletricidade, ou seja,
alicates e chaves de fenda.
Alicates
O alicate é uma ferramenta de aço forjado composta de dois braços e um pino de
articulação. Cada uma das extremidades de cada braço (cabeça) pode ser em formato
de garras, de lâminas de corte ou de pontas que servem para segurar, cortar, dobrar
ou retirar peças de determinadas montagens.
Eletricidade geral - Prática
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Existem vários modelos de alicates, cada um adequado a um tipo de trabalho. Em
serviços de eletricidade, os alicates mais usuais são os seguintes:
• Alicate universal;
• Alicate de corte diagonal;
• Alicate de bico;
• Alicate decapador;
• Alicate gasista.
O alicate universal é o modelo mais conhecido e usado de toda a família dos
alicates. Os tipos existentes no mercado variam principalmente em relação ao
acabamento e ao formato da cabeça.
Esse tipo de alicate é uma das principais ferramentas usadas pelo eletricista, pois
serve para prender, cortar ou dobrar condutores.
Este alicate é composto de dois braços articulados por um pino ou eixo, que permite
abri-lo e fechá-lo, e em uma das extremidades se encontram suas mandíbulas. São
encontrados nos comprimentos de 150 mm, 165 mm, 175 mm, 190 mm, 200 mm,
210 mm e 215 mm.
O alicate de corte diagonal serve para cortar condutores. É encontrado nos
comprimentos de 130 mm e 160 mm.
Eletricidade geral - Prática
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Alicate de bico redondo é utilizado para fazer olhal em condutores com diâmetros
diferentes, de acordo com o parafuso de fixação. É encontrado nos comprimentos de
130 mm e 160 mm.
O alicate decapador possui mandíbulas reguláveis para decapar a isolação com
rapidez e sem danificar o condutor. Tem comprimento padronizado conforme o
diâmetro do condutor.
Outro alicate usado pelo eletricista instalador é o alicate gasista, também chamado de
alicate bomba d’água, que possui mandíbulas reguláveis, braços não isolados e não
tem corte. Serve para montar rede de eletrodutos, e especificamente buchas e
arruelas. É encontrado nos comprimentos de 160 mm, 200 mm e 250 mm.
Eletricidade geral - Prática
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Chave de fenda
A chave de fenda comum ou chave de parafuso é uma ferramenta manual utilizada
para apertar e desapertar parafusos que apresentam uma fenda ou ranhura em suas
cabeças.
Ela é constituída por uma haste de aço-carbono ou aço especial, com uma das
extremidades forjada em forma de cunha e outra, em forma de espiga prismática ou
cilíndrica estriada, encravada solidamente em um cabo.
O cabo normalmente é feito de material isolante rígido com ranhuras longitudinais que
permitem uma boa empunhadura do operador e impedem que a ferramenta
escorregue da mão.
A região da cunha da chave de fenda é temperada para resistir à ação cortante das
ranhuras existentes nas fendas dos parafusos. O restante da haste deve apresentar
uma boa tenacidade para resistir ao esforço de torção quando a chave de fenda estiver
sendo utilizada.
Para permitir o correto ajuste na fenda do
parafuso, as chaves de fenda comuns de boa
qualidade apresentam as faces esmerilhadas em
planos paralelos, próximo ao topo.
face esmerilhada
Eletricidade geral - Prática
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A finalidade dessas faces esmerilhadas é dificultar o escorregamento da cunha na
fenda do parafuso quando ele está sendo apertado ou desapertado. Isso evita que
a fenda do parafuso fique danificada e protege o operador de acidentes devidos ao
escorregamento da ferramenta
Além da chave de fenda comum, existem alguns outros modelos indicados para o uso
em trabalhos da área eletroeletrônica. Elas são:
• Chave Philips;
• Chave tipo canhão.
Chave Philips
A chave Philips é uma variante da chave de fenda. Nela, a extremidade da haste,
oposta ao cabo, tem o formato de cruz. É usada em parafusos que usam este tipo de
fenda.
Chave tipo canhão
A chave tipo canhão tem na extremidade de sua hasteum alojamento com dimensões
iguais às dimensões externas de uma porca. Esse tipo de chave serve para a
colocação de porcas.
Eletricidade geral - Prática
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Conservação e condições de uso
Como qualquer outra ferramenta, a chave de fenda requer cuidados especiais de
manuseio e armazenamento.
Para que a chave de fenda se mantenha em perfeito estado para uso, deve-se seguir
os seguintes cuidados de manuseio:
• Não usar o cabo da chave como um martelo;
• Não usar a chave para cortar, raspar ou traçar qualquer material;
• Usar a chave adequada ao tamanho e tipo do parafuso;
• Jamais esmerilhar ou limar a cunha da chave.
Para evitar acidentes, ao apertar parafusos, a peça deve estar apoiada em um lugar
firme. Do contrário, a chave poderá escorregar e causar ferimentos na mão que estiver
segurando a peça.
Exercícios
1. Responda às seguintes questões:
a. Quais são as ferramentas mais usada nas atividades da área eletroeletrônica?
b. Qual dos alicates estudados nesta lição serve para prender, cortar e dobrar
condutores?
c. Qual é a função do alicate bomba d’água?
Eletricidade geral - Prática
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2. Associe a coluna da esquerda com a coluna da direita.
a. Alicate decapador
b. Alicate de bico
c. Alicate de corte diagonal
d. Chave tipo canhão
e. Chave philips
( ) Serve para cortar condutores.
( ) Tem uma fenda no formato de cruz.
( ) Decapa a isolação de condutores.
( ) Serve para montar redes de eletrodutos.
( ) Faz olhal em condutores.
( ) Serve para colocação de porcas.
Eletricidade geral - Prática
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Eletricidade geral - Prática
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Ferramentas para
eletrodutos
Para executar seu trabalho, além dos materiais e acessórios para redes de eletrodutos,
o eletricista necessita também de ferramentas. Algumas delas serão estudadas neste
capítulo.
Ferramentas
Dentre as ferramentas que o eletricista pode usar em seu trabalho diário, podem ser
citadas a serra manual para cortar eletrodutos metálicos e as tarraxas para abrir
roscas nesses mesmos eletrodutos.
Serra manual
A serra manual é uma ferramenta composta de um arco de aço e uma lâmina de aço
rápido ou carbono dentada e temperada. Ela é usada para cortar ou abrir fendas em
materiais metálicos.
Eletricidade geral - Prática
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A lâmina de serra, que pode ser alternada ou ondulada, possui um lado dentado com
trava, permitindo a execução de um corte com largura maior que a espessura da
lâmina.
Trava alternada
No comércio, são encontradas lâminas de serra com comprimentos de 8, 10 e 12
polegadas e 14, 18, 24 e 32 dentes por polegada.
Os dentes das lâminas de serra não têm sempre o mesmo tamanho. Esse tamanho
depende do passo, ou seja, do número de dentes, contidos em determinada distância
(25,4 cm ou 1”).
Peças finas, tais como chapas e tubos, devem ser serradas com serra de dentes finos,
ou seja, aquelas que têm maior quantidade de dentes por polegada. Por outro lado,
material muito macio ou blocos inteiriços podem ser serrados com serras de dentes
relativamente mais grossos, isto é, aquelas que têm menor quantidade de dentes por
polegada. Veja tabela a seguir.
Tamanho dos dentes Passo da lâmina Tipo de material Ilustração
Dentes finos 32 dentes por polegada
Tubos, eletrodutos e
 chapas finas
24 dentes por polegada
Perfis de aço em T, L, U,
latão e cobre
Dentes grossos 18 dentes por polegada Aços resistentes
14 dentes por polegada
Material macio e grandes
superfícies
Eletricidade geral - Prática
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Utilização da serra manual
Para utilizar a serra manual, primeiramente seleciona-se a lâmina de acordo com o
material a ser serrado. Na montagem da lâmina no arco, deve-se observar o sentido
dos dentes que devem obedecer o avanço do corte.
Ao serrar, o ritmo de corte deve ser mantido em aproximadamente sessenta golpes por
minuto. A serra deve ser usada em todo o seu comprimento. Ao se aproximar do
término do corte, deve-se diminuir a velocidade e a pressão sobre a serra para evitar
acidentes.
Inicialmente, a lâmina de serra deve ser guiada com o dedo polegar, a fim de que seja
mantida ligeiramente inclinada para a frente.
Eletricidade geral - Prática
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Tarraxa para eletroduto metálico rígido
A tarraxa para tubos é uma ferramenta destinada a fazer roscas nos eletrodutos
metálicos e plásticos.
É fabricada basicamente em dois tipos:
1. Tarraxa universal e
2. Tarraxa simples de cossinete ajustável.
Basicamente as tarraxas compõe-se das seguintes peças mostradas na ilustração a
seguir.
Eletricidade geral - Prática
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A tarraxa universal, é assim chamada em virtude de permitir, com apenas dois jogos de
cossinetes, fazer roscas em qualquer tubo, cujo diâmetro esteja compreendido entre
1/2” e 2”.
Em virtude do sistema mecânico dessas tarraxas, é necessário que cada cossinete
tenha o seu lugar próprio, não sendo possível trocá-lo de posição. Para isso, eles são
numerados, bem como seus alojamentos no corpo da tarraxa.
Toda a vez que houver necessidade de montar cossinetes em tarraxa universal, deve-
se verificar se o número gravado no cossinete corresponde ao gravado no corpo da
tarraxa, ao lado do alojamento de cada cossinete.
Com exceção da tarraxa universal, todos os outros tipos de tarraxa utilizam um jogo de
cossinetes para cada diâmetro de eletroduto a ser roscado.
Eletricidade geral - Prática
SENAI-SP - INTRANET20
Utilização da tarraxa
Para a utilização desta tarraxa, deve-se escolher a guia de acordo com o diâmetro do
eletroduto, prendendo-a firmemente com o parafuso de fixação.
guia
O par de cossinetes deve ser montado com a parte escareada para dentro, e os
parafusos devem ser ligeiramente apertados.
As marcas contidas nos cossinetes e na tarraxa são referências para dar simetria à
abertura.
Eletricidade geral - Prática
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Os cossinetes devem ser fixados de forma que o eletroduto fique preso na altura da
metade dos filetes da rosca de corte.
Ao se fazer a rosca, deve-se manter um movimento de vaivém, avançando 1/2 volta e
retornando 1/4 de volta. Então, os cossinetes são novamente apertados dando um
novo passo.
Esse procedimento deve ser repetido até que o comprimento necessário de rosca seja
atingido.
Eletricidade geral - Prática
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Tarraxa para eletroduto de plástico rígido
A montagem desta tarraxa é bem mais simples, pois o guia e o cossinete são
encaixados e fixados com parafusos.
A tarraxa é movimentada no sentido horário. Esse movimento força a ferramenta para
dentro do tubo para formar os sulcos iniciais.
A cada meia volta de avanço no sentido horário, deve-se voltar duas vezes no sentido
anti-horário.
Exercícios
1. Responda às questões abaixo.
a. Qual é o cuidado a ser tomado quando se prende a lâmina de serra no arco?
Eletricidade geral - Prática
SENAI-SP - INTRANET 23
b. Quais são as peças que compõem uma tarraxa para eletroduto metálico?
c. O que é passo da lâmina?
d. Qual é o passo da lâmina a ser usado para serrar eletrodutos e tubos?
e. Por que a tarraxa universal tem essa denominação?
Eletricidade geral - Prática
SENAI-SP - INTRANET24
Eletricidade geral - Prática
SENAI-SP - INTRANET 25
Utensílios para eletricistas
Para executar seu trabalho, muitas vezes o eletricista precisa, além de ferramentas
como alicates e chaves, de equipamentos adicionais que o auxiliem na execução de
determinadas tarefas.
Neste capítulo, serão apresentados três utensílios que ajudam o eletricista em seu
trabalho. Serão mostradas também as formas corretas de sua utilização.
Escadas
A escada é um equipamento utilizado pelo eletricista para que possa realizar
trabalhos em diferentes alturas. Elas são encontradas basicamente em três modelos
diferentes:
• Escada simples;
• Escada dupla;
• Escada com apoio.
A escada simples é constituída basicamente
por degraus e pernas. Esse tipo de escadasó
pode ser usado em locais que ofereçam apoio
a sua parte superior, como por exemplo
paredes.
Eletricidade geral - Prática
SENAI-SP - INTRANET26
O apoio contra as paredes deve ter uma inclinação tal, que os pés fiquem distantes da
parede aproximadamente ¼ do comprimento “L”.
Antes de subir na escada, é necessário certificar-se de que os pés da escada estejam
firmemente apoiados ao chão. Se o piso for escorregadio, use um tapete de
borracha no apoio dos pés da escada.
Ao utilizar essa escada, deve-se solicitar o auxílio de
outra pessoa para segurá-la firmemente antes da
subida. Se possível, o último degrau deve ser
amarrado no ponto de apoio para que a escada não
escorregue de lado.
Eletricidade geral - Prática
SENAI-SP - INTRANET 27
As escadas dupla e com apoio são semelhantes na forma construtiva, diferindo
apenas na utilização. A escada dupla permite a subida de duas pessoas, enquanto que
a escada com apoio permite a subida de somente uma.
Esses tipos de escada não precisam ser apoiadas em paredes, porque possuem dois
lados que se abrem com o auxílio de uma dobradiça. Além disso, um braço articulado
mantém a escada na posição aberta.
Cinto porta-ferramentas
Esse cinto é um equipamento de segurança usado não só para proteger o eletricista
contra quedas, mas também para transportar as ferramentas de forma prática e
organizada, uma vez que, para evitar acidentes nunca se deve carregar ferramentas
no bolso.
Eletricidade geral - Prática
SENAI-SP - INTRANET28
O cinto deve ser colocado na cintura com as ferramentas encaixadas nos espaços
separados para cada uma; alicates, chaves de fendas e canivete.
Guia de náilon
O guia de náilon é utilizado para facilitar a passagem dos condutores nos eletrodutos.
Na ponta desse utensílio existe uma mola com uma esfera para guiar a haste de nailon
através das curvas.
Na outra extremidade do guia, a fixação dos condutores é feita por meio do olhal
metálico, conforme ilustração a seguir.
Após feitas as amarrações, e antes de introduzir o guia através do eletroduto, estas
devem ser isoladas com fita isolante. As amarrações devem receber uma camada de
vaselina ou talco industrial, fabricados para esse fim, à medida que o guia e as fiações
forem sendo introduzidas. Isto é feito para facilitar a passagem dos condutores pelos
eletrodutos.
Eletricidade geral - Prática
SENAI-SP - INTRANET 29
Exercícios
1. Responda as questões a seguir.
a. Quais são os modelos de escadas existentes?
b. O que deve ser feito quando se utiliza uma escada simples em pisos
escorregadios?
c. Qual é a diferença entre a escada simples e a dupla?
d. Qual é a função do cinto porta-ferramentas?
e. Quando a guia de náilon deve ser usada?
Eletricidade geral - Prática
SENAI-SP - INTRANET30
Eletricidade geral - Prática
SENAI-SP - INTRANET 31
Normas técnicas
Se observarmos a natureza, será possível perceber que existem, no ambiente em que
vivemos, elementos que se repetem. Exemplos disso são os movimentos dos astros,
os formatos das folhas, a estrutura cristalina de determinas substâncias.
Seguindo essa tendência natural, quando o ser humano começou a viver em
comunidade, precisou usar normas de convivência, de linguagem, de padrões de
comportamento.
Conforme foi descobrindo ou inventando armas, ferramentas, objetos de uso
doméstico, o homem percebeu também as vantagens de usar normas e procedimentos
uniformizados.
Isso se tornou ainda mais necessário quando a Revolução Industrial, que começou no
fim do século XVIII, fez surgir a produção em massa, ou seja, a fabricação de um
mesmo produto em grandes quantidades. Para racionalizar custos de produção e
facilitar o uso e manutenção dos produtos fabricados, começaram a surgir critérios de
padronização que reduziram a variedade de tamanhos e formatos das peças,
diminuindo a quantidade de itens de estoque e facilitando a vida do consumidor.
O que é normalização?
A padronização foi o primeiro passo para a normalização. Esta nada mais é do que
um conjunto de critérios estabelecidos entre as partes interessadas, ou seja, técnicos,
engenheiros, fabricantes, consumidores e instituições, para padronizar produtos,
simplificar processos produtivos e garantir um produto confiável que atenda às
necessidades de seu usuário.
Eletricidade geral - Prática
SENAI-SP - INTRANET32
Do processo de normalização surgem as normas que são documentos que contêm
informações técnicas para uso de fabricantes e consumidores. Elas são elaboradas a
partir da experiência acumulada na indústria e no uso, e a partir dos avanços
tecnológicos que vão sendo incorporados à criação e fabricação de novos produtos.
O processo de normalização que se iniciou por volta de 1900 e se estendeu até os
anos 80, concentrou seus esforços na criação de normas que visavam à especificação
e à definição de produtos industriais, agrícolas e outros. Nesse período, a maior
atenção da normalização esteve voltada para a padronização de peças usadas na
construção de máquinas e de equipamentos.
Atualmente as normas englobam questões relativas a terminologias, glossários de
termos técnicos, símbolos e regulamentos de segurança entre outros. Por causa disso,
os objetivos atuais da normalização referem-se à:
• Simplificação
Ou seja, à limitação e redução da fabricação de variedades desnecessárias de um
produto;
• Comunicação
Ou seja, ao estabelecimento de linguagens comuns que facilitem o processo de
comunicação entre fabricantes, fornecedores e consumidores;
• Economia global
Isto é, à criação de normas técnicas internacionais que permitam o comércio de
produtos entre países;
• Segurança
Quer dizer, à proteção da saúde e da vida humanas;
• Proteção dos direitos do consumidor
Isto é, à garantia da qualidade do produto.
Normas técnicas brasileiras
O atual modelo brasileiro de normalização foi implantado a partir de 1992 e tem o
objetivo de descentralizar e agilizar a elaboração de normas técnicas. Para isso, foram
criados o Comitê Nacional de Normalização (CNN) e o Organismo de
Normalização Setorial (ONS).
Eletricidade geral - Prática
SENAI-SP - INTRANET 33
O CNN tem a função de estruturar todo o sistema de normalização, enquanto que cada
ONS tem como objetivo agilizar a produção de normas específicas de seus setores.
Para que os ONS passem a elaborar normas de âmbito nacional, eles devem se
credenciar e ser supervisionados pela Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT).
A ABNT é uma entidade privada, sem fins lucrativos e a ela compete coordenar,
orientar e supervisionar o processo de elaboração de normas brasileiras, bem como
elaborar, editar e registrar as referidas normas (NBR).
Para que os produtos brasileiros sejam aceitos nos mercados internacionais, as
normas da ABNT devem ser elaboradas, de preferência, seguindo diretrizes e
instruções de associações internacionais de normalização como a ISO (International
Standard Organization), com sede em Genebra, na Suíça, e que significa Organização
Internacional de Normas) e a IEC (International Eletrotechnical Commission, que quer
dizer, Comissão Internacional de Eletrotécnica) utilizando a forma e o conteúdo das
normas internacionais, acrescentando-lhes, quando necessário, as particularidades do
mercado nacional.
A ABNT é responsável pela elaboração dos seguintes tipos de normas:
• Normas de procedimento
Que fornecem orientações sobre a maneira correta de empregar materiais e
produtos; executar cálculos e projetos; instalar máquinas e equipamentos; realizar
controle de produtos;
• Normas de especificação
Que fixam padrões mínimos de qualidade para os produtos;
• Normas de padronização
Que fixam formas, dimensões e tipos de produtos usados na construção de
máquinas, equipamentos e dispositivos mecânicos;
• Normas de terminologia
Que definem, com precisão, os termos técnicos aplicados a materiais, máquinas,
peças e outros artigos;
• Normas de classificação
Que ordenam, distribuem ou subdividem conceitos ou objetos,bem como
estabelecem critérios de classificação a serem adotados;
• Normas de métodos de ensaio
Que determinam a maneira de se verificar a qualidade das matérias-primas e dos
produtos manufaturados.
Eletricidade geral - Prática
SENAI-SP - INTRANET34
• Normas de simbologia
Que estabelecem convenções gráficas para conceitos, grandezas, sistemas ou
partes de sistemas, com a finalidade de representar esquemas de montagem,
circuitos, componentes de circuitos, fluxogramas etc.;
 
 Observação
 A simbologia facilita a comunicação entre fabricantes e consumidores. Sem códigos
normalizados, cada fabricante teria que escrever extensos manuais para informar as
características dos equipamentos, projetos, desenhos, diagramas, circuitos, esquemas
de seus produtos.
Normas para eletricidade/eletrônica
Para existir, uma norma percorre um longo caminho. No caso de eletricidade, ela é
discutida inicialmente no COBEI - Comitê Brasileiro de Eletricidade.
O COBEI tem diversas comissões de estudos formada por técnicos que se dedicam a
cada um dos assuntos específicos, que fazem parte de uma norma. Estes
profissionais, muitas vezes partem de um documento básico sobre o tema a ser
normatizado, produzido pelo IEC. Como este documento é feito por uma comissão
internacional, ele precisa, como já foi dito, ser adaptado para ser aplicado no Brasil.
Feitos os estudos, tem-se um projeto de norma que recebe um número da ABNT, é
votado por seus sócios e retorna à comissão técnica que pode aceitar ou não as
alterações propostas na votação. Se aprovado, transforma-se em norma ABNT que,
em seguida é encaminhada ao INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial (órgão federal ligado ao Ministério da Justiça),
onde receberá uma classificação e será registrada.
Esta norma poderá ser uma NBR1, o que a torna obrigatória; uma NBR2, obrigatória
para órgãos públicos e chamada de referendada; ou uma NBR3, chamada de
registrada e que pode ou não ser seguida.
Eletricidade geral - Prática
SENAI-SP - INTRANET 35
O organograma simplificado da ABNT, mostrado a seguir, representa o trajeto seguido
por uma norma até que ela seja aprovada.
A B N T
C O B E I
comissão
técnica
INMETRO
N B R 2
referendada
N B R 1
obrigatório
N B R 3
registrada
comissão
técnica
comissão
técnica
documento
do I E C
sócios da
A B N T
 trajeto de uma norma
Periodicamente, as normas devem ser revistas. Em geral, esse exame deve ocorrer
em intervalos de cinco anos. Todavia, o avanço tecnológico pode determinar que
algumas normas sejam revistas em intervalos menores de tempo.
O consumidor e a norma
No relacionamento fabricante-consumidor, o consumidor é a parte que mais se
beneficia com produtos fabricados segundo normas oficiais, pois quanto maior o
número de normas implantadas para se fabricar um produto qualquer, maior a
qualidade do produto e, portanto, maior é a confiança do consumidor.
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Além disso, fabricar produtos segundo normas aceitas internacionalmente é um fator
muito importante para a colocação desses produtos no mercado externo.
Se as normas já eram importantes, com o código de defesa do consumidor as
normas técnicas da ABNT estão assumindo um papel ainda mais importante, já que se
tornaram verdadeiras referências sobre qualidade e produto.
A ABNT é aberta à população e é possível associar-se a ela e receber normas
atualizadas. Mesmo não sendo sócio, qualquer cidadão pode fazer consultas ou
adquirir normas no seguinte endereço:
• Rua Marquês de Itu, 88 - 4o andar
 São Paulo - CEP 01223-000
 Tel.: (011) 222-0966
 e. mail: http://www.abnt.org.br
Exercícios
1. Assinale a alternativa correta:
a. As organizações ISO e IEC elaboram normas:
1. ( ) nacionais, para uso restrito em alguns países.
2. ( ) para setores específicos do setor produtivo.
3. ( ) internacionais, para uso comum de vários países.
4. ( ) para uso interno de algumas empresas.
b. As mais importantes associações internacionais responsáveis pela elaboração
de normas válidas para diversos países são:
1. ( ) ISO, ABNT.
2. ( ) ISO, IEC.
3. ( ) IEC, ABNT.
4. ( ) ABNT, DIN.
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2. Faça a analogia entre a descrição e o respectivo objetivo da normalização,
numerando a coluna da direita de acordo com a da esquerda. Atenção! Um dos
parênteses ficará vazio!
a. Reduzir variedades de dimensões e padrões,
definir terminologia comum e coerente para
facilitar a fabricação e o uso dos produtos.
b. Padronizar termos técnicos, criando uma
linguagem comum para facilitar a relação entre
fabricantes, fornecedores e consumidores.
c. Obter produtos com qualidade, custo reduzido,
menor índice de refugo, menor quantidade de
itens de estoque.
d. Proteger a saúde, a vida humana e o bem-
estar da sociedade.
e. Garantir satisfação com a qualidade e
eficiência do produto.
( ) economia global
( ) segurança
( ) interesse do consumidor
( ) diversificação
( ) simplificação
( ) comunicação
3. Responda às seguintes perguntas:
a. Qual é o nome da organização responsável pela elaboração das normas
técnicas no Brasil?
b. Quantos e quais são os tipos de normas que esse órgão elabora?
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Eletricidade geral - Prática
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Condutores elétricos
Nas lições anteriores, você aprendeu que para a eletricidade poder ser utilizada,
precisa da existência de um circuito por onde possa circular a corrente elétrica.
Você estudou, também, que o circuito elétrico mais simples é composto por três
componentes: a fonte geradora, a carga e o condutor.
Nesta lição, vão ser estudados os diferentes tipos de condutores que podem ser
usados nos mais variados tipos de instalações elétricas.
Para obter sucesso no estudo dos condutores, é necessário ter conhecimentos
anteriores sobre materiais condutores.
Materiais para a fabricação de condutores
Como já foi estudado, condutor é o componente do circuito que conduz a corrente
elétrica. Ele é tão mais eficaz quanto maior for sua capacidade de facilitar a passagem
da corrente.
Por causa disso, os condutores elétricos são fabricados com materiais cuja formação
atômica facilita a ocorrência de uma corrente elétrica, ou seja, materiais que conduzem
eletricidade com maior eficácia devido a sua condutibilidade.
Os materiais mais utilizados como condutores elétricos são o cobre e o alumínio.
Esses dois materiais apresentam vantagens e desvantagens em sua utilização.
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A tabela que segue apresenta em destaque os itens nos quais um material apresenta
vantagem sobre o outro.
Cobre Alumínio
Resistividade (0,017ΩΩ .mm2) / m Resistividade (0,028Ω .mm2) / m
Boa resistência mecânica Baixa resistência mecânica
Soldagem das emendas com estanho Requer soldas especiais
Custo elevado Custo mais baixo
Densidade 8,9 kg/dm3 Densidade 2,7 kg/dm3
Comparando a resistividade do alumínio com a do cobre, verifica-se que a resistividade
do alumínio é 1,6 vezes maior que a do cobre. Portanto, para substituir um condutor de
alumínio por um de cobre, deve-se diminuir a seção deste em 1,6 vezes com relação
ao condutor de alumínio, para que este conduza a mesma corrente nas mesmas
condições.
Em instalações residenciais, comerciais e industriais, o condutor de cobre é o mais
utilizado. O condutor de alumínio é mais empregado em linhas de transmissão de
eletricidade devido a sua menor densidade e, consequentemente menor peso. Isso é
um fator de economia, pois as torres de sustentação podem ser menos reforçadas.
Tipos de condutores
O condutor pode ser constituído de um ou vários fios. Quando é constituído por apenas
um fio é denominado de fio rígido. Quando é constituído por vários fios, é chamado de
cabo.
fio
cabo
O cabo é mais flexível que um fio de mesma seção. Assim, quando se necessita de
um condutor com seção transversalsuperior a 10 mm2 é quase que obrigatório o uso
do cabo devido a sua flexibilidade, uma vez que o fio a partir desta seção é de difícil
manuseio .
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O cabo pode ser formado por um condutor (cabo simples ou singelo) ou vários
condutores (múltiplo)
Isolação
Para proteção do condutor é utilizado uma capa de material isolante denominado
isolação, com determinadas propriedades destinadas a isolá-los entre si.
A isolação deve suportar a diferença de potencial entre os condutores e terra, e
proteger o condutor de choques mecânicos, umidade e corrosivos. Alguns condutores
são fabricados com duas camadas de materiais diferentes, porém completamente
aderidas entre si.
A camada interna é constituída por um composto com propriedades elétricas
superiores, sendo que a externa é constituída por um material com características
mecânicas excelentes.
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A isolação suporta temperaturas elevadas, de acordo com o material que é utilizado na
sua fabricação. Veja tabela a seguir.
Tipo de isolação
Temperatura máxima
para serviço contínuo
(condutor °° C)
Temperatura limite de
sobrecarga
(condutor °° C)
Temperatura limite
de curto-circuito
(condutor °° C)
Cloreto de polivilina
(PVC)
70 100 160
Borracha etileno-
propileno (EPR)
90 130 250
Polietileno
reticulado (XLPE)
90 130 250
Normalização
No Brasil, até 1982, os condutores elétricos eram fabricados de acordo com a escala
AWG / MCM. A partir daquele ano, de acordo com o plano de metrificação do Instituto
Nacional de Metrologia, foi implantado a série métrica conforme as normas da IEC.
Como conseqüência, a NBR 5410 inclui duas novas características nas especificações
dos fios e cabos: nova escala de seções padronizadas em mm2 e emprego de
materiais isolantes com nova temperatura-limite, aumentando de 60° C para 70° C.
Com isso, houve um aumento da densidade de corrente (ampères por mm2 ) uma vez
que o emprego de materiais isolantes com maior temperatura-limite possibilita este
aumento.
Outra vantagem dessa mudança é que as seções são dadas em números redondos,
ou seja, com menor números de casas decimais em relação ao sistema AWG / MCM.
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A tabela que segue mostra o limite de condução de corrente elétrica pelos condutores,
no sistema métrico, a capacidade de condução de corrente para cabos isolados até 3
condutores carregados, e maneiras de instalar n°s. 1,2 ,3 ,5 e 6 da norma NBR 5410.
PVC/70oC - NBR- 6148 ABNT
Série Métrica (mm2) Ampéres Série Métrica (mm2) Ampéres
1,5 15,5 70 171
2,5 21 95 207
4 28 120 239
6 36 150 272
10 50 185 310
16 66 240 364
25 89 300 419
35 111 400 502
50 134 500 578
As normas da ABNT aplicáveis a fios e cabos são:
• NBR-6880 para condutores de cobre para cabos isolados;
• NBR-6148 para fios e cabos com isolação sólida extrudada de cloreto de polivinila
para tensões até 750V-especificações.
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Exercícios
1. Responda as questões abaixo :
a. Cite duas principais vantagens que o cobre oferece em relação ao alumínio.
b. Qual é a diferença entre fio rígido e cabo nos aspectos construtivos e de
utilização?
c. Quais foram as principais vantagens da mudança da escala AWG para a série
métrica ?
2. Relacione a coluna da esquerda com a coluna da direita.
a. Cabo singelo
b. Cabo múltiplo
c. Isolação PVC
d. Isolação EPR
( ) 70°
( ) Prolongamento
( ) 90°
( ) Condutor único
( ) Vários condutores
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Técnicas de conexão de
condutores elétricos
Quando é necessário unir as extremidades de condutores de modo a assegurar
resistência mecânica adequada e um contato elétrico perfeito, usam-se emendas e
derivações.
As técnicas para realizar esses tipos de conexão entre condutores elétricos são o
assunto deste capítulo.
Emendas e derivações
Os tipos de emendas mais empregados são :
• Emendas em linhas abertas;
• Emendas em caixas de ligação;
• Emendas com fios grossos.
As emendas feitas em linhas abertas são feitas enrolando-se a extremidade do
condutor à ponta do outro e vice-versa. Este tipo de emenda é denominado de
prolongamento.
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Para se executar este tipo de emenda, os condutores a serem unidos devem ser
desencapados em aproximadamente 50 vezes seu diâmetro.
O fio sem isolação deve ser cruzado, e as primeiras espiras enroladas com os dedos.
Então, prossegue-se com o alicate universal, dando o aperto final com dois alicates.
As emendas de condutores em caixas de ligações são denominadas rabo de rato.
Para esse tipo de emenda, os condutores são desencapados da mesma forma e
comprimento do processo anterior. Os fios devem estar fora da caixa e a emenda deve
ser iniciada torcendo-se os condutores com os dedos.
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O aperto final deve ser dado com o alicate.
Dobrando-se a emenda no meio, faz-se o travamento.
Quando é necessário derivar um condutor em uma rede elétrica, independente do tipo
de ligação, usa-se a derivação.
O condutor a ser derivado deve ser
desencapado num comprimento de aproximada-
mente 50 vezes seu diâmetro. A região do outro
condutor onde se efetuará a emenda deve ser
desencapada num comprimento aproximado de
10 vezes o seu diâmetro.
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Deve-se cruzar o condutor em um ângulo de 90° em relação ao condutor principal,
segurando-os com o alicate universal.
O condutor derivado deve ser enrolado com os dedos sobre o principal mantendo-se
as espiras uma ao lado da outra, e um mínimo de 6 espiras.
condutor principal
condutor derivado
Utilizando dois alicates, dá-se o aperto final e o arremate.
Em virtude da resistência que os condutores oferecem na torção das pontas, em
condutores com seção igual ou superior a 10 mm2 outro processo de emenda é
utilizado. Isso exige técnica especial de junções, a fim de assegurar uma ligação
mecânica forte, além do bom contato elétrico.
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Emendas de fios grossos
Em relação às emendas de fios grossos, observa-se a regra geral de que as
emendas só podem ser executadas com auxílio de conectores. A tabela a seguir
resume informações sobre esse tipo de emenda.
Tipo de emenda Aplicação Ilustração
Emendas com fio
amarrilho
Instalações interiores.
O fio utilizado como
amarrilho deve ser de 1mm2 .
fio amarrilho
Emendas em
prolongamento e em
derivação
Instalações externas
Condutor encordoado
(cabo)
Emenda entrelaçada de uso
geral.
Emenda com
conector
Prolongamento ou
derivações em fios singelos
ou cabos.
cobre
inibidor
alumínio
Emenda por soldagem
Outra forma de emendar fios grossos é pela emenda por soldagem que apresenta um
bom contato elétrico e boa resistência mecânica. Ela é executada com o auxílio de um
metal de adição formado por uma liga de estanho e chumbo.
metal de
adição
ferro de
soldar
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Para executar a emenda por soldagem, o ferro de soldar deve estar com a ponta limpa,
quente, e com uma certa quantidade de metal de adição derretido.
O ferro deve ser o apoio da emenda, e o metal de adição deve estar apoiado na parte
superior da emenda, até que a solda fundida preencha todos espaços entre as espiras
e cubra totalmente a emenda.
Conectores especiais
A conexão de condutores pode também ser feita por meio de conectores especiais,
denominados bornes ou conectores bornes, que unem fios ou cabos por meio de
parafusos.
Outra forma de conexão de condutores a equipamentos é o olhal, feito com um alicate
de bico. É importante observar o sentido de aperto do parafuso ao se conectar o fio no
equipamento para que o olhal não se abra.
Isolação de emendas e derivações
Toda emenda e derivação deve ser protegida por uma isolação restabelecendo as
condiçõesde isolação dos condutores. Essa isolação é feita por meio da fita isolante.
A fita isolante é fabricada com materiais plásticos e borracha. É apresentada
comercialmente em rolos com diferentes comprimentos e larguras adequadas a cada
tipo de condutor que se queira isolar.
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Independente do tipo de emenda ou derivação, esta deve ser isolada com, no mínimo,
duas camadas de fita sem que ela seja cortada, procurando deixá-la bem esticada e
com a mesma espessura do isolamento do condutor.
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Eletrodutos
Para executar seu trabalho, além de conhecimentos teóricos consistentes, o
profissional da área eletroeletrônica tem necessariamente que conhecer muito bem
os materiais, as ferramentas e os equipamentos de que dispõe para executar as
tarefas características de sua profissão.
Neste capítulo, iniciaremos o estudo de alguns desses materiais.
Eletroduto
Eletrodutos são tubos de metal ou plástico, rígidos ou flexíveis, utilizados com a
finalidade de proteger os condutores contra umidade, ácidos ou choques mecânicos.
Podem ser classificados em:
• Eletroduto rígido de aço-carbono;
• Eletroduto rígido de pvc;
• Eletroduto metálico flexível;
• Eletroduto de pvc flexível.
Eletrodutos rígidos de aço
Os eletrodutos rígidos de aço são tubos de aço com ou sem costura longitudinal
(solda), com diâmetros e espessuras de paredes diferenciados, e com acabamento de
superfície externo e/ou interno, que pode ser brunido, decapado, fosfatizado,
galvanizado, pintado, polido, revestido ou trefilado. São usados normalmente em
instalações expostas.
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Comercialmente são adquiridos em barras de 3 metros, cujas extremidades são
roscadas e providas de uma luva.
3 m
Os eletrodutos rígidos de aço são especificados de acordo com as normas NBR 5597,
5598, 5624 e 13057. Apresentam variação de diâmetro e espessura de parede
conforme a tabela a seguir.
Espessura de parede (mm )Diâmetro
Nominal
(mm)
Designação
da rosca
(polegada) NBR5597
NBR
5598
NBR
5624
NBR
13057
10 3/8 2,00 2,00 1,50 1,50
15 1/2 2,25 2,25 1,50 1,50
20 3/4 2,25 2,25 1,50 1,50
25 1 2,65 2,65 1,50 1,50
32 1 1/4 3,00 3,00 2,00 2,00
40 1 1/2 3,00 3,00 2,25 2,25
50 2 3,35 3,35 2,25 2,25
65 2 1/2 3,75 3,75 2,65 2,65
80 3 3,75 3,75 2,65 2,65
90 3 1/2 4,25 4,25 2,65 2,65
100 4 4,25 4,25 2,65 2,65
125 5 5,00 5,00 - -
150 6 5,30 5,30 - -
As diferenças entre as normas citadas está no acabamento, no tipo de rosca (BSP ou
NPT) e na presença ou ausência de costura no eletroduto.
Observações
• A designação do diâmetro do eletroduto deve ser feita pelo diâmetro nominal e
não pela designação da rosca.
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• No comércio, são encontrados eletrodutos de má qualidade que não atendem às
normas. Os comerciantes chamam esses materiais de eletrodutos leves, médios
ou pesados. Esse material e essas denominações não devem ser usados.
Para a fixação dos eletrodutos em instalações aparentes são utilizadas braçadeiras
apropriadas para cada ocasião, e que são encontradas em catálogos de fabricantes.
Os eletrodutos metálicos não devem ser utilizados em ambientes corrosivos ou com
excessiva umidade. Além disso, eles devem ser curvados a frio, pois o calor destrói
sua proteção de esmalte, o que causará a posterior oxidação do eletroduto.
Dobramento de eletrodutos
Em alguns casos, é necessário dobrar eletrodutos de aço. Isso é feito para adaptá-los
ao traçado de uma instalação, quando se deseja que uma rede de eletrodutos
transponha um obstáculo, acompanhe uma superfície com uma eventual curvatura ou
mesmo por falta de uma curva pré-fabricada.
Para dobrar o eletroduto, é necessário que antes se prepare um gabarito de arame de
acordo com as curvas a serem feitas.
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As partes que serão curvadas devem ser marcadas no eletroduto conforme a figura a
seguir.
Para executar o dobramento, apoia-se o eletroduto no chão. O dobra-tubos é então
seguro com as mãos, e o operador prende o eletroduto com os pés. O cabo do dobra-
tubos é puxado aos poucos e o eletroduto é dobrado conforme a inclinação da curva
desejada.
Veja figura abaixo.
Durante essa operação, não se pode esquecer de comparar o eletroduto com
o gabarito preparado anteriormente.
Para executar essa operação, pode-se usar, também, o tripé do tipo dobra-tubos.
Com esse equipamento, porém, o tripé fica fixo e é o eletroduto que é movimentado.
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Eletroduto rígido de PVC
Estes eletrodutos são fabricados com derivados de petróleo, sendo isolantes elétricos,
não sofrem corrosão nem são atacados por ácidos.
São fabricados em barras de 3 metros, tendo também seus extremos roscados e seus
diâmetros e espessura de parede são determinados pela NBR 6150, conforme tabela
que segue.
Diâmetro
nominal
(mm)
Referência da
rosca
(polegada)
Classe A
Espessura de parede
(mm)
Classe B
Espessura de parede
(mm)
16 3/8 1,5 1,0
20 1/2 1,5 1,0
25 3/4 1,7 1,0
32 1 2,1 1,0
40 1 1/4 2,4 1,0
50 1 ½ 3,0 1,1
60 2 3,3 1,3
75 2 1/2 4,2 1,5
85 3 4,7 1,8
Os eletrodutos rígidos de PVC, são normalmente utilizados em instalações embutidas,
ou instalações externas em ambientes úmidos. Porém, não devem ser utilizados em
ambientes onde a temperatura seja superior a 50o C.
Para utilização em desvios da instalação, são fabricadas curvas de 90o.
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Em alguns casos é necessário curvar o eletroduto em ângulos, para adaptá-lo ao
traçado de uma instalação, quando este encontre um obstáculo ou acompanhe uma
superfície com uma curvatura especial.
Da mesma forma como com os eletrodutos de aço, em alguns casos, quando se
empregam os eletrodutos rígidos de PVC, é necessário curvá-los em ângulos, para
adaptá-los ao traçado da instalação. Para isso, é necessário ter uma fonte de calor e
uma mola de aço com diâmetro compatível com a medida do diâmetro interno do
eletroduto.
Para curvar o eletroduto de PVC, primeiro deve-se marcar a zona a ser curvada com
dois traços. Depois disso, seleciona-se a mola correspondente ao eletroduto,
introduzindo-a de maneira que coincida com a zona a ser curvada.
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A zona a ser curvada, deve ser aquecida, girando-se e deslocando-se o eletroduto em
um e outro sentido, sobre uma fonte de calor suave, para que o plástico amoleça. A
fonte de calor pode ser um fogareiro elétrico, um soprador térmico, ou mesmo uma
chama.
Quando se percebe que o material está cedendo, começa-se a curvá-lo lentamente.
Deve-se evitar queimar ou amolecer demasiado o plástico.
Continua-se dobrando o eletroduto até obter a forma desejada, controlando com o
gabarito correspondente, ou sobrepondo-o ao traçado. Quando o curvamento estiver de
acordo com o gabarito, a zona curvada deve ser imediatamente resfriada com um pano
umedecido ou submergindo-a em um recipiente com água fria.
Eletroduto metálico flexível
Este eletroduto é formado por uma cinta de aço galvanizada, enrolada em espirais meio
sobrepostas e encaixadas de tal forma que o conjunto proporcione boa resistência
mecânica e grande flexibilidade. Esse produto também é fabricado com um
revestimento de plástico a fim de proporcionar maior resistência e durabilidade.
São utilizados em instalações expostas de máquinas e motores elétricos.
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Este eletroduto é comercializado em rolos de 100 metros, que contêm a indicação do
diâmetro externo.
Eletrodutos de PVC flexível
Existem eletrodutos flexíveis de material plástico, utilizados somente em instalações
embutidas. Como não existe uma norma da ABNT a respeito desse tipo de eletroduto,
para sua correta especificação e utilização, deve-se utilizarda norma IEC 614.
No comércio, os eletrodutos flexíveis de PVC são adquiridos em rolos de 50 ou 100
metros.
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Exercícios
1. Responda às seguintes perguntas:
a. O que são eletrodutos e qual é a sua função?
b. Na execução de uma tubulação embutida, qual tipo de eletroduto deve ser
usado?
2. Relacione a coluna da esquerda com a coluna da direita:
a. Eletroduto metálico rígido.
b. Eletroduto metálico flexível.
c. Eletroduto plástico flexível.
 ( ) Barras de 3 metros.
 
 ( ) Leves, médios e pesados.
 
 ( ) Somente instalações embutidas.
 
( ) Rolos de 100 metros.
 
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Acessórios para
eletrodutos
No capítulo anterior, foram estudados os diversos tipos de eletrodutos que um
eletricista pode usar nas mais variadas situações de instalação.
No entanto, para fixá-los, são necessários alguns materiais acessórios. Esses
materiais serão estudados neste capítulo.
Acessórios
Acessórios são materiais que complementam as instalações de rede de eletrodutos.
Eles são de diversos tipos, a fim de se adaptarem a cada necessidade. Os acessórios
mais utilizados são:
• Buchas e arruelas;
• Conectores;
• Conduletes.
Buchas e arruelas
As conexões de tubos roscados às caixas de passagem são feitas por meio de buchas
e arruelas, que são indispensáveis para a proteção da isolação dos condutores. Elas
são fabricadas em alumínio, latão ou plástico.
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Conectores
O conector é um acessório que conecta um eletroduto a uma caixa ou condulete. Eles
podem ser fixados sem a necessidade de roscar a extremidade do eletroduto. São
fabricados em alumínio fundido, e fixados nas caixas com uma bucha.
Para fixá-los, introduz-se o tubo no conector, prendendo-o com um parafuso fixador, ou
com um sistema de braçadeira.
Estes conectores são utilizados também para a fixação de eletrodutos metálicos
flexíveis.
Condulete
O condulete é uma peça empregada em rede exposta de eletrodutos. Ele é usado
como caixa de passagem, de ligações e ainda para evitar curvas nos eletrodutos.
Ele é formado pelas seguintes partes:
1. Corpo de liga de alumínio fundido
de alta resistência mecânica;
2. Tampa estampada de alumínio;
3. Parafusos de fixação da tampa;
4. Entradas roscadas ou de encaixe
com parafuso de fixação;
5. Encosto arredondado para
proteção do isolamento dos fios;
6. Junta de borracha;
7. Identificação da bitola, estampada
no corpo.
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Os conduletes podem ser encontrados nos tipos simples, duplos, triplos e quádruplos.
Todos eles possuem tampas intercambiáveis que permitem inúmeras combinações de
tomadas, interruptores, botões de comandos e lâmpadas-piloto encontrados nos
catálogos do fabricante. Esses acessórios são apresentados conforme as figuras
abaixo.
Quanto à entrada, os conduletes são denominados de: C, T, LB, LR, LL, TB, e E, e
atendem em sua forma construtiva às necessidades de qualquer instalação. Veja
exemplos a seguir:
Para especificar corretamente esse acessório, é importante consultar catálogos de
fabricantes.
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Observação
As letras que definem o tipo do condulete, provêm do inglês. Assim, temos:
• E de end, que quer dizer fim;
• C de continuation, que significa continuação;
• B de back, que significa parte de trás;
• L de left, que quer dizer esquerdo;
• R de right, que significa direito.
Exercícios
1. Responda às seguintes questões:
a. O que são acessórios de uma tubulação, e quais são os mais usados?
b. O que são conduletes, e como são utilizados em uma instalação?
c. O que define a letra R em um condulete tipo LR? Explique.
d. Qual é a função da bucha em uma rede de eletrodutos?
e. Quais tipos de materiais são usados na fabricação de buchas e arruelas?
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Proteção contra os perigos
da energia elétrica
Muitas vezes subestimamos os perigos das energia elétrica, por não ser um perigo
visível ou apalpável como ocorre em mecânica, por exemplo.
Mas uma simples troca de lâmpada pode ser fatal se não forem observados alguns
aspectos importantes com relação a segurança.
Neste capítulo serão abordados assuntos que devem ser encarados com muita
seriedade, pois, sua vida é mais importante que qualquer outra coisa, inclusive seu
trabalho.
Efeitos da corrente elétrica no corpo humano
Partindo do princípio de que tudo é formado por átomos, e corrente elétrica é o
movimento dos elétrons de um átomo a outro, o corpo humano é então um condutor
de eletricidade.
Eletricidade geral - Prática
SENAI-SP - INTRANET68
A passagem da corrente elétrica pelo corpo humano pode ser perigosa dependendo da
sua intensidade, do caminho por onde ela circula e do tipo de corrente elétrica. Assim,
uma pessoa suporta, durante um curto período de tempo, uma corrente de até 40 mA.
Vejamos por quê
Com as mãos úmidas, a resistência total de um corpo humano é de aproximadamente
1.300 Ω. Aplicando a Lei de Ohm (V = R ⋅⋅ I), vamos nos lembrar de que para uma
corrente de 40 mA circular em uma resistência de 1.300 Ω, é necessária apenas uma
tensão elétrica de: V = 1.300 . 0,04 = 52, ou seja, 52 V.
Por causa disso, em nível internacional, tensões superiores a 50 V são consideradas
perigosas.
Através da tabela que segue, é possível observar em valores de correntes, o que pode
ocorrer com uma pessoa quando submetida à passagem de uma corrente elétrica. É
claro que cada ser humano tem valores resistivos diferentes e esses valores variam de
acordo com o metabolismo, a presença ou não de umidade, e o trajeto que a corrente
faz através dos membros da pessoa.
Corrente em ampères Efeito
0,005 a 0,01A Pequenos estímulos nervosos.
0,01 a 0,025 A Contrações musculares.
0,025 a 0,08 A Aumento da pressão sangüínea, transtornos
cardíacos e respiratórios, desmaios.
0,08 a 5 A Corrente alternada pode provocar a morte por
contrações rápidas do coração (fibrilação).
acima de 5 A Queimaduras na pele e nos músculos.
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Veja na ilustração a seguir, o que pode ocorrer em alguns dos órgãos do corpo
humano, quando atravessado por uma corrente, entrando pela mão e saindo pelos pés
de uma pessoa descalça sobre um chão molhado.
1. Cérebro: detenção da circulação sangüínea;
2. Músculo: paralisação do músculo; saída de um órgão ou parte dele;
3. Pulmões: acúmulo anormal de líquido; aumento de pressão;
4. Coração: infarto; aumento do número de contrações e perda da capacidade de
bombear sangue;
5. Diafragma: parada respiratória; tetanização;
6. Rim: insuficiência renal; incontinência de urina;
7. Embrião (feto): tetanização; aumento do número de contrações no coração e perda
de capacidade de bombear sangue; desprendimento da placenta;
8. Vasos circulatórios: entupimento e parada cardíaca;
9. Sangue: fuga da parte líquida, coagulável do sangue;
10. Bulbo: inibição dos centros respiratórios e cardíacos.
Devido ao que acabou de ser explicado, os seguintes cuidados devem ser tomados:
• Os reparos de equipamentos elétricos devem ser sempre feitos por especialistas;
• As partes do corpo expostas à tensão devem estar devidamente isoladas;
• Os equipamentos devem estar desligados por completo durante a execução
dos reparos.
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Medidas de proteção
Várias medidas podem ser tomadas para proteger as pessoas contra choques
elétricos. As mais usuais são:
• Proteção através do condutor terra;
• Proteção por isolamento;
• Proteção por separação de circuitos.
Proteção através do condutor terra
A falha de isolação de qualquer equipamento cuja instalação tenha sido realizada sem o
condutor terra, fará a carcaça do equipamento ficar energizada. Se alguém se encostar
nesta carcaça, uma corrente elétricacirculará através de seu corpo, ocasionando um
choque elétrico.
Para evitar esse tipo de
acidente deve-se instalar um
condutor terra na carcaça
do equipamento. Esta
medida de proteção é
chamada de aterramento.
Se ocorrer falha na isolação do equipamento, estando a carcaça aterrada, teremos
um curto-circuito entre a fase e o terra. Isto faz romper o fusível e elimina o perigo. A
corrente de curto-circuito passa à terra pelo condutor de proteção.
O condutor de proteção deve ter cor verde com espiras amarelas (NBR 5410).
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Proteção por isolação
Uma outra forma de proteção contra choques elétricos é através da utilização de
materiais isolantes na carcaça dos equipamentos. As ferramentas elétricas e os
aparelhos eletrodomésticos são envolvidos em materiais isolantes com boa resistência
mecânica.
Proteção por separação de circuitos
A proteção por separação de circuitos é feita com o auxílio de um transformador
isolador (1:1) com o secundário não aterrado. Assim é possível deixar o secundário
sem referência com o terra, deixando de existir, dessa forma, diferença de potencial
entre os terminais do secundário e o terra.
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Exercícios
1. Responda às questões que seguem.
a. Qual é o valor limite de corrente elétrica que uma pessoa pode suportar durante
um curto período de tempo?
 
 
 
 
b. O que pode ocorrer com uma pessoa quando submetida a passagem de uma
corrente elétrica de 30 mA?
 
 
 
c. Acima de qual valor a tensão é considerada perigosa?
 
 
 
d. Cite um exemplo de dano que a corrente elétrica pode causar ao passar pelo
coração de uma pessoa.
 
 
 
2. Relacione a coluna da esquerda com a coluna da direita.
a. Proteção através do condutor terra.
b. Proteção por separação de circuitos.
c. Proteção por isolação.
( ) Transformador isolador 1:1.
( ) Aterramento.
( ) Carcaça de materiais isolantes.
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Instrumentos de medição
de grandezas elétricas
Estudando os capítulos anteriores, você aprendeu o que é corrente, o que é tensão e o
que é resistência. Por isso, você já sabe que corrente, tensão e resistência são
grandezas elétricas e que, como tal, podem ser medidas.
Existem vários instrumentos para medições dessas grandezas elétricas mas, neste
capítulo, estudaremos alguns deles.
Instrumento digital
O multímetro digital e o volt-amperímetro alicate são instrumentos dotados de
múltiplas funções: com eles é possível fazer medições de tensão, corrente,
resistência. Com alguns de seus modelos pode-se, também, testar componentes
eletrônicos, e até mesmo medir outros tipos de grandezas.
A figura que segue, ilustra um modelo de multímetro digital e um modelo de volt-
amperímetro alicate digital.
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Multímetro digital
Com a utilização do multímetro digital, a leitura dos valores observados é de fácil
execução, pois eles aparecem no visor digital, sem a necessidade de interpretação de
valores como ocorre com os instrumentos analógicos, ou seja, que têm um mostrador
com um ponteiro.
Antes de se efetuar qualquer medição, deve-se ajustar o seletor de funções na função
correta, isto é, na grandeza a ser medida (tensão, ou corrente, ou resistência) e a
escala no valor superior ao ponto observado. Quando não se tem idéia do valor a ser
medido, inicia-se pela escala de maior valor, e de acordo com o valor observado,
diminui-se a escala até um valor ideal.
Observação
Nunca se deve mudar de escala ou função quando o instrumento de medição estiver
conectado a um circuito ligado, porque isso poderá causar a queima do instrumento.
Para a mudança de escala, deve-se desligar antes o circuito. Para a mudança de
função, deve-se desligar o circuito, desligar as pontas de prova, e selecionar a função e
escala apropriadas antes da ligação e conexão das pontas de prova no circuito.
Para a medição de tensão elétrica, as pontas de
prova do instrumento devem ser conectadas aos
pontos a serem medidos, ou seja, em paralelo.
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Nas medições da corrente elétrica, o circuito deve ser interrompido e o instrumento
inserido nesta parte do circuito, para que os elétrons que estão circulando por ele
passem também pelo instrumento e este possa informar o valor dessa corrente. Desse
modo, o instrumento deve ser ligado em série com o circuito.
50
Para a medição de resistência elétrica, o resistor desconhecido deve estar
desconectado do circuito. Se isto não for feito, o valor encontrado não será verdadeiro,
pois o restante do circuito funcionará como uma resistência. Além disso, se o circuito
estiver energizado poderá ocorrer a queima do instrumento.
Volt-amperímetro alicate
Para a medição de tensão e resistência com o volt-
amperímetro alicate deve-se seguir os mesmos
procedimentos empregados na utilização do multímetro.
Na medição de corrente elétrica, o manuseio do volt-
amperímetro alicate difere do manuseio do multímetro,
pois com ele não é necessário interromper o circuito para
colocá-lo em série. Basta abraçar o condutor a ser medido
com a garra do alicate.
condutor
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O volt-amperímetro alicate é indispensável em instalações industriais, para medições
da corrente elétrica de motores, transformadores, cabos alimentadores de painéis. No
entanto, com este instrumento só é possível medir corrente elétrica alternada, pois seu
funcionamento se baseia no princípio da indução eletromagnética.
Antes de utilizar qualquer instrumento de medida, é necessário que se consulte o
manual do instrumento, no qual são descritas particularidades e formas de utilização,
pois de um instrumento para outro ocorrem diferenças significativas.
Megôhmetro
O megôhmetro é um instrumento portátil utilizado para medir a resistência de isolação
das instalações elétricas, motores, geradores, transformadores.
Ele é constituído basicamente por um instrumento de medição, com a escala graduada
em megohms e um pequeno gerador de corrente contínua girado por meio de uma
manivela.
Na parte externa, possui dois bornes de conexão e um botão para ajustar o instrumento
no momento de se efetuar a medição.
Veja nas figuras abaixo um modelo de megôhmetro.
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Existem megôhmetros sem esse botão, nos quais a tensão do gerador se mantém
constante, independentemente da velocidade do giro da manivela.
Na parte interna, o megôhmetro possui os seguintes componentes:
A - galvanômetro com bobinas cruzadas;
B e B1 - bobinas móveis cruzadas;
C - gerador manual de CC de 500 ou 1.000 V;
D - regulador de tensão;
E – ponteiro;
F - escala graduada;
L e T - bornes para conexões externas;
R e R1 - resistores de amortecimento.
Os megôhmetros são construídos com diferentes faixas de medição e um gerador de
tensão com o valor adequado a cada aplicação. Os mais comuns são os que permitem
medir até 50 megohms com uma tensão de 500 V.
Quando a instalação elétrica ou o aparelho que se está testando destina-se a trabalhar
com alta tensão, deve-se utilizar megôhmetros de maior alcance, de 1.000 ou 10.000
megohms, cujo gerador proporciona uma tensão de 2.500 ou 5.000 V.
Funcionamento
O funcionamento do megôhmetro é baseado no princípio eletrodinâmico com bobinas
cruzadas, tendo como pólo fixo um ímã permanente e, como pólos móveis, as bobinas
B e B1.
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Quando a manivela do gerador de CC (componente C) é girada, obtém-se uma tensão
de valor variável de acordo com a velocidade que esteja sendo imprimida à manivela.
Essa tensão é enviada ao regulador de tensão D, que a estabiliza em 500 V, sendo
enviada em seguida aos bornes L e T.
Se os bornes L e T estiverem abertos, haverá circulação de corrente somente pela
bobina B, que, por sua vez, receberá tensão atravésdo resistor de amortecimento R.
O campo magnético criado pela bobina (B) provocará um deslocamento do conjunto de
bobinas móveis, levando o ponteiro E para o ponto "infinito" da escala graduada F.
Resistência de isolação
A resistência de isolação é medida pelos megôhmetros e existem vários fatores que
interferem na medição a saber:
• Temperatura ambiente e da máquina;
• Tipo de construção, potência e tensão;
• Umidade do ar e do meio envolvente;
• Condições da máquina, ou seja, se é nova, recuperada, estocada;
• Qualidade dos materiais usados e seus estados.
Em virtude desses fatores, é difícil formular regras fixas para se determinar com
precisão o valor da resistência de isolação para cada máquina. Por isso, é necessário
usar o bom senso baseado em experiências e anotações anteriores.
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Há, em todo caso, algumas regras que podem ser utilizadas e que são descritas a
seguir.
Regra para instalações elétricas
O Instituto Americano dos Engenheiros Eletricistas (AIEE) sugere que a resistência de
isolação seja calculada pela fórmula:
).M (em 
000.1
máquina da ntofuncioname de tensão
 isolação de aresistênci Ω=
Com esta fórmula deduz-se que para cada volt deveremos ter 1.000 Ω de isolação,
admitindo porém que as resistências de isolação para circuitos, mesmo quando
calculadas, não podem ser menores que 1 MΩ, devido a problemas de corrente de
fuga.
Tensão Calculado Mínimo exigido entre a parte ativa e a carcaça
motor 220 V 0,2 MΩ 1 MΩ
440 V 0,4 MΩ 1 MΩ
550 V 0,5 MΩ 1 MΩ
1.000 V 1 MΩ 1 MΩ
Este sistema, embora muito aceito, fica restrito a instalações elétricas, pois deixa a
desejar em termos de precisão técnica.
Regra para máquinas
Esta regra, muito utilizada para máquinas rotativas, precisa de uma resistência de
isolação para máquina limpa e seca, numa temperatura de 40° C, quando for aplicada a
tensão de ensaio (do megôhmetro) durante um minuto.
Assim, Rm = En + 1.
Nessa igualdade Rm é a resistência de isolação mínima recomendada em MΩΩ com
enrolamento a 40°C, e En é a tensão nominal da máquina (enrolamento em kV).
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Observações
• Quando a medição for feita a temperatura diferente de 40°C, será necessário
corrigir o seu valor através da fórmula R40°C = Rt ⋅ kt40°C, para satisfazer o valor
de Rm. Veja a curva no gráfico a seguir.
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• Quando não se dispõe dessa curva, pode-se fazer o levantamento de uma nova
curva para que sejam estabelecidos parâmetros específicos para determinada
máquina.
• A cada 10°C de temperatura diminuída no enrolamento, resistência de isolação
praticamente dobra.
• Máquinas novas poderão fornecer valores de resistência de isolação menores que
as mais antigas, devido a secagens incompletas dos solventes dos vernizes.
• Quedas bruscas na resistência de isolação indicam que o sistema está
comprometido. Se a resistência medida, após a correção, for menor que a indicada
pela fórmula e tabela, é indício de que esse motor deverá ser submetido a um
processo de recuperação do sistema de isolação.
Regra para transformadores
Transformador parado (30°C) Transformador em funcionamento (80ºC)
Risol = 
f
kVA
En 30
Risol = 
f
kVA
 En 
Risol = resistência de isolação, em megohms e a 30° C;
30 = constante quando a temperatura for de 30° C;
kVA = potência aparente;
f = freqüência, em Hz;
En = tensão nominal em kV - primária/secundária.
Exemplo
Num transformador de 10 kVA - 3200/220V - 60Hz, quais devem ser suas resistências
de isolação?
1. Com temperatura a 30° C:
Risol = Ω==
⋅= 240M 
0,4
 96 
 
60
 10 
 3,2 30 
 
f
kVA
 Enp 30 
Risol = Ω==
⋅= 16,5M 
0,4
 6,6 
 
60
 10 
 0,22 30 
 
f
kVA
 Ens 30 
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2. Com temperatura a 80° C:
Risol = Ω=== 8M 
0,4
 3,2 
 
60
 10 
 3,2 
 
f
kVA
 Enp 
Risol = Ω=== 0,55M 
0,4
 0,22 
 
60
 10 
 0,22 
 
f
kVA
 Enp 
Observações
• Corrente de fuga é a corrente que, por deficiência do meio isolante, flui à terra.
• Com o aumento de temperatura, a resistência de isolação diminui.
• As medições com o megôhmetro devem ser feitas tomando-se medida durante 1
minuto.
• Essas regras são gerais. Para casos específicos, consulte a normas específicas
da ABNT.
Teste de isolação com o megôhmetro
• Verifique se o equipamento a ser testado encontra-se totalmente desligado de
fontes de energia elétrica.
• Ligue, por meio de um condutor, o borne T do instrumento à massa do aparelho sob
teste.
• Ligue o borne L a um dos extremos do circuito que se deseja testar.
• Acione a manivela e faça a leitura.
Teste de isolação entre os enrolamentos e a carcaça de um motor.
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Medição da isolação entre tanque e
secundário de um transformador.
Medição da isolação entre tanque e
primário de um transformador.
Se a resistência de isolação for muito elevada é conveniente que as conexões L e T
sejam feitas com condutores separados e suficientemente isolados.
Medição de cabo
Quando, na medição de um cabo, a isolação está muito próxima da proteção metálica,
é preciso eliminar as correntes superficiais que provocam erros na medição. Isso é
conseguido conectando-se o borne G do aparelho à capa isolante.
Observe as figuras a seguir.
Isolação entre os enrolamentos da
fase 2 e da fase 3.
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Isolação do cabo entre os condutores
1 e 2 e a massa.
Isolação do cabo entre o condutor e a
massa.
Isolação do cabo entre o condutor 1 e
seus demais elementos.
Isolação do cabo entre os condutores
1, 2 e 3 e a massa.
Ponte de Wheatstone
A ponte de Wheatstone é um instrumento usado na medição da resistência dos
condutores quando se faz necessário grande precisão de medidas.
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O princípio de funcionamento está baseado no circuito apresentado abaixo.
B = bateria de pilhas
S1 = interruptor da bateria
S2 = interruptor do galvanômetro
Ra = valor da resistência da ponte do lado do resistor desconhecido
Rb = valor da resistência da ponte do lado do resistor padrão
Rp = valor da resistência padrão
Rx = valor da resistência desconhecida
Para os elementos do circuito, quando o galvanômetro indica ser nula a diferença de
potencial entre os pontos “c” e "d", isto é, o ponteiro do galvanômetro está no zero, vale
a seguinte equação: Rp 
Rb
 Ra 
 Rx == .
Observe na figura a seguir um modelo com chaves seletoras para vários campos de
medição.
1. Terminais para medida x.
2. Ajuste do zero do galvanômetro.
3. Galvanômetro.
4. Controle do galvanômetro.
5. Entrada para uso de tensão externa.
6. Tomada para fones de ouvido.
7. Dial ou mostrador.
8. Seletor de escalas.
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Veja, agora, o diagrama esquemático da ponte.
O modelo apresentado é o R1, um modelo portátil completo.
Os componentes, o indicador do galvanômetro e a bateria de 4,5V estão contidos em
uma única caixa de plástico moldado.
Esse modelo R1 pode ser provido com conexão para cigarra de 800 Hz e adaptador
para fones.
Para substituir a bateria, remova o parafuso do fundo da caixa, retire a bateria e coloque
uma nova, observando o sinal +. Para um perfeito contato elétrico, examine se os
contatos estão corretamente encaixados,.
É possível, também, utilizar bateria externa com tensão de 4 a 6 V, mas nunca superior
a 8 V.
Caso seja necessário, observe os sinais de polaridade, na parte externa, na lateral
esquerda do aparelho.
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Medição de condutores sólidos
1. Ajuste o galvanômetro no parafuso 2, se necessário, fechando os contatos x com
cabo de ligação.
2. Conecte a resistência desconhecida nos terminais x.
3. Ajuste suavemente o dial na posição da escala; parta sempre do ponto 3 da escala
A.
4. Pressione a chave do galvanômetro;o equilíbrio é conseguido girando-se o dial para
a esquerda ou direita.
• Se o equilíbrio for conseguido na extremidade da escala A, selecione outra escala
B.
• Valor da resistência x será calculado pela fórmula x = A . B.
• Quando não for possível a correção de x diretamente, sempre será necessário
deduzir o valor da resistência da linha.
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Medição de condutores líquidos
1. Ajuste o galvanômetro no parafuso 2, fechando os contatos x com cabos de
ligação, se necessário.
2. Conecte a resistência desconhecida nos terminais x com a célula da condutibilidade.
3. Ajuste o alcance da chave seletora B para corresponder aproximadamente à
magnitude do valor esperado para resistência x.
4. Ajuste suavemente o dial na posição da escala, partindo sempre do ponto 3 da
escala A.
5. Ajuste a chave para cigarra girando suavemente o parafuso 7 até conseguir nos
fones um som puro.
• Equilíbrio é obtido girando-se o dial; a tonalidade dos fones de ouvido deve
desaparecer ou se reduzir para o mínimo.
• Se não estiver usando o galvanômetro, não ligue a sua chave. O valor da
resistência x é calculado pela formula: x = A ⋅ B.
• Nunca use este aparelho em rede energizada.
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Dicas de uso
É importante que conhecer essas dicas que o auxiliarão no uso de ponte de
Wheatstone:
• Nas medições de resistência em bobinados a uma temperatura t pode-se converter
a medida para uma temperatura t2 empregando-se a fórmula:
R = 1
1
 2 R 
t K 
tK 
⋅
+
=
R1 = resistência medida à temperatura t1, em graus Celsius;
R2 = resistência medida à temperatura t2, em graus Celsius;
K = constante para cobre eletrolítico 234,5;
K = constante para alumínio 225.
• As resistências são medidas normalmente através de dois métodos:
- método de tensão e corrente, que consiste em aplicar CC sem ondulação nos
bobinados, usando aparelhos de medição com precisão, descontando-se as
perdas internas dos instrumentos;
- método de comparação das pontes, mais rápido e seguro, pois trabalha com
instrumentos especialmente desenvolvidos para tal situação.
• Recomenda-se o método da ponte de Wheatstone para medição de resistências de
5 Ω a 10.000 Ω. Para medições de resistências 100 µΩ a 5 Ω, obtém-se maior
precisão usando a dupla ponte de Kelvin (Thompson), que elimina os erros
provenientes da resistência de contato.
• Se possível, leia o manual do fabricante para obter maior eficiência no uso do
aparelho.
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Precauções para o uso da ponte de Wheatstone
• Todos os bornes e contatos devem estar, sem excessão, em boas condições
mecânicas e elétricas; caso contrário, introduzirão resistências no circuito,
alterando a medição.
• É necessário excepcional cuidado com a polarização da bateria.
• Em princípio deve-se trabalhar com os braços de proporção no centro, isto é,
Ra = Rb.
• Em algumas pontes, ao se iniciar a medição, o galvanômetro deve ser protegido por
um shunt que será retirado quando o sistema estiver quase equilibrado e se
necessitar de maior sensibilidade do instrumento.
• A ponte deve ficar ligada o mínimo possível, a fim de ser evitado o aquecimento dos
elementos do circuito e conseqüente oscilação dos valores.
• Quando for necessário usar fios entre os bornes de Rx e a própria Rx, deve-se
determinar a resistência dos fios.
• Quando o instrumento não for usado por longo tempo, remova a bateria ou as
pilhas.
• Nunca use a ponte em rede energizada.
Trabalhe com muita atenção e tome muito cuidado ao manusear instrumentos de
medições elétricas.
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Exercícios:
1. Responda:
a. Quando não se tem idéia do valor a ser medido, qual escala deve ser usada no
multímetro ?
b. O que se deve fazer no circuito quando for necessário mudar de função?
c. Relacione :
1. Medição de tensão.
2. Medição de corrente.
3. Medição de
resistência.
( ) Desconectar o componente do circuito.
( ) Energizar o circuito.
( ) Ligar o instrumento em série com o circuito.
( ) Ligar o instrumento, em paralelo com o circuito.
d. Qual a principal vantagem na utilização do volt-amperímetro alicate?
e. Qual deve ser a principal atitude ao se utilizar um instrumento de medição?
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Fontes de alimentação
O funcionamento de qualquer aparelho elétrico ou eletrônico depende da existência de
uma fonte de energia elétrica. Até mesmo os relógios digitais possuem pequenas
pilhas no seu interior. Isto, sem dúvida, mostra a importância dos fornecedores de
energia elétrica.
No desenvolvimento das atividades práticas de um curso de eletroeletrônica, as fontes
também são constantemente utilizadas. Em função do grande número de situações
diferentes que ocorrem nas experiências práticas neste tipo de curso, não é costume
utilizar-se pilhas ou baterias como fonte de energia. Utilizam-se, geralmente, fontes de
CC com características apropriadas às várias situações.
Este capítulo foi elaborado visando proporcionar-lhe os conhecimentos indispensáveis
sobre estes tipos de fontes. Nele, serão tratados aspectos teóricos e práticos sobre as
fontes de CC que irão capacitá-lo a selecionar e utilizar fontes de CC convencionais ou
simétricas.
Fonte de CC
A fonte de CC é um equipamento que fornece tensão contínua para a alimentação de
circuitos elétricos e eletrônicos. Veja a seguir um modelo de fonte de CC.
Eletricidade geral - Prática
SENAI-SP - INTRANET94
Esse tipo de fonte de alimentação substitui com vantagem as pilhas e baterias no
fornecimento de energia aos circuitos, porque permite que se obtenha o valor de
tensão necessária a cada equipamento.
Características das fontes de CC
As características são dados sobre as fontes de CC que devem ser conhecidos para
que o equipamento possa ser utilizado corretamente.
As principais características das fontes de CC são:
• Tensão de entrada;
• Tensão ajustável na saída;
• Capacidade de corrente.
 
A tensão de entrada é o valor de tensão de funcionamento do equipamento.
Normalmente as fontes dispõem de uma chave para duas tensões - 110V/220V.
Esta chave permite que a fonte seja utilizada em locais onde a tensão da rede elétrica
é de 110 V ou 220 V.
A tensão ajustável na saída estabelece os limites mínimo e máximo de tensão
contínua que se pode obter na saída. Exemplo: 0 - 30 Vcc significa que a fonte fornece
de 0 até 30 V contínuos na saída.
A capacidade de corrente estabelece o valor máximo de corrente que a fonte pode
fornecer.
Controles e dispositivos
Os controles e dispositivos são destinados à preparação e utilização da fonte. Veja
ilustração a seguir.
-
1. Chave liga-desliga
2. Indicador de tensão
3. Seletor tensão/corrente do indicador
4. Controle de ajuste da tensão de saída
5. Indicador luminoso
6. Bornes
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A chave liga-desliga permite a ligação da fonte. Quando a chave está desligada não
há tensão presente na saída da fonte.
O indicador de tensão digital ou analógico (presente nas fontes de alimentação de
CC ajustável de boa qualidade) permite visualizar imediatamente o valor de tensão que
está presente nos bornes de saída. Em alguns modelos de fonte, esse indicador pode
mostrar também a corrente fornecida para a carga.
O seletor tensão/corrente do indicador permite que se use o indicador, tanto para os
valores de tensão nos bornes de saída, como para os valores da corrente fornecida
pela fonte ao circuito conectado nos seus bornes.
O controle de ajuste da tensão de saída permite ajustar a tensão de saída para o
valor desejado (ajuste principal).
O indicador luminoso indica que o equipamento está ligado.
Os bornes são os terminais de saída da fonte (como os pólos de uma pilha). A tensão
CC é fornecida pela fonte nos bornes + (vermelho) e - (preto).
Escolha

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