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Copyright © 2014, BI Como Deve Ser. Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610 de 19/02/1998. É vedada a reprodução, distribuição ou transmissão, completa ou parcial, do conteúdo deste livro digital por quaisquer que sejam os meios, sem a autorização prévia, por escrito, dos autores desta obra. Nota: Esse livro é baseado, principalmente, em experiências dos autores em diversos projetos dos quais participaram. Os autores do livro não possuem qualquer vínculo com as empresas, produtos e pessoas que porventura foram citadas neste livro. Oliveira, Grimaldo Lopes de Oliveira, Diego Elias BI Como Deve Ser – O Guia Definitivo. Salvador, 2014. 115f. Contém referências e Apêndices. 1. Business Intelligence. 2. Data Warehouse. 3- Qualidade dos Dados. 4- Levantamento de Dados e Informações. 5- Ética do profissional de BI. ISBN: 978-85-917946-0-7 Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 3BUSINESS INTELLIGENCE AGRADECIMENTOS Grimaldo Lopes de Oliveira Gostaria de dedicar este livro àqueles que diretamente e indiretamente participaram desta construção. Aos meus colegas do primeiro projeto de BI em Cuiabá, árduas noites de dúvidas e soluções, aos amigos do projeto do BI do Maranhão amizade que nunca esquecerei. A minha equipe extremamente competente da PRODEB, que criaram tantos projetos vitoriosos para o cidadão da Bahia, contribuindo diariamente na lapidação do meu diamante bruto que era saber tudo sobre a área de Business Intelligence. Aos meus queridos pais Aderaldo e Maria Zélia, que sempre me incentivaram ao conhecimento e aos bons estudos. E para sempre as minhas joias raras, aos meus grandes amores Lucivalda (esposa) e Júlia (filha) sem vocês eu não teria conseguido inspiração para escrever sobre a minha vida profissional. Diego Elias Oliveira Agradeço primeiramente a Deus por permitir que esse sonho fosse concretizado. Sem a Sua benção nada seria possível. Sua luz iluminou meu caminho nessa jornada. Sou testemunha de que a fé realmente “move montanhas”. A Ele meu agradecimento maior. Também dedico esta obra à minha amada esposa Fernanda que sempre acreditou e me apoiou durante minha trajetória profissional e pessoal. Com seu amor e cumplicidade me acompanhou nos momentos de conquistas e de dificuldades. Meu alicerce para enfrentar todos os desafios. Me sinto grato e abençoado por ter sua companhia e seu amor incondicional. Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 4 BUSINESS INTELLIGENCE Aos meus filhos Felipe e Rafael, que apesar de ainda não terem nascidos, me fornecem motivação e inspiração para ir adiante e ultrapassar todos os obstáculos. À minha mãe Laudicea que me educou através de seu amor, sendo a responsável pelo meu carácter e personalidade. Me ensinou através do maior exemplo de vida, Jesus, que podemos alcançar tudo na vida com ética, humildade, amor e respeito ao próximo. Sempre me fez acreditar, e hoje posso comprovar, que a determinação e empenho me fariam alcançar o sucesso. Ao meu pai Elias por ser um dos responsáveis pelo homem que me tornei. Agradeço os seus conselhos e carinho, além do seu suor e trabalho que permitiram que eu pudesse sempre ter uma educação de qualidade. Aos meus irmãos Tiago e Lucas pelo exemplo de determinação a qual me espelho e pela amizade que sempre pude contar. Por meio de suas palavras, me incentivam, influenciam e inspiram o meu modo de vida, baseadas na simplicidade e dignidade do espírito humano. Também pelo amor, companheirismo e pela união sincera que fortalece cada vez mais nossos laços fraternos. Aos meus avós que com seus ensinamentos de vida tiveram grande influência na formação de minha índole e conduta como cidadão. Exemplos de humildade, singeleza e de fé em Deus. A Grimaldo, que além de amigo, colega e parceiro neste livro, é um dos responsáveis pelo meu ingresso no mundo do Business Intelligence. Através de sua liderança exemplar, com postura confiável, ética e inspiradora, pude aprender e me encantar com a área, tendo assim, papel fundamental para a Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 5BUSINESS INTELLIGENCE minha formação profissional. Desenvolver esta obra, ao seu lado, foi uma grande honra para mim. Agradeço também aos amigos, colegas, familiares, professores e àqueles que direta ou indiretamente contribuíram para a conquista de mais uma etapa em minha vida. A todos vocês, meu muito obrigado! Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 6 BUSINESS INTELLIGENCE Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 7BUSINESS INTELLIGENCE PREFÁCIO A rápida expansão dos sistemas computacionais, cada vez mais inteligentes, aplicados às organizações de todos os tipos, vem gerando novas questões em gerenciamento da informação. Uma primeira questão é de natureza operacional. O processo de informatização específico de cada organização incorpora ao ambiente computacional, de modo não necessariamente coordenado, e ao longo do tempo, partes dos processos e bases de dados convencionais existentes. Com isso, aumentam as necessidades de integração das informações dos vários sistemas, sem o que resultariam comprometidos os processos decisórios que requerem uma visão global do negócio. Uma segunda questão é de natureza estratégica. Na medida em que as informações relevantes da organização passam a ser armazenadas e processadas em ambiente digital, tornam-se disponíveis para serem correlacionadas e analisadas interativamente, permitindo a geração de indicadores de enorme valor para a formulação e gestão da estratégia corporativa. A moderna literatura e a experiência prática de muitas organizações sustentam que a abordagem da Business Intelligence (BI) constitui uma ferramenta conceitual essencial para lidar com essas questões, tanto no nível operacional quanto no nível estratégico. Por meio dessa abordagem, é possível estabelecer um contexto de organização e análise de informações de elevado valor para a gestão organizacional. A utilização sistemática e planejada do BI ultrapassa ainda esses resultados especificamente informacionais, pois desvela a necessidade de reestruturações e adequações dos processos e estruturas organizacionais. Este livro, além de tratar de um tema que tem intenso interesse para a Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 8 BUSINESS INTELLIGENCE gestão organizacional, traz um diferencial incomum na literatura técnica atual, pois aborda o BI com simplicidade e qualidade de comunicação, mas sem diminuir em nada o alto rigor conceitual e técnico indispensável a um tratamento profissional dos projetos nesta área. Contribui, dessa forma, para superar as dificuldades inerentes a um dos maiores desafios para a moderna gestão das organizações: a integração das perspectivas dos gestores organizacionais e dos técnicos em sistemas. Na medida em que as organizações tornam-se, cada vez mais, complexos sistemas com dimensões humanas e computacionais, é cada vez mais importante o tratamento das questões organizacionais em uma linguagem e em um formato igualmente compreensível para gestores e técnicos. Tratando as questões conceituais e metodológicas sempre relacionadas a contextos práticos de aplicação e uso, e utilizando linguagem precisa, clara e ilustrada, o livro presta um enorme serviço a esse precioso diálogo entre gestores e técnicos, em benefício da construção do diálogo e de uma visão convergente, capaz de enfrentar os desafios e explorar as enormes possibilidades do gerenciamento avançado da informação nas organizações. Sérgio Hage Fialho Professor,Doutor e Mestre em Administração Líder Grupo de Pesquisa em Educação, Aprendizagem Organizacional e Inovação –UNIFACS/ LAUREATE INTERNATIONAL UNIVERSITIES Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 9BUSINESS INTELLIGENCE SUMÁRIO INTRODUÇÃO AO MUNDO DO BUSINESS INTELLIGENCE..........................................................................11 DEFINIÇÃO.............................................................................................................12 POR QUE UTILIZAR BI?........................................................................................14 PREMISSAS...............................................................................................................19 DADOS E INFORMAÇÃO......................................................................................22 ARQUITETURA DO BI...........................................................................................24 MITOS......................................................................................................................28 O PROFISSIONAL DE BI...............................................................................30 CAMINHOS À TRILHAR........................................................................................30 PERSPECTIVAS, PERFIL, FORMAÇÃO, CARREIRA E IDEAIS...........................35 A ÉTICA NO BI........................................................................................................38 O DATA WAREHOUSE....................................................................................41 O QUE É FATO? E DIMENSÃO?.............................................................................43 A MODELAGEM DO DATA WAREHOUSE..........................................................47 STAR SCHEMA...................................................................................................54 SNOW FLAKE....................................................................................................55 A ESTRUTURA DO DATA WAREHOUSE................................................57 CUBO..............................................................................................................57 OPERAÇÕES BÁSICAS DO DATA WAREHOUSE...............................................58 MÉTRICAS...........................................................................................................59 ADITIVAS..........................................................................................................60 Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 10 BUSINESS INTELLIGENCE SEMI-ADITIVAS.................................................................................................61 NÃO-ADITIVAS.................................................................................................61 CONSTRUINDO UMA SOLUÇÃO DE BI................................................62 MATRIZ DE NECESSIDADES................................................................................64 FONTES DE DADOS...............................................................................................69 ETL............................................................................................................................73 COISAS QUE FUNCIONAM X NÃO FUNCIONAM NO ETL ....................76 METADADOS..........................................................................................................91 DISCUSSÕES IMPORTANTES....................................................................97 FERRAMENTAS PROPRIETÁRIAS E GRATUITAS...............................................97 TENDÊNCIAS..................................................................................................101 BI NAS NUVENS....................................................................................................101 O BIG DATA...........................................................................................................104 AS CARACTERÍSTICAS DE UMA SOLUÇÃO BIG DATA.........................105 DIFERENÇAS ENTRE BUSINESS INTELLIGENCE E BIG DATA...............107 AS FACETAS DO BIG DATA...........................................................................109 MODISMO OU REALIDADE?........................................................................110 GLOSSÁRIO......................................................................................................113 Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 11BUSINESS INTELLIGENCE INTRODUÇÃO AO MUNDO DO BUSINESS INTELLIGENCE Bem-vindo à era da informação! Afinal de contas, você está aqui, neste momento, exatamente por isso: IN-FOR-MA-ÇÃO. Estou certo? Vivemos atualmente em um mundo em que a informação é o bem mais valioso. Ela é a ponte para o conhecimento e a sabedoria. Até o início do século passado, empresas focavam na produção de bens materiais, e deles geravam seus lucros. O trabalho braçal era muito valorizado, e a quantidade de bens produzidos era o melhor indicador de que os negócios andavam bem. Qualidade e satisfação eram aspectos pouco relevantes. Com o tempo, as tendências e padrões de consumo se tornavam fatores que geravam vantagem competitiva. A concorrência foi aumentando, a exigência dos consumidores crescendo e a informação tornou-se um dos principais alicerces para a decisão. Faltavam então metodologias e conceitos que delineassem, conceituassem e explicassem as formas de extrair essas informações e de como utilizá-las da melhor forma possível para agregar valor para o negócio. E é daí que, de muitos termos, surgiu um que particularmente nos interessa: o Business Intelligence (BI). Atualmente, a emergência do conceito de Business Intelligence se explica pela crescente necessidade das empresas em serem mais ágeis, eficientes, eficazes e inteligentes. Tudo isso de forma rápida e precisa. A antiga reatividade das empresas, quando duravam dias ou semanas para Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 12 BUSINESS INTELLIGENCE a obtenção de informações acerca de vendas, marketing ou mercado, já não é mais sustentável. Quem insistir nesse posicionamento está fadado ao fracasso. A globalização acelerada, na qual convivemos, exige apreciação e correção de ações nos negócios de maneira quase que imediata. O embasamento através do feeling, apesar de ainda existente, tem seus dias contados. Já não é concebível que, no atual cenário mundial, executivos de corporações estipulem diretrizes através de achismos. Tais decisões podem custar o futuro dessas organizações. A intuição é subjetiva e passível de erros, necessitando de embasamento concreto e respaldado. A obra BI Como Deve Ser foi inspirada na experiência de seus autores nos mais diversos desafios enfrentados no dia a dia dos projetos de Business Intelligence. Este livro contém os obstáculos e problemas pouco citados na literatura convencional, além de mostrar, de forma prática, a aplicação de diversos conceitos e a implementação de uma solução de BI do início ao fim. A seguir, veremos mais sobre esse universo chamado BI (pronuncia-se bi-ai). DEFINIÇÃO Ultimamente, muito tem se falado sobre Business Intelligence. Às vezes, algumas definições divergem tanto que é normal a confusão do conceito entre as pessoas, incluindo até mesmo profissionais da área. São diversas empresas de tecnologia que redefinem BI a todo instante para torná-lo algo lucrativo para seus negócios. Mas, para você, o que seria o BI? Um programa de computador, uma tecnologia de mercado? Pois lhe digo de forma simples e direta: BI é um conceito abstrato, onde estão envolvidas técnicas e ferramentas que Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 13BUSINESS INTELLIGENCE permitem a organização e análise dasinformações que suportam a tomada de decisão. O conceito descreve as habilidades das corporações para aceder a dados e explorar informações, analisá-las e desenvolver percepções e entendimentos a respeito do seu negócio, o que lhes permite incrementar e tornar mais pautada em informações a necessária tomada de decisão. O termo do Business Intelligence foi criado, na década de 1980, pelo Gartner Group que hoje o define como “um termo genérico que inclui aplicações, infraestrutura, ferramentas e melhores práticas que permitem o acesso e análise de informações para melhorar e otimizar decisões e desempenho.” Mas o certo é que o BI vai muito além das definições, pois se trata de algo que dificilmente podemos limitar. Não é algo concreto, tangível. É algo que se percebe através do valor agregado e do conhecimento adquirido, ao invés de um simples conceito “fabricado”. O BI engloba processos, pessoas, culturas, gestão da informação, negócios e muitos outros aspectos. O importante é entender que o propósito é simples e possui grande importância estratégica para os negócios. Sua implementação, esta sim, requer um projeto bem planejado e elaborado. No final das contas, o BI tem a intenção de transformar o dado bruto e sem organização em informações decisivas e valiosas para as organizações. Essa é a visão macro da definição do Business Intelligence. No decorrer desse livro, será desvelada para você, leitor, a essência do BI, seus objetivos e a construção dessa poderosa solução do início ao fim. Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 14 BUSINESS INTELLIGENCE POR QUE UTILIZAR BI? O sistema de BI é um poderosíssimo recurso para medir os resultados do negócio. Como diria Peter Drucker, “se você não pode medir, você não pode gerenciar”, o que, de fato, é a mais pura verdade. Não podemos inferir de forma precisa se não conseguirmos ao menos conceber, medir e avaliar indicadores, não é verdade? O BI é um recurso de gestão relativamente pouco utilizado pelas empresas, pois estas desconhecem o grande potencial que a solução proporciona. Além disso, o BI auxilia o progresso empresarial, sugerindo uma cultura inovadora e proativa, que conduz a uma reestruturação de processos organizacionais, garantindo assim uma maior profissionalização das pessoas envolvidas. Mas, então o que torna o BI pouco utilizado nas empresas hoje em dia? Cito aqui dois dos principais problemas: barreira cultural e falta de visão estratégica. ● Barreira cultural Muitos gestores ainda se incomodam com a ideia de ter que mudar as antigas maneiras de gerenciamento e preferem seguir os próprios “instintos” e comandar através de achismos e intuições. Outros ainda estão enraizados a antigas formas de analisar seus negócios através das temíveis planilhas eletrônicas, que “formaram e formataram” as mentes dos gestores de negócios pela crescente facilidade do “faça você mesmo na sua máquina”, mas esqueceram que a pulverização de planilhas nos Hard Disks iria lhes causar grandes problemas para consolidá-las e gerenciá-las. Alguns têm receio de que o BI seja seu substituto, e se fixam tanto nisso, que esquecem que o BI é apenas Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 15BUSINESS INTELLIGENCE um fio condutor para os negócios e deixam de se capacitar para a nova realidade desse novo mercado tão dinâmico. Isso se chama comodismo. ● Falta de visão estratégica Algumas empresas ainda não vislumbraram os benefícios ou acreditam que BI é coisa do estrangeiro, de puro modismo. Certa vez, um gestor de uma grande empresa acreditava que BI era “coisa de gringo”. Mas, como veremos, existem muitos mitos relacionados ao BI, e certamente esse gestor acreditava que o BI seria apenas um software e não um conceito muito mais abrangente. Hoje chamo de “gringo” todos aqueles gestores que não acreditam no BI apenas por comodismo ou pela falta de visão. Ser “gringo” é muito crítico nas empresas hoje em dia. É considerado um ponto fraco, que pode acarretar em perdas inestimáveis para a organização, inclusive sua extinção. Por isso, peço a você, querido leitor, não seja um “gringo”! Aproveito para fazer um parêntese: Deixo claro que não tenho preconceito algum contra os estrangeiros, muito pelo contrário. O termo “gringo”, utilizado pelo gestor, trata da analogia de que grande parte das novidades surgem no exterior e nem sempre se adaptam ao nosso cotidiano. Utilizo aqui “gringo” apenas pela associação espontânea devido a utilização do termo por um gestor em referência ao BI. Alguém pode estar se questionando: “Esse cara ainda não me falou porque que devo investir em BI.” Até aqui, muitos já conseguiram visualizar enormes oportunidades, vantagens e benefícios, mesmo sem se falar muito. Essas são pessoas que já conheciam ou já conseguiram entender o verdadeiro potencial através do conceito. Gostaria, antes, que fossem desmistificados Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 16 BUSINESS INTELLIGENCE vários conceitos e apresentadas as diversas definições que possuímos em BI, para então listar mais alguns motivos para adotarmos o BI profissionalmente no nosso dia a dia. E já irei dizer, seja paciente. Os motivos seguem em duas perspectivas: a da empresa e a do profissional. A empresa visa essencialmente o lucro, e esse é seu objetivo principal. Já o profissional busca, além de boa remuneração, trabalhar em algo que realmente lhe traga satisfação. Veremos os dois. Primeiramente, é bom listar os benefícios para as empresas. Abaixo, segue uma tabela com a listagem das vantagens e suas respectivas justificativas: EMPRESAS BENEFÍCIOS JUSTIFICATIVA Tomada de decisão de forma mais pautada Com o BI, as organizações possuem em mãos as informações necessárias para a tomada de decisão de forma mais precisa. Minimização de riscos De forma indireta, a eficiente e eficaz maneira de se tomar decisões com o BI permite a minimizações de riscos inerentes aos negócios e core business das empresas. Utilização de acontecimentos ao invés de achismos No BI existem fatos ocorridos. Não há margem para uso de suposições e feelings de gestores. A verdade está a um clique de distância. Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 17BUSINESS INTELLIGENCE Velocidade nas repostas Uma das grandes vantagens em uma solução BI é a rapidez com que obtemos as informações necessárias. Sistemas BI são modelados para serem ágeis à medida que são requisitados pelos usuários. Previsão através das tendências Com as informações do BI, podemos traçar padrões e verificar tendências para o futuro. Desta forma, pode-se antecipar aos possíveis acontecimentos. Diminuição de custos O BI permite a diminuição de custos em diversos aspectos. Pode-se diminuir custos com a menor complexidade de trabalhar com dados e informações empresariais, além das análises do BI poderem informar onde os custos devem ser otimizados, gerando efetividade nos gastos e, consequentemente, redução de custos inadequados. Aumento dos lucros Com o BI, podemos antecipar a concorrência e nos preparar para as rápidas mudanças do mercado de forma mais eficaz. Acompanhamento de vendas, a tomada eficiente de decisões e todos os itens acima relacionados visam direta (e indiretamente) à progressão dos lucros. Agora, seguem os benefícios para os profissionais da área, ou os que ainda pensam em ingressar: Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 18 BUSINESS INTELLIGENCE PROFISSIONAIS BENEFÍCIOS JUSTIFICATIVA UMA DAS ÁREAS MAIS VALORIZADAS DO MOMENTO Os headhunters estão sedentos por um bom profissional da área de BI. Várias propostas são feitas, com salários altíssimos, todos os dias em busca destas pessoas. ESCASSEZ DE MÃO--DE-OBRA É a lei da procura e da oferta. Altos salários são oferecidos, devido também à escassez de mão-de-obra qualificada na área. Logo, o profissional dessa área tende a ser muito valorizado no mercado. ALTA REMUNERAÇÃO Como citado antes, a alta remuneração é um grande atrativo na área. Profissionais iniciantes na área já recebem ao equivalen- te ao nível intermediário e sênior de outras áreas. MULTIDISCIPLINARI- DADE Aos que se interessam em respirar novos ares, o BI permite ao profissional se integrar em diversas áreas. Recursos humanos, financeiro, contabilidade, estatística, marketing etc. Os gestores não querem mais apenas o técnico na construção da solução BI e sim um verdadeiro analista de BI, aquele que poderá ajudá-lo a entender o próprio negócio. Pode parecer estranho, mas é o que acontece e torna este profissional ainda mais escasso e tão valorizado. Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 19BUSINESS INTELLIGENCE Vivenciei inúmeras implantações de BI em diversas empresas. Posso garantir que nenhuma empresa que estabeleceu o BI teve prejuízo ou arrependimentos. Pode parecer exagero, mas não é. Aliás, muitas dessas empresas conseguiram retorno sobre o investimento no primeiro mês de uso, quando conseguiram analisar problemas gravíssimos de custos que não seriam percebidos sem a solução. Muitas vezes, o profissional de BI é disputado e muito visado. Em diversas reuniões gerenciais, seu nome é citado como a chave para as dificuldades de busca por informações na organização. Sem dúvida, é um profissional estratégico. Por isso a grande disputa no mercado para obtenção desse especialista. Posso dizer que, de todos os benefícios relacionados com a área, um particularmente considero o mais importante: a satisfação (Achou que eu iria dizer dinheiro, não é mesmo? ). A remuneração é um fator importante, admito, mas na vida não há nada melhor do que trabalhar naquilo que você ama. E eu amo o que faço. Como diria Confúcio: “Escolha um trabalho que você ame e nunca terá que trabalhar um único dia em sua vida.” PREMISSAS São muitas as perguntas para aqueles que desejam implantar BI. Dúvidas e questionamentos que pairam sobre a cabeça do gestor e que podem ser decisivos no êxito da solução. Uma dessas perguntas é justamente o que é necessário para ter sucesso em um projeto de BI. Quais são as premissas para se produzir um BI efetivo? Vejamos: Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 20 BUSINESS INTELLIGENCE ● Identificar os stakeholders Antes de qualquer coisa, precisamos identificar nossos interessados. Isso inclui patrocinador, usuários, setor de TI, a área de negócios etc. Precisamos conhecê-los antes de iniciar. Isso nos permitirá a criação de diretrizes para o projeto. E o mais importante: identificando os stakeholders será possível planejar a comunicação, melhorando assim as relações e a participação de todos, minimizando assim os “ruídos”. ● Envolver os usuários Quando falamos de “envolver usuários”, estamos falando de mobilizá- los desde o começo do projeto. A participação e feedbacks são de enorme importância para o sucesso do projeto do BI. Eles precisam estar “próximos” do projeto para perceberem o valor que a solução promoverá à organização. São os usuários que possibilitarão que o sistema de BI obtenha fôlego para se propagar em toda empresa. ● Levantar todos os indicadores Para garantir que o projeto não terá nenhum indicador omitido, precisamos prestar muita atenção nessa etapa. O custo de inclusão de um novo requisito pode ser muito alto se percebido tardiamente. Então, precisamos definir bem o escopo de todos os indicadores e métricas necessários para evitarmos “surpresas” ao final do projeto de BI. ● Mapear as fontes dos dados corretamente A etapa de mapeamento da origem dos dados é muito importante. Como é uma fase que ocorre antes do início propriamente dito do desenvolvimento do sistema BI, é uma parte crítica do processo. Como Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 21BUSINESS INTELLIGENCE sabemos, o custo de alteração no projeto cresce exponencialmente com o passar do tempo. Então, se detectarmos, por exemplo, um erro no mapeamento na homologação do projeto, o custo para a alteração é altíssimo já que deveremos rever várias etapas. Caro leitor, já participei de projetos onde o erro em um dos mapeamentos foi detectado posteriormente. Pense em uma dor de cabeça... ● Escolher a ferramenta adequada As organizações possuem realidades diferentes. Então, uma ferramenta que é boa pra uma empresa não significa ser a melhor para outra. Não há um padrão genérico a ser observado em uma ferramenta BI que seja regra para todas as empresas. Cada uma possui necessidades distintas. Devem ser analisados os recursos e custos referentes à ferramenta para então avaliar a relação custo x benefício para a organização. Este fator deve ser considerado no início do projeto, pois é crítico para o seu sucesso. Sem esta análise, corre- se o risco de ter o projeto inviabilizado devido, principalmente, ao custo. Deve ser analisado também o perfil dos usuários para escolher a ferramenta que melhor se adeque a organização, melhorando assim a adesão. Existem inúmeras ferramentas no mercado, algumas até gratuitas, que devem ser prospectadas. ● Apoio da alta gestão Sem o apoio da alta gestão é quase certo o insucesso do projeto. Antes de tudo, devemos conseguir o patrocínio da maior hierarquia da empresa, mostrando os benefícios que não serão possíveis obter sem o BI. Com o apoio, a barreira cultural será minimizada e todos os envolvidos verão o projeto como algo realmente importante para organização, já que a alta gestão comprou a “ideia”. Veja bem, caro Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 22 BUSINESS INTELLIGENCE leitor, não estou dizendo que é impossível o desenvolvimento sem este apoio, mas acredito que você conhece o ditado “matar um leão por dia”. Pois bem, ele se aplica bem na possibilidade de você querer levar isso sozinho. E, se a empresa for um local de vaidades, esqueça. Você dificilmente obterá adesão, mesmo com a solução 100% concluída. Mesmo sendo excepcional o benefício da solução, obtenha esse apoio. Se os gestores são “gringos” ou céticos demais, tente exemplificar através de casos de sucessos com o antes e o depois. Talvez esta seja a maior barreira para a implantação do BI. Por isso, não negligencie esse fator. Essas premissas conduzem a uma grande possibilidade de sucesso na implantação da solução de Business Intelligence. Sucesso que fará com que as organizações aumentem os lucros, reduzam os custos operacionais e melhorem a tomada de decisão. São aspectos que podem ser decisivos para o êxito nos negócios. DADOS E INFORMAÇÃO Ouvimos muito sobre dados e informação no nosso dia a dia. Mas, sabemos qual a real diferença entre esses dois termos? Em um primeiro momento, podemos até achar que são a mesma coisa, pensar que os conceitos são idênticos. Mas, veremos que não é bem assim. Ambos são o alicerce para a construção do conhecimento. Sem dados e, consequentemente, informação isto seria impossível. Mas, afinal, qual seria a diferença então? O dado não possui significado relevante e não conduz a nenhuma compreensão. Representa algo que não tem sentido a princípio. Portanto, não tem valor algum para embasar conclusões, muito menos respaldar Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 23BUSINESS INTELLIGENCE decisões. A informação é a ordenação e organização dos dados de forma a transmitir significado e compreensão dentro de um determinado contexto. Seria o conjunto ou consolidação dos dados de forma a fundamentar o conhecimento. Quanto mais nos distanciamosdos dados, maior é a abstração, como mostrado na figura abaixo: Tem algum significado para você os dados acima? Eles convergem para alguma conclusão? Mas, se eu disser: “A CASA AZUL É GRANDE”. Pronto. Agora sim, obtivemos uma informação na organização desses dados. Podemos tirar alguma informação desse dado? Alguém pode até pré- conceituar: “AH! MAS MANGA É UMA FRUTA”. Mas, quem pode afirmar? Ninguém! O dado no exemplo pode, por ventura, estar ligado à informação de que “A MANGA DA CAMISA É CURTA”. Perceba que o que muda de um conceito para outro é o nível de abstração. Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 24 BUSINESS INTELLIGENCE Dado é o menor nível de abstração da informação, sendo o fato em sua forma primária. Os dados geram informação que, por sua vez, fornece o conhecimento. Contudo, o que isso tem a ver com BI? Tem alguma correlação? Claro! No BI, por exemplo, temos o intuito de visualizar informações para adquirir o conhecimento necessário para a tomada de decisão. O BI tem justamente esse propósito, o de aumentar o nível de abstração dos dados para fornecer informações relevantes à organização. É muito importante que tenhamos esses conceitos bem claros. O BI permite tirar o dado de sua forma estática para um estado dinâmico, permitindo o cruzamento e relacionamento de informações necessárias para a geração do conhecimento. E esse é o grande desafio! As empresas, hoje em dia, têm exatamente essa preocupação com a informação. Onde antigamente necessitavam de dados, hoje a inquietação é pela transformação da grande quantidade de dados existentes em informação decisiva. Ela será o grande subsídio dos gestores, que obtém o conhecimento através da noção sobre as informações, possibilitando assim a tomada de decisão de forma mais pautada. Os conceitos são um pouco confusos, pois a subjetividade é inerente à avaliação do limiar dessas abstrações. Quanto maior for a abstração, mais complicada é a compreensão. ARQUITETURA DO BI Caro leitor, vamos entender ainda mais como funciona o BI? Vamos montar o quebra-cabeça para consolidarmos melhor os conceitos vistos. Entendendo o processo, poderemos ter uma melhor referência do trabalho realizado para Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 25BUSINESS INTELLIGENCE a concepção de uma solução de Business Intelligence. Vamos entender como é arquitetada toda essa estrutura e compreender as atividades do processo. Então, vamos lá! Primeiramente, vamos ter em mente a visão macro do processo. Esse é o primeiro passo para enxergar a solução como um todo. Abaixo, ilustro como é essa visão em uma estrutura macro de processos: Agora vamos entender, passo a passo, o diagrama acima. Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 26 BUSINESS INTELLIGENCE A primeira atividade é a Mobilização dos stakeholders. Este é o pontapé inicial. Precisamos, nesta atividade, identificar as pessoas importantes e necessárias para o andamento do projeto de BI. Sem as pessoas certas, o projeto precariamente se iniciará. Essa é a chave para dar a partida. Incluo na mobilização, como participantes dessa etapa, a alta gestão. Devemos mobilizá-la e mostrar-lhe a importância do Business Intelligence como sistema de apoio à gestão. Em sequência, identificamos e convocamos as outras pessoas fundamentais para o processo. Concluída a etapa de identificação e mobilização das partes interessadas, iniciamos a atividade de Levantamento das necessidades. Essa é uma das etapas mais importantes e críticas para o processo do BI. Aqui, serão levantados (junto com as pessoas chaves) todos os indicadores necessários, como também as métricas e descritivos que irão existir dentro da solução. Então, se não tivermos gestores com visão sistêmica e bem consolidada do negócio, não serão levantados indicadores de qualidade. Nessa etapa, não nos preocupamos em como os dados serão fornecidos e sua localização. Deixamos os participantes criar uma “lista dos desejos” e só na próxima atividade nos preocuparemos com a existência ou não dos dados. A saída dessa atividade é a geração de um documento chamado “Matriz de Necessidades” que detalharemos posteriormente. A etapa de Mapeamento das fontes dos dados é a responsável por identificar e mapear os dados que serão a entrada para as informações e indicadores almejados. Aqui, todos os caminhos aos dados são mapeados, de forma que fique clara a localização, possibilitando assim a futura extração. A saída resultante dessa atividade é o documento intitulado “Fonte dos dados” que também será analisado a fundo nos tópicos seguintes. Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 27BUSINESS INTELLIGENCE O próximo passo é a execução. Na atividade Construção da solução BI é onde efetivamente é desenvolvido o sistema de BI. Todo o levantamento e mapeamento agora é conduzido para a consolidação dos dados em informações estratégicas. É onde normalmente é feita a modelagem multidimensional (dimensional), o processo de ETL (extração, transformação e carga) que contribuirá com o armazenado dos dados na base consolidada do Data Warehouse. Além disso, é feita a integração com a ferramenta de visualização dos dados que os usuários utilizarão. Sem dúvida, é a maior e mais complexa etapa do BI. Por fim, é feita a Disponibilização aos usuários finais. Nesta atividade, é feito um grande trabalho de capacitação e envolvimento dos usuários, desde a conscientização do uso correto da informação até a definição dos níveis de permissão que cada um terá. Ao final, os usuários terão condições de interagir com a interface da ferramenta, e ajudarão cada vez mais no melhoramento contínuo para que a solução sempre reflita as necessidades informacionais da organização. Todo o processo tem por única e exclusiva finalidade a consolidação dos dados para a disponibilização ao usuário, possibilitando, dessa forma, a tomada de decisão. A figura abaixo demonstra isso: Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 28 BUSINESS INTELLIGENCE MITOS Muitas vezes nos deparamos com dúvidas relacionadas ao conceito de BI. São confusões aceitáveis, pois normalmente o ser humano possui restrições para conceber coisas novas, como um novo paradigma ou algo não concreto. Para piorar, são várias as definições encontradas para BI no mercado, livros e Internet. Como não encontramos nada homogêneo referente ao assunto nos deparamos com isso: dúvidas! Como falei anteriormente, o BI é um processo que reúne um conjunto de técnicas e ferramentas que tem um objetivo simples, que nada mais é que a transformação dos dados em informação decisiva. Como informação não é algo tangível, talvez surja essa dificuldade momentânea para a compreensão do termo. Mas quero deixar claro que todas essas dúvidas são normais. Até Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 29BUSINESS INTELLIGENCE porque, existem muitos vendedores de ferramentas de BI no mercado, não é verdade? O importante para o fácil entendimento é eliminar inicialmente os mitos que encontramos no nosso dia a dia. Abaixo, listei alguns dos principais itens que desconsideramos ao se falar em BI: ● BI não é um programa ou ferramenta específica Programas e ferramentas podem ser considerados uma parte do todo que é o Business Intelligence, mas não o contrário. ● BI não é uma tecnologia O BI é constituído por um conjunto de tecnologias, como o Data Warehouse (DW), Data Mining, ETL, Data Mart, entre outros. O DW, por exemplo, é a tecnologia mais comum para a criação de uma solução de BI, pois é a base que armazena todos os dados que serão utilizados pelos gestores de negócios para a tomada de decisão. Mas BI não se limitaapenas ao DW. ● BI não é ERP Pelos mesmos motivos dos citados no primeiro item, o ERP não é BI. Contudo, trata-se de uma das melhores fontes para a extração de dados para a construção de BI nas organizações. ● BI não é um sistema pronto O BI requer um complexo processo de levantamento de dados e informações contextualizadas aos negócios em questão. O BI é moldado às necessidades intrínsecas da organização específica. Portanto, BI nunca poderá “nascer pronto”. Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 30 BUSINESS INTELLIGENCE ● BI não é planilha Deparo-me muitas vezes com pessoas que dizem ter BI em planilhas Excel (planilha eletrônica criada pela empresa Microsoft). De fato, eles podem até tirar informações das planilhas, mas o que as impede de ser um BI é justamente o alto grau de inexatidão das informações, pouca confiabilidade (já que permitem alterações), a descentralização e a falta de precisão para a tomada de decisões. O Excel não se encaixa nas diretrizes básicas que um sistema BI requer, tanto na questão de velocidade, como também na capacidade de armazenamento, não volatilidade e precisão dos dados. Aliás, o Excel não só é ineficiente para os dias de hoje, como também se trata de um modo primitivo de gerenciar as informações que, cada dia mais, necessitam de mobilidade, agilidade e dinamismo. A complexidade atual exige tecnologias adequadas e não planilhas estáticas sem inteligência necessária para o auxílio à tomada decisão. Enfim, quero mostrar aqui que, em se tratando de BI, não existe solução milagrosa. Aliás, não existe mágica em nada na vida. Então, temos que ficar atentos ao que é dito e vendido por aí. O PROFISSIONAL DE BI CAMINHOS À TRILHAR São muitas as atribuições de um profissional de BI, principalmente as atribuições que não são inerentes a sua atividade e que vão sendo agregadas por falta de interação de outros profissionais com o mundo BI. Destaco inicialmente o que o profissional de BI deve fazer e depois descrevo as Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 31BUSINESS INTELLIGENCE atividades agregadas. Você que deseja se tornar um analista desta área nunca poderá deixar de lado o chamado “amor aos dados”. Parece meio piegas, mas é a pura verdade. Durante muitos anos, o meu pensamento foi o de trabalhar com algo que envolvesse o uso de dados. Aí, parti para trabalhar inicialmente com estatística, por pensar que não há área melhor para entender dados, você não concorda? Mas a estatística tradicional sem foco no resultado imediato, aquela coisa de pesquisa, amostra, incomodava. Como utilizar o conhecimento matemático em algo que fosse dinâmico? Vi que, para trabalhar com BI, iria enfrentar desafios variados nas grandes empresas, aquelas estruturas enormes. E como eu iria resolver isso? Então, procurei me especializar em banco de dados. Não tinha alternativa. Para ficar firme no mercado, é preciso entender de banco de dados. Vi que isso é fundamental e imprescindível para o profissional da área, então, inicialmente alinhei: Bem, esta receita funciona, mas faltavam alguns ingredientes. O principal estava ali: gostar de trabalhar com dados. Como me disse um diretor uma vez “... rapazes, torturem os dados”. Calma! Não seremos tão cruéis. Então você já sabe. Inicialmente, tenha uma boa base em todos os tipos de banco de Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 32 BUSINESS INTELLIGENCE dados, se possível mesclando proprietários e livres, mas isso é fundamental! Depois, leve a sério a história de amar os dados, pois você irá gerar relatórios, gráficos, mapas, indicadores e entregar na mão do gestor para que tome uma decisão sobre os rumos da empresa. Então, como você faz parte da decisão e entregar dados incorretos para uma decisão é suicídio coletivo (seu e dos gestores), não fique desconfortável ao falar a um gestor “Olha, estes dados não estão confiáveis, não posso colocar no BI”. Você estará fazendo um bem não só para ele como a toda organização. O próximo passo, ciente que você conhece banco de dados, é aprender a modelagem multidimensional ou dimensional de uma estrutura de DW. Esta modelagem é fundamental, não pode ser ignorada e sem ela seu desejo de tornar-se analista de BI ou analista de DW foi por água a baixo! Não é uma modelagem tradicional de banco de dados relacional. Você tem que aprender as técnicas de como se cria uma base multidimensional. Então, trilhe este caminho, procure na Universidade um professor de banco de dados que conheça, ou discuta nos grupos na internet e sites. Você verá que sem este conhecimento você não avança. Assim que você tenha passado pelos pré-requisitos acima e já tenha criado algum projeto na área utilizando modelagem dimensional, então é necessário tomar alguns cuidados na hora de popular esta base, vejamos: 1. Levantamento de Requisitos: Você só deve trabalhar com os campos dos seus sistemas legados que farão parte do seu Data Warehouse e que o gestor utilizará nas consultas da sua ferramenta OLAP. Devemos fazer o mapeamento dos dados referenciando onde estão localizados nas tabelas do banco de dados relacional, alvo da construção do seu DW, mas você tem que entender disso, de levantamento de requisitos. Aqui no nosso caso, levantamento de campos que comporão o seu projeto de BI. Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 33BUSINESS INTELLIGENCE 2. Qualidade dos Dados: Na minha concepção, esta é uma das mais importantes áreas a serem trabalhadas na construção de um projeto de BI. Sem qualidade dos dados, tudo, exatamente tudo que você venha a construir não terá sentido, pois as decisões serão tomadas em uma base de dados inconsistentes. Você deverá, a todo momento, preocupar-se com a cópia dos seus dados do seu sistema de origem para o seu banco de dados dimensional. Quando eu digo qualidade dos dados, preocupe-se com o propósito de: a. Padronização das Informações: Coisa muito comum, quando tratamos da união de diversas bases que comporão o DW. Por exemplo, vamos citar o campo “estado civil”, que pode estar definido de diversas formas na sua base de dados operacional. Caso você necessite utilizar as duas tabelas, que são de banco de dados diferentes, na construção do seu projeto de DW, você necessitará padronizar, ou seja, decidir qual das duas nomenclaturas será acatada. Isso você realizará na etapa de ETL do seu projeto, ficando a seu critério, se será na camada de staging, ou na camada das dimensões. É preferencial que seja na camada de dimensões. b. Limpeza dos Dados: Preocupe-se com isso e muito! Este é dos problemas mais comuns e que mais afligem os analistas de DW, porque muitos sistemas têm tabelas com campos abertos e não categorizados, onde a entrada de dados não obedece uma tabela de domínio que facilite a escolha dos descritivos pelos usuários. Um dos exemplos mais comuns são as tabelas de município. Geralmente, nos formulários de Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 34 BUSINESS INTELLIGENCE entrada dos sistemas, o usuário digita o nome da cidade ao invés de escolher em uma tabela do sistema. Recordo ainda das inúmeras vezes que vimos a nossa linda cidade de São Salvador – Bahia escrita como: “Salvidor”, “SSA”, “Salavador” e assim sucessivamente. Então, cuidado com isso. Outra dica são os campos nulos e vazios. Neste caso, sempre coloque o descritivo “INFORMAÇÃO INEXISTENTE” em qualquer campo descritivo da sua dimensão, quando você identificar um campo que esteja nulo ou vazio no transporte do seu sistema de origem para o DW. O próximo passo é, se possível, entender de gestão de dados. Existem inúmeros frameworks que tratam do assunto (IBM, DAMA, dentre outros), que criaram padrões para entrada eretirada dos dados dos sistemas legados das empresas. Nestas estruturas, há o uso dos chamados “dados mestres”, os dados com grande importância dentro da empresa, que possuem um controle de acesso, inserções, atualizações e mudanças acompanhados por um comitê gestor dos dados, os chamados “curadores dos dados”. O comitê é responsável por manter e aplicar as regras necessárias no consumo destes dados pela empresa e seus usuários. A existência de profissionais na sua empresa que façam este tipo de trabalho, com certeza, vai facilitar muito a sua vida na construção do seu projeto de BI/DW. Agora, vamos falar dos conceitos e conteúdos que devem ser agregados por você, mesmo não fazendo parte do seu dia a dia. Inicialmente, quando já estávamos com muitos projetos de BI, observamos que era necessário fazer um pouco o papel de DBA, aquele profissional que cuida da manutenção do banco de dados. Estude blocagem de um banco de dados (tamanho do bloco, bloco de memória), tablespace, tamanho do registro em uma tabela do banco dimensional, entre outros aspectos, pois isso influencia diretamente Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 35BUSINESS INTELLIGENCE no fluxo e carregamento dos dados para o DW. O problema está no conhecimento agregado que os DBAs terão que adquirir sobre modelagem multidimensional e que você já possui, ficando muito mais fácil que você agregue conhecimento sobre a área deles e aplique este conhecimento no seu projeto. Enfim, seja bem-vindo ao clube dos conceitos de outros profissionais que você terá que agregar ao seu trabalho na construção de um Data Warehouse dentro de um projeto de BI. É isso. Não tem mágica e sim muito trabalho e busca constante de conhecimento, para que você se torne um ótimo profissional. O que importa é dar o primeiro passo e isso você já está fazendo, buscando conhecimento sobre como fazer as coisas certas. Agora, contradizendo os comerciais de cervejas que informam “beba com moderação”, pode ficar embriagado com o assunto que você não será penalizado. PERSPECTIVAS, PERFIL, FORMAÇÃO, CARREIRA E IDEAIS Mas o conhecimento técnico por si só é suficiente? O que, além disso, devemos almejar? Como é a carreira e a perspectiva de um profissional de Business Intelligence? O que devemos crer e ter em mente para crescermos cada dia mais nessa área? Muitas pessoas me perguntam sobre a carreira de um profissional de Business Intelligence. Perguntas do tipo “Como começar na área de BI?”, “Qual certificação devo realizar?”, “Quais os pré-requisitos para ingressar na área?”. Essas perguntas são interessantes pelo fato de não serem tão fáceis de responder, nem mesmo por alguém que já é profissional da área, e você vai entender o porquê. O profissional de BI possui formação mista. Esse é um ponto muito importante. Engana-se quem acha que este precisa apenas de entendimento Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 36 BUSINESS INTELLIGENCE tecnológico ou de sistemas. Na verdade, o profissional necessita, além dessas características, conhecimento em negócios. Isso mesmo, negócios! Seria como mesclar TI e gestão em um ponto único. É importantíssimo conhecimentos básicos de finanças e contábil, pois provavelmente você irá se deparar com esses assuntos. A visão de processos e gestão ajuda, e muito também, no entendimento da solução, tanto no desenvolvimento como na utilização. Possibilita a mediação de possíveis conflitos e impasses durante a implementação na organização, como também no desenvolvimento e interpretação das análises. Talvez esteja aí o motivo de alguns não se aventurarem nessa empreitada. A aversão de alguns profissionais da área de TI a negócios torna o Business Intelligence não desejado por muitos. É importante salientar que esta seria a formação desejável de um profissional de BI, não a obrigatória. Temos que lembrar que existem vários níveis na construção de uma carreira sólida, não só no BI, mas em qualquer área. São diversas etapas a percorrer na consolidação do conhecimento do profissional de BI “completo”. Aos interessados em ingressar nesta área, digo que além da vontade, entusiasmo, foco, paciência, determinação, dedicação, ética, vontade de aprender e persistência, são necessários mais alguns pontos: ● Conciliar teoria e prática: A verdadeira aprendizagem se dá na junção desses dos pilares do conhecimento; ● Conhecer as ferramentas, tecnologias e métodos disponíveis: a sintonia com o mercado ajuda a estar envolvido com as inovações para a área, além de ser um diferencial competitivo; Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 37BUSINESS INTELLIGENCE ● Estudar profundamente o Data Warehouse e sua modelagem multidimensional através das grandes referências bibliográficas: O DW é um dos grandes alicerces que está por trás do Business Intelligence. Por isso a extrema importância do conhecimento deste assunto; ● Boa base em matemática, raciocínio lógico e estatística: Pode parecer redundante ou até sem importância, mas, além de facilitar a análise das informações, o profissional com essas características tem facilidade em resolver problemas que quase sempre existem em um projeto de BI. Por isso, não subestime essas áreas; ● Bom conhecimento nas tecnologias de banco de dados: Como dito acima, são necessários conhecimentos em diversas tecnologias. A diferença aqui é que além de necessário, é quase que obrigatório o profissional de BI conhecer bem os conceitos de banco de dados, incluindo a modelagem de dados. Por fim, e não menos importante, gostaria de dizer que, como tudo na vida, AMOR e PAIXÃO naquilo que se faz é o que nos torna melhores a cada dia. Por isso, devemos sempre estar em constante aprendizado, pois nunca teremos a plenitude do conhecimento, já que o que, na verdade, nos torna melhores é o caminho percorrido até ele. E esse processo de constante melhoria é feito naturalmente quando amamos aquilo que fazemos. E isso é o que vai diferenciar sempre o amador de um expert. A figura abaixo ilustra exatamente o que estou expondo: Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 38 BUSINESS INTELLIGENCE Fonte: Portal de notícias G1 Amor, dedicação e o tempo é o que com certeza lhe tornará um grande profissional nesta ou em qualquer outra área. Se é nisso que você acredita e com que está disposto a conviver, desejo-lhe sucesso na sua jornada. Como mostrado na figura acima, rompendo a barreira da paixão, a tendência é que nos tornemos melhores a cada dia de forma muito mais prazerosa e muito mais fácil. Isso mesmo. Quando amamos o que fazemos, não há trabalho difícil. Por fim, um profissional da área de BI deve acreditar, acima de tudo, na ética. E é disso que iremos falar agora. A ÉTICA NO BI Por ser um ponto muito importante e com uma grande abrangência, separamos um tópico só para falar sobre a ética do BI. Considero essa uma das maiores propriedades que um profissional possa ter. Não só profissional Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 39BUSINESS INTELLIGENCE em Business Intelligence, mas como em qualquer outra profissão. A ética é o alicerse do caráter do ser humano. Durante minha vida profissional, sempre tive grandes embates sobre até onde deve ir um analista de BI, qual o seu compromisso com a empresa e principalmente com os dados. Será que apenas fazer o meu trabalho é o suficiente? Recebo meu salário mensalmente e só? É isso? Bem. Tenho uma resposta que para mim faz bastante sentido, pois escolhemos trabalhar com dados e isso é o mais importante, estejam estes dados favoráveis ou não ao gestor. O que você deve ter em mente é que nunca (disse nunca) deve alterar nenhum dado que venha dos sistemas legados, ou seja, corrigindo erros sistêmicoscomo, por exemplo, criando chaves estrangeiras inexistentes do sistema de origem, domínios inexistentes ou ainda acrescentando campos e dados através de regras de negócio. A origem é importante. Caso você altere algum dado para satisfazer um pedido ou solicitação dos seus gestores, nunca estes irão refletir os problemas dos sistemas transacionais, colocando sempre em dúvida qual banco de dados está correto. Convença-os que é mais importante assinalar os dados e corrigí-los na origem, pois o Data Warehouse deve refletir a realidade, aquilo que ele foi pressuposto a ser, que é uma base consolidada das informações da empresa que irão levar a uma decisão, e esta deve ser baseada naquilo que a sua empresa vive e respira. O seu compromisso com a verdade deve ser inabalável, discordando com qualquer tentativa de alteração imprópria dos dados existentes no DW. Portanto, faça auditoria dos dados, gere muitos relatórios pós-carga do DW e discuta com quem irá decidir sobre os problemas encontrados, mas NUNCA ALTERE NADA! Outra coisa importante que você deve ter em mente é que esta profissão exige bom senso. Seja ético informando ao seu gestor quando não é possível criar Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 40 BUSINESS INTELLIGENCE um Data Warehouse com os dados que você possui na empresa, seja pela má qualidade dos dados que, em 99% dos casos, é o que contribui com o fracasso de projetos que não se preocupam com este ponto, seja pela falta de fontes de dados (origem) adequadas, já que muitas empresas utilizam planilhas eletrônicas como banco de dados. Por isso, a importância do profissional ser realista e não procurar se comprometer com metas impossíveis. Orgulho-me de ter sugerido a alguns clientes que trabalhassem duro nos seus sistemas legados para criar formulários padronizados e fechados, permitindo que só fossem gravados dados de tabelas de domínio específicas, o que facilita o agrupamento dos dados, corrigindo problemas evidentes nos seus softwares operacionais. Um típico exemplo que encontro em diversos sistemas é a falta de categorização de campos. Exemplo clássico é o preenchimento do conteúdo dos campos BAIRRO e CIDADE. Ambos na maioria dos programas são abertos e permitem que o usuário digite o que quiser. Não seria mais fácil fechar estes campos para fazer pesquisas e agrupamentos? Note que alterando campos com estas características, os cruzamentos e agrupamentos de relatórios nas ferramentas de visualização de dados (OLAP) serão facilitados, permitindo que os gestores gerem suas informações com dados assertivos e com a certeza de não ter variações. Também é importante que o profissional fique ciente da sua responsabilidade dentro de um ambiente composto por informações estratégicas e sensíveis para as organizações. O analista de BI deve ter confidencialidade, ou seja, manter sob sigilo tudo o que ocorre e o que é visto no dia a dia no que tange à manipulação dos dados da empresa. Além disso, o profissional de BI deve sempre se lembrar que existe, em alguns Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 41BUSINESS INTELLIGENCE casos, falta de entendimento claro por parte dos usuários sobre a solução de BI. Isso faz o usuário ser, muitas vezes, abusivo em suas solicitações, requisitos e prazos. Devemos saber lidar com essas situações, contornando, na medida do possível, os objetivos inalcansáveis e discutindo para que seja estabelecido o consenso. Mas sempre na perspectiva de entender e respeitar o usuário que, no fim das contas, é o cliente da solução. Portanto, estabeleça um pacto com os dados e siga seu caminho. Lembre- se: toda vez que uma informação for exibida ou calculada no ambiente do BI que você construiu, e esta não estiver de acordo com o que era esperado, os gestores não pensarão duas vezes e afirmarão “O DW ESTÁ ERRADO! CHAMEM O ANALISTA DE BI AGORA!” e você irá correr sérios riscos de ter seu currículo manchado e levar a fama de um analista de BI ruim, isso graças aos erros que você cometeu por não ter informado dos problemas diagnosticados e encontrados quando você criou o banco de dados consolidado da empresa. Com isso, fique sempre alerta e siga em frente, pois ética nunca é demais. O DATA WAREHOUSE É necessário o suporte de tecnologia adequada para a consolidação dos dados do BI. É desta forma que o Data Warehouse adentra neste contexto. Esta tecnologia permite o armazenamento dos dados através de uma robusta estrutura de dados padronizados e tratados sob a perspectiva multidimensional. A construção de um DW perpassa várias etapas até a consolidação propriamente dita. A modelagem multidimensional e o processo ETL são as principais técnicas para o desenvolvimento. Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 42 BUSINESS INTELLIGENCE Algumas pessoas podem chamar essa estrutura de Data Mart. Esse termo representa uma segmentação do DW como um todo. Por exemplo, em uma empresa, um DW completo teria os assuntos essenciais da organização como: RH, Financeiro, Folha de Pagamento, dentre outros. Porém, se criarmos apenas um desses assuntos, estaremos estruturando, na verdade, um Data Mart que possui a mesma estrutura de um DW, mas aborda apenas um assunto, ao invés de todos os necessários para a organização. Seria a departamentalização das informações da empresa. O diagrama seguinte evidencia essa grande estrutura em seu formato macro. É prudente analisar que a imagem abaixo é um detalhamento da anteriormente mostrada. As partes de consolidação e disponibilização agora são exibidas como o DW e as ferramentas de visualização de dados, conhecidas como OLAP (On-line Analytical Processing), e de Mineração de Dados (Data Mining). Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 43BUSINESS INTELLIGENCE O QUE É FATO? E DIMENSÃO? Você já deve ter se perguntado, em muitos problemas da sua vida, de que forma encontrar a solução, ou pelo menos uma pista para se chegar a ela. Até mesmo de como encontrar as respostas certas para as perguntas mais espinhosas. Isso, temos que convir, não é muito fácil, principalmente que, para soluções importantes, muitas perguntas devem ser respondidas. No BI não é diferente. Os gestores sempre têm muitos problemas com poucas respostas em mãos. Então, como materializar este desejo de possuir a resposta in loco? No desenvolvimento de projetos de BI, você vai se deparar com duas palavras fundamentais: FATO e DIMENSÃO. Estas são responsáveis pelas respostas, mostrarão o caminho ao gestor resolvendo os seus problemas mais imediatos. Mas, afinal, o que significam estes termos? Vou comentar uma breve história para que você compreenda facilmente estes termos. Como hipótese, o problema de um dono de padaria que está abrindo o seu negócio e futuramente deseja saber se está prosperando ou não. O dono é seu Joaquim, e este possui duas padarias, visto que os pais deixaram como herança dois pontos comerciais. Na padaria, ele necessitará de padeiros, matéria-prima (farinha de trigo, fermento, sal, açúcar, dentre outros), energia, água, atendimento e móveis, coisas necessárias para abrir o estabelecimento. Inicia-se o processso de venda dos produtos: há pães diversos, bolos, tortas, refrigerantes, sucos, e muitos outros produtos. Começou bem e está vendendo bastante, os clientes gostaram dos produtos e estão vindo com frequência à padaria. Ao final da primeira semana, super feliz da vida, seu Joaquim, pensa “Estou rico!”. Eu digo: “Um momento! Rico?” Vamos lá. Surgem as primeiras perguntas: como Joaquim fará para Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 44 BUSINESS INTELLIGENCE pagar os empregados? Como será paga a matéria-prima aos fornecedores? E os clientes, estes devem ser fidelizados?O seu Joaquim conhece os novos clientes? Como acompanhar se o preço que foi colocado nos produtos é competitivo, ou melhor, é um preço justo? Houve lucro com o que foi vendido? Então, começa aqui o problema de todo gestor: muitas perguntas para poucas respostas. Agora, você pergunta: o que isso tem a ver com o BI? Caro leitor, tudo a ver! Agora é que entra o nosso querido Business intelligence. Ele tentará trazer as respostas para as perguntas do nosso empresário. Vamos novamente à hipótese e considerar que estive na padaria e conheci o seu Joaquim. Ele, muito preocupado, pediu uma solução mágica, milagrosa para encontrar as respostas. Informei a ele: “Seu Joaquim, o senhor que conhece bem o sua empresa, é capaz de nos informar tudo o que é quantitativo e descritivo no seu negócio?”. Ele faz o papel da alta gestão, o dono da empresa. E ele diz “Você está falando grego! O que é isso?”. Bem, então vamos a um exemplo. Pergunto ao seu Joaquim: “Os seus fornecedores que entregam farinha, açúcar, quais são os valores de custos? Então, isto é o quantitativo. Os elementos nome da farinha, peso, origem do produto são os descritivos, compreendeu?” Como um clarear de um novo dia, seu Joaquim abre aquele sorriso e diz “Tenho tudo no meu banco de dados”. Aí quem abre o sorriso somos nós, os analistas de BI: “Muito bem seu Joaquim. Temos a solução”. Desta maneira, começamos a descrever o que são Fatos e Dimensões. No contexto da padaria do seu Joaquim, podemos destacar alguns elementos que necessitaremos para construir o BI. Levantamos tudo que o seu Joaquim possui de cadastro e controle no seu banco de dados: Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 45BUSINESS INTELLIGENCE Matéria-prima Fornecedores Produtos vendidos Sistema de Faturamento Contas a Pagar e Receber Dados dos clientes Compras realizadas com os fornecedores semanalmente Com os dados em mãos, podemos agora definir o que são Fatos e Dimensões: ● FATOS: São todos os dados quantitativos que podem ser levantados com o cliente. No caso do seu Joaquim, podem ser descritos como elementos quantitativos do seu banco de dados: valores faturados (valores em reais), pagamentos dos clientes com as compras (valores em reais), pagamentos aos fornecedores (valores em reais), quantidade de mercadorias no estoque, gastos com compra de mercadorias (valores em reais), dentre outros. Com estes dados, denominados também de métricas, teremos algumas respostas como: a frequência dos pagamentos realizados aos fornecedores (semanalmente, mensalmente), quanto é gasto na compra de mercadorias todos os meses, qual a quantidade de farinha em estoque, dentre outras respostas. ● DIMENSÕES: São todos os dados que o gestor possui e que não serão utilizados como métricas. Na verdade, é aquilo que descreve as métricas, facilitando o entendimento sobre o negócio analisado o que, por exemplo, pode ser os elementos em destaque no banco de dados do seu Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 46 BUSINESS INTELLIGENCE Joaquim: nome dos fornecedores, nome dos clientes, datas das compras dos produtos, descrição dos produtos, tipos de produtos, dias da semana onde os clientes mais compram, dentre outros. Enfim, a Dimensão tem o caráter qualitativo dos dados provenientes da Fato e permite a visualização das informações do DW por múltiplas perspectivas. Com o entendimento do que sejam Fatos e Dimensões, qualquer pergunta que o gestor necessite facilmente pode ser respondida. Por exemplo, seu Joaquim pergunta: “Amigos analistas de BI, necessito saber quanto faturei no mês de março de 2014, com a venda de pães de queijo”. Para obter a resposta, basta cruzarmos os elementos: Percebeu, caro leitor, que as respostas são derivadas destes dois elementos? Fica simples analisar desta forma. Portanto, toda criação de um BI necessitará Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 47BUSINESS INTELLIGENCE do levantamento das Fatos e Dimensões. Veremos, no tópico sobre a Matriz de Necessidades, como isso é realizado junto com o gestor. A MODELAGEM DO DATA WAREHOUSE A construção de um Data Warehouse envolve diversas etapas, como você mesmo já viu e acompanhou até aqui. Neste livro, vimos as principais possibilidades que um gestor possui para fazer uma análise do seu negócio. Entretanto, nada é mágico e tudo tem que ser pensado para viabilizar este momento tão importante para o usuário final. Você perceberá que a modelagem das tabelas do banco de dados do DW obedece a uma forma não tradicional e inovadora na sua construção. Discutiremos o aspecto das Dimensões e Fatos, que são as únicas tabelas de dados presentes no DW, e que são responsáveis pelo armazenamento e controle dos dados oriundos dos sistemas operacionais da empresa. Elas são as “guardiãs” dos dados mais preciosos da organização que, com as ideias e valores dos gestores, irão direcionar os caminhos da organização. Normalmente, a estrutura do DW envolve a modelagem dimensional (ou modelagem multidimensional), constituída pelas tabelas de Fatos e Dimensões. Esse modelo é de fundamental importância, pois sua estrutura peculiar permite, ao analista, uma construção intuitiva tanto quanto uma melhor percepção pelos usuários de negócios. Na fase inicial do projeto, a modelagem dimensional permite maior eficácia no levantamento dos requisitos concebidos pela área de negócio (gestores), a qual consegue descrever de forma muito mais fluida suas necessidades. A modelagem dimensional relaciona tabelas Fatos com tabelas de Dimensões, interligando- as normalmente em um modelo de dados conhecido como modelo estrela, pois apresenta uma tabela no centro interligada por tabelas periféricas. A tabela central é a tabela de Fatos e as outras tabelas periféricas são as tabelas Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 48 BUSINESS INTELLIGENCE de Dimensão. Existem aspectos importantes na construção de um modelo dimensional que devemos levar em conta. São detalhes que são essenciais para o sucesso, ou até mesmo o fracasso, do projeto de Data Warehouse. ● Desnormalização dos dados: Uma das características dos bancos relacionais, ou melhor, dos bancos de dados de 99% das empresas do mundo é a construção de um modelo de dados normalizado, que prima pela correta adequação das tabelas de dados e os relacionamentos entre elas, de forma a evitar redundância e a chance de inconsistência entre os dados. Mas, para o Data Warehouse, esta normalização é um verdadeiro “pesadelo”, pois, em bancos de dados normalizados, devido às junções entre as tabelas de dados, a leitura de grandes volumes se torna demasiadamente lenta causando mau desempenho. Isso não é recomendado para quem deseja uma resposta rápida, como os próprios gestores de negócios buscam. Portanto, em modelos dimensionais, criamos a chamada redundância controlada, ou melhor, obedecemos apenas a primeira forma normal de construção de projetos de banco de dados, garantido que os dados não sejam multivalorados nas colunas das tabelas do banco de dados. As demais regras de normalização devem ser ignoradas. Vamos imaginar agora que um gerente de banco deseja realizar uma consulta na base de conta corrente, poupança, empréstimos e cartões de crédito, ao mesmo tempo, para todos os clientes do banco. Como seria a performance em banco de dados modelados de forma normalizada e desnormalizada? Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 49BUSINESS INTELLIGENCE Normalizado Desnormalizado Tamanho da Base (Megabytes) 400Mb 2Gb Quantidade de campos ~70 ~180 Tempo de consulta (Query) > 10hs <15 min ● Tipos de dimensões: Já sabemos que as tabelas de Dimensão em um Data Warehouse trabalham diretamentearmazenando dados sobre os descritores do projeto. O que não falamos é que existem variações, na construção destas Dimensões, que são fundamentais para armazenarmos de forma correta estes dados. Os tipos mais comuns são Slow Changing Dimensions, Rapidly Changing Monster Dimensions, Junk Dimensions e Dimensões Degeneradas. Vamos às definições: o Slow Changing Dimensions - Significa que ao inserir dados em uma tabela de Dimensão deveremos optar por substituir o dado ou preservá-lo, gerando assim um novo registro. Nas ferramentas de ETL serão vistas as siglas SCD tipo 1, SCD tipo 2, SCD tipo 3 e SCD híbrido (Tipo 6). ▪ SCD 1 - Sobrescreve os dados; ▪ SCD 2 – SCD predominante e normalmente utilizado. Acrescenta um novo registro e mantém como histórico o registro anterior. Chamamos este movimento de “versionamento” dos dados; ▪ SCD 3 – Permite manter as modificações no mesmo registro, adicionando uma nova coluna na tabela de Dimensão. Na nova coluna é armazenada Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 50 BUSINESS INTELLIGENCE a atualização, mantendo na antiga coluna o valor anterior; ▪ SCD híbrido ou SCD 6 – Combina todos os SCD anteriores (SCD 1 + 2 + 3 = 6), o que o torna bastante flexível para atualizações das Dimensões, porém com uma maior complexidade. Exemplo: Registro original Chave Dimensão Código Item Nome Setor Nome Responsável 001 10 Coordenação de Projetos Carlos Eduardo Vejamos como se comporta cada SCD após alterar o nome do responsável do setor: SCD tipo 1 Chave Dimensão Código Item Nome Setor Nome Responsável 001 10 Coordenação de Projetos João Carlos SCD tipo 2 Chave Dimensão Código Item Nome Setor Nome Responsável 001 10 Coordenação de Projetos Carlos Eduardo 002 10 Coordenação de Projetos João Carlos Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 51BUSINESS INTELLIGENCE SCD tipo 3 Chave Dimensão Código Item Nome Setor Nome Responsável Nome Responsável Atual 001 10 Coordenação de Projetos Carlos Eduardo João Carlos o Rapidly Changing Monster Dimensions - Algumas Dimensões têm por característica um grande volume de registros e alta frequência de mudanças, “explodindo” assim o espaço físico de armazenamento. Portanto, ao identificarmos esta característica, quando do desenvolvimento do Data Warehouse, devemos retirar os campos com maior volatilidade e colocá-los em uma nova Dimensão, separada dos dados estáticos, para evitar o crescimento exagerado e facilitar a busca pela informação, já que as Dimensões por natureza têm um número reduzido de tuplas. o Junk Dimensions - A características deste tipo de Dimensão é a criação de agrupamentos de campos que não se encaixam em nenhuma Dimensão. Podemos dizer que estes campos são geralmente campos conhecidos como flags (mecanismo comum em banco de dados, que define se uma determinada informação está presente ou não). A combinação de valores de cada flag é um elemento da Dimensão. Um certo número de Dimensões muito pequenas pode ser agrupado para formar uma única Dimensão abstrata, uma dimensão junk ou lixo - os atributos não são estreitamente relacionados. Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 52 BUSINESS INTELLIGENCE o Dimensões Degeneradas - Um dos tipos de dimensões mais utilizadas em projetos de Data Warehouse. É caracterizada por não ter a sua própria Dimensão e sim por estar presente na tabela Fato. Ela não está em uma tabela Dimensão e é gravada em uma tabela Fato. O exemplo clássico é o campo “número de nota fiscal”. Se colocarmos este campo em uma Dimensão, a cada nova compra que for feita será gerado um novo número e um novo registro será inserido na Dimensão, transformando-a em Rapidly Changing Monster Dimensions, o que não é recomendado. Portanto, para “fugir” deste problema, colocamos o campo que causaria esta anomalia diretamente na tabela Fato associada. Alguns exemplos de campos candidatos a esta característica: número de boleto de táxis, CPF, número de processo judicial, dentre outros. o Hierárquicas - Tipo de Dimensão muito comum em projetos de Data Warehouse e de grande importância no agrupamento de dados. Aplica-se hierarquias às Dimensões para que os fatos sejam agrupados em níveis de detalhamento. Um exemplo clássico é a criação da Dimensão geografia, onde campos possuem uma ordenação natural, criando uma hierarquia nos dados, como País -> Região -> UF -> Cidade. As tabelas País, Região, UF e Cidade são armazenadas separadamente no sistema fonte (normalizado). No Data Warehouse, elas compõem uma única tabela, a Dimensão geografia. Cada nível da hierarquia deve ser representado individualmente. Estes níveis influenciarão no detalhamento ou não da informação. Abaixo, um exemplo de como poderia ser construída a Dimensão geografia. Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 53BUSINESS INTELLIGENCE Chave País Região Estado Cidade Nível 1 BRASIL SÃO PAULO SP PIRACICABA 1 2 BRASIL SÃO PAULO SP RIO CLARO 1 3 BRASIL BAHIA BA IGAPORÃ 1 4 BRASIL SÃO PAULO SP 2 5 BRASIL BAHIA BA 2 6 BRASIL SÃO PAULO 3 7 BRASIL BAHIA 3 8 BRASIL 4 ● Grão da tabela Fato: Conceito que identifica a unidade de medida das métricas. Influencia diretamente o tamanho de uma tabela Fato e está ligado ao nível de detalhe dos dados. A lógica é a seguinte: Mais detalhe -> Mais dados -> Análise mais longa -> Informação mais detalhada –> Grão baixo. Já ao contrário: Menos detalhe -> Menos dados -> Análise mais rápida -> Informação menos detalhada –> Grão alto. Um exemplo clássico são as métricas “valor do item de venda” e “valor de venda da nota fiscal”. Caso a construção de um Data Warehouse necessite realizar agregações (somas, médias) com os itens que foram vendidos em uma loja, então é necessário criar a tabela Fato com o grão mais detalhado possível, no caso o “valor do item da venda”, pois se a tabela Fato estiver apenas com o “valor de venda da nota fiscal”, não poderemos criar uma análise ou relatório detalhado no banco de dados devido à natureza do grão. A métrica “valor do item de venda” pode ser agregada e determinar o valor da nota fiscal. Já o inverso não é possível. Isso caracteriza o que denominamos de grão da Fato. ● Agregados: São tabelas criadas através de agrupamentos das tabelas Fato. Geralmente, o grão desta nova tabela agregada é alto. Nesse caso, deve-se avaliar o tempo de carga e o espaço ocupado em disco, Licenciado para ROSIVALDO FERREIRA CORREA, E-mail: rosivaldocontrole@gmail.com, CPF: 37402706249 54 BUSINESS INTELLIGENCE beneficiando o maior número possível de usuários e possibilitando o ganho de performance na realização de consultas aos dados. Quando possuímos uma tabela Fato com muitos registros, a criação de uma tabela Fato agregada torna-se mais eficiente na pesquisa dos dados. Star Schema O modelo Star Schema (ou modelo estrela) é composto por uma tabela Fato central que contém todas as chaves artificiais (Surrogate Key) das tabelas de Dimensão além das métricas do projeto. Estas métricas foram inicialmente identificadas na Matriz de Necessidades e encontradas no banco de dados relacional, planilhas eletrônicas, logs de dados, dentre outras fontes, e posteriormente informadas na Fonte de Dados. Contém a única tabela normalizada do projeto, que é a tabela Fato. Existem diversas vantagem no uso deste tipo de modelo para a leitura dos dados de uma base de DW: 1) Não há redundância dos dados na Fato, pois esta tabela está normalizada; 2) A ligação é diretamente da tabela Fato para a tabela de Dimensão através de chaves artificiais (Surrogate Key); 3) As tabelas de Dimensão podem ser históricas ou de atualização, permitindo um controle através do versionamento (histórico) dos dados; 4) Como o versionamento dos dados está concentrado nas
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