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APS DIREITO PENAL - CRIMES EM ESPÉCIE (Beccaria e os crimes na atualidade)

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Atividade Prática Supervisionada – APS (N2 – Parte II)
11/2020
A obra “Dos Delitos e das Penas” de Cesare Beccaria nos traz uma leve indicação da forma que era em seu tempo a situação da legislação criminal, na época em que a monarquia francesa ainda estava no poder, a qual foi deposta em 1788, como o maior objetivo da Revolução Francesa, onde se instituiu “Liberdade, Igualdade, Fraternidade” os preceitos originários dos direitos humanos e de toda a configuração das sociedades como as conhecemos hoje.
Tendo isso posto, realizaremos uma análise comparativa entre as formas de delitos e das penalidades apresentadas por Beccaria em sua obra e os delitos e penalidades presentes em no ordenamento jurídico brasileiro atual.
Após análise profunda na leitura do livro, na análise social na qual estava inserido o escritor, e ainda a época na qual a população já não aguentava mais tanto sofrimento, dor, fome e doenças se alastrando por toda a Europa; conclui-se que as penas infamantes e a figura central era a monarquia, e/ou perante suas “leis” era declarada a decapitação na guilhotina, ou enforcamento, ou apedrejamento em praça pública, etc.
Ou seja, não havia uma perspectiva humanizada quanto à figura do réu que por muitas vezes é pobre, “não teve muitas oportunidades de crescimento na vida”, seja pelas suas origens, ou o valor monetário que possue, seja pela intensidade de melanina na cútis, seja por escolaridade, e por aí vai as “justificativas”, realizou este ou aquele crime.
Apesar de o Brasil ser um país considerado jovem e com muito a se desenvolver, considero que não pelo fato de ter a capacidade de acolher a todos os povos de uma forma que só o brasileiro consegue, o Brasil é feito a partir da mistura de culturas, povos, religiões, etnias, o país é composto pela mistura; o único país o qual trata todos iguais apesar de nossas diferenças internas, como exemplo prático: os gaúchos e os amazonenses são culturas completamente opostas. E mesmo assim não são ambos do mesmo país?!
Voltando ao cerne da questão; no artigo 5º da Constituição Federal de 1988 há um rol taxativo de todos os preceitos fundamentais, olhando de uma perspectiva mais ampla a Constituição da República Federativa do Brasil datada de 1988 e alterações posteriores em toda a sua extensão carrega consigo o fundamento principal da dignidade da pessoa humana.
Apesar de o Código Penal ser datado da década de 1940, ainda assim possue em seu teor preceitos para que haja a devida aferição da verdade relativa de acordo com o presente nos autos do processo, antes que haja a condenação injusta de um possível inocente em potencial.
Sendo assim, sintetizando a obra de Beccaria nos trás uma referência que a antes do acontecimento da revolução francesa não havia perspectiva nenhuma de penas como a condenação à guilhotina ter fim. E após a sua obra e a Revolução Francesa notasse completamente a mudança de perspectiva, trazendo para diversos países presentes ainda na atualidade a base fundamental para seu ordenamento jurídico contendo dignidade para a pessoa humana e maior “segurança” a toda sociedade.

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