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As teorias demográficas Teoria malthusiana(Thomas Malthus- séculos XVIII e XIX- Revolução Industrial) Nos países que se industrializavam, a produção de alimentos aumentou e a população que migrava do campo encontrava na cidade uma situação socioeconômica e sanitária muito melhor. Assim, a mortalidade se reduziu e os índices de crescimento populacional se elevaram. Analisando a relação entre a produção de meios de subsistência e a evolução demográfica, Malthus concluiu que o crescimento populacional excedia a capacidade da terra de produzir alimentos. Enquanto o crescimento populacional tenderia a seguir um ritmo de progressão geométrica, a produção de alimentos cresceria segundo uma progressão aritmética. Assim, a população tenderia a crescer além dos limites de sua sobrevivência, e disso resultariam a fome e a miséria. Diante dessa constatação e para evitar uma “catástrofe”, Malthus propôs uma “restrição moral” aos nascimentos, o que significaria: proibir o casamento entre pessoas muito jovens; limitar o número de filhos entre as populações mais pobres; elevar o preço das mercadorias e reduzir os salários, a fim de pressionar os mais humildes a ter uma prole menos numerosa. Ao lançar suas idéias, Malthus desconsiderou as possibilidades de aumento da produção agrícola com o avanço tecnológico. Aos poucos essa teoria foi caindo em descrédito e desmentida pela própria realidade. Os neomalthusianos (a partir de 1950 - explosão demográfica - planejamento familiar) A Segunda aceleração do crescimento populacional ocorreu a partir de 1950, particularmente nos países subdesenvolvidos. Esse período, imediatamente posterior à Segunda Guerra Mundial, foi marcado pelo surgimento de novos países independentes africanos e asiáticos e por grandes conquistas na área da saúde, como a produção de antibióticos e de vacinas contra uma série de doenças. Os remédios se tornaram mais acessíveis e baratos. Esse processo denominado revolução médico-sanitária, incluiu também a ampliação dos serviços médicos, as campanhas de vacinação, a implantação de postos de saúde pública em zonas urbanas e rurais e a ampliação das condições de higiene social. Todos esses fatores permitiram uma acentuada redução nas taxas de mortalidade, principalmente a infantil, que até então eram muito elevadas nos países subdesenvolvidos. A diminuição da mortalidade e a manutenção das altas taxas de natalidade resultaram num grande crescimento populacional, que atingiu seu apogeu na década de 1960 e ficou conhecido como explosão demográfica. Com a nova aceleração populacional, voltaram a surgir estudos baseados nas idéias de Malthus, dando origem a um conjunto de teorias e propostas denominadas neomalthusianas. Novamente, os teóricos explicavam o subdesenvolvimento e a pobreza pelo crescimento populacional, que estaria provocando a elevação dos gastos governamentais com os serviços de educação e saúde. Isso comprometeria a realização de investimentos nos setores produtivos e dificultaria o desenvolvimento econômico. Para os neomalthusianos, uma população numerosa seria um obstáculo ao desenvolvimento e levaria ao esgotamento dos recursos naturais, ao desemprego e à pobreza. Enfim, ao caos social. Para os neomalthusianos, a desordem social poderia levar os países subdesenvolvidos a se alinhar com os países socialistas, que se expandiam naquele momento. Para evitar o risco, propunham a adoção de políticas de controle de natalidade, que se popularizaram com a denominação de “planejamento familiar”. Os reformistas (ou marxistas) ( sobrevivência do capitalismo exige um excesso relativo de população) Seguidores do filósofo socialista Karl Marx, os teóricos desse pensamento afirmam que a causa da superpopulação é o modo de produção capitalista e que a sobrevivência do capitalismo, como sistema, exige um excesso relativo da população. Em outras palavras, ao contrário dos neomalthusianos, os reformistas consideram a miséria como a principal causa do acelerado crescimento populacional. Assim, defendem a necessidade de reformas sócio-econômicas que permitam a melhoria do padrão de vida da população mais pobre. A transição demográfica Em oposição às teorias descritas anteriormente, para as quais o mundo vive um processo de explosão demográfica, tem sido cada vez mais aceita a teoria da transição demográfica. Segundo os defensores dessa teoria, formulada em 1929, o crescimento populacional tende a se equilibrar no mundo, com a diminuição das taxas de natalidade e mortalidade. Esse processo se daria em três etapas distintas: Primeira fase ou Pré-industrial, caracterizada pelo equilíbrio demográfico e por baixos índices de crescimento vegetativo, apoiados em elevadas taxas de natalidade e de mortalidade. Nascem muitos, mas morrem muitos. A elevada mortalidade era decorrente principalmente das precárias condições higiênico-sanitárias, das epidemias, das guerras, fome, etc. Segunda fase ou transicional, que apresenta as seguintes modificações: num primeiro momento, a redução da mortalidade com o fim das epidemias e os avanços médicos (decorrentes da Revolução Industrial), porém a natalidade ainda se mantém elevada, ocasionando um grande crescimento populacional; num segundo momento, a natalidade começa a cair, reduzindo-se então o crescimento populacional. Terceira fase ou Evoluída, etapa em que a transição demográfica se completa, com a retomada do equilíbrio demográfico, agora apoiado em baixas taxas de natalidade e de mortalidade. Atualmente estão nessa fase os países desenvolvidos, a maior parte dos quais apresenta taxas de crescimento inferiores a 1% e até negativas. Países cujo crescimento vegetativo se encontra estagnado. Expectativa de vida: corresponde a quantidade de anos que vive em média a população. Este é um indicador muito utilizado para se verificar o nível de desenvolvimento dos países. No Brasil a expectativa de vida nas últimas décadas tem se ampliado, em 1999 as mulheres viviam em média 72,3 anos, enquanto os homens 64,6 anos, esse aumento na expectativa também se deve a melhorias na qualidade médico sanitária da população em virtude do processo de urbanização. Resumindo – idéias principais: As teorias demográficas Thomas Malthus ‐ séculos XVIII e XIX ‐ Revolução Industrial; Malthus concluiu que o crescimento populacional excedia a capacidade da terra de produzir alimentos, disso resultariam a fome e a miséria; Malthus propôs uma “restrição moral” aos nascimentos, para evitar uma “catástrofe”; Teoria Malthusiana Nos países que se industrializavam, a produção de alimentos aumentou e a população que migrava do campo encontrava na cidade uma situação socioeconômica e sanitária muito melhor. Assim, a mortalidade se reduziu e os índices de crescimento populacional se elevaram. Malthus desconsiderou as possibilidades de aumento da produção agrícola com o avanço tecnológico. Podemos concluir que, se há fome no mundo e no Brasil hoje, isso não se deve a falta de alimentos ou ao excesso de pessoas, mas a má distribuição e destinação dos mesmos; A partir de 1950 ‐ fim da Segunda Guerra Mundial; Os Neomalthusianos Surgimento de novos países independentes africanos e asiáticos e conquistas na área da saúde, como a produção de antibióticos e de vacinas contra uma série de doenças; Revolução médico‐sanitária = acentuada redução nas taxas de mortalidade; Uma população numerosa seria um obstáculo ao desenvolvimento e levaria ao esgotamento dos recursos naturais, ao desemprego e à pobreza;A diminuição da mortalidade e a manutenção das altas taxas de natalidade resultaram num grande crescimento populacional, que atingiu seu apogeu na década de 1960 e ficou conhecido como explosão demográfica. Para evitar o risco, propunham a adoção de políticas de controle de natalidade, que se popularizaram com a denominação de “planejamento familiar”. Na imagem à esquerda, podemos observar um folder de uma campanha governamental de planejamento familiar. Seguidores de Karl Marx; A causa da superpopulação é o modo de produção capitalista e que a sobrevivência do capitalismo, como sistema, exige um excesso relativo da população; A miséria como a principal causa do acelerado crescimento populacional; Necessidade de reformas sócio‐econômicas que permitam a melhoria do padrão de vida da população mais pobre. Fontes: http://pessoal.educacional.com.br http://www.frigoletto.com.br http://www.cei.santacruz.g12.br http://orbita.starmedia.com Imagens retiradas da Internet. Colégio Estadual Leôncio Correia Disciplina de Geografia 2º ano do Ensino Médio Professora Valesca Sarita do Amaral valescaamaral@yahoo.com.br Os reformistas (ou marxistas) A transição demográfica O crescimento populacional tende a se equilibrar no mundo, com a diminuição das taxas de natalidade e mortalidade. http://pessoal.educacional.com.br/ http://www.frigoletto.com.br/ http://www.cei.santacruz.g12.br/
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