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Lara Fernandes – Enfermagem e obstetrícia UFRJ Genes codificam proteínas: Todo gene é escrito em nucleotídeos, esses apresentam a informação que precisa ser transcrita. O RNA mensageiro precisa ser traduzido. CÓDIGO GENÉTICO ---> Faz a correspondência de nucleotídeos e aminoácidos. O que é necessário para interpretar uma sequência de nucleotídeos em uma sequência de aminoácidos – Lido em trincas de nucleotídeos. - Cada trinca (códon) corresponde a um aminoácido. Vários códons podem codificar um único aminoácido. A célula necessita manter aquela informação que faz com que ela sobreviva para que as próximas células usufruam dessa informação exatamente como deve estar. O Código genético é redundante. Qual a vantagem de se obter um código genético redundante? Por mais de um códon codificar um mesmo aminoácido. Caso ocorra uma mutação, chamada mutação silenciosa, de acordo com outro aa que ainda codifica aquela proteína, a proteína não terá nenhuma alteração. O último nucleotídeo do códon muitas vezes é o principal gerador dessa redundância, sempre ele que varia. O código genético é universal, ou seja, frente a todos os organismos o código genético é lido exatamente da mesma forma. Exceto em mitocôndrias e cloroplastos. - Ex: Um gene humano que codifica insulina humana, e inserir em uma bactéria, ela irá passar a produzir insulina humana. Ela irá secretar essa insulina que depois poderá ser purificada para venda comercial, feita por DNA recombinante. Os tRNAs são os responsáveis pela interpretação do código genético. TRADUÇÃO A leitura (5’ – 3’) em trincas gera três padrões de leitura de uma sequência de nucleotídeos: A leitura pode começar na primeira base nitrogenada do aminoácido, na segunda ou na terceira. - Caso o padrão de leitura seja modificado, formará uma proteína diferente, dessa forma, o ribossomo necessita saber aonde tem que começar a síntese de proteínas para gerar a correta. - Mutação sem sentido: troca o que a proteína codificava para outra. Podem tirar ou adicionar um ou dois nucleotídeos, fazendo com que a proteína perca sua função pois irá alterar o padrão de leitura. O início de um padrão de leitura depende de um códon iniciador – AUG, ele determina o padrão de leitura. A síntese proteica sempre terá seu início com a metionina (AUG), ela possui um grupamento formil que serve para mostrar que ela é o primeiro aminoácido da proteína. – Na maioria das proteínas essa metionina é cortada fora após a tradução, pois ela só serve para sinalizar que a síntese começou. - Os próximos códons AUGs que estão presentes na proteína inicial, servirão para codificar a metionina que estará inserida na sequência. A parada da síntese proteica depende de códons de terminação: UAA, UAG ou UGA. Eles não codificam aminoácidos. Quando o ribossomo entra em contato com um desses três códons é um sinal de término da tradução. - Nesse momento uma proteína chamada fator de terminação de síntese vai soltar a proteína do ribossomo e vai desmontar o ribossomo fazendo Ribossomos e proteínas Lara Fernandes – Enfermagem e obstetrícia UFRJ com que o mRNA se desloque também, isso faz com que a síntese proteica finalize. - Todos os aminoácidos a partir desse códon de parada não serão sintetizados, não servirão de região codificante do mRNA pois ela está entre o primeiro AUG e o primeiro códon de parada. RNA TRANSPORTADOR (tRNA) É sintetizado por meio de genes presentes no DNA. Apresenta uma porção contendo uma trinca de nucleotídeos complementares reversos (anticódon) ao códon do aminoácido carregado. É formado por um pequeno trecho de nucleotídeos. Quando são sintetizados formam um trevo de três folhas, em uma de suas pontas (3’) recebe um aminoácido específico. - Existe uma enzima que reconhece o tRNA específico para aquele aminoácido, e ele vai e coloca o aminoácido preso de forma covalente. Anticódon: é o complementar reverso do códon, ou seja, pareia de forma inversa para que as pontes de hidrogênio sejam realizadas. O pareamento precisa ser espelhado pois as fitas são antiparalelas. No nucléolo há os genes que codificam tRNAs, e também é onde ficam as enzimas que pegam o aminoácido correspondente. POR QUE PARA UM AMINOÁCIDO EXISTEM MAIS DE UM tRNA? - Pois mais de um códon codificam um aminoácido, e cada tRNA tem seu códon especifico, então, a quantidade de tRNA se equivale à quantidade de códons que codificam determinado aminoácido. O anticódon presente no tRNA que irá se modificar. PAREAMENTO OSCILATÓRIO tRNAs podem identificar um códon usando apenas os dois primeiros nucleotídeos do anticódon. Não é necessário haver uma eficiência no pareamento do terceiro nucleotídeo. Esse processo é chamado de pareamento oscilatório. O terceiro nucleotídeo é o chamado posição pendular, não necessariamente ele precisa ser reconhecido fielmente. - Isso, associado à redundância do código genético, faz com que o pareamento ocorra de forma mais rápida. Acelera a síntese proteica. tRNAs são produzidos e modificados no núcleo; Apenas 20 enzimas são responsáveis pela ligação de todos os aminoácidos na formação do seu tRNA correspondente. Uma enzima existe para cada aminoácido, a sequência da enzima consegue identificar os diferentes códons do aminoácido. INCORPORAÇÃO DE UM AA À PT Os aminoácidos se unem por ligações peptídicas, união do grupamento amino de um aa com o grupamento carboxila do outro. - Essa ligação é favorável energeticamente, os aa interagem espontaneamente, o ribossomo acelera e regulariza a ligação. N Terminal (terminal amino): parte da proteína em que estará o primeiro aa. C Terminal (carboxi terminal): Porção em que foi inserido o último aa. A adição de um novo aminoácido sempre ocorre pela extremidade C terminal. A adição de novos aa não necessita de outra fonte de energia pois a lig.peptídica é favorável energeticamente, não precisa de ATP. FUNCIONAMENTO DO RIBOSSOMO A fita de mRNA irá sair do núcleo e será encontrada por um ribosso. O ribossomo começa um escaneamento e quando chega no primeiro AUG, começa a sintetizar ptn. Os tRNA entram e saem, deixando sempre um aa. Cada tRNA carrega um aa. A proteína já começa a tomar sua forma espontaneamente conforme vai sendo sintetizada. Obs: vários ribossomos podem estar em uma molécula de mRNA. Lara Fernandes – Enfermagem e obstetrícia UFRJ RIBOSSOMO Não é organela!! – Organelas possuem membana, são estruturas compostas por proteínas ribossomais e rRNA; Possui duas subunidades, uma grande e uma pequena que se encaixam; O mRNA fica apenas na subunidade pequena; O ribosso é identificado por números, esses números representam a capacidade de sedimentação – quanto mais pesado for uma molécula mais rápido vai se sedimentar; O eucarioto em um tamanho de 80s e o procarioto é 70s; A subunidade grande sedimenta em 60s e a subunidade pequena sedimenta em 40s; As duas subunidades são compostas por RNA ribossômico e proteínas. Subunidade grande: 3 rRNAs. Subunidade pequena: 1 rRNA. FACE INTERNA SÍTIO A Sitio de entrada do tRNA, início da leitura do códon. SÍTIO P Sitio onde fica a cadeia de polipeptídios que já foi sintetizada até o momento, fica ancorada no último tRNA que o código foi lido. SÍTIO E Sítio de saída dos tRNAs. Obs: o ribossomo anda exatamente 3 nucleotídeos a cada vez que o tRNA do sitio P passa a cadeia de polipeptídios para o tRNA que está no sítio A, após isso o tRNA do sítio A vai para o sítio P e espera o pareamento de outro tRNA no sítio A. FATORES DE INICIAÇÃO DE TRADUÇÃO: PROTEÍNAS QUE ACELERAM A SÍNTESE - PODEM RECONHECER O mRNA E FAVORECER A ENTRADA DE UM RIBOSSOMO.SÍNTESE EM PROCARIOTO Em procariotos, algumas proteínas (fatores de alongamento) aceleram a síntese, podem reconhecer o mRNA e favorecer a entrada de um ribossomo ali. EUCARIOTOS No ribossomo, apenas a subunidade pequena é a que começa o processo, não tem subunidade grande. O ribossomo pequeno já inicia com o tRNA da metionina pois é ele que vai reconhecer o primeiro códon AUG, e quando acha um AUG recrutam a subunidade grande para poder fechar, quando fecha começa a síntese. A metionina já fica ligada no sítio P direto para dar espaço pro segundo tRNA entrar. Fator de liberação ou terminação da síntese: é uma proteína, um sítio que interage com o código de parada. Quando o fator reconhece o códon de parada ele primeiro precisa liberar a cadeia de proteína e a ligação é desfeita por uma molécula de água, a água entra e quebra a ligação. Ataque nucleofílico da água: o ribossomo recruta uma molécula de água para quebrar a ligação entre a cadeia de aminoácidos e o último tRNA para que a proteína saia. Quando o ribossomo tenta dar o seu passo a ligação com a ptn de terminação faz com que o ribossomo meio que “tropece” nela e desmonte liberando o tRNA, o mRNA, a molécula de terminação e a proteína. O mRNA depois de liberado pode ser lido por outros ribossomos. Lara Fernandes – Enfermagem e obstetrícia UFRJ
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