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Curso Direito Civil – Parte Geral Turma 2 período - Matutino Professor: Murillo Ricart Data 04/11/2019 Valor 2,0 pontos QUESTÃO 01– O que é um bem? QUESTÃO 02– O que são bens jurídicos? Conceitue e dê um exemplo. QUESTÃO 03– O que é uma coisa, para o Direito? Conceitue e dê um exemplo. QUESTÃO 04– Como se caracteriza uma coisa? QUESTÃO 05– Os bens considerados em si mesmos, podem ser classificados em: fungíveis e infungíveis; móveis e imóveis, consumíveis e inconsumíveis; divisíveis e indivisíveis; singulares e coletivos; públicos e particulares. Nesse sentido, que é um bem fungível? Conceitue e dê um exemplo. QUESTÃO 06– O que é um bem infungível? Conceitue e dê um exemplo. QUESTÃO 07– As energias que tenham valor econômico são classificadas em qual categoria? QUESTÃO 08– Os materiais, antes de serem empregados na construção, são classificados em qual categoria? E depois de serem empregados na construção? QUESTÃO 09– O que são imóveis por natureza, imóveis por acessão artificial e imóveis por acessão intelectual? QUESTÃO 10– Os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; e o direito à sucessão aberta são classificados em bens móveis? Fundamente. QUESTÃO 11– Os materiais que forem temporariamente destacados de uma construção para, posteriormente, serem nela reempregados são classificados em qual categoria? QUESTÃO 12– O que é um bem fungível? Conceitue e dê um exemplo. QUESTÃO 13– O que é um bem infungível? Conceitue e dê um exemplo. QUESTÃO 14– O que é um bem consumível? Conceitue e dê um exemplo. QUESTÃO 15– O que é um bem divisível? Conceitue e dê um exemplo. QUESTÃO 16– O que é um bem indivisível? Conceitue e dê um exemplo. QUESTÃO 17– Os bens naturalmente divisíveis podem ser considerados indivisíveis? QUESTÃO 18– O que são bens singulares? Conceitue e dê um exemplo. QUESTÃO 19– O que são bens coletivos? Conceitue e dê um exemplo. QUESTÃO 20– O que são bens de uso comum do povo? Conceitue e dê um exemplo. QUESTÃO 21– O que são bens de uso especial? Conceitue e dê um exemplo. QUESTÃO 22– O que são bens dominicais? Conceitue e dê um exemplo. QUESTÃO 23– os bens de uso comum do povo e os de uso especial podem ser alienados? Fundamente. QUESTÃO 24– Os bens públicos se sujeitam à usucapião? QUESTÃO 25– Os bens reciprocamente considerados podem ser classificados em principais, acessórios e pertenças. O que é um bem principal? Conceitue e dê um exemplo. QUESTÃO 26– O que são os bens acessórios? Conceitue e dê um exemplo. QUESTÃO 27– O que é o princípio da gravitação jurídica? QUESTÃO 28– O que é uma pertença? Conceitue e dê um exemplo. QUESTÃO 29– São chamados de frutos os bens que se originam periodicamente de um outro bem, sem que este sofra alteração em sua substância, especificamente por não sofrer redução nem deterioração. Os frutos podem ser classificados em pendentes, percebidos ou colhidos e consumidos. Explique o que são frutos pendentes, colhidos ou consumidos. QUESTÃO 30– O que são benfeitorias úteis? Conceitue e dê um exemplo. QUESTÃO 31– O que são benfeitorias necessárias? Conceitue e dê um exemplo. QUESTÃO 32– O que são benfeitorias voluptuárias? Conceitue e dê um exemplo. QUESTÃO 33– O que são as acessões artificiais? Conceitue e dê um exemplo. AVALIAÇÃO EM GRUPO – II Unidade ESTUDO DIRIGIDO – TEORIA DOS BENS Pedro Costa Magalhães Respostas: 1. É tudo que satisfaz uma necessidade humana. 2. Em sentido amplo é tudo aquilo que tem valor para o ser humano. Para Teles “são bens jurídicos a vida, a liberdade, a propriedade, a família, a honra, a saúde, enfim, todos os valores importantes para a sociedade”. 3. O conceito de coisas corresponde ao de bens, mas nem sempre há uma relação clara entre eles. Coisa é o gênero do qual bem é espécie. Por possuir um conceito mais abrangente que o de bens, certas coisas são insuscetíveis de apropriação. Exemplo: gases atmosféricos, água do mar, etc. 4. Pode ser compreendida como tudo que existe no universo, sendo passível de apropriação (bens), ou não. 5. São fungíveis os móveis que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. Exemplo: metais preciosos, dinheiro, etc. 6. São os que não podem ser substituídos por outros de mesma espécie, qualidade e quantidade. Exemplo: quadro de um pintor famoso, escultura famosa, etc. 7. Segundo o artigo 83 do código civil consideram-se energia que tenha valor econômico um móvel . 8. Enquanto não forem empregados são bens móveis, tornando-se imóveis quando aplicados. Podendo readquirir a condição de móveis em caso de demolição. 9. Bens imóveis por natureza são: o solo, e os bens a ele naturalmente incorporados, como árvores, lagos, etc. Imóveis por acessão artificial inclui tudo aquilo que o homem pode incorporar permanentemente ao solo, como semente lançada à terra, os edifícios, etc. Imóveis por acessão intelectual são os bens móveis que, em razão de estarem economicamente vinculados a um imóvel, são considerados imóveis. 10. De acordo com o artigo 80 do CC, consideram-se imóveis os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram. De acordo com o mesmo artigo no inciso II temos que: o direito a sucessão aberta é imóvel. 11. São considerados imóveis os materiais que foram temporariamente removidos de uma construção para serem incorporados novamente a ela posteriormente. 12. São fungíveis os móveis que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. Exemplo: metais preciosos, dinheiro, etc. 13. Um bem infungível é aquele que não pode ser trocado por outro em igual quantidade e qualidade, considerando a sua individualidade. Como exemplo, pode-se citar a obra Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, que constitui um bem único e infungível. 14. Um bem consumível pode ser caracterizado como aquele que se extingue quando usado de acordo com a sua finalidade e destino. Como exemplos, podem-se citar os alimentos e o dinheiro. De acordo com Teixeira de Freitas, o bem consumível é suscetível de destruição por um único uso; esse conceito também é adotado pelo nosso Código Civil, mas não satisfaz plenamente, pois um bem inconsumível também pode ser destruído ao ser usado uma única vez, a depender da forma de uso. 15. Um bem divisível possui homogeneidade e pode ser fracionado sem perda de sua funcionalidade ou alteração de substância, ou seja, as características do bem são preservadas. Exemplos: uma peça de tecido e uma saca de café, pois se for repartida, cada metade conservará as qualidades do produto. 16. Um bem indivisível é aquele que não comporta fracionamento sem alteração de substância ou sem prejuízo econômico sensível para os coproprietários. Isso porque a parte não é capaz de manter as mesmas características do todo e o mesmo valor econômico. Exemplos: um anel e um terreno. 17. Sim, pois o artigo 88 do CC prevê que: “Os bens naturalmente divisíveis podem tornarse indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes”. 18. Um bem singular é um bem móvel que constitui uma unidade física independente. Os bens singulares podem ser divididos em simples e compostos. No primeiro caso, as partes que integram a coisa se ligam naturalmente, como uma árvore e um livro. Já no segundo caso, a coisa é formada pela íntima conexão das partes ao perder a sua individualidade, como um computador e um automóvel. Porém, a lei não faz a distinção entre coisas simples e compostas. 19. Os bens coletivos constituem uma reunião de coisas simples ou compostas, que perdem a sua individualidade em prol da classe que integram; possuem uma destinação unitária e um titular único. Existem duas modalidades de bens coletivos: as universalidades de fato, que possuem uma destinação unitária, como uma biblioteca e um rebanho; e as universalidades de direito, dotadas de valor econômico, como a herança e o patrimônio. 20. Os bens de uso comum do povo são aqueles que podem ser utilizados livrementepela população, como praças públicas, ruas, praias, etc. Constituem bens inalienáveis. 21. Os bens de uso especial são utilizados para a prestação de serviços públicos, como é o caso de escolas públicas, postos de saúde, agência dos correios, etc. Também constituem bens inalienáveis. 22. Os bens dominicais constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, porém, não lhes foi atribuída nenhuma destinação pública específica, ou seja, são bens desafetados. Como exemplo, pode- se citar um prédio público desativado. Esse tipo de bem pode ser alienado. 23. Os bens de uso comum do povo e os bens de uso especial não podem ser alienados, pois se um bem público possui uma finalidade específica, de interesse público, esse bem não pode ser vendido. 24. Não, pois de acordo com o art. 102 do Código Civil, os bens públicos estão excluídos de aquisição de domínio por usucapião. Esse dispositivo reproduz a norma do art. 200, do Dec.-lei nº 9.760/46. O art. 183 da Constituição federal também veda a prática de aquisição de domínio em bem público, e a redação do parágrafo único deste artigo é igual à do parágrafo único do art. 191. 25. Principal: é o bem que tem existência própria, que existe por si só, exercendo sua função e finalidade, independentemente de outra, é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente. Art. 92 – CC: “Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a do principal”. São exemplos de bens principais o solo que existe por si, concretamente, sem qualquer dependência, e os contratos de locação e compra e venda 26. Acessório: é aquele cuja existência depende do principal, supõe, para existir juridicamente, um bem. Art. 95 – CC: “Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico”. Art. 92 – CC: “Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a do principal”. (GONÇALVES, 2012) Segundo o doutrinador, Bem acessório é o que supõe, para existir juridicamente, um principal. Nos imóveis, o solo é o principal, sendo acessório tudo aquilo o que nele se incorporar permanentemente (p. ex., uma árvore plantada ou uma construção), já que é impossível separar a ideia de árvore e de construção da ideia de solo. 27. O princípio da gravitação jurídica estabelece que tudo aquilo que ocorrer no contrato principal repercute nos contratos acessórios. Trata-se do princípio da gravitação jurídica, pelo qual um bem atrai outro para sua órbita, comunicando-lhe seu próprio regime jurídico. em se tratando de frutos, produtos, benfeitorias, acessões e partes integrantes, pela lógica do ordenamento e a natureza do acessório, proclama -se que o acessório seguirá a sorte do principal, ainda que não haja regra expressa nesse sentido. Regra inversa ocorre com relação às pertenças, que só seguirão a sorte do principal por expressa disposição de lei ou acordo das partes. 28. Pertenças são os bens que, não constituindo partes integrantes, destinam-se, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro (ex: trator em uma fazenda, cama, mesa ou armários de uma casa etc.). As pertenças, apesar de serem bens acessórios, não seguem o destino do principal, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso. Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso. As pertenças conservam sua individualidade e podem ser separadas. Art. 93. “São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro”. EX: som do carro é um bem que não constitui parte integrante do carro, mas que se destina de modo duradouro ao uso nele. Em outras palavras, é uma pertença, nos termos do art. 93. 29. Os frutos se originam de outro bem sem que esse sofra alterações em sua substância e essência. Os frutos são utilidades renováveis, ou seja, que a coisa principal periodicamente produz, e cuja percepção não diminui a sua substância. São classificados em frutos naturais (são os gerados pelo bem principal sem necessidade da intervenção humana direta exemplos: laranja e café), industriais (são os decorrentes da atividade industrial humana exemplo: bens manufaturados) e civis (são utilidades que a coisa frutífera periodicamente produz, viabilizando a percepção de uma renda exemplos: juros e aluguel). Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico. 30. Benfeitorias uteis consiste em serviços ou obras que visem a ampliar a funcionalidade ou dar maior utilidade ao bem principal. As obras que aumentam ou facilitam o uso do imóvel, como por exemplo a construção de uma garagem, a instalação de grades protetora nas janelas ou fechamento de uma varanda, porque tornam o imóvel mais confortável, seguro ou ampliam sua utilidade. Art. 96. “As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias”. §2 São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem. Exemplo: a construção de uma garagem, a instalação de grades protetora nas janelas ou fechamento de uma varanda, porque tornam o imóvel mais confortável, seguro ou ampliam sua utilidade. 31. Benfeitorias necessárias são aquelas que se destinam à conservação do imóvel ou que evitem que ele se deteriore, portanto são lançados diretamente em Despesas de Manutenção. Art. 96. “As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias”. §3 São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore. Exemplos: reparos de um telhado, reparo na parede para evitar a infiltração de água ou a substituição dos sistemas elétricos e hidráulico danificados, portanto, todos eles são necessários com característica de uma manutenção ou conserto, simplesmente. 32. Benfeitorias voluptuosa são as que não aumentam ou facilitam o uso do imóvel, mas podem torná-lo mais bonito ou mais agradável, tais como obras de jardinagem, de decoração ou alteração meramente estética como cerca viva, Colocação de Coluna Romanas no Hall de Entrada, Construção de Lago para embelezamento do local. Art. 96. “As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias”. §1 São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. Exemplo: obras de jardinagem, de decoração ou alteração meramente estética como cerca viva, Colocação de Coluna Romanas no Hall de Entrada, Construção de Lago para embelezamento do local. 33. As acessões inserem-se entre os modos de aquisição da propriedade imobiliária. São obras que criam coisas novas que aderem à propriedade preexistente. ARTIGO 1254 CC – SEMEADURA, PLANTAÇÃO OU CONSTRUÇÃO EM TERRENO PRÓPRIO COM SEMENTES, PLANTAS OU MATERIAIS ALHEIOS • SE DE BOA-FÉ: terá que indenizar o proprietário do material pelo valor correspondente. • SE DE MÁ-FÉ: o titular do terreno que se aproveitou de materiais alheios, além de pagar o valor, irá responder por perdas e danos ao proprietário destes materiais.
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