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Nome: Anderson Henrique Barbosa Alves Ra:101200450 Curso: Direito Turno: Noite Resumo de Bens Direito Civil. Conceito: De acordo com Carlos Roberto Gonçalves, “Bens são coisas materiais, concretas, úteis aos homens e de expressão econômica, suscetíveis de apropriação, bem como as de existência imaterial Economicamente apreciáveis”; Para Silvio de Salvo Venosa, sobre o mesmo assunto – “Entende-se por bens tudo o que pode proporcionar utilidade aos homens. (...) Bem, numa concepção ampla, é tudo que corresponde a nossos desejos, nosso afeto em uma visão não jurídica. No campo jurídico, bem deve ser considerado aquilo que tem valor, abstraindo-se daí a noção pecuniária do termo”. E, ainda, Washington de Barros Monteiro assim lecionava – “Juridicamente falando, bens são valores materiais ou imateriais que podem ser objeto de uma relação de direito”. Independente da problemática que envolve os conceitos de bens e coisas, podemos concluir que bens são coisas concretas como um carro, uma casa, uma joia, que possuem valor econômico e que podem ser apropriados ao patrimônio da pessoa – tanto natural, quanto jurídica – mas, também, podem ser coisas imateriais, coisas que não são concretas, mas que tenham uma valoração econômica, a exemplo da propriedade intelectual (conhecimento que o criador detém de como produzir a sua criação). Existem determinadas coisas que, podendo integrar o patrimônio de alguém, não estão ligadas a ninguém, como, por exemplo, é o caso das coisas de ninguém (res nullius) – que são coisas sem dono, que nunca pertenceram a ninguém, como os peixes do mar – e também das coisas abandonadas (res derelictae) – que são coisas que foram jogadas fora. Além disso, outras coisas não estarão no patrimônio de ninguém especificamente porque pertencem a todos (a coletividade), como é o caso das coisas de uso comum do povo – a exemplo da praia, das praças e dos parques públicos Das Diferentes Classes de Bens O Código Civil de 2002 em seu livro II, denominado Dos bens, apresenta um Título único – Das Diferentes Classes de Bens, entretanto o subdivide em três capítulos: • Dos bens considerados em si mesmos; • Dos bens reciprocamente considerados; • Dos bens públicos. A classificação pode ser assim esquematizada: Esta talvez seja a m ais importante classificação (é também a mais extensa). É a classificação mais importante porque diz respeito à natureza dos bens. Neste sentido, os bens podem ser: imóveis ou móveis; fungíveis ou infungíveis; consumíveis ou inconsumíveis; divisíveis ou indivisíveis; e singulares ou coletivos. Obs: cada classificação baseia-se numa característica peculiar do bem, entretanto, este bem pode enquadrar-se em várias categorias, dependendo das características que serão intrínsecas a ele. Dos bens considerados em si mesmos; Classificação: A) Móveis - Imóveis; B) Fungíveis - infungíveis C) Consumíveis - Inconsumíveis D) Divisíveis - Indivisíveis E) Singulares - Coletivos Bens imóveis são imóveis pela própria natureza: artigo 79 do código civil são bens imóveis o solo e tudo que se lhe incorporar natural ou artificialmente Ex: Seja natural com uma árvore Ex: ou artificialmente como a casa Bens imóveis por determinação legal. Art. 80 considerando-se imóveis para os efeitos legais: (I) Os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram Lembrando que os direitos reais, seguem sempre a classificação do bem, direito reais sobre imóveis é considerado imóvel, direitos reais sobre imóveis é classificado móveis (II) o direito à sucessão aberta. Art.81. Não perdem o caráter de imóvel: (I) As edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, foram removidas para outro local. Ex: uma casa que será transportada em cima de um caminhão. (II) Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. Ex: telhas, portas, janelas etc. Bens móveis pela própria natureza Art.82. São bens móveis dos bens sucessíveis de movimento próprio ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social. Ex: Aqueles que se movimentam por força própria como os animais. E também aqueles por remoção de força alheia. Ex: carro, caminhão, bicicleta etc. Semoventes \ Próprio=Movimento Devemos lembrar que esta mobilidade, deve ocorrer sem que haja alteração na substância e na destinação econômica-social. Bens móveis por determinação legal Art.83 consideram-se móveis para os efeitos legais: (I) As energias que tenha valor econômico. Ex: energia elétrica (II) Os direitos reais sobre imóveis e as ações que correspondentes; Ex: o direito real que eu tenho sobre o carro. (III) os direitos pessoais de caráter patrimonial respectivas ações; Ex: um direito de crédito. Art.84 determina que conservam a qualidade móveis: - Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados. - Os materiais de construção provenientes da demolição de um prédio. Ex: telhas, portas que sobraram da demolição. Bens Fungíveis Art.85 são fungíveis dos móveis que podem substituir-se por outros da mesma: A) espécie; B) qualidade; C) quantidade; Infungíveis são aqueles bens que eu não posso substituir por outros de mesma espécie, qualidade e quantidade Ex: um Relógio que tem outros vários iguais é fungível por que eu posso substituir. Ex:Ou um Relógio que era do meu avô, é infungível, eu não posso substituir porque ele é único. Bens consumíveis Art.86 são consumíveis os bens móveis: A) cujo uso importa na destruição imediata da prova substância; Ex: Alimentos; B) os destinados a alienação. Ex: Bens colocado à venda. Bens divisíveis Art.87 Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem: A) alteração na sua substância; B) diminuição considerável de valor; C)prejuízo do uso a que se destinam Bens indivisíveis Art.88 Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por: A) Determinação B) Vontade das partes Ex: Então seria um bem que seria naturalmente divisível, mas a lei não permite que se divida ou as partes de um acordo que se termina uma indivisibilidade desse bem. Bens Singulares. Art.89 São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais. Ex: Um livro em relação a biblioteca, apesar de estar em uma biblioteca analisaremos singularmente. Bens coletivos Art.90 Constitui universalidade de fato a pluralidade bens singulares que, pertinentes a mesma pessoa, tenham destinação especifica. Ex: Uma geladeira, mesa, frigorifico utilizado para constituição de um bar. Art.91 Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico. Ex: Patrimônio de uma pessoa, os bens arrecadados de uma sucessão pertencente a esta pessoa, é um complexo desses bens mais a relação jurídica dessa pessoa. Bens reciprocamente considerados Bem Principal: Existe sobre si mesmo; desenvolve sua função e utilidade independentemente de outro bem. Bem acessório: Existe em razão de um bem principal, serve para ser utilizado em um bem principal. Art.92 Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a o principal. Acessórios/acessórios=seguem a classificação do bem principal Acessórios/pertenças=não seguem o bem principal. Princípio da Gravitação Jurídica = quando o acessório segue o bem principal Art.93 São Pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro ao uso, ao serviço ou aformoseamento de outro. Art.94 Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestaçãoda vontade, ou das circunstâncias. Lembrando o que são frutos e produtos: Frutos são aqueles bens que se regeneram de três formas: Frutos civis: que são aqueles que se regeneram pelos juros. Frutos industriais: aqueles que se regenera pela força do homem. Frutos naturais: que são aqueles que se regeneram pela força da própria natureza. E nós temos os produtos que são aqueles que não se regeneram Ex: Barro, Petróleo uma vez extraído não se regeneram mais Art.95 Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos de produtos podem ser objeto de negócio jurídico. Ex: tanto fruto como o produto apesar de não separados do bem principal podem ser objetos de negócio jurídico. Benfeitorias Art.96 As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias. § 1°São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. Ex: Coreto no jardim § 2°São úteis às que aumentam ou facilitam o uso do bem. Ex: Ampliação de uma cozinha, um banheiro etc. § 3°São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore. Ex: Concerto de uma goteira no telhado. Art.97 Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor. Ex: Aluvião, avulsão etc. Conclusão O código civil divide as classificações dos bens, os bens considerados em si mesmo e os bens reciprocamente considerados. Lembrando que os Bens considerados em si mesmos são: A) Móveis; B) Fungíveis; C) Divisíveis - Indivisíveis; D) Consumíveis - Inconsumíveis; E) Singulares – Coletivos Os Bens reciprocamente considerados: A) Principais B) Assessórios -Acessórios -Pertenças -Benfeitorias: voluptuárias úteis e necessárias
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