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Propedêutica Abdominal

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PROPEDÊUTICA ABDOMINAL 
 
LIMITES ABDOMINAIS: 
Face anterior: Desde a linha da 5° a 6° cartilagem costal até a linha que se inicia na 
sínfise púbica, segue pelo ligamento inguinal, pela crista ilíaca e se estende 
posteriormente até a altura a 5° vertebra lombar. 
Face posterior: Desde a linha da 10° costela, prolongando-se até encontrar a 12° 
vertebra torácica, até o prolongamento posterior da linha que passa pela crista ilíaca até 
a 5° vertebra lombar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICAS DE EXAME: 
- Explicar as etapas de exame do abdome ao paciente 
- Boa iluminação 
- O paciente deve estar com a bexiga vazia 
- Posição do paciente: decúbito dorsal, com braços ao lado do corpo ou cruzados sobre 
o tórax 
- Cubra o paciente com lençol ou avental no nível da sínfise púbica 
 
INSPEÇÃO: 
➔ Observar contorno, presença de assimetrias, presença de cicatriz (ver indícios 
se foi operado) 
➔ Observar o tipo de abdome (abdome retraído, globoso, batráquio, avental) 
➔ Alterações da pele (presença de equimose) 
➔ Procurar sinais de peristaltismo 
➔ Sinais de pulsações 
➔ Retrações 
➔ Edema de parede 
 
AUSCULTA: Identificar timbre, frequência e intensidade dos movimentos hidroaéreos, 
além de procurar identificar a existência de sopros. 
NORMAL: ruídos hidroaéreos presentes → colocar estetoscópio no abdome e esperar 
até 2 – 5 minutos 
RUIDOS AUMENTADOS: ruídos hidroaéreos aumentados → um em cima do outro 
4 pontos de ausculta principais: QSD, QSE, QID, QIE 
3 pontos vasculares: artérias aorta, ilíacas direita e ilíaca esquerda 
 
PERCURSSÃO: 
Som timpânico = ar (região do baço) → ESPAÇO DE TRAUBE = circundado pela borda 
inferior do pulmão esquerdo, a borda anterior do baço, o rebordo costal esquerdo e a 
margem inferior do lobo esquerdo do fígado. 
Som maciço = sólido (região hepática) 
Som normal: maciço (baço e fígado), timpânico (vísceras ocas); 
 
Percussão normal: macicez hepática no hipocôndrio direito; timpanismo no espaço 
de Traube, timpanismo nas demais regiões. 
 
Apoia-se o dedo indicador e médio da mão esquerda sobre a parede abdominal, 
percutindo com a mão direita. O ruído fisiológico é o timpanismo. 
4 tipos de sons: timpânico, hipertimpânico, submaciço e maciço. 
PALPAÇÃO: 
Palpação superficial: Mãos aquecidas; palpação delicada com as mãos espalmadas e 
dedos flexionados 
➔ Técnica bimanual ou apenas com uma mão 
➔ Avaliar: tensão abdominal, sensibilidade, desnível, temperatura e reflexo 
cutâneo-abdominal 
Tensão abdominal: pode ser maior na região do músculo reto abdominal. Aumentado 
em atletas, diminuído em crianças, idosos e multíparas 
Sensibilidade: aumentada na meningite ou processo inflamatório visceral 
Desnível: tumor no tecido subcutâneo, na cavidade peritoneal ou retroperitoneal 
Manobra de Carnett: paciente em decúbito dorsal enquanto o examinador localiza o 
ponto álgico com a indicação do paciente. Enquanto o examinador pressiona o ponto 
com os dedos o paciente flexiona o tronco e as pernas. 
Manobra de Smith-Bates: paciente em decúbito dorsal pede-se para elevar a cabeça 
e o tórax como se tentasse levantar. Quando a massa é a parede abdominal, esta massa 
fica mais evidente e continua palpável. Enquanto a massa intra-abdominal é ofuscada 
pela contração muscular e esconde-se. 
Temperatura: aumentada em processos inflamatórios 
Reflexo cutâneo-abdominal: atritando um caneta nos três andares (superior, médio e 
inferior) do abdome de ambos os lados, observando a resposta (contratura muscular) 
reflexo visceromotor 
 
Palpação Profunda e deslizante de Haussman: visa a palpação das vísceras 
abdominais: 
– Forma (normal ou alterado) 
– Consistência (mole, dura, pétria) 
– Limites 
– Mobilidade 
– Ruídos 
– Dor (presente ou ausente) 
 
FASES DE PALPAÇÃO PROFUNDA: 
Penetração: Juntar as mãos em forma de V no abdome, esperar 
a inspiração e aproveitar o movimento do diafragma e 
penetrar as mãos 
Deslizamento: deslizar os dedos para sentir os órgãos 
Deslocamento das mãos 
DOENÇA GASTROINTESTINAL: Náusea, Vômito, Dor abdominal, Sangramento 
intestinal (hematêmese, melena, hematoquezia, enterorragia, sangue oculto), Diarréia / 
Constipação / caraterísticas das fezes 
 
ESÔFAGO: Anamnese → Disfagia, Pirose, Odinofagia, Regurgitação, Sialorreia. 
Inacessível no exame físico abdominal 
Sinais propedêuticos indiretos: Estado nutricional, Alterações de pele, Fenômeno de 
Raynoud, Rouquidão 
 
ESTÔMAGO: 
• Síndrome hipostênica (retardo do esvaziamento gástrico) → Diabetes, hipotireoidismo 
• Síndrome hiperestênica (esvaziamento gástrico acelerado) → Hipertireoidismo 
• Síndrome obstrutiva digestiva alta (impossibilidade do esvaziamento gástrico) 
• Gastrite, Úlceras, Neoplasias, Hérnia diafragmática 
Inspeção: ondas de Kussmaul (obstrução pilórica) = peristalse 
Ausculta: sinal de Jackoucheff (som do gás passando pela fístula quando o paciente 
respira, na úlcera perfurada) 
Percussão: espaço de Traube (bulha gástrica) 
Palpação: triângulo de Labrè (RCE, fígado, grande curvatura) 
– Paciente em decúbito dorsal e médico à direita 
– Palpação da grande curvatura: degrau mais à esquerda que desloca-se com os 
movimentos respiratórios, ascendendo na expiração 
– Palpação do piloro: palpável à direita da linha mediana, acima do umbigo. Palpável 
como um cilindro de 3-4cm 
 
INSTESTINO DELGADO: Síndromes inflamatórias (Crohn), hemorrágicas (úlcera 
duodenal), perfurativas (úlcera duodenal) e obstrutivas (bridas, intussuscepção, 
endometriose, cálculos, benzoar) 
Inspeção 
Ausculta: RHA+ 
Percussão: timpânica 
Palpação: Paciente em DDH e médico à direita. Consistência dura ou flácida, 
mobilidade, indolor, RHA+ 
 
 
 
APÊNDICE VERMIFORME: Geralmente não é palpável 
Sinal de Rovsing: Duas mãos espalmadas na fossa ilíaca esquerda, na região do cólon 
descendente e faz uma pressão no apêndice. Se doer, o sinal é positivo. 
Sinal de Blumberg: Penetração no ponto do apêndice, pressionar quando o paciente 
inspira e depois soltar. Se tiver dor, na descompressão busca da retirada da mão, o sinal 
é positivo. 
Sinal do Psoas: Músculo psoas é perto do apêndice. Precisa estender a perna do 
paciente, se doer é sinal positivo. 
Sinal do Obturador: Paciente faz leve rotação para esquerda, pega a perna e faz 
rotação interna do quadril, se doer é positivo. 
Sinal de Lenander: Temperatura retal superior à axilar em mais de 1°C 
 
 
 
 
 
 
 
 
INSTESTINO GROSSO: 
Palpação Ceco: Solicitar que o paciente flexione a coxa D (contrair o psoas), palpar de 
cima para baixo e de dentro para fora (palpação profunda e deslizante de Haussman) 
Manobra de Obrastzow: mão D na fossa ilíaca E enquanto a mão E palpa o ceco 
Manobra de Sigaut: mão E abraçando o flanco D com o polegar na parte anterior 
(comprime o cólon ascendente) enquanto a mão D desliza em garra 
Técnica de Merlo: mão E invertida. Faz pinçamento do abdome próximo do rebordo 
costal (4 dedos na parede anterior e polegar na parede posterior) e realiza palpação do 
ceco. 
 
Palpação cólon ascendente: mão E posterior e mão D em garra sobre o flanco direito 
Palpação do cólon transverso: palpação profunda e deslizante de Haussman 
Palpação do cólon descendente: O médico deve estar à esquerda do paciente, mão D 
posterior e mão E em garra sobre o flanco esquerdo 
 
 
 
FÍGADO: 7° a 11° costela no HCD, abaixo do diafragma. 
4 lóbulos: direito, esquerdo, quadrado e caudado 
Inspeção: ausência de abaulamento na região hepática 
Ausculta: pouco valor propedêutico 
Percussão: Transição toraco-abdominal: 4° EIC anterior, 6° EIC lateral e 8° EIC posterior 
Sinal de Torres-Homem → Dor e percussão; inflamação da cápsula de Glisson 
(abscesso hepático) 
Sinal de Joubert: timpanismo em toda região hepática que continua com o timpanismo 
pulmonar e timpanismo abdominal sem alteração na mudança de decúbito. Sugere 
pneumoperitônio.Desaparecimento da macicez hepática – perfuração gastrointestinal. 
Sinal de Chilaiditi: desaparecimento da macicez hepática na região externa da linha 
hemiclavicular D, conservando a macicez nas linhas hemiclavicular e mediana. 
Interposição do cólon transverso. 
Meteorismo: macicez desaparece gradualmente de baixo para cima, com alterações às 
mudanças de decúbitos 
Enfisema pulmonar ou pneumotórax: macicez desaparece gradualmente de cima para 
baixo, com alterações às mudanças de decúbitos 
Palpação: palpável na borda inferior, no rebordo costal D, linha hemiclavicular D 
– Avaliar volume, forma, dor, pulsações -> borda fina, lisa, amolecida 
Polegar de Glenard: paciente decúbito dorsal horizontal, médico à D, mão sobre o 
ângulo costal D com o polegar E pressionando a parede abdominal anterior sob o 
rebordo costal direito. Mão D espalmada sobre o hipogastro fazendo pressão para 
levantar a borda anterior do fígado. 
Lemos-Torres: paciente DDH, médico à D, mão E espalmada posteriormente sobre o 
rebordo costal D posterior (levantar o bordo inferior do fígado). Utilizar o bordo radial da 
mão D sobre a parede anterior, palpar o fígado na sua descida inspiratória. 
Mathieu-Cardarelli: paciente DDH, médico à D, mãos paralelas em garra palpando o 
RCD com o método palpação profunda e deslizante. 
Rechaço hepático de Chauffard: paciente DDH, médico à D, mão E espalmada faz 
pressão no ângulo costal D. Mão D espalmada sobre a parede anterior do abdome, no 
RCD. Essa técnica serve para palpação de fígados de grande volume. 
Processo de Silvestre: paciente em semidecubito lateral E com membros fletidos, 
médico à D, mão E espalmada na FIE (relaxar a musculatura) e mão D em garra no 
RCD. 
 
CIRROSE: Processo crônico hepático, que leva a fibrose. 
- Colúria, prurido, Icterícia 
 
 
Ascite: 
Semicírculo de Skoda: líquido disposto na região baixa e laterais do abdome e no 
centro não tem liquido acítico 
Macicez móvel: 
Sinal de Puddle: paciente na posição geno-palmar, percute-se o flanco e ausculta-se 
a porção central do abdome, deslocando após a ausculta para o flanco contralateral; o 
som, inicialmente abafado, fica mais intenso, pois o líquido se desloca. 
Sinal do Piparote: posiciona-se uma das mãos em um dos flancos, no lado oposto 
posicionar a ponta do dedo médio, dobrado, apoiado e tensionado contra o polegar, 
disparar contra o flanco contralateral; o abalo irá produzir uma onda de choque que será 
transmitido no líquido ascítico, sendo percebido pela palma da mão no flanco oposto. 
Sinal de Lian: 
 
Circulação portal: rede periumbilical (“cabeça de medusa”), supraumbilical (cava 
superior), infraumbilical (cava inferior) 
Hepatoesplenomegalia (o fígado pode estar aumentado ou diminuído) 
 
VIAS BILIARES: 
Colelitíase = cálculo na vesícula 
Colangite = inflamação - tríade de Charcot (febre, icterícia e dor no ponto cístico) 
Inspeção: icterícia (BD, obstrução) e prurido 
Ausculta: pouco valor propedêutico 
Percussão: pode haver dor à percussão 
Palpação: normalmente não palpável 
Método de Grey-Turner: linha da FIE passando pelo umbigo até o RCD 
Sinal de Courvoisier-Terrier: vesícula palpável e indolor devido a colestase 
Sinal de Murphy positivo: pressiona o ponto da VB, dor à inspiração profunda 
Processo de Chiray e Pavel: paciente em decúbito lateral E com coxas 
semiflexionadas, médico à D do paciente. Palpar a vesícula com a mão D em garra 
Manobra de Pron: paciente em DDH e médico à E do paciente. Dois polegares unidos 
no ponto vesicular e pressionar para verificar a presença de dor 
Processo de Wijnhoff: paciente sentado com o tronco ligeiramente fletido e o médico 
atrás do paciente. Mão D em guarra no ponto vesicular 
Mathieu-Cardarelli: paciente DDH e o médico à D do paciente. Mãos paralelas em 
guarra com o método de palpação profunda e deslizante 
 
PÂNCREAS: 
Inspeção: 
Sinal de Cullen: equimose na região periumbilical devido à hemorragia retroperitoneal 
Sinal de Turner: equimose que acomete os flancos 
Sinal de Fox na pancreatite aguda: equimose em região inguinal e base do pênis. 
Ausculta: sem valor propedêutico 
Percussão: punho percussão lombar E 
Palpação: normalmente não palpável. Pode haver hiperestesia na região do epigastro e 
HCE 
 
BAÇO: 
Inspeção: abaulamento na esplenomegalia 
Ausculta: pouco valor propedêutico 
Percussão: todo baço palpável é percutível. Preenche espaço de Traube 
Palpação: normalmente não palpável 
– Na esplenomegalia: consistência mole ou dura, superfície lisa, bordo rombo, 
mobilidade respiratória 
Processo do Polegar de Glenard: paciente DDH, médico à E, mão D sobre o ângulo 
costal E, mão E espalmada sobre o hipogastro e região umbilical 
Processo de Lemos-Torres: paciente DDH, médico à E, mão E sobre o gradeado 
costal E, mão D espalmada sobre parede anterior do abdome 
Processo de Mathieu-Cardarelli: paciente DDH, médico à D, mãos em garra palpando 
superficialmente para sentir o baço à inspiração 
 
AORTA ABDOMINAL E ILÍACA: 
Inspeção: pulsação (na apneia) 
Ausculta: sopro sistólico (diminuição do calibre por compressão) 
Percussão: pouco valor propedêutico 
Palpação: Paciente em DDH e médico à D. Palpação profunda e deslizante. O 
reconhecimento da borda da Aorta se dá pela pulsação

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