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Desenvolvimento do Sistema Urinário

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1 Desenvolvimento do Sistema Urinário 
Sistema urogenital: 
→Assim como o sistema urinário, o sistema reprodutor 
também é de origem do mesoderma intermediário, 
assim, algumas estruturas vão colaborar, pelo menos em 
parte, para a formação – colaboração mútua entre esses 
dois sistemas, principalmente no sist. Reprodutor 
masculino *Malformações no sist. Reprodutor e urinário 
podem acometer os dois sistemas – aproximação. 
O sistema urogenital tem origem através da 
diferenciação do mesoderma intermediário. 
O mesoderma intermediário vai se proliferar e nessa 
região vai acontecer um espessamento → crista 
urogenital. Uma parte dessa crista vai ser direcionada 
para a formação as gônadas – crista gonadal; a outra 
parte dessa crista é chamada de cordão nefrogênico e 
vai formar parte do sistema urinário – bexiga e ureteres. 
 
O mesoderma intermediário origina estruturas néfricas 
– relacionadas com o rim; porções das glândulas 
suprarrenais; gônadas; e, o sistema de ductos genitais. 
• O ducto mesonéfrico é importante para o 
desenvolvimento do sistema reprodutor masculino, 
mas, ele é inicialmente formado na porção do cordão 
nefrogênico, então ele primeiro faz parte da 
formação dos rins, depois ele vai ser 
reutilizado/reaproveitado para a formação de 
ductos no sistema reprodutor masculino. 
Sistema urinário: 
O sistema urinário é composto por dois rins, dois 
ureteres, uma bexiga urinária e uma uretra. 
O sistema urinário inicia seu desenvolvimento antes do 
sistema genital → o sistema urinário vai fornecer 
precursores para a formação de estruturas do sistema 
reprodutor, como por ex. o ducto mesonéfrico. 
De forma geral, num indivíduo adulto, temos os rins que 
filtram o sangue e produzem a urina; os ureteres que 
conduzem a urina dos rins até a bexiga; a bexiga que é 
um reservatório temporário da urina - armazenamento; 
e, a uretra conduz a urina da bexiga para o meio externo. 
RINS E URETERES: 
Para que o rim definitivo seja formado, isso requer a 
formação de 3 sistemas/pares de rins que se formam 
numa sucessão craniocaudal e temporal. Para formar o 
rim definitivo temos a formação, primeiro, de um rim 
chamado Pronefro (desenvolvimento mais cranial), 
depois ele é substituído pelo Mesonefro que, por sua 
vez, é substituído pelo Metanefro (desenvolvimento 
mais caudal) – um vai substituindo o outro. 
POR QUÊ É IMPORTANTE TER 3 SISTEMAS, 3 CONJUNTOS DE 
RINS, SENDO QUE SÓ O ÚLTIMO, QUE O METANÉFRICO, QUE 
É O RIM DEFINITIVO?! 
→Isso acontece, pois, o primeiro conjunto de rins que é 
o Pronefro, que se desenvolve mais cranialmente, vai ter 
estruturas que vão ser responsáveis por induzir a 
diferenciação do Mesonefro, já o Mesonefro vai formar 
estruturas que vão ser responsáveis por induzir a 
diferenciação do Metanefro (rim definitivo). Então, se 
não tem a formação de Pronefro, o organismo não 
consegue estimular a diferenciação do Mesonefro e se 
não tem a formação de Mesonefro, não terá a formação 
do rim definitivo que é o Metanefro. 
• O Pronefro tem início na 4ª semana de 
desenvolvimento. 
Pronefro: 
“Primeiro rim”; 
Rudimentar e não funcional – TRANSITÓRIO. 
Inicia o seu desenvolvimento no início da 4ª semana; e, 
ao final da 4ª semana, ele já entra em regressão, já está 
involuindo – período de vida bem curto. 
• Início e regressão na 4ª semana de desenvolvimento. 
Tem origem no mesoderma intermediário, na região 
cranial (região cervical entre C5-C7). 
O Pronefro é formado por duas estruturas diferentes: 
• Estruturas tubulares bilaterais (nefrótomos ou 
túbulos pronéfricos); 
• Ductos mesonéfricos (bilaterais) que desembocam 
na cloaca. 
Entra em degeneração por volta de 24-25 dias de 
desenvolvimento, com persistência dos ductos 
mesonéfricos***. O ducto mesonéfrico não vai 
degenerar/involuir. 
Pronefro representa o início do desenvolvimento em 
cascata que conduz à formação do rim definitivo. 
→O crescimento caudal do ducto mesonéfrico induz a 
diferenciação do mesoderma intermediário em 
Mesonefro. 
Os túbulos pronéfricos degeneram, porém, os ductos 
mesonéfricos são usados pelo segundo conjunto de rins 
(mesonefro). 
 
2 Desenvolvimento do Sistema Urinário 
 
Mesonefro: 
O mesonefro são rins funcionais temporários*** 
consegue produzir urina. 
• Começa a se formar no final da 4ª semana de 
desenvolvimento – quando o Pronefro está 
regredindo. 
• São estruturas bilaterais, localizados caudalmente 
ao Pronefro (região toracolombar entre T1-L3). 
• Degenera na 12º semana. 
O mesonefro é formado pelo ducto mesonéfrico (origem 
cranialmente, durante o desenvolvimento do Pronefro) 
e pelos túbulos mesonéfricos. 
O ducto mesonéfrico teve seu desenvolvimento 
cranialmente, na parte cervical durante o 
desenvolvimento do Pronefro, ele cresce em sentido 
caudal e vai estimulando na região torácica e lombar, a 
diferenciação do mesoderma intermediário em túbulos 
mesonéfricos. *O ducto mesonéfrico se abre na cloaca. 
➔O Mesonefro é um rim funcional e, por isso, possui 
estruturas que vão permitir que ele filtre o sangue e 
forme a urina. 
• Formado por glomérulos (cerca de 10-50 por rim – 
são vasos sanguíneos que formam um emaranhado 
que se associam aos túbulos mesonéfricos), túbulos 
mesonéfricos e ductos mesonéfricos. 
• Os túbulos mesonéfricos que se formam se abrem 
nos ductos mesonéfricos que, por sua vez, se abrem 
na cloaca. 
• Os túbulos mesonéfricos se associam aos glomérulos 
(capilares), filtram o sangue e formam a urina que é 
levada até o ducto mesonéfrico, e, desse ducto, 
chega na cloaca. 
Num primeiro momento do Mesonefro, temos o túbulo 
mesonéfrico e o ducto mesonéfrico. O túbulo 
mesonéfrico se alonga e se funde com o ducto 
mesonéfrico. Depois, esse túbulo mesonéfrico vai se 
diferenciando para formar as estruturas do néfron, 
enquanto isso, a aorta dorsal emite um ramo e vai 
formar o glomérulo, que vai estar associado junto com 
esse túbulo. Então no final, temos um néfron formado 
bem rudimentar (pouco desenvolvido) formado a partir 
do túbulo mesonéfrico e esse néfron se funde com o 
ducto mesonéfrico. O sangue filtrado passa por essa 
estrutura dos néfrons → cai no ducto mesonéfrico → é 
levado em direção a cloaca (urina). 
 
O túbulo mesonéfrico se desenvolve na cápsula de 
Bowman, que é parte do néfron, e forma um néfron 
primitivo, mas que é capaz de filtrar a urina. Então, o 
túbulo mesonéfrico forma um néfron primitivo, o ducto 
 
3 Desenvolvimento do Sistema Urinário 
mesonéfrico leva a urina que esse néfron primitivo 
filtrar/produzir até a cloaca. 
Os rins mesonéfricos são funcionais da 6ª -10ª semanas 
de desenvolvimento; após a 10ª semana ele começa o 
processo de degeneração/involução. 
• Produção de pouca quantidade de urina. 
No sexo masculino, o mesonefro apresenta mais uma 
função, além de induzir a formação do Metanefro (rim 
definitivo). Os túbulos mesonéfricos mais caudais e os 
ductos mesonéfricos, sob ação da testosterona, vão se 
desenvolver. Os túbulos mesonéfricos vão formar os 
ductulos eferentes do testículo, que levam o 
espermatozoide do testículo para o epidídimo; já os 
ductos mesonéfricos formam o epidídimo e ducto 
deferente. Então, o mesonefro é importante para formar 
o rim e, no sexo masculino, componentes do mesonefro 
vão se diferenciar em estruturas. 
No sexo feminino, não tem testosterona, tanto o túbulo 
quanto o ducto mesonéfrico degeneram e não formam 
nenhuma estrutura. 
• O ducto mesonéfrico, na porção próxima à cloaca, 
vai originar um broto, isto é, uma evaginação que vai 
dar origem ao rim definitivo que é o Metanefro. 
Resumo: 
O Pronefro se diferenciou e formou os túbulos 
pronéfricos e o ducto mesonéfrico. Os túbulos 
pronéfricos involuem e o ducto mesonéfrico cresce 
caudalmente. Conforme esse ducto mesonéfrico cresce 
caudalmente, ele vai estimular o mesoderma 
intermediário nessa região mais caudal ao Pronefro, a se 
diferenciar em Mesonefro, formando túbulos 
mesonéfricos e o ducto mesonéfrico continua passando 
ali. Ostúbulos mesonéfricos vão se diferenciar em 
néfrons primitivos que filtram o sangue e produzem um 
pouco de urina, essa urina cai nos ductos mesonéfricos e 
segue em direção à cloaca. Posteriormente, em torno da 
10ª-12ª semana, o mesonefro vai começar a regredir e 
ele vai desaparecer no sist. Reprodutor feminino, no 
masculino, devido à ação da testosterona, vai se 
diferenciar em órgãos reprodutores masculinos. Em 
relação ao sistema urinário, o ducto mesonéfrico na sua 
porção bem próxima à cloaca, ele vai originar um broto, 
uma evaginação e essa evaginação do ducto mesonéfrico 
(na sua porção mais caudal) vai dar origem ao rim 
definitivo que é o Metanefro. 
 
Metanefro: 
O Metanefro são os RINS DEFINITIVOS. 
→Início do desenvolvimento na 5ª semana e 
funcionamento na 9ª semana. 
***Começa a funcionar um pouquinho antes do 
Mesonefro começar a degenerar. 
Região pélvica. 
É formado por dois componentes funcionais: porção 
excretora e porção coletora, derivadas de diferentes 
fontes de mesoderma intermediário. 
Na porção caudal do Mesonefro, próximo à cloaca, 
ocorre uma evaginação do ducto mesonéfrico, essa 
evaginação distal do ducto mesonéfrico é chamada de 
broto uretérico (ou divertículo metanéfrico) no 28º dia. 
POR QUÊ É IMPORTANTE QUE O BROTO URETÉRICO SE 
DESENVOLVA? 
A evaginação do broto uretérico vai estimular o 
mesoderma intermediário que está envolta a se 
diferenciar em uma estrutura denominada blastema 
metanefrogênico, que consiste no cordão nefrogênico 
(mesoderma intermediário na sua porção caudal) que vai 
se diferenciar por indução do broto uretérico. Esse 
broto, ao entrar em contato com o mesoderma 
intermediário que está envolvendo o ducto 
mesonéfrico, vai pontualmente nessa região, estimular a 
diferenciação desse mesoderma intermediário, em 
blastema metanefrogênico. A formação do broto e do 
blastema, são extremamente importantes para o rim 
definitivo, pois, vão formar as porções excretora e 
coletora dos rins. 
Broto uretérico: forma a porção coletora. 
Blastema metanefrogênico: forma porção excretora. 
O broto uretérico vai formar → ureter, pelve renal, 
cálices maiores e menores e túbulos coletores. São 
estruturas coletoras, têm a função de coletar a urina que 
foi formara e filtrada e conduzi-la até a bexiga. 
O blastema metanefrogênico forma as estruturas do 
néfron. O néfron tem a função de produzir a urina 
(excretora). 
• O rim definitivo é formado por duas porções que 
são embriologicamente distintas. 
→O broto uretérico é derivado do ducto mesonéfrico; 
→O blastema metanefrogênico é derivado do cordão 
nefrogênico/mesoderma intermediário. 
O broto uretérico se forma a partir da evaginação da 
porção caudal do ducto mesonéfrico e ele vai se 
alongando, conforme ele se alonga, ele vai invadindo o 
mesoderma intermediário que está envolta dele, que é o 
blastema metanefrogênico e, então, ele vai se 
ramificar/bifurcar (a partir do 32º dia). 
A primeira bifurcação do broto uretérico forma a pelve 
renal (região do rim que coleta a urina e conduz ela até 
o ureter). O broto uretérico sofre um sistema de 
bifurcações e invaginações – que levam à formação de 
cálices maiores por ex., posteriormente, desses cálices 
maiores, tem ramificações que se confluem novamente 
formando cálices menores, até então formar uma 
estrutura que se chama ductos coletores. 
 
4 Desenvolvimento do Sistema Urinário 
→Processo de ramificação contínua do broto uretérico. 
Então, o broto uretérico estimulou a diferenciação do 
blastema metanefrogênico e, quando o blastema se 
diferencia, ele vai estimular a ramificação do broto 
uretérico. 
→ O broto estimula a diferenciação do blastema e o 
blastema vai auxiliar com sinais no desenvolvimento da 
ramificação do broto uretérico. 
O broto uretérico vai se ramificando; os ductos e túbulos 
coletores pegam a urina do néfron e trazem em direção 
à pelve renal, que vai encaminhar para o ureter, a urina. 
Todo esse processo que vai coletar a urina formada, é 
derivado do broto uretérico que passa por sucessivas 
ramificações. 
O broto vai se ramificando e forma – ureter, pelve renal, 
cálices maiores, cálices menores e a porção mais 
ramificada é denominada túbulo coletor arqueado – 
porção mais fina e terminal dele. 
*Todas as ramificações do broto uretérico estão dentro 
do blastema metanefrogênico. 
 
Resumo: 
O blastema metanefrogênico induz as ramificações 
sucessivas do broto uretérico até que ele forme então 
ureter, pelve renal, cálices maiores, cálices menores e 
túbulos coletores até chegar na porção mais fina que são 
os túbulos coletores arqueados. 
Os túbulos coletores arqueados derivados da 
ramificação do broto uretérico, vão estimular o blastema 
metanefrogênico a se diferenciar no néfron. 
Cada extremidade do túbulo coletor arqueado induz 
células do blastema metanefrogênico → a formar 
vesículas metanéfricas que se alongam e se fundem com 
o túbulo coletor e, sua outra porção, vai se associar com 
o glomérulo para formar o corpúsculo renal (que é a 
cápsula de Bowman com o glomérulo), formando o 
NÉFRON. 
A porção da vesícula mais próxima do túbulo coletor 
arqueado se funde e vai formar o túbulo contorcido 
distal, enquanto a porção mais interna da vesícula (mais 
longe do túbulo contorcido) se associa com vasos 
sanguíneos e vai formar o corpúsculo renal. 
• Vesícula metanéfrica – forma as estruturas do 
néfron, que são: a capsula de Bowman, os túbulos 
contorcidos e a alça de Henle, que se associam ao 
glomérulo. 
O túbulo contorcido distal entra em contato com o 
túbulo coletor arqueado, tornando-se confluentes. 
Transformação mesênquima-epitelial: 
Para que aconteça a formação do néfron e das vesículas 
metanéfricas, temos a transformação de mesênquima 
em epitélio, pois, o blastema metanefrogênico é 
mesênquima intermediário e, para formar as paredes e 
as delimitações do néfron, é necessário um epitélio, 
então, essas células do blastema metanefrogênico que 
são células mesenquimais/mesodérmicas vão se 
diferenciar em células epiteliais que vão formar uma 
vesícula, essa vesícula vai se alongar, vai se diferenciar e 
se associar à porção final do ducto coletor arqueado, 
tornando-se confluentes (uma luz só) e a porção mais 
proximal vai formar a cápsula de Bowman – vai se 
associar com glomérulos e a urina consegue seguir pelo 
ducto coletor etc. 
 
*Regiões embriologicamente distintas. 
COMO OCORRE A TRANSFORMAÇÃO MESÊNQUIMA-
EPITELIAL? 
→Tem a substituição de MEC (matriz extracelular) 
característico que é associada a epitélio, por ex. as 
células que eram mesenquimais passam a expressar na 
matriz extracelular – colágeno do tipo IV, laminina etc., 
que são componentes da matriz que estão relacionados 
com epitélio. Tem também a formação e diferenciação 
apical de algumas células epiteliais para formar as 
vilosidades e microvilosidades – que serão 
extremamente importantes em determinados locais do 
néfron para o funcionamento dos rins e, posteriormente, 
tem a expressão de algumas proteínas que são 
importantes para a filtração e função do rim. 
Mesênquima → célula com organização epitelial. 
Juntamente com isso, as células começam a expressar E-
caderina (moléculas de adesão celular); laminina (faz 
associação do epitélio com a lâmina basal) e junções 
 
5 Desenvolvimento do Sistema Urinário 
oclusivas (ocludina – que auxilia na organização de 
epitélio). 
Um túbulo urinífero é formado por duas partes 
embriologicamente distintas do mesoderma 
intermediário: 
Um túbulo coletor (derivado do broto uretérico); 
Um néfron (derivado do blastema metanefrogênico). 
Existe uma indução reciproca no desenvolvimento do 
Metanefro. Sinais recíprocos entre o broto uretérico e o 
blastema metanefrogênico. O broto uretérico induz a 
formação do blastema metanefrogênico, a ramificação 
desse broto uretérico, por sua vez, é dependente da 
indução que o blastema faz nele. A ramificação do broto, 
induz a diferenciação do blastema p/ formar os néfrons 
– dependente da induçãopelos túbulos coletores. Se 
houver falha nesse processo de indução recíproca, o 
Metanefro (rim definitivo) não é formado. 
No início do desenvolvimento do Metanefro, o rim fetal 
tem uma diferença do rim do adulto porque ele 
apresenta lobulação (superfície irregular). Existe uma 
lobulação renal fetal que posteriormente desaparece, 
após o primeiro ano de infância, devido ao crescimento 
do órgão; principalmente devido ao alongamento dos 
túbulos contorcidos proximais e aumento de tecido 
intersticial/tecido conjuntivo do rim. 
A formação de néfrons está completa no nascimento (1-
2 milhões de néfrons por rim) e não são formados novos 
néfrons após o nascimento, exceto em bebês 
prematuros. 
→Uma lesão renal após o nascimento não permite a 
formação de novos néfrons e todo o processo de 
filtração dos rins pode ser prejudicado. 
O crescimento do rim que se dá desde o nascimento até 
a idade adulta é basicamente por aumento de tecido 
intersticial e alongamento dos túbulos contorcidos. 
→Os néfrons ficam localizados no córtex renal. 
 
Reposicionamento dos rins: 
O Metanefro tem um desenvolvimento pélvico e ele 
precisa se posicionar na região lombar. Durante o 
desenvolvimento do Metanefro, ele sofre uma ascensão, 
um deslocamento/reposicionamento, dessa região 
pélvica onde ele inicia o seu desenvolvimento, para a 
região lombar, imediatamente abaixo das suprarrenais 
→ 6º a 9º semana. 
Além da mudança de posicionamento, os rins sofrem um 
giro, pois o hilo renal está voltado para região ventral e, 
conforme o rim vai subindo para a posição lombar, ele 
sofre uma rotação fazendo com que o hilo se localize 
medialmente – posição adulta. 
*Alongamento dos ureteres. 
Conforme os rins vão sendo reposicionados mais 
superiormente, eles vão tendo uma modificação da 
vascularização. Num primeiro momento, eles eram 
vascularizados pela artéria ilíaca comum (localização 
mais pélvica) e, conforme eles vão ascendendo, vão se 
desenvolvendo novas artérias para fazer a irrigação, até 
que se tenha o desenvolvimento da artéria renal, que 
será a responsável por toda a irrigação e vascularização 
desse órgão. Novos vasos + degeneração de outros. 
Eventualmente, pode ocorrer a persistência dessas 
artérias ao nascimento, que são chamadas de artérias 
acessórias. Dependendo da localização das artérias 
acessórias, elas podem levar a um quadro de 
hidronefrose (acúmulo de urina no rim), pois, uma 
artéria renal pode fazer pressão no ureter e a urina não 
consegue deixar a pelve renal, começando a se acumular 
nos rins – os vasos extras podem obstruir a passagem da 
urina levando a casos de hidronefrose (pode ser 
corrigido cirurgicamente). 
Qual a finalidade da produção da urina pelos 
rins no feto? 
• Mesonefro 
• Metanefro 
Enquanto estamos na vida intrauterina, quem faz a 
filtração do sangue é a placenta. A urina que é produzida 
pelo feto, faz parte da composição do líquido amniótico, 
então, a urina garante níveis adequados desse liquido, 
garantindo o desenvolvimento correto embrionário*. 
Malformações de rins e ureteres: 
Agenesia renal (ou não formação de rim): 
A agenesia renal pode unilateral, na qual somente um 
dos rins não é formado, ou, pode ser bilateral, quando os 
dois rins não são formados. A agenesia unilateral atinge 
1:1000 recém-nascidos, atinge mais homens e 
geralmente é o rim esquerdo que está ausente. 
Normalmente as pessoas são assintomáticas e o rim que 
está presente sofre uma hipertrofia compensatória e 
acaba sendo responsável de forma muito eficiente pela 
filtração do sangue. A fisiopatologia da agenesia 
unilateral pode ser explicada por uma ausência do broto 
uretérico no lado em não há a formação do rim, com 
 
6 Desenvolvimento do Sistema Urinário 
isso, não há estímulo para formação do blastema 
metanefrogênico e não há a indução recíproca nem a 
formação do rim. A agenesia bilateral atinge 1:4.500 
recém-nascidos; está associado a uma condição 
chamada de oligodrâmnio (menos líquido amniótico no 
âmnio); e, consiste numa condição incompatível com a 
vida pós-natal. O quadro de agenesia renal bilateral está 
sempre relacionado com oligodrâmnio e isso gera uma 
combinação de fatores no desenvolvimento do feto 
chamada de sequência de Potter – é constituído por 
anúria, ou seja, não tem rim e consequentemente não 
tem produção de urina, hipoplasia pulmonar secundária 
ao oligodrâmnio; mais de 50% dos casos tem ausência de 
bexiga, atresia anal, atresia esofágica e anomalia genital 
e por fim, o oligodrâmnio provoca achatamento facial 
(face de Potter) e pés tortos. 
Tumor de Wilms (nefroblastoma): 
É um câncer renal comum em feto e crianças de até 5 
anos, causado por uma mutação no gene WT1 que está 
relacionado com a diferenciação renal, atinge 1:10.000 e 
tem alto poder de cura (80-90%). 
Doença renal policística congênita: 
É quando a criança já nasce com um rim policístico o que 
atrapalha o desenvolvimento renal. Pode ser de dois 
tipos, a autossômica recessiva ou autossômica 
dominante. A doença renal policística autossômica 
recessiva (DRPAR) atinge 1:5000, os cistos se 
desenvolvem basicamente nos ductos coletores e no 
primeiro ano de vida a criança já apresenta insuficiência 
renal, necessitando de transfusões e transplantes. A 
doença renal policística autossômica dominante 
(DRPAD) atinge 1:500/1:1000 nascimentos, os cistos são 
mais generalizados nos rins e, como a progressão é mais 
lenta, leva a uma insuficiência renal na vida adulta. 
→Existem outras malformações, como por ex. a fusão 
dos rins devido à proximidade da formação, rins que se 
fundem parcialmente formando rins em “ferradura”, 
entre outros. 
CONTRIBUIÇÃO ENDODÉRMICA PARA 
FORMAÇÃO DO TRATO URINÁRIO: 
→Bexiga e uretra. 
Septação da cloaca: O ducto mesonéfrico se forma e vai 
se fundir para levar a urina que está formada, na região 
da cloaca. A cloaca é a porção caudal do intestino 
primitivo posterior e, é uma região incialmente comum 
ao sistema urinário e digestório. 
A cloaca sofre um processo de septação, então na cloaca, 
tem o crescimento de um septo de tecido conjuntivo, 
chamado septo urorretal, que vai crescer e separar a 
cloaca em porção anterior (seio urogenital) e porção 
posterior (reto), a partir daqui tem-se a separação do 
sistema digestório e do sistema urinário. Quando ocorre 
a separação, o rim fica associado ao seio urogenital e 
não ao reto; e, a porção do seio urogenital mais dilatada, 
vai formar a bexiga urinária, onde o ureter se abre. 
No processo de formação da bexiga, a diferença entre 
os sexos é que a porção mais final do seio urogenital, na 
mulher, vai formar a uretra feminina e uma região 
chamada de vestíbulo da vagina, enquanto no homem, 
essa região caudal vai se alongar devido ao 
desenvolvimento do pênis e ação da testosterona, 
formando uma uretra mais longa do que na feminina. 
Então, a porção mais dilatada do seio urogenital, que é 
chamada de porção vesical – vai formar a bexiga no 
homem e na mulher; a porção pélvica do seio urogenital 
vai formar a uretra na mulher e no homem vai formar a 
uretra prostática e membranosa e, a porção fálica, vai 
formar o vestíbulo da vagina (região onde se abre a 
uretra e a vagina) e, no homem, vai formar a uretra 
esponjosa. 
• O epitélio da bexiga urinária, então, é oriundo do 
endoderma. O mesoderma esplâncnico adjacente 
que fica associado vai formar o tecido conjuntivo, 
lâmina própria e camadas musculares e 
vascularização. 
 
Má formação do septo; formação em local errado; 
fístulas etc. 
BEXIGA URINÁRIA: 
O seio urogenital vai formar a bexiga. 
Inicialmente, vamos ter dois ductos se abrindo na 
bexiga, que são os ductos mesonéfricos; as porções 
terminais/caudais dos ductos mesonéfricos vão se 
expandir e ser incorporadas à parede dorsal da bexiga, 
formando o trígono da bexiga. À medida que o ducto 
mesonéfrico vai sendo incorporado à parede da bexiga, 
o broto uretérico chega cada vez mais perto da bexiga, 
até que eles mesmos vão se abrir individualmente nabexiga. A movimentação caudal dos ductos 
mesonéfricos traz a abertura dos ductos mesonéfricos 
pra região da uretra pélvica formando no homem a 
uretra prostática e, devido ação da testosterona, vai se 
diferenciar em epidídimo e ductos deferente e 
ejaculatório, na mulher esses ductos mesonéfricos vão 
regredir. 
 
7 Desenvolvimento do Sistema Urinário 
Malformações derivados do alantoide: O alantoide 
sofre um processo de fibrose e vai formar o úraco que é 
o ligamento suspensor da bexiga no indivíduo adulto. O 
alantoide pode não sofrer uma obstrução e formar uma 
fistula, podendo gerar uma comunicação da bexiga com 
a porção umbilical, formação de divertículo, cisto etc. 
Extrofia da bexiga e extrofia cloacal: A bexiga ou a cloaca 
pode sofrer um processo de extrofia, ou seja, nasce para 
fora do corpo do embrião. 
GLÂNDULAS ADRENAIS: 
As glândulas adrenais são derivadas do mesoderma 
intermediário e são um importante componente do eixo 
hipotálamo-hipófise-adrenal, fazendo a coordenação do 
metabolismo celular e a resposta ao estresse. A glândula 
adrenal tem uma porção denominada córtex e uma 
outra porção denominada medula, ambas as estruturas 
são embriologicamente distintas. O córtex da glândula 
adrenal tem origem no mesoderma intermediário, 
enquanto a medula da glândula tem origem de células 
da crista neural (ectoderma). Por volta da 5ª semana de 
desenvolvimento, as células do epitélio celômico 
proliferam, delaminam e migram para o mesoderma 
subjacente, formando o córtex suprarrenal fetal. Uma 
segunda onda de células do epitélio celômico também 
delaminam e migram formando o córtex definitivo que 
envolve o córtex fetal – que a gente nasce. Enquanto o 
córtex está se estabelecendo, temos a migração de 
células da crista neural que são derivados ectodérmicos 
e vai se associar ao córtex em desenvolvimento. Então as 
células da crista neural formam uma massa do lado 
medial do córtex fetal e diferenciam-se em células 
cromafins que vão secretar adrenalina e noradrenalina. 
As células do córtex derivadas de mesoderma 
intermediário vão secretar hormônios esteroides, 
principalmente cortisol e hormônios androgênicos. 
O córtex fetal posteriormente involui e não fica presente 
no adulto. O córtex fetal é importante pois produz 
precursores, principalmente a di-hidroepiandrosterona 
– DHEA, que será usada para a placenta na síntese de 
estrogênio e o estrogênio é extremamente importante 
para manutenção da gestação*. 
As ações do córtex fetal, como: produção de precursores 
do estrógeno, também estão relacionadas com 
maturação de pulmões, desenvolvimento correto de 
fígado, TGI e parto (indução e sinalização). 
Malformações: 
Hiperplasia congênita da adrenal (1:15.000): Em 
condições normais, a glândula adrenal possui uma 
enzima chamada 21-hidroxilase que estimula a síntese 
de cortisol pelo córtex da adrenal, o cortisol, por sua vez, 
vai inibir ou regular negativamente a síntese de 
andrógenos pelo córtex da adrenal – feedback. Na 
hiperplasia congênita da adrenal, essa enzima está em 
quantidades insuficientes ou ausentes, 
consequentemente não temos a formação de cortisol e, 
com isso, não há regulação dos andrógenos, sendo 
assim, os andrógenos passam a ser produzidos de 
maneira exacerbada e a circulação desses andrógenos 
durante o desenvolvimento fetal pode levar à 
masculinização da genitália externa em indivíduos XX.

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