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Sistema Urinário - Embriologia - Super Material - SanarFlix

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SISTEMA URINÁRIO
SUMÁRIO
1. Introdução ..................................................................... 3
2. Rins (Pronefron, Mesonefron E Metanefron) ... 5
3. Migração Dos Rins E Alteração No Suprimento 
 Vascular Dos Rins .......................................................14
4. Bexiga .........................................................................15
5. Uretra ............................................................................19
6. Glândulas Suprarrenais ........................................20
7. Anomalias Congênitas Do Sistema Urinário .22
Referências Bibliograficas .........................................29
3SISTEMA URINÁRIO
1. INTRODUÇÃO
O sistema urogenital, formado pelo 
sistema urinário e genital, possuem 
íntima relação durante o desenvolvi-
mento embrionário, tendo a mesma 
origem durante as primeiras sema-
nas, após a separação do tubo di-
gestivo do seio urogenital, através do 
septo urorretal. A origem é o mesên-
quima intermediário, tecido conjun-
tivo embrionário primordial formado 
por células mesenquimais, derivado 
da parede dorsal do embrião.
Isso ocorre a partir do dobramento 
horizontal, que ocorre nas primeiras 
semanas, no qual o mesênquima é 
movido ventralmente e perde sua co-
nexão com os somitos (sistema neu-
rológico permanece dorsal), e com 
isso ocorre a formação da crista uro-
genital, da qual se origina o cordão 
nefrogênico e crista gonadal.
Assim, o cordão nefrogênico origi-
na as estruturas do sistema urinário 
e a crista gonadal às estruturas do 
sistema reprodutor. As vias de for-
mação para o sistema urogenital in-
cluem o supressor de tumor de Wil-
ms 1 (WT1), fator esteroidogênico 1 
e DAX1. O desenvolvimento do siste-
ma urinário se inicia antes do sistema 
genital, originando os rins, ureteres, 
bexiga urinária e uretra.
4SISTEMA URINÁRIO
MAPA MENTAL: EMBRIOGÊNESE DO SISTEMA URINÁRIO
MESÊNQUIMA 
INTERMEDIÁRIO
EMBRIOGÊNESE 
DO SISTEMA 
URINÁRIO
SEPARAÇÃO DOS SOMITOS
SEIO UROGENITAL 
(CRISTA UROGENITAL)
SISTEMA URINÁRIO 
(CORDÃO NEFROGÊNICO)
SISTEMA GENITAL 
(CRISTA GONADAL)
RINS
URETER
BEXIGA
URETRA
GLÂNDULAS 
SUPRARRENAIS
5SISTEMA URINÁRIO
2. RINS (PRONEFRON, 
MESONEFRON E 
METANEFRON)
O desenvolvimento dos rins ocorrem 
a partir do desenvolvimento de três 
conjuntos (etapas) de rins sucessivos, 
até o surgimento do rim definitivo. Pri-
meiro ocorre a etapa dos pronefrons, 
que é um rim rudimentar, disfuncio-
nal, o qual involui. A partir desse mo-
mento, ocorre a etapa do surgimento 
dos mesonefrons, que já apresentam 
função de filtração do sangue, porém 
essa porção funcional é ativa por cur-
to período (cerca de 4 semanas), após 
o que involui. Por fim, há os rins pri-
mitivos metanefrons, que originam os 
rins definitivos de fato, ou seja, é o te-
cido embrionário primitivo real do rim.
O pronefron, estrutura transitória, 
surge a partir da 4ª semana de de-
senvolvimento, localizado na porção 
cervical do embrião, sendo represen-
tados por um conjunto de células e 
estruturas tubulares na região do pes-
coço. Não apresenta função filtrativa, 
e seu ductos continuam distalmente, 
em direção à cloaca, onde o intestino 
posterior e alantoide se esvaziam. A 
estrutura externa do pronefron dege-
nera, porém uma parte de seus duc-
tos se mantém e continuam com os 
mesonefrons, o segundo conjunto de 
rins.
Cordão 
nefrogênico
Pronefro
Parte do ducto 
pronéfrico em 
degeneração
Alantoide
Ducto 
onfaloentérico
Somitos cervicais
Cloaca Broto uretérico Cloaca
Ducto 
mesonéfrico
Túbulos 
mesonéfricos
Alantoide
Primórdio do fígado
Pronefros
Mesonefros
Metanefros
Figura 1. Conjunto de rins sucessivos que originam os rins permanentes. Fonte: https://bit.ly/3jEBx00
https://bit.ly/3jEBx00
6SISTEMA URINÁRIO
Os mesenofrons surgem no final da 
4ª semana, sendo uma estrutura bas-
tante extensa, ocupando boa parte do 
embrião, localizado na região caudal 
dos pronefrons. Também desemboca 
na cloaca, região final comum do início 
da embriogênese, e funcionam como 
rins temporários por 4 semanas. 
Os rins mesonéfricos consistem em 
glomérulos e túbulos mesonéfricos. 
Os túbulos se abrem para dentro dos 
ductos mesonéfricos bilaterais, origi-
nados dos ductos pronéfricos. Assim, 
do mesonefron se originam estruturas 
renais importantes, e os ductos me-
sonéfricos se abrem dentro da cloaca. 
Ao final da 12ª semana, os mesone-
frons, assim como os pronefrons, de-
generam, na sua porção externa, e os 
túbulos metanéfricos se tornam os 
dúctulos eferentes dos testículos nos 
fetos de sexo masculino, e os ductos 
mesonéfricos também dão origem a 
diversas estruturas do aparelho ge-
nital masculino, principalmente. Além 
disso, os ductos e tubérculos meso-
néfricos originam outras estruturas, 
no sexo masculino e feminino, algu-
mas estão relacionadas na tabela 
abaixo.
ESTRUTURA EMBRIONÁRIA SEXO MASCULINO SEXO FEMININO
Túbulos mesonéfricos Dúctulos eferentes do testículo Epoóforo
Ducto mesonéfrico
Apêndice do epidídimo (ductos do 
epidídimo, deferente e ejaculatório e 
vesícula seminal)
Apêndice vesiculoso (ducto do epo-
óforo e ducto de Gartner)
Ducto paramesonéfrico Apêndice do testículo Hildátide (tuba uterina e útero)
7SISTEMA URINÁRIO
Os metanefros, ou os primórdios dos 
rins permanentes, começam seu de-
senvolvimento próximo à cloaca, e 
depois migram cranialmente, até se 
encontrar com a glândula suprar-
renal, onde se instala e forma o rim 
definitivo.
Os metanefros começam a se desen-
volver a partir da 5ª semana, próximo 
à região da pelve, apresentando fun-
ção a partir da 9ª a 10ª semana de 
gestação, com a filtração glomerular, 
visto que a urina é um componente 
importante do líquido amniótico.
O rim permanente se desenvolve a 
partir de duas estruturas: o broto ure-
térico, derivado e o blastema metane-
frogênico. Esse conjunto é o primór-
dio do rim definitivo, sendo que uma 
parte das estruturas urinárias se de-
senvolve do broto uretérico, enquanto 
outra parte se desenvolve a partir do 
blastema metanefrogênico.
Ducto mesonéfrico
Mesonefros
Fígado
Primórdio da glândula 
suprarrenal
Primórdio da medula 
suprarrenal
Aorta dorsal 
Broto brônquico
Figura 2. Corte histológico do mesonefro. 
Fonte: MOORE KL; PERSUAD TVN; TORCHA MG. Embriologia clínica. 10ª ed. Elsevier, 2016.
8SISTEMA URINÁRIO
Broto uretérico
Cordão nefrogênico
Cloaca
Fígado em 
desenvolvimento
Mesonefro
Remanescente do 
pronefro
Ducto mesonéfrico
Blastema metanefrogênico
Primórdio do metanefro
(rim permanente)
Figura 3. Vista lateral de um embrião de 5 semanas, mostrando o broto uretérico, o primórdio do metanefro. Fonte: 
MOORE KL; PERSUAD TVN; TORCHA MG. Embriologia clínica. 10ª ed. Elsevier, 2016.
SAIBA MAIS!
Líquido amniótico é formado por cerca de 70 a 80% por urina, que começa a ser excretada 
pelos rins durante o segundo trimestre da gravidez. Assim, defeitos na formação dos rins ou 
comprometimento da função renal reduzem de forma significativa o líquido amniótico, po-
dendo inclusive levar o feto a óbito. O líquido amniótico é importante para proteger o feto de 
traumatismos externos, impedir a compressão do cordão umbilical, além de permitir o desen-
volvimento do sistema musculoesquelético e respiratório do feto.
9SISTEMA URINÁRIO
O broto uretérico é uma evaginação, e 
por isso é chamado de divertículo, do 
ducto mesonéfrico próximo à entrada 
da cloaca. Deste broto, é formado o 
ureter (pedículo do broto uretérico), 
pelve renal, cálice maior, cálice menor 
e ductos coletores (broto). Isso ocorre 
a partir da ramificação do broto, inva-
dindo a região do blastema, formando 
primeiro a pelve renal, depois o cálice 
menor, cálice maior e ramificações que 
formam os túbulos coletores, retos e 
arqueados, posteriormente. Os cáli-
ces maiores são a união das primei-
ras quatro gerações de túbulos cole-
tores, que aumentam e coalescem. Já 
os cálices menores são gerados das 
quatro segundas gerações de túbulos 
coletores, que também aumentam e 
coalescem. 
Cálice menorCálice maior
Ducto mesonéfrico
Blastema 
metanefrogênico
Broto uretérico
Pelve renal
Ureter
Coleção de células 
mesenquimais
Pelve renal 
Túbulo coletor retoTúbulo coletor arqueado
Sulco entre os lobos
Blastema 
metanefrogênico
Figura 4. Estágios sucessivos do desenvolvimento do broto uretérico (quinta à oitava semanas). Observe o desen-
volvimento do rim, ureter, pelve renal, cálices e túbulos coletores. Fonte: MOORE KL; PERSUAD TVN; TORCHA MG. 
Embriologia clínica. 10ª ed. Elsevier, 2016.
10SISTEMA URINÁRIO
Já o blastema metanefrogênico, deri-
vado da parte caudal do cordão ne-
frogênico, consiste em uma massa de 
mesênquima metanéfrica, que envol-
ve o broto uretérico, e à medida que o 
broto se alonga, ele penetra no blas-
tema. Essa porção forma a parte fun-
cional de filtração dos rins, originando 
os néfrons. 
Os túbulos arqueados recebem o tú-
bulo contorcido distal, porção final 
do néfron da filtração da urina, desa-
guando na pelve renal. Na extremida-
de distal de cada túbulo arqueado, há 
uma união com o desenvolvimento 
das células que dão origem às vesí-
culas metanéfricas, que por sua vez, 
originam os túbulos metanéfricos. 
A extremidade de cada túbulo cole-
tor arqueado induz uma coleção de 
células mesenquimais no blastema 
metanefrogênico a formarem peque-
nas vesículas metanéfricas, que se 
alongam e se tornam túbulos meta-
néfricos. Os túbulos metanéfricos são 
células mesenquimais que se trans-
formam em células epiteliais, forman-
do o epitélio do sistema de túbulos 
característico dos néfrons. A extremi-
dade proximal do túbulo (cápsula de 
Bowman) é invaginada pelos vasos 
dos glomérulos, tanto os capilares 
eferentes como aferentes. 
SE LIGA! Células mesenquimais são 
células tronco adultas, pertencentes ao 
mesênquima, tecido embrionário. Após 
a formação do zigoto, o mesmo passa 
por três fases de desenvolvimento, que 
são, respectivamente, a segmentação,a 
gastrulação e organogênese. Na seg-
mentação, a célula única, o zigoto, sofre 
sucessivas divisões mitóticas, originan-
do múltiplas células menores e dividindo 
o zigoto em blastômeros. Essas células 
se compactam e quando existem 12 a 
32 blastômeros, chama-se de mórula, 
dentro da qual há uma coleção de líqui-
dos, que separa o trofoblasto, formador 
da placenta, do embrioblasto, formador 
do embrião (aqui esse conjunto de cé-
lulas é chamado de blástula). Após essa 
fase, começa a gastrulação, quando é 
formada a gástrula, e nesse momento 
há a divisão do ectoderma, mesoderma 
e endoderma. O ectoderma dá origem à 
pele e sistema nervoso (nêurula), o me-
soderma forma as células do mesênqui-
ma e o endoderma forma o arquêntero, 
que é o intestino primitivo.
Além do glomérulo, também se ori-
gina do túbulo metanéfrico o túbulo 
contorcido proximal, primeira porção 
em que a urina passa dentro dos né-
frons após a filtração glomerular, de-
pois é formada a alça de Henle, que 
vai até a região medular e retorna à 
região cortical, onde há o túbulo con-
torcido distal, que se une ao túbulo 
coletor arqueado e depois o túbulo 
11SISTEMA URINÁRIO
coletor reto, que se une aos cálices re-
nais. Esse desenvolvimento é acom-
panhado pelas alterações que confe-
rem as características específicas de 
cada parte do sistema de túbulos né-
fricos, visto que cada porção exerce 
uma função na filtração, reabsorção e 
formação da urina.
Cápsula do rim
Túbulo coletor arqueado
Vesícula metanéfrica
Local de contato dos 
túbulos
Túbulo metanéfrico
Mesênquima
Cápsula glomerular
Glomérulo
Túbulo coletor reto
Broto uretérico
Túbulo contorcido distal
Túbulo contorcido 
proximal
Ramos descendente e 
ascendente da alça do 
néfron
Local de continuidade 
dos túbulos
Ramo da artéria lateral
Túbulo coletor reto
Alça do néfron
Túbulo coletor arqueado
Vesícula metanéfrica
Local de contato
Túbulo metanéfrico em 
forma de S
Blastema 
metanefrogênico
Coleção de células 
mesenquimais
Figura 5. Desenvolvimento dos néfrons. A, Anefrogênese começa em torno do início da oitava semana. B e C, Observe 
que os túbulos metanéfricos, os primórdios dos néfrons, se conectam com os túbulos coletores para formar os túbulos 
uriníferos. Em D, é possível observer que os néfrons são derivados do blastema metanefrogênico e os túbulos coletores 
do broto uretérico. Fonte: MOORE KL; PERSUAD TVN; TORCHA MG. Embriologia clínica. 10ª ed. Elsevier, 2016.
HORA DA REVISÃO!
Os rins produzem e excretam a urina, que é transportada através dos ureteres até a bexi-
ga, de onde a urina é expulsa pela uretra. Além da produção da urina, que excreta subs-
tâncias ingeridas ou produzidas pelo metabolismo, os rins também controlam o volume e 
a composição dos líquidos corporais. Assim, o sangue passa pelo glomérulo, sendo ab-
sorvido um filtrado, que não deve conter proteínas, o qual segue pelo sistema de túbulos 
(túbulo proximal, distal, alça de Henle e túbulos coletores), os quais são responsáveis por 
reabsorver determinadas substâncias que não devem ser perdidas na urina, sendo que 
cada porção dos túbulos é responsável por absorver ou secretar determinadas substân-
cias, formando a urina final. 
12SISTEMA URINÁRIO
Primeiro a urina chega ao cálice me-
nor (que recebe o conteúdo do túbulo 
coletor reto, o qual é microscópico), 
passando para o cálice maior ( junção 
de cálices menores), que é macros-
cópico assim como o cálice menor, e 
daí para o ureter. Ou seja, o sentido 
de drenagem da urina é contrário ao 
sentido seguido pelo desenvolvimen-
to embriogênico da sua via de dre-
nagem. O conjunto do néfron e tú-
bulos coletores é chamado de túbulo 
urinífero. 
Até a 36ª semana, o número de né-
frons do feto aumenta, e após o nasci-
mento, os néfrons sofrem hiperplasia 
e aumento na capacidade de filtra-
ção. Ao nascimento, normalmente a 
criança apresentam 2 milhões de né-
frons, porém nem todos eles são fun-
cionantes, o que muda ao longo do 
desenvolvimento da criança, quando 
ocorre a hiperplasia desses néfrons 
e consequente aumento das taxas 
de filtração. Além disso, vale pontuar 
que muitos néfrons são poupados da 
atividade de filtração sanguínea, até 
que sejam requisitados em casos de 
sofrimento dos néfrons funcionantes, 
como nos quadros de insuficiência re-
nal aguda, mantendo a taxa de filtra-
ção adequada.
Os rins do feto inicialmente são dividi-
dos em lóbulos, que desaparecem até 
o final do primeiro ano de vida devi-
do ao aumento do tamanho dos rins. 
Esse aumento ocorre com alonga-
mento dos túbulos contorcidos proxi-
mais e aumento do tecido intersticial.
Além disso, o broto uretérico e blas-
tema metanefrogênico estimulam um 
ao outro para o desenvolvimento final 
do rim e ureter. Isso ocorre a partir de 
vias de sinalização, principalmente as 
coordenadas pelo BMP7, beta-cate-
nina e WNT-4 (notch). A BMP7 (Pro-
teína óssea morfogenética 7 ou pro-
teína osteogênica-1) é uma proteína 
que induz a transformação de células 
mesenquimais em cartilagem e osso. 
Essa proteína é importante para re-
gulação dos níveis de cálcio no san-
gue e para o desenvolvimento saudá-
vel de alguns ossos, sendo expressa 
nos rins, bexiga e cérebro. A beta-ca-
tenina está envolvida em muitas vias 
de sinalização celular, especialmente 
nos processos de desenvolvimento, e 
na aderência celular. Por fim, o gene 
WNT-4 produz a proteína WNT-4, 
que promove o desenvolvimento do 
sexo feminino e reprime o desenvol-
vimento do sexo masculino.
13SISTEMA URINÁRIO
SAIBA MAIS!
Via de sinalização Notch atua principalmente no desenvolvimento de células embrionárias, 
coordenando a diferenciação e proliferação celular, bem como a apoptose. Notch são proteí-
nas transmembrânicas, que se ligam a outras proteínas transmembrânicas da célula vizinha 
(ação parácrina), ativando uma cascata bioquímica, induzindo ou inibindo diferentes proces-
sos envolvidos na formação de vários órgãos.
MAPA MENTAL: RINS
RINS
PRONEFRON 
(DISFUNCIONAL)
4ª SEMANA
MESONEFRON 
(RINS PROVISÓRIOS)
METANEFRON 
(RINS PERMANENTES)
PORÇÃO CERVICAL 
DO EMBRIÃOESTRUTURA EXTERNA 
DEGENERA
DUCTOS INTERNOS 
PERSISTEM
FINAL DA 4ª SEMANA
FILTRAÇÃO POR 
4 SEMANAS (RINS 
TEMPORÁRIOA)
ORIGINAM 
GLOMÉRULOS E 
TÚBULOS E DUCTOS 
MESONÉFRICOS
DESEMBOCA 
NA CLOACA
COMEÇAM PRÓXIMO 
À CLOCA E MIGRAM 
CRANIALMENTE
RINS 
FUNICIONAIS-RINS 
DEFINITIVOS 
PRIMITIVOS
BROTO URETÉRICO 
(URETER, PELVE RENAL, 
CÁLICES E TÚBULOS 
COLETORES)
BLASTEMA 
METANEFROGÊNICO 
(NÉFRONS)
ESTRUTURAS DO 
S. REPRODUTOR 
MASCULINO
DEGENERAM AO FINAL 
DA 12ª SEMANA
14SISTEMA URINÁRIO
3. MIGRAÇÃO DOS 
RINS E ALTERAÇÃO NO 
SUPRIMENTO VASCULAR 
DOS RINS
Inicialmente, os rins se desenvolvem 
na pelve, um ao lado do outro, a partir 
do metanefrons. Com o crescimento 
do abdome, pelve e do segmento in-
ferior do corpo, ocorre o deslocamento 
cranial dos rins, cuja posição é retro-
peritoneal, em direção às glândulas 
suprarrenais, que já se desenvolvem 
na sua topografia final. Na 9ª semana, 
os rins já estão na posição abaixo das 
suprarrenais. Além disso, o hilo renal, 
que contém a pelve renal, inicialmente 
é mais ventral, e ocorre uma rotação 
de 90º para a posição anteromedial. 
Artéria 
ilíaca 
comum
Bexiga
Glândula 
suprarrenal Mesonefros
Gônada
Gônada
Glândula suprarrenalArtéria suprarrenal Aorta
Artéria 
renal
Locais das 
antigas 
artérias 
renais
Rim
Ducto 
mesonéfrico
Hilo 
do rim
Rim
Rim esquerdo
Ureter
Artéria 
renal
Ureter
Figura 6. Rotação medial e deslocamento dos rins da pelve para o abdome. Fonte: MOORE KL; PERSUAD TVN; TOR-
CHA MG. Embriologia clínica. 10ª ed. Elsevier, 2016.
Esse deslocamento renal é acompa-
nhado por alterações no suprimento 
sanguíneo dessas estruturas. Inicial-
mente, as artérias renais são ramos 
das artérias ilíacas comuns (princi-
pais vasos da pelve), quando os rins 
ainda são pélvicos. Com a subida dos 
rins, as artérias renais passam a ser 
ramos da aorta, sendo esses vasos 
próximos da bifurcação das artérias 
ilíacas. Os vasos que suprem os rins 
iniciais involuem. Com o crescimento 
e deslocamento dos rins, os vasos 
que os suprem também mudam de 
posição, passando a receber novos 
vasos, também originários direta-
mente da aorta, porém mais pró-
ximos das glândulas suprarrenais, 
onde os rins param de ascender. As-
sim como os vasos originários das ilí-
acos, os primeiros vasos derivados da 
aorta que suprem os rins em deslo-
camento também involuem. Ou seja, 
em resumo, à medida que os rins se 
15SISTEMA URINÁRIO
deslocam cranialmente, novos vasos 
são derivados da aorta para suprí-los 
e os vasos anteriores vão involuindo. 
A artéria renal direita é mais longa 
e muitas vezes está em uma posi-
ção mais superior que a artéria renal 
esquerda.
MAPA MENTAL – MIGRAÇÃO RENAL
+
INICIA NA PELVE
SUPRIDOS POR 
RAMOS DAS ARTÉRIAS 
ILÍACAS COMUNS
MIGRA PARA ABDOME
CRESCIMENTO DO 
ABDOME, PELVE E PARTE 
CAUDAL DO FETO
POSIÇÃO 
RETROPERITONEALABAIXO DA SUPRARRENAL
ROTAÇÃO ANTERMEDIAL 
DO HILO RENAL
SUPRIDO POR 
RAMOS DA AORTA
RAMOS PRIMORDIAIS 
DEGENERAM ATÉ A 
FORMAÇÃO DAS ARTÉRIAS 
RENAIS DEFINITIVAS 
QUANDO OS RINS SE FIXAM 
EM SUA POSIÇÃO
4. BEXIGA 
A bexiga é derivada do seio urogeni-
tal, o qual é dividido em três partes: 
parte vesical, parte pélvica e parte 
fálica. A maior parte da bexiga é for-
mada pela parte vesical, sendo esta 
região contínua com o alantoide, que 
vem do cordão umbilical. A parte 
pélvica origina a uretra prostática do 
homem e toda a uretra da mulher. A 
parte fálica, que cresce na direção do 
tubérculo genital, compõe, no sexo 
masculino, o primórdio do pênis, e no 
sexo feminino, o primórdio do clitóris.
16SISTEMA URINÁRIO
SE LIGA! Alantoide é uma estrutura li-
gada à parte posterior do intestino do 
embrião, que armazena excreções do 
embrião até o nascimento, e permite tro-
cas gasosas com o meio externo, sendo 
formado a partir de uma expansão da 
porção caudal do saco vitelínico (arma-
zena o vitelo).
O endoterma da parte vesical do seio 
urogenital forma o revestimento in-
terno, ou seja, epitélio, da mucosa 
vesical. Já o mesênquima esplânc-
nico origina a musculatura o tecido 
conjuntivo da bexiga (o mesmo que 
ocorre no trato digestivo). Como já 
mencionado, inicialmente a bexiga é 
contínua com o alantoide, que involui 
para o um cordão fibroso, chamado 
de úraco. O úraco conecta o ápice da 
bexiga ao umbigo. Após o nascimen-
to, o úraco dá origem ao ligamento 
umbilical mediano, que apenas um 
remanescente fibroso, que também 
conecta a bexiga à cicatriz umbilical.
Parte vesical
Alantoide
Parte pélvica
Parte fálica
Reto Tubérculo genital
Seio urogenital
Figura 7. Seio urogenital. Fonte: MOORE KL; PERSUAD TVN; TORCHA MG. Embriologia clínica. 10ª ed. Elsevier, 
2016.
17SISTEMA URINÁRIO
Figura 8. Desenvolvimento dos rins e bexiga. Fonte: MOORE KL; PERSUAD TVN; TORCHA MG. Embriologia clínica. 
10ª ed. Elsevier, 2016
Parte pélvica do seio 
urogenital
Ducto mesonéfrico
Mesonefro
Broto uretérico
Ducto mesonéfrico
Mesonefro
Ducto mesonéfrico
Metanefro (primórdio do 
rim permanente)
Ureter
Gônada
Ureter
Mesonefro
Metanefro
18SISTEMA URINÁRIO
Na porção do trígono vesical, parte 
inferior da bexiga, o tecido conjun-
tivo é derivado da parte distal dos 
ductos mesonéfricos, que também 
origina outras estruturas e à medida 
que a bexiga aumenta, as partes dis-
tais desses ductos são incorporados 
à parede dorsal da bexiga. Esse teci-
do conjuntivo também recebe, tanto 
a via urinária através dos ureteres, 
que se abrem separadamente para 
dentro da bexiga, quanto a via sexu-
al, a partir dos ductos deferentes no 
sexo masculino. Durante o processo 
de deslocamento no desenvolvimen-
to dos rins, os ureteres entram em 
posição mais oblíqua e superolateral 
dos ureteres, alcançando a posição 
final dos rins em relação à bexiga. 
Nos homens, os orifícios dos ductos 
movem-se juntos e entram na parte 
prostática da uretra à medida que as 
extremidades caudais dos ductos tor-
nam-se os ductos ejaculatórios. Nas 
mulheres, as extremidades distais dos 
ductos mesonéfricos se degeneram.
Até os 6 anos, a bexiga fica localizada 
no abdome, e desta fase até a puber-
dade, ela passa a se localizar na pel-
ve maior. Após a puberdade, a bexiga 
apresenta topografia na pelve me-
nor, protegida pelos ossos pélvicos/
púbicos. 
MAPA MENTAL: BEXIGA
ABDOME ATÉ OS 6 ANOS
BEXIGA
PARTE VESICAL 
DO SEIO UROGENITAL
PELVE MENOR 
NA FASE ADULTA
MESÊNQUIMA ESPLÂNCNICO
PELVE MAIOR 
NA PUBERDADE
ENDORDERMA
MUCOSA VESICAL
CONTÍNUO COM ALANTOIDE 
(CORDÃO UMBILICAL)
DEGENERA EM 
TECIDO FIBROSO
ÚRACO
CONECTA BEXIGA 
AO UMBIGO (FETO)
LIGAMENTO 
UMBILICAL MEDIANO 
(APÓS NASCIMENTO)
MUSCULATURA 
TECIDO CONJUNTIVO
TRÍGONO VESICAL 
(DERIVADO DOS DUCTOS 
MESONÉFRICOS)
VIA URINÁRIA 
(URETERES)
VIA GENITAL
(DUCTOS DEFERENTES – 
SEXO MASCULINO)
19SISTEMA URINÁRIO
5. URETRA
A uretra masculina se desenvolve a 
partir do endoderma do seio uroge-
nital, na sua maior parte. Este en-
doderma se inicia no surgimento da 
uretra prostática, com o desenvol-
vimento da bexiga, e acompanha o 
desenvolvimento peniano, até alcan-
çar a região distal, que é a glande, 
formado por ectoderma. Ou seja, a 
uretra distal é originada do ectoder-
ma, com a invaginação do tecido de 
revestimento da glande. O ectoderma 
cresce e se desenvolve uma luz em 
seu interior, que se une à porção es-
ponjosa da uretra.
Uretra esponjosa
Uretra esponjosa
Septo em 
desenvolvimento
Uretra esponjosa
Corpo do pênis
Prepúcio
Orifício uretral 
externo
Parte distal da 
uretra esponjosa
Cordão ectodérmico
Ectoderma superficial
Glande do 
pênis
Sulco coronário
Figura 9. Desenvolvimento da uretra masculina. 
Fonte: MOORE KL; PERSUAD TVN; TORCHA MG. Embriologia clínica. 10ª ed. Elsevier, 2016.
20SISTEMA URINÁRIO
No sexo feminino, como a uretra é 
muito menor do que a masculina, aqui 
ela será composta exclusivamente 
pelo endoderma. 
A uretra madura, tanto feminina 
quanto masculina, tem seu tecido 
conjuntivo e músculo liso derivado do 
mesênquima esplâncnico.MAPA MENTAL: URETRA
URETRA
MASCULINA
TECIDO CONJUNTIVO E 
MÚSCULO LISO DERIVADO DO 
MESÊNQUIMA ESPLÂNCNICO
FEMININA
PARTE PÉLVICA 
DO SEIO UROGENITAL 
(ENDORDERMA)
ECTODERMA
PARTE PÉLVICA DO 
SEIO UROGENITAL 
(ENDORDERMA)
GLANDE
URETRA PROSTÁTICA 
(PORÇÃO ESPONJOSA)
6. GLÂNDULAS 
SUPRARRENAIS 
Como já mencionado, as glândulas 
suprarrenais se desenvolvem já na 
sua topografia definitiva. Essas glân-
dulas são formadas por duas partes, 
que possuem origem embrionária 
distintas. O córtex adrenal é derivado 
do mesênquima, que se desenvolve 
inicialmente entre a raiz do mesen-
tério dorsal e gônada, e esse tecido 
recebe às células que dão origem à 
região medular da suprarrenal. 
Inicialmente, o córtex é primitivo, mas 
com a invasão de células mesenqui-
mais, essa estrutura é envolvida, ori-
ginando o córtex permanente. As cé-
lulas do córtex primitivo degeneram. 
São três camadas de desenvolvimen-
to, como se pode observar na figura 
10. A primeira camada formada do 
córtex adrenal é a zona fasciculada, 
depois a zona glomerulosa, cama-
da mais externa. Após os 3 anos de 
idade, é formada a zona reticulada, 
que fica entre as zonas glomerulo-
sa e fasciculada. Vale pontuar, que 
21SISTEMA URINÁRIO
inicialmente a glândula suprarrenal 
é maior, e com a involução do córtex 
primitivo, ela diminui de tamanho.
O córtex das glândulas suprarrenais 
produzem precursores esteroides 
que são utilizados pela placenta para 
síntese do estrogênio.
A medula suprarrenal tem origem no 
gânglio simpático derivado de célu-
las da crista neural. Essas células se 
unem às células primitivas mesenqui-
mais, que originam o córtex. Inicial-
mente, é um aglomerado de células 
no lado medial do córtex, e com o en-
volvimento pelo córtex, ocorre a dife-
renciação para as células secretoras.
Córtex embrionário
Zona fasciculada
Medula
Zona glomerulosa Zona reticular
Primórdio do 
córtex permanente
Figura 10. Desenvolvimento da glândula suprarrenal. 
Fonte: MOORE KL; PERSUAD TVN; TORCHA MG. Embriologia clínica. 10ª ed. Elsevier, 2016.
SE LIGA! O córtex suprarrenal produz o cortisol (zona fasciculada) e aldosterona (zona glo-
merulosa), envolvidos, principalmente, nos processos inflamatórios e controle do sódio para 
estabilidade da pressão arterial, respectivamente. Na zona reticulada do córtex são produ-
zidos os hormônios andrógenos, que conferem às características sexuais secundárias nos 
indivíduos do sexo masculino. Já na medula suprarrenal são produzidas a adrenalina e nora-
drenalina, hormônios envolvidos com os processos de luta e fuga.
22SISTEMA URINÁRIO
MAPA MENTAL: GLÂNDULAS SUPRARRENAIS
GLÂNDULAS 
SUPRARRENAIS
COMEÇAM DESENVOLVIMENTO 
NA POSIÇÃO DEFINITIVA
CÓRTEX MEDULA
ZONA GLOMERULOSA 
(ALDOSTERONA)
ZONA FASCICULADA 
(CORTISOL)
ZONA RETICULADA 
(ANDRÓGENOS)
DERIVADO DO MESÊNQUIMA
ADRENALINA
NORADRENALINA
DERIVADO DA 
CRISTA NEURAL
7. ANOMALIAS 
CONGÊNITAS DO SISTEMA 
URINÁRIO
Pode ocorrer uma variação anatômica 
na vascularização dos rins, que são 
as artérias renais acessórias, as quais 
refletem as mudanças progressivas 
que ocorrem durante a embriogênese 
dos rins. Normalmente, a origem do 
vaso acessório é da própria aorta, 
mas podem haver ramificações da 
suprarrenal, por exemplo. Na maioria 
das vezes, essa alteração nas vascu-
larização não gera prejuízo na filtra-
ção sanguínea feita pelo rim, sendo 
um fator importante em casos de ci-
rurgias, por exemplo.
23SISTEMA URINÁRIO
Uma das anomalias congênitas re-
nais que podem ocorrer é a agenesia 
renal. Normalmente é unilateral, sen-
do mais frequente o lado esquerdo, 
ou seja, o rim esquerdo não se de-
senvolve. Isso ocorre quando os bro-
tos uretéricos não se desenvolvem ou 
os primórdios (pedículos dos brotos) 
dos ureteres degeneram. A falha dos 
brotos em penetrar no blastema me-
tanefrogênico promove deficiência no 
desenvolvimento do rim porque os 
néfrons não são induzidos pelos tú-
bulos coletores a se desenvolverem a 
partir do blastema. 
A agenesia unilateral normalmente 
não causa prejuízo ao paciente, pois 
o rim contralateral funcional costu-
ma sofrer hiperplasia para atender a 
demanda de filtração. Porém, caso o 
rim funcional sofra alguma doença 
ou lesão, o indivíduo pode apresen-
tar problemas. Por outro lado, a age-
nesia renal bilateral é associada ao 
oligoidrâmnio, uma condição que se 
desenvolve quando pouca ou nenhu-
ma urina é excretada para a cavidade 
amniótica. Essa condição é incom-
patível com a vida pós-natal. Esses 
bebês têm uma aparência facial ca-
racterística: os olhos são largamen-
te separados e apresentam pregas 
palpebronasais (pregas epicânticas), 
as orelhas estão em posição baixa, o 
Aorta
Aorta
Veia cava inferior
Veia cava inferior
Ureter Local de obstrução 
do ureterArtéria renal polar
Veias 
renais
Glândula 
suprarrenal
Artéria suprarrenal 
esquerda
Pelve renal 
aumentada
Figura 11. Variação anatômica das artérias renais. Fonte: MOORE KL; PERSUAD TVN; TORCHA MG. Embriologia 
clínica. 10ª ed. Elsevier, 2016.
24SISTEMA URINÁRIO
nariz é largo e chato, o queixo é recua-
do, e há anormalidades dos membros 
respiratórios. Bebês com agenesia 
renal bilateral geralmente morrem 
logo após o nascimento de hipopla-
sia pulmonar, que leva à insuficiência 
respiratória. 
Figura 12. Agenesia renal. Fonte: https://bit.ly/35X7mfw
Outro anomalia é o rim ectópico, 
quando o rim se desenvolve e perma-
nece na pelve, ou seja fora da topo-
grafia que deveria estar. Normalmen-
te isso ocorre quando há problemas 
no processo de migração renal, mas 
frequentemente o rim ectópico é fun-
cional, apresentando capacidade de 
filtração menor em alguns casos. Os 
rins ectópicos são muito associados 
ao rim mal rotado. Se um rim deixar 
de rotar, o hilo fica posicionado ante-
riormente, ou seja, o rim fetal retém 
sua posição embrionária. Se o hilo se 
posiciona posteriormente, a rotação 
do rim foi excessiva; se ele der face 
lateralmente, ocorreu rotação lateral 
em vez de medial. 
Há também o rim supranumerário, 
quando ocorre o desenvolvimen-
to normal dos dois rins, mas duran-
te o desenvolvimento, surgiu-se dois 
blastemas metanefrogênicos e dois 
brotos uretéricos, originando dois rins 
independentes, anatômica e funcio-
nalmente, apresentando o ureter bí-
fido, drenando a urina dos rins supra-
numéricos para a bexiga.
Outra anomalia renal congênita são 
os rins fundidos, quando o broto 
25SISTEMA URINÁRIO
uretérico migra para o outro lado e 
se une ao blastema metanefrogênico 
contralateral, com isso, seu desen-
volvimento e migração ocorrem em 
conjunto, e o ureter se desenvolve de 
forma cruzada. Esses rins fundidos 
apresentam vascularização e filtração 
independentes. Aqui, ocorre o rim 
em ferradura, quando a união ocorre 
na porção central, o que ocorre com 
maior frequência.
O rim esquerdo 
migrou para o 
lado direito
Ureteres
Adrenal
Rins 
fundidos
Figura 13. Rins fundidos. Fonte: https://bit.ly/2TFSQmW
Também pode ocorrer a duplicação 
dos ureteres, quando durante o desen-
volvimento do broto uretérico ocor-
re uma bifurcação dentro do mesmo 
blastema metanefrogênico. Nesses 
casos, ocorre o surgimento de duas 
pelves renais, originando os cálices e 
túbulos coletores – normalmente há 
um cálice principal. Esses ureteres se 
unem antes de chegar à bexiga. Essa 
condição não necessariamente irá 
trazer problemas ao indivíduo, sen-
do apenas importante em casos de 
tratamentos cirúrgicos, pois frequen-
temente um dos ureteres possuem 
calibre menor e podem passar des-
percebidos nos exames de imagem.
Em relação ao desenvolvimento da 
bexiga, um dos defeitos congêni-
tos que podem ocorrer é o cisto do 
úraco, quando ocorre a patência de 
células que produzem secreções. 
26SISTEMA URINÁRIO
Normalmente esses cistos não cau-
sam problemas ao indivíduo, mas po-
dem ocorrer complicações como san-
gramentos e infecções.
Outra complicação é a fístula do úra-
co, com a permanência da mucosa do 
epitélio do úraco, ou seja, quando não 
ocorre a fibrosee involução dessa es-
trutura para formação do ligamento 
mediano umbilical, mantendo aberto 
seu lúmen. Isso promove o goteja-
mento de urina pela cicatriz umbili-
cal. Essa condição precisa ser tratada 
cirurgicamente.
Além disso, outra anomalia que pode 
ocorrer no desenvolvimento da bexiga 
é sua extrofia, condição bastante rara, 
mais comum no sexo masculino. A 
extrofia da bexiga consiste no defeito 
no fechamento da parede abdominal 
anterior na linha mediana, visto que 
a bexiga tem localização abdominal 
até certa fase na infância, ocorre a 
exposição da mucosa da bexiga per-
mitindo identificar a parede posterior 
da bexiga e orifícios de entrada dos 
ureteres. Nessa condição, a urina é 
expelida através da parede abdomi-
nal, que não se fechou e é preciso ser 
tratada cirurgimente. Normalmen-
te, pacientes com extrofia da bexiga 
apresentam outras anomalias, espe-
cialmente genitais.
Figura 14. Extrofia de bexiga. Fonte: https://bit.ly/2TLuEj6
27SISTEMA URINÁRIO
Uma anomalia envolvida com o de-
senvolvimento da suprarrenal é a hi-
perplasia suprarrenal, patologia na 
qual ocorre o aumento anormal das 
células do córtex, e com isso ocorre 
produção excessiva de androgênio. 
Essa condição leva à virilização no 
sexo feminino, com alteração da geni-
tália externa, principalmente, e cres-
cimento e desenvolvimento sexual 
precoce no sexo masculino. O trata-
mento dessa condição é importante 
para evitar afecções no desenvolvi-
mento ósseo, da criança, por exem-
plo, e outros órgãos.
MAPA MENTAL: ANOMALIAS CONGÊNITAS
BEXIGA RINS/URETERES GLÂNDULA SUPRARRENAL
CISTO DO ÚRACO
EXTROFIA DE BEXIGA
HIPERPLASIA SUPRARRENALVASOS ACESSÓRIOS
RIM ECTÓPICO
RIM SUPRANUMERÁRIO
DUPLICAÇÃO 
DE URETERES
AGENESIA RENAL
RINS FUNDIDOS
ANOMALIAS 
CONGÊNITAS 
DO SISTEMA 
URINÁRIO
28SISTEMA URINÁRIO
MAPA MENTAL: EMBRIOGÊNESE
EMBRIOGÊNESE 
DO SISTEMA 
URINÁRIO
PARTE VESICUAL 
DO SEIO 
UROGENITAL
ENDORDERMA
MESÊNQUIMA 
ESPLÂNCNICO
PRONEFRON 
(DISFUNCIONAL)
MESONEFRON 
(RINS 
PROVISÓRIOS)
METANEFRON 
(RINS 
PERMANENTES)
PEDÍCULO DO 
BROTO URETÉRICO 
(METANEFRON)
MASCULINA
FEMININA
CÓRTEX 
MEDULA
BEXIGA
RINS
URETER
URETRA
GLÂNDULAS 
SUPRARRENAIS
DERIVADO DO 
MESÊNQUIMA
DERIVADO DA 
CRISTA NEURAL
ECTODERMA
PARTE PÉLVICA DO 
SEIO UROGENITAL 
(ENDORDERMA)
29SISTEMA URINÁRIO
REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRAFICAS
MOORE KL; PERSUAD TVN; TORCHA MG. Embriologia clínica. 10ª ed. Elsevier, 2016.
Rey R, Josso N, Racine C. Sexual Differentiation. [Updated 2020 May 27]. In: Feingold KR, 
Anawalt B, Boyce A, et al., editors. Endotext [Internet]. South Dartmouth (MA): MDText.com, 
Inc.; 2000-. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK279001/
GUYTON e HALL. Tratado de Fisiologia Médica. 12ª ed. Elsevier. Rio de Janeiro, 22011.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK279001/
30SISTEMA URINÁRIO
https://www.instagram.com/sanarflix/
https://www.youtube.com/sanarflix
https://twitter.com/sanarflix

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