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RESUMO COMPLETO DE DIREITO EMPRESARIAL - OAB/ GRADUAÇÃO Autor: Gustavo Henrique Cavalcante Marques Todos os direitos desta edição são reservados ao autor. Esse e-book faz parte do conteúdo de estudo do Curso: OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE. Acesso ao curso: https://www.udemy.com/course/operacaopasseinaoab/ Proibida a cópia ou reprodução por qualquer meio, inclusive eletrônico, conforme a lei no 10.695 de 4 de julho de 2003, sem a prévia autorização do autor. OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO TRIBUTÁRIO - RESUMO Direito tributário é o ramo do direito que estuda, regulamenta disciplina uma das formas de arrecadação originária de dinheiro para os cofres públicos, qual seja, a tributação. TRIBUTO Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. A lei prevê hipóteses que quando ocorrerem incidirão na tributação. São as hipóteses de incidência tributária. O fato gerador é aquela ação que gerará do Estado o direito/dever de tributar, vez que se enquadra nas hipóteses de incidência tributária determinadas por lei. Espécies tributárias: Tributo é o termo genérico e engloba três espécies: - Impostos: Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO TRIBUTÁRIO - RESUMO Os impostos componentes do sistema tributário nacional são exclusivamente os que constam deste Título, com as competências e limitações nele previstas. Compete: I - à União, instituir, nos Territórios Federais, os impostos atribuídos aos Estados e, se aqueles não forem divididos em Municípios, cumulativamente, os atribuídos a estes; II - ao Distrito Federal e aos Estados não divididos em Municípios, instituir, cumulativamente, os impostos atribuídos aos Estados e aos Municípios. Impostos em espécie: Federais (Artigo 153 CF) Estaduais e DF (ARTIGO 155 CF) Municipais Imposto de importação – II Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doações – ITCMD Impostos sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU Imposto de Exportação – IE Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis – ITBI Impostos sobre Renda e Proventos de Qualquer Imposto sobre Propriedade de Veículos Imposto sobre Serviços - ISS OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO TRIBUTÁRIO - RESUMO Natureza – IR Automotores - IPVA Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI Imposto sobre Operações Financeiras – IOF Imposto sobre Propriedade Territorial Rural – ITR Imposto sobre Grandes Fortunas – IGF (não criado) - Taxas: Taxas, de competência comum dos três das esferas federativas, aplicadas em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição; ATENÇÃO: Diferença entre taxa e tarifa Taxa: É espécie de tributo em que o contribuinte paga pela utilização ou possibilidade de utilização de determinado serviço público. Exemplo: Taxa de iluminação urbana. OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO TRIBUTÁRIO - RESUMO Tarifa não é espécie tributária mas sim preço público, geralmente cobrada por um empresa concessionária pública para executar determinado serviço. Tarifa de passagem de metrô. As taxas podem ser: - Taxa de polícia – Cobrada para remunerar o serviço de segurança e fiscalização pública. - Taxa de serviço - Cobradas para remunerar serviço público específico. - Contribuições de melhoria: A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. - Empréstimos compulsórios: Competência exclusiva da União de instituir mediante lei complementar os empréstimos compulsórios para: I - Atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO TRIBUTÁRIO - RESUMO II – E no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b" da CF. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III - cobrar tributos: b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; Importante destacar que o valor retirado do cidadão é devolvido no prazo legal. ACF prevê a possibilidade da criação de tributos em casos específicos de guerra (artigos 148 – Empréstimo Compulsório de Guerra e 154, II da CF - Imposto extraordinário de Guerra – IEG) CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS a) Tributos vinculados: Ligados a uma atividade do Estado em favor do contribuinte. São As taxas e Contribuições de Melhoria. b) Não vinculados: Não necessita da contraprestação de uma atividade estatal para serem cobrados, basta a configuração da hipótese de incidência. Nessa categoria encontram se os impostos e empréstimos compulsórios. OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO TRIBUTÁRIO - RESUMO c) Tributos fiscais: A arrecadação é destinada para os cofres públicos. d) Tributos extrafiscais: A arrecadação é destinada para utilização de uma situação específica econômica social. e) Tributos parafiscais: Arrecadação para entidades da administração pública indireta ou Paraestatais. IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS As imunidades são limitações na competência tributária. - São imunes às contribuições sociais às entidades de assistência social; - São asseguradas independentemente do pagamento de taxas o direito petição e a obtenção de certidões para defesa de direitos (direito de petição e de certidão). A Constituição prevê as imunidades em espécie: Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI - instituir impostos sobre: OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO TRIBUTÁRIO - RESUMO a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; (Imunidade recíproca, ou seja, as entidades da administração pública direta e as autarquias e fundações públicas não pagam impostos) b) templos de qualquer culto; c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. (Imunidade de imprensa –Relacionadas ao produto e não imunidade às editoras. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA É a aptidão que a Constituição atribui para cada ente federativo de instituir (criar) tributos CTN: Art. 7º: A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição. OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO TRIBUTÁRIO - RESUMO § 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios processuaisque competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir. § 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido. § 3º Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos. A competência tributária é passível de delegação para outro ente, diferente das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, estas sim podem ser objeto de delegação de um ente público para outro (delegação de capacidade tributária ativa). LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional. OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO TRIBUTÁRIO - RESUMO O lançamento é ato vinculado que confere liquidez ao valor devido, ou seja, constitui o crédito tributário. MODALIDADES DE LANÇAMENTO: a) Misto ou por declaração (artigo 147 CTN): É calculado e lançado com base na declaração realizada pelo contribuinte ou terceiros. Exemplo: Imposto de Importação na declaração de bagagem acompanhada (DBA). Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação. § 1º A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir ou a excluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em que se funde, e antes de notificado o lançamento. § 2º Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu exame serão retificados de ofício pela autoridade administrativa a que competir a revisão daquela. OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO TRIBUTÁRIO - RESUMO b) Lançamento direito ou de ofício (artigo 149 CTN): É realizado pelo próprio fisco, independentemente de qualquer manifestação do contribuinte. Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes casos: I - quando a lei assim o determine; II - quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da legislação tributária; III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração nos termos do inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da legislação tributária, a pedido de esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o preste satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade; IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória; V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada, no exercício da atividade a que se refere o artigo seguinte; VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária; OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO TRIBUTÁRIO - RESUMO VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação; VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião do lançamento anterior; IX - quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial. c) Autolançamento ou por homologação (artigo 150, CTN): O contribuinte transmite as informações e calcula o valor do tributo, antecipando o pagamento. O Fisco, no caso da declaração e do valor estar calculado corretamente, apenas homologa o pagamento seja de forma expressa ou tácita (5 anos da data do fato gerador). Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. § 1º O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo extingue o crédito, sob condição resolutória da ulterior homologação ao lançamento. OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO TRIBUTÁRIO - RESUMO § 2º Não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à homologação, praticados pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando à extinção total ou parcial do crédito. § 3º Os atos a que se refere o parágrafo anterior serão, porém, considerados na apuração do saldo porventura devido e, sendo o caso, na imposição de penalidade, ou sua graduação. § 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. ARTIGOS PARA LER Artigos art. 24,§1º, 145 a 162, 177§4º,I,b, 195 da CF; Súmula 724 STF Artigos 139 e seguintes do CTN.
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