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Audiência preliminar de mediação ou conciliação PDF

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Não sendo o caso de indeferimento da petição inicial ou de 
improcedência liminar do pedido, o juiz determinará a 
citação do réu e designará audiência de conciliação ou 
mediação. 
Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos 
essenciais e não for o caso de improcedência liminar do 
pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de 
mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) 
dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 
(vinte) dias de antecedência. 
O réu deve ser citado com no mínimo 20 dias de 
antecedência em relação à data da audiência e deve ser 
intimado a nela comparecer, acompanhado de advogado ou 
defensor público, com menção do dia, hora e lugar. Então, 
uma vez citado, o réu será intimado a comparecer na 
audiência de mediação ou conciliação, esta que deve ser 
designada com uma antecedência mínima de 30 dias, e 20 
dias antes dela ocorrer o réu já deve ter sido citado e 
intimado a ela comparecer, devendo então junto da citação, 
que serve para o réu tomar ciência da demanda, haver essa 
intimação informando o dia, hora e local dessa audiência. 
Art. 154. Incumbe ao oficial de justiça: 
VI - certificar, em mandado, proposta de auto 
composição apresentada por qualquer das partes, na 
ocasião de realização de ato de comunicação que lhe 
couber. 
Parágrafo único. Certificada a proposta de auto 
composição prevista no inciso VI, o juiz ordenará a 
intimação da parte contrária para manifestar-se, no 
prazo de 5 (cinco) dias, sem prejuízo do andamento 
regular do processo, entendendo-se o silêncio como 
recusa. 
É o oficial de justiça que vai cumprir o mandado de citação 
do réu, no momento em que o réu for citado e for 
cientificado da existência da demanda e do seu conteúdo, 
ele também será intimado para comparecer na audiência de 
mediação ou conciliação, uma vez que o réu é citado e 
intimado a comparecer nessa audiência, poderá ocorrer do 
réu oferecer a proposta de autocomposição (acordo ou 
transação), se o réu mencionar uma proposta de 
autocomposicção o art. 154, VI diz que o oficial de justiça 
deve, na realização do ato de citação e intimação, registrar 
um possível proposta de autocomposição que vier a 
aparecer, então vejamos, o réu será citado e intimado dessa 
audiência, assim como o autor também será intimado da 
data, local e horário da audiência, quando o oficial de justiça 
for cumprir esses mandados e verificar que haja qualquer 
possibilidade de acordo ou de transição feitas tanto pelo réu 
como pelo autor, o oficial de justiça deve certificar o fato, 
para que assim, o juiz tome ciência de que o autor ou o réu 
tem proposta de conciliação. 
O parágrafo único do art. 154 diz que o juiz deverá intimar 
a parte contrária a se manifestar no prazo de 5 dias, ou seja, 
o juiz irá intimar a parte contrária, e vai dar a ela ciência de 
que a outra parte apresentou proposta de conciliação ao 
oficial de justiça, o que foi devidamente certificado por ele 
no momento de cumprir o mandado, e aí a parte terá cinco 
dias para se manifestar, dizendo se concorda ou não 
concorda com aquele acordo. Se a parte concordar com o 
acordo, isso vai ser levado a juízo para que o juiz verifique 
de fato a possibilidade da transação e se for o caso, 
homologue a auto composição, para que ela possa produzir 
os seus efeitos jurídicos e os seus efeitos legais, a 
possibilidade de homologação da autocomposição está 
prevista no art. 487, III, que diz que haverá resolução de 
mérito quando o juiz homologar a autocomposição. 
Agora, a parte contrária também poderá recusar o acordo 
proposto pela outra parte através do oficial de justiça ou 
também permanecer em silêncio nesse prazo de 5 dias em 
que ela foi intimada para tomar ciência dessa proposta de 
acordo apresentada pela outra parte, a lei diz (art. 154, p. 
único) que o silencio interpreta-se como recusa da proposta 
de acordo. Então, se uma vez intimada a parte contrária, 
(que pode ser tanto o autor quanto o réu a depender de 
quem fez a proposta de acordo), para que no prazo de cinco 
dias da intimação sobre a autocomposição se manifeste, se 
nesse prazo ela permanecer em silêncio, entende-se que 
houve recusa do acordo, ou seja, naquele primeiro 
momento, não haverá a conciliação. 
Art. 334, § 3º A intimação do autor para a audiência 
será feita na pessoa de seu advogado. 
Quando o autor distribui a sua petição inicial ele já possui 
advogado constituído nos autos, visto que regra geral a 
capacidade postulatória pertence ao advogado no 
procedimento comum (com algumas exceções nos juizados 
especiais), então, para ser intimado acerca da audiência de 
conciliação ou mediação, o seu advogado servirá como 
meio para tal. 
Tipo de técnica a ser aplicada: 
Art. 165, § 2º O conciliador, que atuará 
preferencialmente nos casos em que não houver 
vínculo anterior entre as partes, poderá sugerir 
soluções para o litígio, sendo vedada a utilização de 
qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para 
que as partes conciliem. 
Art. 165, § 3º O mediador, que atuará 
preferencialmente nos casos em que houver vínculo 
anterior entre as partes, auxiliará aos interessados a 
compreender as questões e os interesses em conflito, 
de modo que eles possam, pelo restabelecimento da 
comunicação, identificar, por si próprios, soluções 
consensuais que gerem benefícios mútuos. 
A audiência recebe esse nome de preliminar pois ela ocorre 
antes do réu oferecer contestação. Esse réu será citado, 
para tomar ciência da demanda e de seu conteúdo e 
também será intimado da data da audiência de mediação e 
conciliação, e ele deverá comparecer à essa audiência (caso 
ele concorde com a sua realização) antes mesmo de 
oferecer contestação. Se o réu se recusar a comparecer a 
essa audiência, o seu prazo para contestar começará a 
correr a partir do protocolo da petição oferecida por ele, 
onde ele diz que se recusa a comparecer à audiência. 
A audiência será preliminar, visto que realizada antes do 
oferecimento da defesa e deve ser realizada no centro 
judiciário de solução consensual de conflitos conhecidos 
como CEJUS (art. 165, CPC). 
É falado em audiência de conciliação OU mediação pois a lei 
abre duas possibilidades para as partes, podendo ser 
designada audiência de uma ou outra. Mas como saber se a 
audiência a ser designada é de mediação ou conciliação? 
• Conciliação: A sua principal característica é não haver 
nenhum vínculo anterior entre as partes, no caso de 
audiência de conciliação, o conciliador pode sugerir 
soluções para o litígio, o que ele não pode aplicar de 
nenhuma forma será algum tipo de constrangimento ou 
intimidação, no sentido de forçar um acordo. 
• Mediação: Já na mediação, deve haver algum vínculo 
anterior entre as partes, como por exemplo: entes 
pertencentes a uma mesma família, vizinhos por muito 
tempo, amigos etc...Se o conflito surgir de relações mais 
duradouras deve-se optar pela mediação. E ao contrário da 
conciliação, na mediação o mediador não tem a 
prerrogativa de sugerir soluções para o litígio, devendo o 
mediador apenas tentar esclarecer as questões do conflito 
para as partes e auxiliá-las a perceberem por si próprias o 
conflito que ali se estabeleceu e buscar elas próprias 
soluções para este litígio. Então, o papel do mediador aqui 
não é trazer soluções, nem sugerir propostas de acordos, 
mas sim conduzir as partes em uma solução amigável do 
conflito, mas no sentido de que elas próprias percebam o 
conflito e busquem a solução. 
Essa diferença entre a conciliação e a mediação se dá devido 
ao fato de que na conciliação, como as partes não tem 
nenhum contato anterior, não existe uma relação á ser 
reestabelecida, diferente do caso da mediação, onde as 
partes já carregam um vínculo anterior, o melhor que se 
pode fazer é buscar que as próprias partes encontrem a 
solução para o problema, já que elas deverão (na maioria 
doscasos) continuar a manter o relacionamento. 
Art. 334, § 7º A audiência de conciliação ou de 
mediação pode realizar-se por meio eletrônico, nos 
termos da lei. 
O art. 165 prevê que essa audiência deva ser realizada junto 
ao CEJUS, porém esse parágrafo abre a possibilidade de a 
audiência ser realizada por meio eletrônico, nos termos da 
lei que cria e estabelece o processo judicial eletrônico no 
ordenamento jurídico brasileiro, audiência essa que será 
realizada por meio de videoconferência. 
Preferencialmente essa audiência deve ser realizada pelo 
mediador ou pelo conciliador, que são pessoas distintas da 
figura do magistrado. O magistrado apenas 
excepcionalmente deve realizar a audiência de conciliação 
e mediação, pelo motivo de que, no momento da audiência, 
as partes devem se sentir à vontade para falar, para 
poderem se abrir acerca dos problemas que deram origem 
a aquele conflito. Também não é interessante que a 
audiência se realize na presença do juiz pelo devido fato de 
que se não se chegar a um acordo, o processo seguirá seu 
curso normal nas mãos do juiz, então as partes podem não 
falar abertamente por medo das consequências de certos 
fatos chegarem ao conhecimento do magistrado. 
Art. 334, § 2º Poderá haver mais de uma sessão 
destinada à conciliação e à mediação, não podendo 
exceder a 2 (dois) meses da data de realização da 
primeira sessão, desde que necessárias à composição 
das partes. 
A lei não limita um número de audiências a serem 
realizadas, podendo ser realizada mais que uma, desde que 
o conciliador ou mediador verifiquem que isso é necessário 
para que se chegue a uma solução amigável. Isso pode vir 
ocorrer devido ao fato de que na primeira sessão as partes 
agem de forma mais combativa, então será preciso que o 
conciliador ou mediador as mostre que a solução amigável 
daquele conflito é o melhor caminho a se seguir, tanto para 
solucionar o litígio, quanto para reestabelecer o vínculo 
entre as partes (no caso da mediação). Embora a lei não 
limite a quantidade de audiências, coloca que elas não 
devem ser realizadas com espaçamento de mais de dois 
meses entre a primeira sessão e a sessão seguinte, para que 
o contato inicial estabelecido entres as partes e com o 
mediador ou conciliador não se perca com o passar do 
tempo, o que pode ser um fator prejudicial a busca da 
solução de conflitos. 
Art. 334, § 12. A pauta das audiências de conciliação 
ou de mediação será organizada de modo a respeitar o 
intervalo mínimo de 20 (vinte) minutos entre o início de 
uma e o início da seguinte. 
A ideia desse dispositivo é dar aos conciliadores e 
mediadores tempo suficiente para trabalhar a melhor 
forma de solução consensual dos conflitos, também aborda 
a ideia de que as partes não tenham que ficar aguardando 
por muito tempo o término da audiência precedente para 
que a sua se inicie. 
A audiência deve ser conduzida por conciliador ou 
mediador, conforme o caso (art. 334, §1º, CPC), para que 
assim se dê a maior liberdade possível para que as partes 
expressem os seus pensamentos, sentimentos e os fatos 
que deram origem a aquele litígio. Se não houver 
conciliador ou mediador, excepcionalmente poderá ser 
conduzida pelo juiz. 
 
Não será designada audiência de conciliação ou 
mediação: 
1ª hipótese: 
Art. 334, § 4º A audiência não será realizada: 
I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, 
desinteresse na composição consensual; 
Como as partes manifestam esse desinteresse? 
• O autor, quando for redigir a sua petição inicial, seguindo 
o art. 319 (requisitos da petição inicial) deverá se 
manifestar acerca da sua vontade de que se realize essa 
audiência, se o autor ficar silente a respeito dessa sua 
vontade, tanto a lei quanto á doutrina entendem que o 
autor não se opõe à sua realização. Portanto, para que o 
autor se recuse a comparecer na audiência de conciliação 
ou mediação, ele deverá fazê-lo expressamente na petição 
inicial. 
• O réu por sua vez, deverá recusar a realização dessa 
audiência através de petição, que ele protocolizará nos 
autos do processo, a apresentando com 10 dias de 
antecedência da audiência. Se não houver o protocolo 
dessa petição, também significa que o réu anuiu com a 
realização da audiência. Se o réu se recusar a participar, 
então, a audiência sequer será designada e este deverá 
apresentar sua contestação no prazo normal de 15 dias da 
juntada aos autos do mandado de citação cumprido (ou 
outra forma de citação), que começará a correr do 
protocolo dessa petição de cancelamento da audiência. 
Art. 334, § 5º O autor deverá indicar, na petição inicial, 
seu desinteresse na autocomposição, e o réu deverá 
fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de 
antecedência, contados da data da audiência. 
Se o réu manifestar o desinteresse na solução por 
autocomposição, o prazo para a resposta começa a fluir da 
data do protocolo do pedido de cancelamento da 
audiência de conciliação e mediação apresentado pelo réu 
(art. 335, II, CPC). 
Art. 334, § 6º Havendo litisconsórcio, o desinteresse na 
realização da audiência deve ser manifestado por 
todos os litisconsortes. 
A autocomposição não pode ser imposta a um litisconsorte 
que não a deseja. Assim, se for litisconsórcio simples, não 
há problema que apenas um deles resolva o litígio 
consensualmente. Se o caso for de litisconsórcio unitário, 
há necessidade de que todos concordem com a 
autocomposição para que ela possa ser realizada. 
2ª hipótese: 
Art. 334, §4º A audiência não será realizada: 
II - quando não se admitir a autocomposição. 
É possível que o juiz esteja diante de um litígio que não 
admite a autocomposição, sabemos que essas hipóteses 
são excepcionais, visto que regra geral, os direitos admitem 
a autocomposição. 
Importante ressaltar que se o direito for indisponível não 
significa necessariamente que este não admite a 
autocomposição, visto que vários destes admitem que seja 
feita a transação, como por exemplo o direito a alimentos, 
que são direitos indisponíveis, mas é possível se chegar a 
um acordo quanto a fixação de uma pensão alimentícia, á 
exemplo, também no caso de direitos transindividuais a 
parte que está os agredindo poderá transacionar com o 
Ministério Público, sem encarar o processo (porém nesse 
caso o MP impõe suas condições), assinando a um termo de 
ajustamento de conduta, mais conhecido como TAC. 
Também importante ressaltar o caso da Fazenda Pública, 
que quando for parte em algum processo, só poderá 
transacionar em casos expressamente previstos em lei, 
visto que o procurador da fazenda pública está agindo de 
forma a defender o interesse público. 
Comparecer à audiência de conciliação ou 
mediação é um dever processual das partes: 
Art. 334, § 8º O não comparecimento injustificado do 
autor ou do réu à audiência de conciliação é 
considerado ato atentatório à dignidade da justiça e 
será sancionado com multa de até dois por cento da 
vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, 
revertida em favor da União ou do Estado. 
Tanto o autor quanto o réu têm a oportunidade de se 
manifestarem a respeito de não desejarem participar da 
audiência de mediação ou conciliação, o autor o fazendo 
através da petição inicial e o réu através de protocolo de 
petição nos autos do processo com 10 dias de antecedência 
da audiência. Se eles não o fizerem, estão se 
comprometendo a comparecer à audiência, e se 
injustificadamente eles não comparecerem irão responder 
por uma multa de até 2% do valor da vantagem econômica 
auferida naquela demanda ou, se a demanda não tiver 
cunho econômico imediato, até 2% do valor da causa, e essa 
multa será revertida em proveito da União ou do Estado, 
dependendo da natureza da demanda, sendo que as ações 
que correm perante a justiça estadual, a multa será 
revertida em favor do estado, e as que correm na justiça 
federal, em favor daUnião. 
Art. 334, § 9º As partes devem estar acompanhadas 
por seus advogados ou defensores públicos. 
Aqui se estabelece a regra de que as partes devem estar 
acompanhadas por advogados ou defensores públicos no 
momento dessa audiência, não dispensando a sua presença 
nesse ato. 
§ 10. A parte poderá constituir representante, por meio 
de procuração específica, com poderes para negociar e 
transigir. 
Quanto a própria parte, esta não terá a obrigação de 
comparecer fisicamente a audiência, podendo de fazer 
representada por alguém munido de procuração com 
poderes específicos para negociar e transigir, não 
estendendo esses poderes para que esse representante, 
por exemplo, ofereça defesa pelo réu, mas apenas negocie, 
não seguindo no processo em nome do seu representado. 
Qualquer parte pode fazer isso: pessoa natural, pessoa 
jurídica, condomínio, espólio etc...ou seja, não é só a pessoa 
jurídica que pode se fazer representada por um preposto, 
mas sim qualquer pessoa, pode ser representada, por isso 
mesmo que a lei não se utiliza da expressão preposto, mas 
sim representante. 
Qualquer pessoa capaz pode ser constituída como 
representante negocial, inclusive quem possui entre 16 e 18 
anos (art. 666, C.C.). 
Representante de pessoa jurídica ou firma individual não 
precisa ter com esses vínculos empregatícios (uso por 
analogia do art. 9º, §4º, Lei 9.099/95, que é a lei que cria os 
juizados especiais cíveis e criminais, no âmbito da justiça 
estadual). 
O representante só tem poderes para negociar e assinar o 
acordo. Ele não postula, não alega e nem depõe pela parte. 
Constituído representante, a parte não precisa comparecer 
pessoalmente à audiência preliminar. 
A autocomposição será homologada pelo juiz (em que pese 
o próprio juiz não tendo proferido decisão, mas sim as 
partes) e, tendo abrangido todo o objeto do litígio, o 
processo será extinto com resolução de mérito (art. 487, III, 
CPC). Porém nós sabemos que nem sempre o litígio acabará 
com o acordo, pois é possível que essa autocomposição não 
abranja todos os pedidos formulados pelo autor na inicial, 
então nesses casos haverá a autocomposição e a resolução 
de mérito em relação a aquele pedido em que foi feito o 
acordo, mas, não haverá a extinção do processo com 
resolução de mérito ainda, visto que a demanda prosseguirá 
por meio da heterocomposição para que sejam analisados 
os demais pedidos, o mesmo ocorre nos casos de 
litisconsórcio simples, onde apenas algum ou alguns dos 
litisconsortes firma o acordo, sendo que a demanda 
prossegue para os demais. 
Se não for alcançada a autocomposição, o prazo para a 
resposta do réu começa a correr da data da audiência (art. 
335, I, CPC). Se forem realizadas mais de uma audiência, o 
prazo começará a correr do fim da última delas. 
Para tanto, temos três diferentes possibilidades para o 
início da contagem do prazo de contestação: 
1. Se o autor expressamente se manifestar contrário 
a realização da audiência de conciliação ou de 
mediação, o réu será citado e terá o prazo de 15 
dias para contestar, a contar da juntada aos autos 
do mandado de citação, do AR de citação ou 
alguma outra hipótese do art. 231 do CPC, a 
depender de como foi feita a sua citação. 
2. Se o autor se manifestar favoravelmente a 
realização da audiência, o réu for citado para 
tomar ciência da demanda e intimado a 
comparecer nessa audiência, e então o réu 
protocolar nos 10 dias que antecedem a audiência 
a sua desistência de participação, o prazo de 15 
dias da contestação começará a correr da data do 
protocolo dessa petição. 
3. Se a audiência se realizar, e não se obtiver êxito em 
realizar a transação, o prazo para contestar 
começará a correr da data da realização da 
audiência (se for única) ou da última audiência (se 
ocorrerem mais de uma para a tentativa de 
conciliação). 
 
Questões Pertinentes: 
• O acordo de vontades que resulta de concessões mútuas 
permite um terceiro imparcial, que pode sugerir uma 
solução. 
Prazos envolvidos nas audiências de conciliação ou 
mediação: 
2 meses - entre a 1ª e a 2ª (se houver); 
30 dias - antecedência mínima para a designação; 
20 dias - antecedência mínima para a citação do réu; 
10 dias - antecedência mínima para o réu dizer que não 
quer; 
20 min - entre o início de uma e outra no mesmo dia. 
Resumão 
I) CONCILIADOR: Partes sem relação jurídica anterior 
II) MEDIADOR: Partes com relação jurídica anterior 
III) Marcada com antecedência mínima de 30 (Trinta) dias, 
devendo o réu ser citado com pelo menos 20 (Vinte) 
dias de antecedência; 
IV) Poderá haver mais de uma sessão, desde que 
entre uma e outra não se exceda o prazo de 2 (Dois) 
meses; 
V) AUTOR deve demonstrar, EXPRESSAMENTE, 
desinteresse na autocomposição na petição inicial. (O 
silêncio pressupõe anuência); 
VI) RÉU deve demonstrar desinteresse até 10 (Dez) dias 
antes da A.C.M (Nesse caso, pressupõe-se que o autor 
demonstrou interesse na autocomposição) 
VII) Se autor e réu não se manifestarem acerca da 
realização da A.C.M, esta será colocada em pauta. 
VIII) A ausência INJUSTIFICADA de qualquer das partes é 
considerada ATO ATENTATÓRIO À DIGNIDADE DA 
JUSTIÇA (Multa de até 2% da vantagem econômica 
pretendida ou do valor da causa). 
• É cabível a designação de audiência de conciliação em 
execução de título judicial. 
• Em razão do dever de sigilo, inerente às suas funções, o 
conciliador e o mediador, assim como os membros de suas 
equipes, não poderão divulgar ou depor acerca de fatos ou 
elementos oriundos da conciliação ou da mediação. 
• A confidencialidade estende-se a todas as informações 
produzidas no curso do procedimento, cujo teor não poderá 
ser utilizado para fim diverso daquele previsto por expressa 
deliberação das partes. 
• O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em 
que houver vínculo anterior entre as partes, auxiliará aos 
interessados a compreender as questões e os interesses em 
conflito, de modo que eles possam, pelo restabelecimento 
da comunicação, identificar, por si próprios, soluções 
consensuais que gerem benefícios mútuos. 
• CONCILIADOR - Poderá sugerir soluções para o litigio 
(sem vínculo anterior entre as partes). 
MEDIADOR - Auxiliará aos interessados a compreender as 
questões e os interesses em conflito, de modo que eles 
possam, por si próprios, identificar soluções consensuais. 
(Preferencialmente nos casos com vínculo anterior entre as 
partes). 
• A mediação tem o objetivo de favorecer o diálogo entre 
as partes em litígio, para viabilizar a solução do conflito. 
• O conciliador interfere diretamente no litígio e pode 
sugerir opções de solução para o conflito; o mediador 
facilita o diálogo entre as partes, para que elas mesmas 
proponham as soluções. 
• O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à 
audiência de conciliação é considerado como ato 
atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com 
multa. 
• Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação 
e à mediação, não podendo exceder a 2 (dois) meses da 
data de realização da primeira sessão, desde que 
necessárias à composição das partes. 
• A conciliação, a mediação e outros métodos de solução 
consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, 
advogados, defensores públicos e membros do Ministério 
Público, inclusive no curso do processo judicial. 
• O desinteresse do réu na realização da audiência deve ser 
materializado por meio de petição, apresentada com 10 
dias de antecedência, contados da data da audiência. 
• Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e 
não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz 
designará audiência de conciliação ou de mediação com 
antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado 
o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência. 
• O não comparecimento injustificado do autor ou réu à 
audiência de conciliaçãoé considerado ato atentatório à 
dignidade da justiça e ensejará a aplicação de multa, 
revertida em favor da União ou do Estado; 
• Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da 
audiência deve ser manifestado por todos os litisconsortes. 
• O Código de Processo Civil optou por tomar a atual 
audiência de mediação/conciliação uma regra, somente 
dispensando-a quando o direito em debate não admitir 
autocomposição ou se ambas as partes, expressamente, 
declinarem desinteresse na realização do ato. 
• Tem-se a partir desse novo modelo de solução consensual 
de conflitos o que se denomina de sistema multiportas, 
proposto pelo professor Frank Sander, da Faculdade de 
Direito de Harvard, em palestra proferida em 1976 (“Multi-
Door Courthouse System”), como forma de desafogar os 
Tribunais. 
• Por conta dessa diretriz de solução consensual de 
conflitos, o Código de Processo Civil trouxe para o processo 
verdadeira fase processual de conciliação ou mediação, em 
que estabeleceu-se audiência própria e exclusiva para tal 
finalidade. 
• Da decisão que aplica multa pelo não comparecimento à 
audiência de conciliação é possível recorrer por meio de 
preliminar de apelação ou de contrarrazões à apelação, 
após a prolação da sentença. 
• A conciliação, a mediação e outros métodos de solução 
consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, 
advogados, defensores públicos e membros do Ministério 
Público, inclusive no curso do processo judicial. 
• O Poder Público pode realizar a autocomposição, desde 
que haja autorização expressa em lei para tanto. 
• É possível realizar audiência de mediação e conciliação 
por meio eletrônico. 
• Como espécies de autocomposição, a transação, a 
renúncia e a submissão podem ocorrer durante o processo 
judicial, hipótese em que o juiz homologará por sentença de 
mérito a autocomposição, com formação de coisa julgada 
material. 
• Prescreve o Código de Processo Civil que, no caso de 
litisconsórcio passivo, se todos os réus se opuserem à 
realização da audiência de conciliação ou de mediação, o 
termo inicial para contestação será autônomo para cada um 
dos litisconsortes, que terá como termo inicial a data de 
apresentação de seu respectivo pedido de cancelamento de 
audiência. 
• A mediação e a conciliação serão regidas conforme a livre 
autonomia dos interessados, inclusive no que diz respeito à 
definição das regras procedimentais. 
• A conciliação e a mediação são informadas pelos 
princípios da independência, da imparcialidade, da 
autonomia da vontade, da confidencialidade, da oralidade, 
da informalidade e da decisão informada. 
• No processo civil, se NÃO tiver interesse na realização da 
audiência de conciliação ou mediação, o autor deverá 
manifestar seu interesse: Na petição inicial. 
• Incumbe ao juiz promover, a qualquer tempo, a 
autocomposição, preferencialmente com auxílio de 
conciliadores e mediadores judiciais. 
• A audiência não será realizada: se ambas as partes 
manifestarem, expressamente, desinteresse na composição 
consensual. Se uma aceitar e a outra calar, será realizada. 
• Caso concreto → Maria Eduarda ingressou com ação 
judicial em face de Alfredo. Em sua exordial, apontou o 
desinteresse de comparecer à audiência de conciliação. 
Contudo, o magistrado determinou a realização da 
audiência e a citação do réu para comparecimento. No dia 
da audiência, apenas o réu compareceu e a autora da ação 
não justificou ausência. Com base na situação narrada, 
assinale a alternativa correta → O magistrado aplicará 
multa contra Maria Eduarda, pois a audiência de conciliação 
somente não se realizaria se o réu tivesse manifestado 
desinteresse. 
• Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação 
e à mediação, não podendo exceder a 2 (dois) meses da 
data de realização da primeira sessão, desde que 
necessárias à composição das partes. 
• O conciliador atuará preferencialmente nos casos em que 
não houver vínculo anterior entre as partes e pode sugerir 
soluções para o litígio, sendo vedada a utilização de 
qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para que 
as partes conciliem. 
• Situação fática → Em uma demanda judicial contra 
Armando, a autora Albertina, ao ser intimada da audiência 
de conciliação, informa ao seu advogado que se recusa a 
comparecer na audiência, uma vez que não há da parte dela 
nenhuma possibilidade de acordo. Entretanto, seu 
advogado recomenda que não proceda desta forma. Acerca 
da audiência de conciliação, com base no Novo Código de 
Processo Civil, pode-se afirmar: O não comparecimento de 
Albertina é considerado ato atentatório à dignidade da 
justiça. 
• A mediação da forma como é regulamentada pelo Código 
de Processo Civil não é a técnica adequada para a solução 
de um conflito entre pessoas que não mantinham vínculo 
anterior. 
• A parte poderá constituir representante, por meio de 
procuração específica, com poderes para negociar e 
transigir. 
• Situação fática → Distribuída a ação, Antônia (autora) é 
intimada para a audiência de conciliação na pessoa de seu 
advogado. Explicado o objetivo desse ato pelo advogado, 
Antônia informa que se recusa a participar da audiência, 
porque não tem qualquer possibilidade de conciliação com 
Romero (réu). 
Sobre a audiência de conciliação ou de mediação, com base 
no Código de Processo Civil, assinale a 
alternativa CORRETA: Antônia deve ser informada que o 
seu não comparecimento é considerado ato atentatório à 
dignidade da justiça, sob pena de multa. 
• Não comparecendo quem representa a Fazenda Pública 
em juízo à sessão de conciliação ou à audiência de instrução 
e julgamento, mesmo com contestação já protocolizada, 
deve o juiz analisar a contestação quanto aos temas 
controvertidos e não preclusos, colaborando para o seu 
convencimento. 
• Situação fática → Rogério ajuizou ação de obrigação de 
fazer e reparação por danos morais em face de João e 
Antônio, na 1ª Vara Cível da Comarca X. Rogério informou 
na sua petição inicial que não possuía interesse na 
realização da audiência de conciliação, prevista no Código 
de Processo Civil. O juiz, seguindo a ritualística processual, 
designou a audiência de conciliação e determinou a citação 
de João e Antônio. Os réus foram devidamente citados, 
sendo que João se manifestou, com 5(cinco) dias de 
antecedência, pela não realização da audiência de 
conciliação, e Antônio não se manifestou. No dia da 
audiência de conciliação, somente o autor compareceu à 
audiência. Considerando o exposto, assinale a 
alternativa CORRETA: O juiz deverá aplicar uma multa de 
até dois por cento do valor da causa aos réus João e 
Antônio, na forma da legislação processual, tendo em vista 
que a conduta dos réus é considerada como um ato 
atentatório à dignidade da justiça. 
• Situação fática → X, após solicitar, de forma insistente, 
que seu vizinho Y não deixasse seu cachorro solto nas áreas 
comuns do condomínio e não ser atendido, resolve mover 
ação judicial para ter seu pleito atendido. Na sala de 
mediação, em busca de alcançar um acordo com rapidez, o 
mediador R, pretendendo exercer uma postura 
colaborativa, utiliza técnicas de negociação, define em 
conjunto com as partes as regras procedimentais da 
audiência, sugere soluções para o litígio e estimula a 
cooperação entre todos. Considerando-se o caso descrito e 
o Código de Processo Civil em vigor, o(a) mediador deve 
auxiliar na compreensão das questões em conflito, mas a 
sugestão para a solução do litígio cabe ao conciliador. 
• As audiências de conciliação ou mediação, inclusive dos 
juizados especiais, poderão ser realizadas por 
videoconferência, áudio, sistemas de troca de mensagens, 
conversa online, conversa escrita, eletrônica, telefônica e 
telemática ou outros mecanismos que estejam à disposição 
dos profissionais da autocomposição para estabelecer a 
comunicação entre as partes." (Enunciado25 da I Jornada 
de Direito Processual Civil, do CJF). 
• As diferenças entre as espécies autocompositivas 
(conciliação e mediação) decorrem da diferença do papel do 
conciliador e do mediador, e da inexistência ou existência 
de relação prévia entre as partes envolvidas no litígio. 
• Situação fática → A Empresa ABC Telefonia S.A. ajuizou 
uma ação de cobrança em face de Álvaro, em razão da 
existência de faturas em atraso. Preenchidos os requisitos 
essenciais da petição inicial, e não sendo o caso de 
improcedência liminar do pedido, o juiz designou audiência 
de mediação, com antecedência de 40 (quarenta) dias, 
citando-se então o réu com 20 (vinte) dias de antecedência. 
Diante dessa situação hipotética, e de acordo com o CPC, é 
correto afirmar que: não houve erro no procedimento 
adotado, já que poderá haver mais de uma sessão destinada 
à mediação, não podendo exceder a 2 (dois) meses da data 
de realização da primeira sessão. 
• Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e 
não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz 
designará audiência de conciliação ou de mediação com 
antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado 
o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência. 
Nesse condão, a audiência de conciliação ou mediação é 
forma de composição consensual que, inclusive, pode ser 
levada a cabo por meio eletrônico, nos termos da lei. 
• O autor de uma ação deixou de comparecer à audiência 
de tentativa de conciliação, razão pela qual o juiz impôs-lhe 
multa. Diante desta decisão, não há previsão expressa de 
recurso imediato, mas não haverá preclusão 
imediatamente, de modo que a questão poderá ser 
suscitada em preliminar de apelação contra a decisão final, 
ou nas contrarrazões. 
• A pauta das audiências de conciliação ou de mediação 
será organizada de modo a respeitar o intervalo mínimo de 
20 (vinte) minutos entre o início de uma e o início da 
seguinte. 
• A Mediação é uma forma de solução de conflitos na qual 
uma terceira pessoa, neutra e imparcial, facilita o diálogo 
entre as partes, para que elas construam, com autonomia e 
solidariedade, a melhor solução para o problema. 
• As partes podem escolher, de comum acordo, o 
conciliador ou o mediador, ainda que este não esteja 
cadastrado no tribunal onde tramita o processo. 
• O novo Código de Processo Civil prevê a designação de 
audiências de conciliação ou de mediação que podem 
deixar de ser designadas pelo magistrado quando as partes 
manifestarem, expressamente, desinteresse na composição 
consensual. 
• O conciliador e o mediador, assim como os membros de 
suas equipes, não poderão depor acerca de fatos ou 
elementos oriundos da conciliação ou da mediação. 
• A audiência de conciliação ou mediação não será realizada 
somente se ambas as partes expressamente manifestarem 
o desinteresse ou quando a causa não admitir 
autocomposição. 
• Iniciada a audiência de instrução e julgamento, o juiz 
tentará conciliar as partes, independentemente do 
emprego anterior de outros métodos de solução consensual 
de conflitos, como a mediação e a arbitragem.

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