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Não sendo o caso de indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar do pedido, o juiz determinará a citação do réu e designará audiência de conciliação ou mediação. Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência. O réu deve ser citado com no mínimo 20 dias de antecedência em relação à data da audiência e deve ser intimado a nela comparecer, acompanhado de advogado ou defensor público, com menção do dia, hora e lugar. Então, uma vez citado, o réu será intimado a comparecer na audiência de mediação ou conciliação, esta que deve ser designada com uma antecedência mínima de 30 dias, e 20 dias antes dela ocorrer o réu já deve ter sido citado e intimado a ela comparecer, devendo então junto da citação, que serve para o réu tomar ciência da demanda, haver essa intimação informando o dia, hora e local dessa audiência. Art. 154. Incumbe ao oficial de justiça: VI - certificar, em mandado, proposta de auto composição apresentada por qualquer das partes, na ocasião de realização de ato de comunicação que lhe couber. Parágrafo único. Certificada a proposta de auto composição prevista no inciso VI, o juiz ordenará a intimação da parte contrária para manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, sem prejuízo do andamento regular do processo, entendendo-se o silêncio como recusa. É o oficial de justiça que vai cumprir o mandado de citação do réu, no momento em que o réu for citado e for cientificado da existência da demanda e do seu conteúdo, ele também será intimado para comparecer na audiência de mediação ou conciliação, uma vez que o réu é citado e intimado a comparecer nessa audiência, poderá ocorrer do réu oferecer a proposta de autocomposição (acordo ou transação), se o réu mencionar uma proposta de autocomposicção o art. 154, VI diz que o oficial de justiça deve, na realização do ato de citação e intimação, registrar um possível proposta de autocomposição que vier a aparecer, então vejamos, o réu será citado e intimado dessa audiência, assim como o autor também será intimado da data, local e horário da audiência, quando o oficial de justiça for cumprir esses mandados e verificar que haja qualquer possibilidade de acordo ou de transição feitas tanto pelo réu como pelo autor, o oficial de justiça deve certificar o fato, para que assim, o juiz tome ciência de que o autor ou o réu tem proposta de conciliação. O parágrafo único do art. 154 diz que o juiz deverá intimar a parte contrária a se manifestar no prazo de 5 dias, ou seja, o juiz irá intimar a parte contrária, e vai dar a ela ciência de que a outra parte apresentou proposta de conciliação ao oficial de justiça, o que foi devidamente certificado por ele no momento de cumprir o mandado, e aí a parte terá cinco dias para se manifestar, dizendo se concorda ou não concorda com aquele acordo. Se a parte concordar com o acordo, isso vai ser levado a juízo para que o juiz verifique de fato a possibilidade da transação e se for o caso, homologue a auto composição, para que ela possa produzir os seus efeitos jurídicos e os seus efeitos legais, a possibilidade de homologação da autocomposição está prevista no art. 487, III, que diz que haverá resolução de mérito quando o juiz homologar a autocomposição. Agora, a parte contrária também poderá recusar o acordo proposto pela outra parte através do oficial de justiça ou também permanecer em silêncio nesse prazo de 5 dias em que ela foi intimada para tomar ciência dessa proposta de acordo apresentada pela outra parte, a lei diz (art. 154, p. único) que o silencio interpreta-se como recusa da proposta de acordo. Então, se uma vez intimada a parte contrária, (que pode ser tanto o autor quanto o réu a depender de quem fez a proposta de acordo), para que no prazo de cinco dias da intimação sobre a autocomposição se manifeste, se nesse prazo ela permanecer em silêncio, entende-se que houve recusa do acordo, ou seja, naquele primeiro momento, não haverá a conciliação. Art. 334, § 3º A intimação do autor para a audiência será feita na pessoa de seu advogado. Quando o autor distribui a sua petição inicial ele já possui advogado constituído nos autos, visto que regra geral a capacidade postulatória pertence ao advogado no procedimento comum (com algumas exceções nos juizados especiais), então, para ser intimado acerca da audiência de conciliação ou mediação, o seu advogado servirá como meio para tal. Tipo de técnica a ser aplicada: Art. 165, § 2º O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos em que não houver vínculo anterior entre as partes, poderá sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a utilização de qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para que as partes conciliem. Art. 165, § 3º O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em que houver vínculo anterior entre as partes, auxiliará aos interessados a compreender as questões e os interesses em conflito, de modo que eles possam, pelo restabelecimento da comunicação, identificar, por si próprios, soluções consensuais que gerem benefícios mútuos. A audiência recebe esse nome de preliminar pois ela ocorre antes do réu oferecer contestação. Esse réu será citado, para tomar ciência da demanda e de seu conteúdo e também será intimado da data da audiência de mediação e conciliação, e ele deverá comparecer à essa audiência (caso ele concorde com a sua realização) antes mesmo de oferecer contestação. Se o réu se recusar a comparecer a essa audiência, o seu prazo para contestar começará a correr a partir do protocolo da petição oferecida por ele, onde ele diz que se recusa a comparecer à audiência. A audiência será preliminar, visto que realizada antes do oferecimento da defesa e deve ser realizada no centro judiciário de solução consensual de conflitos conhecidos como CEJUS (art. 165, CPC). É falado em audiência de conciliação OU mediação pois a lei abre duas possibilidades para as partes, podendo ser designada audiência de uma ou outra. Mas como saber se a audiência a ser designada é de mediação ou conciliação? • Conciliação: A sua principal característica é não haver nenhum vínculo anterior entre as partes, no caso de audiência de conciliação, o conciliador pode sugerir soluções para o litígio, o que ele não pode aplicar de nenhuma forma será algum tipo de constrangimento ou intimidação, no sentido de forçar um acordo. • Mediação: Já na mediação, deve haver algum vínculo anterior entre as partes, como por exemplo: entes pertencentes a uma mesma família, vizinhos por muito tempo, amigos etc...Se o conflito surgir de relações mais duradouras deve-se optar pela mediação. E ao contrário da conciliação, na mediação o mediador não tem a prerrogativa de sugerir soluções para o litígio, devendo o mediador apenas tentar esclarecer as questões do conflito para as partes e auxiliá-las a perceberem por si próprias o conflito que ali se estabeleceu e buscar elas próprias soluções para este litígio. Então, o papel do mediador aqui não é trazer soluções, nem sugerir propostas de acordos, mas sim conduzir as partes em uma solução amigável do conflito, mas no sentido de que elas próprias percebam o conflito e busquem a solução. Essa diferença entre a conciliação e a mediação se dá devido ao fato de que na conciliação, como as partes não tem nenhum contato anterior, não existe uma relação á ser reestabelecida, diferente do caso da mediação, onde as partes já carregam um vínculo anterior, o melhor que se pode fazer é buscar que as próprias partes encontrem a solução para o problema, já que elas deverão (na maioria doscasos) continuar a manter o relacionamento. Art. 334, § 7º A audiência de conciliação ou de mediação pode realizar-se por meio eletrônico, nos termos da lei. O art. 165 prevê que essa audiência deva ser realizada junto ao CEJUS, porém esse parágrafo abre a possibilidade de a audiência ser realizada por meio eletrônico, nos termos da lei que cria e estabelece o processo judicial eletrônico no ordenamento jurídico brasileiro, audiência essa que será realizada por meio de videoconferência. Preferencialmente essa audiência deve ser realizada pelo mediador ou pelo conciliador, que são pessoas distintas da figura do magistrado. O magistrado apenas excepcionalmente deve realizar a audiência de conciliação e mediação, pelo motivo de que, no momento da audiência, as partes devem se sentir à vontade para falar, para poderem se abrir acerca dos problemas que deram origem a aquele conflito. Também não é interessante que a audiência se realize na presença do juiz pelo devido fato de que se não se chegar a um acordo, o processo seguirá seu curso normal nas mãos do juiz, então as partes podem não falar abertamente por medo das consequências de certos fatos chegarem ao conhecimento do magistrado. Art. 334, § 2º Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não podendo exceder a 2 (dois) meses da data de realização da primeira sessão, desde que necessárias à composição das partes. A lei não limita um número de audiências a serem realizadas, podendo ser realizada mais que uma, desde que o conciliador ou mediador verifiquem que isso é necessário para que se chegue a uma solução amigável. Isso pode vir ocorrer devido ao fato de que na primeira sessão as partes agem de forma mais combativa, então será preciso que o conciliador ou mediador as mostre que a solução amigável daquele conflito é o melhor caminho a se seguir, tanto para solucionar o litígio, quanto para reestabelecer o vínculo entre as partes (no caso da mediação). Embora a lei não limite a quantidade de audiências, coloca que elas não devem ser realizadas com espaçamento de mais de dois meses entre a primeira sessão e a sessão seguinte, para que o contato inicial estabelecido entres as partes e com o mediador ou conciliador não se perca com o passar do tempo, o que pode ser um fator prejudicial a busca da solução de conflitos. Art. 334, § 12. A pauta das audiências de conciliação ou de mediação será organizada de modo a respeitar o intervalo mínimo de 20 (vinte) minutos entre o início de uma e o início da seguinte. A ideia desse dispositivo é dar aos conciliadores e mediadores tempo suficiente para trabalhar a melhor forma de solução consensual dos conflitos, também aborda a ideia de que as partes não tenham que ficar aguardando por muito tempo o término da audiência precedente para que a sua se inicie. A audiência deve ser conduzida por conciliador ou mediador, conforme o caso (art. 334, §1º, CPC), para que assim se dê a maior liberdade possível para que as partes expressem os seus pensamentos, sentimentos e os fatos que deram origem a aquele litígio. Se não houver conciliador ou mediador, excepcionalmente poderá ser conduzida pelo juiz. Não será designada audiência de conciliação ou mediação: 1ª hipótese: Art. 334, § 4º A audiência não será realizada: I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual; Como as partes manifestam esse desinteresse? • O autor, quando for redigir a sua petição inicial, seguindo o art. 319 (requisitos da petição inicial) deverá se manifestar acerca da sua vontade de que se realize essa audiência, se o autor ficar silente a respeito dessa sua vontade, tanto a lei quanto á doutrina entendem que o autor não se opõe à sua realização. Portanto, para que o autor se recuse a comparecer na audiência de conciliação ou mediação, ele deverá fazê-lo expressamente na petição inicial. • O réu por sua vez, deverá recusar a realização dessa audiência através de petição, que ele protocolizará nos autos do processo, a apresentando com 10 dias de antecedência da audiência. Se não houver o protocolo dessa petição, também significa que o réu anuiu com a realização da audiência. Se o réu se recusar a participar, então, a audiência sequer será designada e este deverá apresentar sua contestação no prazo normal de 15 dias da juntada aos autos do mandado de citação cumprido (ou outra forma de citação), que começará a correr do protocolo dessa petição de cancelamento da audiência. Art. 334, § 5º O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência. Se o réu manifestar o desinteresse na solução por autocomposição, o prazo para a resposta começa a fluir da data do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação e mediação apresentado pelo réu (art. 335, II, CPC). Art. 334, § 6º Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da audiência deve ser manifestado por todos os litisconsortes. A autocomposição não pode ser imposta a um litisconsorte que não a deseja. Assim, se for litisconsórcio simples, não há problema que apenas um deles resolva o litígio consensualmente. Se o caso for de litisconsórcio unitário, há necessidade de que todos concordem com a autocomposição para que ela possa ser realizada. 2ª hipótese: Art. 334, §4º A audiência não será realizada: II - quando não se admitir a autocomposição. É possível que o juiz esteja diante de um litígio que não admite a autocomposição, sabemos que essas hipóteses são excepcionais, visto que regra geral, os direitos admitem a autocomposição. Importante ressaltar que se o direito for indisponível não significa necessariamente que este não admite a autocomposição, visto que vários destes admitem que seja feita a transação, como por exemplo o direito a alimentos, que são direitos indisponíveis, mas é possível se chegar a um acordo quanto a fixação de uma pensão alimentícia, á exemplo, também no caso de direitos transindividuais a parte que está os agredindo poderá transacionar com o Ministério Público, sem encarar o processo (porém nesse caso o MP impõe suas condições), assinando a um termo de ajustamento de conduta, mais conhecido como TAC. Também importante ressaltar o caso da Fazenda Pública, que quando for parte em algum processo, só poderá transacionar em casos expressamente previstos em lei, visto que o procurador da fazenda pública está agindo de forma a defender o interesse público. Comparecer à audiência de conciliação ou mediação é um dever processual das partes: Art. 334, § 8º O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado. Tanto o autor quanto o réu têm a oportunidade de se manifestarem a respeito de não desejarem participar da audiência de mediação ou conciliação, o autor o fazendo através da petição inicial e o réu através de protocolo de petição nos autos do processo com 10 dias de antecedência da audiência. Se eles não o fizerem, estão se comprometendo a comparecer à audiência, e se injustificadamente eles não comparecerem irão responder por uma multa de até 2% do valor da vantagem econômica auferida naquela demanda ou, se a demanda não tiver cunho econômico imediato, até 2% do valor da causa, e essa multa será revertida em proveito da União ou do Estado, dependendo da natureza da demanda, sendo que as ações que correm perante a justiça estadual, a multa será revertida em favor do estado, e as que correm na justiça federal, em favor daUnião. Art. 334, § 9º As partes devem estar acompanhadas por seus advogados ou defensores públicos. Aqui se estabelece a regra de que as partes devem estar acompanhadas por advogados ou defensores públicos no momento dessa audiência, não dispensando a sua presença nesse ato. § 10. A parte poderá constituir representante, por meio de procuração específica, com poderes para negociar e transigir. Quanto a própria parte, esta não terá a obrigação de comparecer fisicamente a audiência, podendo de fazer representada por alguém munido de procuração com poderes específicos para negociar e transigir, não estendendo esses poderes para que esse representante, por exemplo, ofereça defesa pelo réu, mas apenas negocie, não seguindo no processo em nome do seu representado. Qualquer parte pode fazer isso: pessoa natural, pessoa jurídica, condomínio, espólio etc...ou seja, não é só a pessoa jurídica que pode se fazer representada por um preposto, mas sim qualquer pessoa, pode ser representada, por isso mesmo que a lei não se utiliza da expressão preposto, mas sim representante. Qualquer pessoa capaz pode ser constituída como representante negocial, inclusive quem possui entre 16 e 18 anos (art. 666, C.C.). Representante de pessoa jurídica ou firma individual não precisa ter com esses vínculos empregatícios (uso por analogia do art. 9º, §4º, Lei 9.099/95, que é a lei que cria os juizados especiais cíveis e criminais, no âmbito da justiça estadual). O representante só tem poderes para negociar e assinar o acordo. Ele não postula, não alega e nem depõe pela parte. Constituído representante, a parte não precisa comparecer pessoalmente à audiência preliminar. A autocomposição será homologada pelo juiz (em que pese o próprio juiz não tendo proferido decisão, mas sim as partes) e, tendo abrangido todo o objeto do litígio, o processo será extinto com resolução de mérito (art. 487, III, CPC). Porém nós sabemos que nem sempre o litígio acabará com o acordo, pois é possível que essa autocomposição não abranja todos os pedidos formulados pelo autor na inicial, então nesses casos haverá a autocomposição e a resolução de mérito em relação a aquele pedido em que foi feito o acordo, mas, não haverá a extinção do processo com resolução de mérito ainda, visto que a demanda prosseguirá por meio da heterocomposição para que sejam analisados os demais pedidos, o mesmo ocorre nos casos de litisconsórcio simples, onde apenas algum ou alguns dos litisconsortes firma o acordo, sendo que a demanda prossegue para os demais. Se não for alcançada a autocomposição, o prazo para a resposta do réu começa a correr da data da audiência (art. 335, I, CPC). Se forem realizadas mais de uma audiência, o prazo começará a correr do fim da última delas. Para tanto, temos três diferentes possibilidades para o início da contagem do prazo de contestação: 1. Se o autor expressamente se manifestar contrário a realização da audiência de conciliação ou de mediação, o réu será citado e terá o prazo de 15 dias para contestar, a contar da juntada aos autos do mandado de citação, do AR de citação ou alguma outra hipótese do art. 231 do CPC, a depender de como foi feita a sua citação. 2. Se o autor se manifestar favoravelmente a realização da audiência, o réu for citado para tomar ciência da demanda e intimado a comparecer nessa audiência, e então o réu protocolar nos 10 dias que antecedem a audiência a sua desistência de participação, o prazo de 15 dias da contestação começará a correr da data do protocolo dessa petição. 3. Se a audiência se realizar, e não se obtiver êxito em realizar a transação, o prazo para contestar começará a correr da data da realização da audiência (se for única) ou da última audiência (se ocorrerem mais de uma para a tentativa de conciliação). Questões Pertinentes: • O acordo de vontades que resulta de concessões mútuas permite um terceiro imparcial, que pode sugerir uma solução. Prazos envolvidos nas audiências de conciliação ou mediação: 2 meses - entre a 1ª e a 2ª (se houver); 30 dias - antecedência mínima para a designação; 20 dias - antecedência mínima para a citação do réu; 10 dias - antecedência mínima para o réu dizer que não quer; 20 min - entre o início de uma e outra no mesmo dia. Resumão I) CONCILIADOR: Partes sem relação jurídica anterior II) MEDIADOR: Partes com relação jurídica anterior III) Marcada com antecedência mínima de 30 (Trinta) dias, devendo o réu ser citado com pelo menos 20 (Vinte) dias de antecedência; IV) Poderá haver mais de uma sessão, desde que entre uma e outra não se exceda o prazo de 2 (Dois) meses; V) AUTOR deve demonstrar, EXPRESSAMENTE, desinteresse na autocomposição na petição inicial. (O silêncio pressupõe anuência); VI) RÉU deve demonstrar desinteresse até 10 (Dez) dias antes da A.C.M (Nesse caso, pressupõe-se que o autor demonstrou interesse na autocomposição) VII) Se autor e réu não se manifestarem acerca da realização da A.C.M, esta será colocada em pauta. VIII) A ausência INJUSTIFICADA de qualquer das partes é considerada ATO ATENTATÓRIO À DIGNIDADE DA JUSTIÇA (Multa de até 2% da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa). • É cabível a designação de audiência de conciliação em execução de título judicial. • Em razão do dever de sigilo, inerente às suas funções, o conciliador e o mediador, assim como os membros de suas equipes, não poderão divulgar ou depor acerca de fatos ou elementos oriundos da conciliação ou da mediação. • A confidencialidade estende-se a todas as informações produzidas no curso do procedimento, cujo teor não poderá ser utilizado para fim diverso daquele previsto por expressa deliberação das partes. • O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em que houver vínculo anterior entre as partes, auxiliará aos interessados a compreender as questões e os interesses em conflito, de modo que eles possam, pelo restabelecimento da comunicação, identificar, por si próprios, soluções consensuais que gerem benefícios mútuos. • CONCILIADOR - Poderá sugerir soluções para o litigio (sem vínculo anterior entre as partes). MEDIADOR - Auxiliará aos interessados a compreender as questões e os interesses em conflito, de modo que eles possam, por si próprios, identificar soluções consensuais. (Preferencialmente nos casos com vínculo anterior entre as partes). • A mediação tem o objetivo de favorecer o diálogo entre as partes em litígio, para viabilizar a solução do conflito. • O conciliador interfere diretamente no litígio e pode sugerir opções de solução para o conflito; o mediador facilita o diálogo entre as partes, para que elas mesmas proponham as soluções. • O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado como ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa. • Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não podendo exceder a 2 (dois) meses da data de realização da primeira sessão, desde que necessárias à composição das partes. • A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial. • O desinteresse do réu na realização da audiência deve ser materializado por meio de petição, apresentada com 10 dias de antecedência, contados da data da audiência. • Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência. • O não comparecimento injustificado do autor ou réu à audiência de conciliaçãoé considerado ato atentatório à dignidade da justiça e ensejará a aplicação de multa, revertida em favor da União ou do Estado; • Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da audiência deve ser manifestado por todos os litisconsortes. • O Código de Processo Civil optou por tomar a atual audiência de mediação/conciliação uma regra, somente dispensando-a quando o direito em debate não admitir autocomposição ou se ambas as partes, expressamente, declinarem desinteresse na realização do ato. • Tem-se a partir desse novo modelo de solução consensual de conflitos o que se denomina de sistema multiportas, proposto pelo professor Frank Sander, da Faculdade de Direito de Harvard, em palestra proferida em 1976 (“Multi- Door Courthouse System”), como forma de desafogar os Tribunais. • Por conta dessa diretriz de solução consensual de conflitos, o Código de Processo Civil trouxe para o processo verdadeira fase processual de conciliação ou mediação, em que estabeleceu-se audiência própria e exclusiva para tal finalidade. • Da decisão que aplica multa pelo não comparecimento à audiência de conciliação é possível recorrer por meio de preliminar de apelação ou de contrarrazões à apelação, após a prolação da sentença. • A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial. • O Poder Público pode realizar a autocomposição, desde que haja autorização expressa em lei para tanto. • É possível realizar audiência de mediação e conciliação por meio eletrônico. • Como espécies de autocomposição, a transação, a renúncia e a submissão podem ocorrer durante o processo judicial, hipótese em que o juiz homologará por sentença de mérito a autocomposição, com formação de coisa julgada material. • Prescreve o Código de Processo Civil que, no caso de litisconsórcio passivo, se todos os réus se opuserem à realização da audiência de conciliação ou de mediação, o termo inicial para contestação será autônomo para cada um dos litisconsortes, que terá como termo inicial a data de apresentação de seu respectivo pedido de cancelamento de audiência. • A mediação e a conciliação serão regidas conforme a livre autonomia dos interessados, inclusive no que diz respeito à definição das regras procedimentais. • A conciliação e a mediação são informadas pelos princípios da independência, da imparcialidade, da autonomia da vontade, da confidencialidade, da oralidade, da informalidade e da decisão informada. • No processo civil, se NÃO tiver interesse na realização da audiência de conciliação ou mediação, o autor deverá manifestar seu interesse: Na petição inicial. • Incumbe ao juiz promover, a qualquer tempo, a autocomposição, preferencialmente com auxílio de conciliadores e mediadores judiciais. • A audiência não será realizada: se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual. Se uma aceitar e a outra calar, será realizada. • Caso concreto → Maria Eduarda ingressou com ação judicial em face de Alfredo. Em sua exordial, apontou o desinteresse de comparecer à audiência de conciliação. Contudo, o magistrado determinou a realização da audiência e a citação do réu para comparecimento. No dia da audiência, apenas o réu compareceu e a autora da ação não justificou ausência. Com base na situação narrada, assinale a alternativa correta → O magistrado aplicará multa contra Maria Eduarda, pois a audiência de conciliação somente não se realizaria se o réu tivesse manifestado desinteresse. • Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não podendo exceder a 2 (dois) meses da data de realização da primeira sessão, desde que necessárias à composição das partes. • O conciliador atuará preferencialmente nos casos em que não houver vínculo anterior entre as partes e pode sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a utilização de qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para que as partes conciliem. • Situação fática → Em uma demanda judicial contra Armando, a autora Albertina, ao ser intimada da audiência de conciliação, informa ao seu advogado que se recusa a comparecer na audiência, uma vez que não há da parte dela nenhuma possibilidade de acordo. Entretanto, seu advogado recomenda que não proceda desta forma. Acerca da audiência de conciliação, com base no Novo Código de Processo Civil, pode-se afirmar: O não comparecimento de Albertina é considerado ato atentatório à dignidade da justiça. • A mediação da forma como é regulamentada pelo Código de Processo Civil não é a técnica adequada para a solução de um conflito entre pessoas que não mantinham vínculo anterior. • A parte poderá constituir representante, por meio de procuração específica, com poderes para negociar e transigir. • Situação fática → Distribuída a ação, Antônia (autora) é intimada para a audiência de conciliação na pessoa de seu advogado. Explicado o objetivo desse ato pelo advogado, Antônia informa que se recusa a participar da audiência, porque não tem qualquer possibilidade de conciliação com Romero (réu). Sobre a audiência de conciliação ou de mediação, com base no Código de Processo Civil, assinale a alternativa CORRETA: Antônia deve ser informada que o seu não comparecimento é considerado ato atentatório à dignidade da justiça, sob pena de multa. • Não comparecendo quem representa a Fazenda Pública em juízo à sessão de conciliação ou à audiência de instrução e julgamento, mesmo com contestação já protocolizada, deve o juiz analisar a contestação quanto aos temas controvertidos e não preclusos, colaborando para o seu convencimento. • Situação fática → Rogério ajuizou ação de obrigação de fazer e reparação por danos morais em face de João e Antônio, na 1ª Vara Cível da Comarca X. Rogério informou na sua petição inicial que não possuía interesse na realização da audiência de conciliação, prevista no Código de Processo Civil. O juiz, seguindo a ritualística processual, designou a audiência de conciliação e determinou a citação de João e Antônio. Os réus foram devidamente citados, sendo que João se manifestou, com 5(cinco) dias de antecedência, pela não realização da audiência de conciliação, e Antônio não se manifestou. No dia da audiência de conciliação, somente o autor compareceu à audiência. Considerando o exposto, assinale a alternativa CORRETA: O juiz deverá aplicar uma multa de até dois por cento do valor da causa aos réus João e Antônio, na forma da legislação processual, tendo em vista que a conduta dos réus é considerada como um ato atentatório à dignidade da justiça. • Situação fática → X, após solicitar, de forma insistente, que seu vizinho Y não deixasse seu cachorro solto nas áreas comuns do condomínio e não ser atendido, resolve mover ação judicial para ter seu pleito atendido. Na sala de mediação, em busca de alcançar um acordo com rapidez, o mediador R, pretendendo exercer uma postura colaborativa, utiliza técnicas de negociação, define em conjunto com as partes as regras procedimentais da audiência, sugere soluções para o litígio e estimula a cooperação entre todos. Considerando-se o caso descrito e o Código de Processo Civil em vigor, o(a) mediador deve auxiliar na compreensão das questões em conflito, mas a sugestão para a solução do litígio cabe ao conciliador. • As audiências de conciliação ou mediação, inclusive dos juizados especiais, poderão ser realizadas por videoconferência, áudio, sistemas de troca de mensagens, conversa online, conversa escrita, eletrônica, telefônica e telemática ou outros mecanismos que estejam à disposição dos profissionais da autocomposição para estabelecer a comunicação entre as partes." (Enunciado25 da I Jornada de Direito Processual Civil, do CJF). • As diferenças entre as espécies autocompositivas (conciliação e mediação) decorrem da diferença do papel do conciliador e do mediador, e da inexistência ou existência de relação prévia entre as partes envolvidas no litígio. • Situação fática → A Empresa ABC Telefonia S.A. ajuizou uma ação de cobrança em face de Álvaro, em razão da existência de faturas em atraso. Preenchidos os requisitos essenciais da petição inicial, e não sendo o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designou audiência de mediação, com antecedência de 40 (quarenta) dias, citando-se então o réu com 20 (vinte) dias de antecedência. Diante dessa situação hipotética, e de acordo com o CPC, é correto afirmar que: não houve erro no procedimento adotado, já que poderá haver mais de uma sessão destinada à mediação, não podendo exceder a 2 (dois) meses da data de realização da primeira sessão. • Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência. Nesse condão, a audiência de conciliação ou mediação é forma de composição consensual que, inclusive, pode ser levada a cabo por meio eletrônico, nos termos da lei. • O autor de uma ação deixou de comparecer à audiência de tentativa de conciliação, razão pela qual o juiz impôs-lhe multa. Diante desta decisão, não há previsão expressa de recurso imediato, mas não haverá preclusão imediatamente, de modo que a questão poderá ser suscitada em preliminar de apelação contra a decisão final, ou nas contrarrazões. • A pauta das audiências de conciliação ou de mediação será organizada de modo a respeitar o intervalo mínimo de 20 (vinte) minutos entre o início de uma e o início da seguinte. • A Mediação é uma forma de solução de conflitos na qual uma terceira pessoa, neutra e imparcial, facilita o diálogo entre as partes, para que elas construam, com autonomia e solidariedade, a melhor solução para o problema. • As partes podem escolher, de comum acordo, o conciliador ou o mediador, ainda que este não esteja cadastrado no tribunal onde tramita o processo. • O novo Código de Processo Civil prevê a designação de audiências de conciliação ou de mediação que podem deixar de ser designadas pelo magistrado quando as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual. • O conciliador e o mediador, assim como os membros de suas equipes, não poderão depor acerca de fatos ou elementos oriundos da conciliação ou da mediação. • A audiência de conciliação ou mediação não será realizada somente se ambas as partes expressamente manifestarem o desinteresse ou quando a causa não admitir autocomposição. • Iniciada a audiência de instrução e julgamento, o juiz tentará conciliar as partes, independentemente do emprego anterior de outros métodos de solução consensual de conflitos, como a mediação e a arbitragem.
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