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Processo Civil

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1. Do estudo do procedimento Comum
É uma sucessão de atos.
Os processos podem apresentar diferentes requisitos, como formas, prazos...
1.1 Processo e procedimento (Oskar von Büllow)
O procedimento é, portanto, a face externa e aparente do processo que consiste em uma sucessão de condutas/ atos destinados a solução da LIDE. A lei processual disciplina diversos procedimentos, isso é, diversos caminhos que podem ser utilizados para a solução da LIDE/ conflito.
1.2 Sujeitos da relação jurídica processual
Mesmo que o processo possua procedimentos diferentes, aparências diferentes, podemos identificar na essência de cada processo algo comum, uma relação jurídica processual (juiz, autor e réu).
Uma face externa ou aparente denominada de procedimento que consiste em uma sucessão de atos, condutas e comportamentos praticados no processo e que pode apresentar diferenças de um processo para outro. 
Já internamente encontra-se em qualquer processo uma consiste na existência de um vínculo entre o autor, estado juiz e réu.
1.3 Tipos de procedimento 
- Comum e especial
Procedimento Comum: sequência normal regular e abrangente de atos/ condutas que podem ser praticadas dentro de um processo destinadas a sua solução. É aquele que como regra é utilizada para soluções de conflitos.
Procedimento Especial: São estabelecidos em razão de alguma peculiaridade do direito material discutido no processo que reivindicam a algum ato diferente daqueles regularmente estabelecidos pelo procedimento comum.
- Jurisdição contenciosa e voluntaria 
Referem-se a uma atividade prestada pelo poder judiciário. 
Atividade Jurisdição Contenciosa: tipicamente desempenhada pelo poder judiciário, pois consiste propriamente na solução de lides/ conflitos. Na atividade jurisdicional contenciosa tem-se o procedimento comum e procedimento especial. Pode ser ordinário (CPC) e sumaríssimo (Lei 9099/95)
Atividade Jurisdicional Voluntaria: Não consiste propriamente na solução de conflitos e sim em uma atividade pública indispensável para a criação, modificação, ou extinção de uma relação jurídica. Normalmente essa atividade jurisdicional é descrita como uma administração publica de interesses privados. A atividade jurisdicional voluntária é uma atividade atípica, por essa razão sempre teremos um procedimento especial, nunca o comum.
- Tutelas de conhecimento execução e cautelar
Qualquer medida/ pedido de tutela judicial, solicitado e reivindicado pelo autor para a proteção do seu direito, será concretizado por meio dessas tutelas.
As três formas que o poder judiciário vai dar procedência ao seu pedido.
· Afirme (declare/ reconheça) o direito material (conhecimento)
· Satisfaça (concretize)o direito material (tutela executiva).
· Cautelar (garantir/ assegurar o resultado útil de outra tutela de conhecimento ou de execução).
Podem ocorrer por meio de procedimentos diferentes, porém no procedimento comum ordinário pode-se identificar esses três tipos de tutela no mesmo procedimento.
Fases do procedimento comum
Fase postulatória é a da petição inicial, onde se faz o pedido e se tem a resposta do pedido.
Fase saneadora é aquela onde tem a citação do réu e a contestação dele, podendo ter réplica.
Fase instrutória: Verifica-se a atividade de produção de provas em relação aos fatos contravertidos. Exemplo: Perícia, audiência etc. 
Fase decisória: Sentença e recursos até o trânsito em julgado.
Fase de cumprimento de sentença: Serão praticados atos executivos para a satisfação da decisão judicial. A parte deve pagar, fazer, deixar de fazer.
Dentro da contestação pode haver o pedido de audiência de conciliação, se resolvido o conflito na audiência de conciliação, já vai para sentença, se não continua o processo.
Depois da réplica vai para audiência de instrução se quiser apresentar provas ou testemunhas, depois sentença, em seguida entra os recursos sobre a sentença.
Transitou em julgado já vai para o cumprimento de sentença, onde "obriga" o réu a cumprir o que foi decidido.
Da formação do Processo:
O que se entende pelo princípio dispositivo (demanda ou inércia)?
Esse princípio preconiza que o processo civil começa por iniciativa da parte, uma vez que a jurisdição é inerte, para que o processo possa acontecer e se desenvolver precisa ter uma provocação da parte. E através da petição inicial que o autor provoca a jurisdição.
Quando se considera proposta a ação?
O processo se inicia a partir do protocolo da petição inicial.
312. Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada, todavia, a propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no art. 240 depois que for validamente citado.
E em seguida o Juiz irá verificar se a petição atende aos requisitos do art. 319 e seguintes do CPC.
Logo após vem o despacho inicial, e ele pode ser de dois tipos:
Despacho de conteúdo positivo: tudo certo com a petição inicial. O juiz ordena a citação do réu e o processo segue.
Conteúdo negativo: ordena que o autor corrija a petição inicial dentro dos prazos legais.
O art. 312 antecipa o momento em que a ‘ação’ será considerada ‘proposta’. 
Será suficiente que ela seja protocolada, independentemente de qualquer manifestação do magistrado a seu respeito.
A citação, contudo, tal qual no CPC de 1973, é indispensável para que os efeitos mencionados no caput do art. 240:
Efeitos da Citação
1. Induzir litispendência
Litispendência: duas ou mais ações idênticas
Mesmas partes, pedido e causa de pedir (fatos+ fundamento jurídico).
2. Tornar litigiosa a coisa
Autor pedindo algo (pretensão) e o réu resistindo a essa pretensão, isto é, precisa ter uma resistência.
3. Constituição em mora.
Os efeitos do inadimplemento vem através da mora, ou seja, a mora é a consequência do inadimplemento, e pode ser por exemplo: juros, atualização monetária. E seus efeitos só vão incidir no processo quando trazer réu ao processo.
Princípio do Impulso Oficial:
Depois da propositura da ação o processo se desenvolverá por impulso oficial, ou seja, caberá ao JUIZ zelar pelo andamento do processo até o seu desfecho (sentença).
Ato processual exclusivo do autor e omissão: Nesse caso, o juiz o intimará para dar andamento, sob pena de extinção do processo sem julgamento do mérito (Art. 485, III, CPC). Ex: Juntada de um documento.
Caso o autor abandone o processo por mais de três vezes o processo é extinto sem análise do mérito.
Caso o réu não cumpra as ordens na fase postulatória (réu deverá apresentar sua defesa), haverá uma decretação de revelia. Caso ocorra após a fase postulatória é que a decisão final do processo será desfavorável, ou seja, o juiz vai condenar.
Suspensão do Processo
Conceito: Trata-se de uma “parada” no procedimento e veto à realização de atos, permanecendo viva a relação processual (Cândido Rangel Dinamarco).
Classificação:
SUSPENSÃO
- PRÓPRIA: paralização total do processo com veto total quanto aos atos processuais.
- IMPRÓPRIA: permite-se a prática de alguns atos, ou seja, a paralização parcial e será possível a prática de alguns atos processuais. Será possível a prática de atos de correção da pausa que levou a suspensão.
SUSPENSÃO PRÓPRIA E SUSPENSÃO IMPRÓPRIA: Critério Diferenciador: O incidente ocorreu dentro ou fora do processo? 
Se ocorrer um incidente no próprio processo: Suspensão imprópria (parcial). 
Exemplo: Em uma ação de cobrança, em que “A” credor ingressa contra “B” – devedor. “A”, autor, vem a falecer. Esse fato gera a suspensão do processo. Trata-se de suspensão parcial, incidente dentro do processo. A cobrança do crédito “para”, mas outros atos serão praticados, como: exclusão do morto do polo ativo, intimação do espólio (herdeiros) Embora esteja suspenso, são realizados atos para sanear a questão incidente, não se verificando uma situação estática; tem-se a suspensão imprópria.
Se o incidente for discutido em outro processo: caso dos embargos de terceiro, o processo fica realmente estancado, ou seja, não se pratica nenhum ato dentro do processo, mas apenas no incidental (embargos de 3º); tem-se a suspensão própria.Paralisa todo o processo.
Causas de suspensão
Art. 313, I
1-) morte ou perda de capacidade processual de qualquer uma das partes, de seu representante legal ou de seu procurador: O juiz deverá determinar a paralisação do processo até:
A. Suprimento da Incapacidade.
Precisa nomear um curador pra ingressar nessa demanda.
B. Abertura da sucessão. 
Morte do réu: Mínimo de 2 meses e máximo de 6 meses de suspensão.
Morte do autor: Juiz fixará prazo para que ocorra a sucessão, sob pena de extinção do processo.
Morte do advogado
Do autor: 15 dias para constituir novos advogados, sob pena de extinção do processo. Do réu: 15 dias, sob pena de revelia.
2-) convenção das partes: É possível, desde que não exceda o prazo de 6 meses (art. 313, parágrafo 4º, CPC). 
Pode em comum acordo das partes requerer ao juiz a extinção do processo e não é necessário fundamentar o motivo da suspensão.
3-) arguição de impedimento ou suspeição: Trata-se de uma hipótese ope judices, ou seja, ficará a critério do magistrado (Tribunal). 
Art. 146. No prazo de 15 (quinze) dias, a contar do conhecimento do fato, a parte alegará o impedimento ou a suspeição, em petição específica dirigida ao juiz do processo, na qual indicará o fundamento da recusa, podendo instrui-la com documentos em que se fundar a alegação e com rol de testemunhas. 
§ 2º Distribuído o incidente, o relator deverá declarar os seus efeitos, sendo que, se o incidente for recebido: 
I - sem efeito suspensivo, o processo voltará a correr; 
II - com efeito suspensivo, o processo permanecerá suspenso até o julgamento do incidente.
Ex: quando o juiz é amigo de uma das partes e o juiz reconhece a suspeição o processo volta a correr, caso ele não reconheça o tribunal é quem vai decidir e o processo ficará suspenso até o julgamento.
4-) Pela admissão do incidente de resolução de demandas repetitivas:
IRDR: Incidente de resolução de demanda repetitiva. É um incidente processual a ser instaurado quando houver repetição efetiva de processos que possuem controvérsia sobre questão unicamente de direito. Havendo risco de ofensa à isonomia e à segurança.
O IRDR pode ser suscitado pelos seguintes legitimados:
a) Juiz ou Relator;
Juiz primeiro grau. Relator segundo grau.
b) Partes;
c) Ministério Público;
d) Defensoria Pública.
No caso de ser admitido o incidente, todos os processos com a mesma matéria, no Estado ou Região, serão suspensos pelo prazo máximo de 01 (um) ano. Nesse período o Tribunal irá julgá-lo. Depois de julgá-lo a decisão vincula a todos os outros processos que estavam suspensos.
Pra pedir IRDR os processos precisam estar tramitando simultaneamente.
Julgado o incidente, a tese jurídica fixada será aplicada em todos os processos, presentes e futuros. Logo, todos os juízes deverão aplicar a tese, uma vez que há uma vinculação.
5-) Quando a sentença de mérito: 
a) depender do julgamento de outra causa ou da declaração de existência ou de inexistência de relação jurídica que constitua o objeto principal de outro processo pendente; 
Precisa ter dois processos, um não se resolve sem o outro. Ex: O A entra em uma ação contra B e o A quer que B pague pensão pro b. O B desconfiado que o b não era seu filho e entra com uma ação de investigação de paternidade contra A pra saber se b realmente é seu filho. A ação de alimentos fica suspensa até que a ação de paternidade se resolva. Más se demorar muito o juiz pode conceder a ação e alimentos até que se resolva. Exemplo: Ação de alimentos x Ação negatória de paternidade. 
Trata-se de questão prejudicial, que é aquela que impede o julgamento da questão principal. 
b) tiver de ser proferida somente após a verificação de determinado fato ou a produção de certa prova, requisitada a outro juízo. 
Precisa ter dois processos em tramite, existe também a dependência de dois processos. Ex: A ingressa com uma ação contra B. A é credor e B devedor. A dívida entre eles está prevista numa nota promissória. O B não pagou e o A promove uma ação de cobrança. B sabendo disso, nega que tenha assinado nota promissória e entra com uma ação de falsificação de documento, sendo necessária uma prova pericial chamada exame grafotécnico. Exemplo: Na ação de cobrança no juízo cível ficará suspensa até que na ação penal, acerca da falsidade documental, se realize prova pericial.
A suspensão poderá ser de até 1 ano, entretanto, esse prazo poderá ser prorrogado caso o magistrado entenda necessário. 
6-) FORÇA MAIOR: Trata-se de conceito vago e indeterminado. Pode ser aplicado para inúmeras situações. Deve ser verificada pelo magistrado. 
Exemplo: greve dos serventuários. 
7-) Quando se discutir em juízo questão decorrente de acidentes e fatos da navegação de competência do Tribunal Marítimo;
Ex: Um navio ia fazer um cruzeiro e contratou um monte de empregados e acontece um acidente no mar. Caso os trabalhadores queriam entrar com uma ação de acidente de trabalho. Primeira precisa resolver no tribunal marítimo o que de fato aconteceu para depois entrar com a ação trabalhista.
8-) DEMAIS CASOS: Não se trata de um rol taxativo. Há mais hipóteses no CPC além do 313, por exemplo:
a. Irregularidade na representação (Art. 76, CPC).
b. Instauração de incidente de desconsideração de pessoa jurídica (art. 143, parágrafo 3º, CPC).
c. Falta de bens penhoráveis (art. 921, III, CPC).
Embargos à execução (art. 921, II, CPC).
Art. 314. Durante a suspensão é vedado praticar qualquer ato processual, podendo o juiz, todavia, determinar a realização de atos urgentes a fim de evitar dano irreparável, salvo no caso de arguição de impedimento e de suspeição.
Exceção que permite que durante a suspensão, própria ou imprópria do processo, se sobrevier uma causa de urgência o juiz poderá autorizar a prática do ato, mesmo o processo estando em suspensão. Justamente para evitar um dano irreparável.
Exemplo: produção de prova pericial em alimento perecível. 
· O ato praticado no período de suspensão é um ato inválido. 
Exceção que permite que durante a suspensão, própria ou imprópria, se sobrevier uma causa de urgência o juiz vai x do ato, mesmo
Não pode praticar ato nenhum se a causa for arguição de impedimento e de suspeição do juiz. Impedimento e suspeição impedem a prática de atos mesmo diante da situação de urgência. Existe de um lado a questão da confiança que o processo precisa passar, pois acontece de um ato que o juiz lá na frente era impedido ou suspeito, esse ato é um ato viciado, e de outro lado tem o risco do vício do direito. O legislador precisou escolher, ele optou pela confiança que esse processo precisa passar para a sociedade, se houver a hipótese de suspeição e impedimento do juiz não haverá movimento nenhum.
Art. 315. Se o conhecimento do mérito depender de verificação da existência de fato delituoso, o juiz pode determinar a suspensão do processo até que se pronuncie a justiça criminal.
§ 1º Se a ação penal não for proposta no prazo de 3 (três) meses, contado da intimação do ato de suspensão, cessará o efeito desse, incumbindo ao juiz cível examinar incidentemente a questão prévia.
Dois processos em tramite, o criminal e o civil.
Ex: A e B namoram, más B termina com A, e A posta fotos intimas de B. O B praticou um crime e a prática desse crime gera o dano moral.
O processo civil deve ficar suspenso, até que a sentença criminal se pronuncie.
· Ação de indenização de danos materiais decorridos de acidente de trânsito por embriaguez ao volante.
· Ação de danos morais e a ação que investiga crimes cibernéticos. 
SUSPENSÃO EM CASO DE LICENÇA MATERNIDADE E PATERNIDADE:
1-) 30 dias de suspensão para a mãe; 8 dias para o pai.
2-) Parto ou adoção (termo inicial);
3-) Requisitos:
a) Ser o (a) único(a) patrono (a) nos autos;
b) Juntada, nos autos, da certidão de nascimento ou documento que comprove a data do parto;
c) Prévia comunicação ao cliente --> princípio da lealdade processual.
Precisa ter a certidão de nascimento para comprovar a adoção.
Extinção do Processo
Princípio da primazia do mérito: Art. 4º e 6º, CPC:
Primazia = preferência 
Art. 4º, CPC - “As partestêm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa.”
Mérito = pedido
Art. 6º, CPC - "Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva."
* Princípio da cooperação.
* Princípio da duração razoável do processo. 
* Princípio da primazia do mérito.
Introdução:
Extinção do Processo
Jurisprudência defensiva: é um fenômeno no qual o juiz extingue o processo sem análise do mérito fundamentado na inobservância de meras formalidades. Ex: o juiz extingue o processo pois “a guia de recolhimento está ilegível”.
CNJ: justiça em números. Implantou metas para os juízes. Criando então o fenômeno da jurisprudência defensiva.
- Com a análise do mérito (é a regra)
O juiz julgou o pedido do autor.
- Sem a análise do mérito
Não conseguiu julgar o pedido, pois o processo tem um vicio que impediu que o juiz julgasse o pedido.
Anomalia, anormal.
Disposições do CPC:
Art. 316.  A extinção do processo dar-se-á por sentença.
Art. 317.  Antes de proferir decisão sem resolução de mérito, o juiz deverá conceder à parte oportunidade para, se possível, corrigir o vício.
 Princípio do contraditório e da ampla defesa
O juiz não pode suspender o processo pelo reconhecimento de um vício processual sem que antes de as partes a oportunidade de corrigir o vício.
Sentenças de extinção do processo:
Sentença terminativa: É aquela que extingue o processo SEM análise do mérito. 
Previsão: art. 485, CPC;
Padecem de vício processual. 
Se o juiz sentenciar com base nesses incisos, a sentença só faz coisa julgada formal.
Sentença terminativa: 
Art. 485.  O juiz não resolverá o mérito quando:
I. indeferir a petição inicial;
II. o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;
III. por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;
IV. verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;
V. reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada;
VI. verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
VII. acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência;
VIII. homologar a desistência da ação;
IX. em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; 
X. nos demais casos prescritos neste Código.
Sentença definitiva
São aquelas que acolhem ou rejeitam o PEDIDO. 
A sentença definitiva é a sentença de mérito. É a sentença pela qual o juiz enfrenta/analisa o pedido feito pelo autor e o juiz pode acolher ou rejeitar esse pedido. Se o juiz acolhe o pedido a sentença é de procedência e se o juiz não acolhe a sentença é de improcedência.
Trata-se de sentença de procedência ou improcedência = PEDIDO (mérito);
Portanto, são aquelas que analisam o mérito Art. 487, CPC.
Faz coisa julgada formal e material. 
Art. 485 - Sentença terminativa: existe um vício processual, não tem mérito (pedido). Caso tenha um vicio processual a ação será indeferida. Coisa julgada formal. É possível propositura.
Art. 487 - Sentença definitiva: Juiz conseguiu julgar mérito, então terá duas opções acolher ou rejeitar o mérito. Terá uma sentença de procedência (acolhimento) ou improcedência (rejeição). Coisa julgada formal e material. Não é possível propositura.
Art. 487.  Haverá resolução de mérito quando o juiz:
I- acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção;
II- decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição;
III- homologar: (se o juiz homologa o autor, a sentença é de mérito).
A. o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção;
B. a transação;
C. a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção. 
Parágrafo único.  Ressalvada a hipótese do § 1º do art. 332, a prescrição e a decadência não serão reconhecidas sem que antes seja dada às partes oportunidade de manifestar-se.
PETIÇÃO INICIAL
Princípio do dispositivo, da demanda ou da inércia
Art. 2º, CPC. O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.
Iniciativa da parte: Petição Inicial
CONCEITO: É a peça formal pela qual o autor provoca a jurisdição e veicula sua pretensão. É a forma prescrita em lei.
Formal: art. 319
Provoca: Princípio da Demanda
veicula sua pretensão: Faz pedido
Art. 319. A petição inicial indicará:
I - o juízo a que é dirigida;
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
§ 1º Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.
§ 2º A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu.
§ 3º A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.
NATUREZA JURÍDICA: É pressuposto de existência do processo, ou seja, só existe processo se tiver a petição inicial.
Jurisdição
Petição Inicial
Citação
FUNDAMENTO LEGAL
Art. 319 e seguintes do CPC.
FUNÇÕES:
a) Local de formulação dos pedidos.
b) Identificação da Causa de Pedir.
Endereçamento – Competência. Art. 46º, 47º e 53º.
Preambulo – Qualificar – Autor e Réu.
Fatos + Fundamentos - Causa de Pedir
Do pedido.
c) Limitação da atividade jurisdicional: limites subjetivos e objetivos.
Dois tipos de limites: Objetivo e Subjetivo.
Limite Objetivo: refere-se aos fatos + pedidos. O juiz tem que estar ligado aos fatos e precisa levar os seus pedidos em conta e não o que ele quer.
Limite Subjetivo: O juiz só pode decidir em relação as partes do processo.
d) Definição do contraditório. (Defesa do réu)
REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL
Art. 319.  A petição inicial indicará:
I - o juízo a que é dirigida; (Endereçamento)
Ao juízo da vara...
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; (Preâmbulo)
Identificar legitimidade ativa (autor) e passiva (réu).
No CPC de 73 não havia menção a União estável. E como a união estável foi equiparada ao casamento, precisa mencionar na PI se existe união estável ou não.
Endereçamento Eletrônico: Antigamente era o Art. 246. Hoje em dia a citação precisa ser preferencialmente em meio eletrônico. 
TJSP aceitam citação por WhatsApp, desde comprove e tenha identificação do réu
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; (Causa de Pedir)
IV - o pedido com as suas especificações; (Pedido)
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; (Protesto por Provas)
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação. (Audiência de Conciliação/Mediação)
Não é apta para operar a jurisdição.
Quem cala consente, não falou nada, vai ter a audiência.
PRINCIPAIS INOVAÇÕES DO NOVO CPC:
1-) Qualificação mais completa: Pelo Novo CPC, a Petição Inicial deve indicar a qualificação do autor e do réu, inclusive com o respectivo endereço eletrônico, o domicílio e o endereço da residência.
Se eu não tiver todos esses dados eu não poderei fazer o protocolo? Terão obstáculos?
Não...
Princípio daPrimazia do Mérito: 
Não sendo disponíveis tais informações, poderá o autor, na própria petição inicial, requerer ao juiz que sejam deferidas diligências para a obtenção das mesmas (art. 319,§1º,CPC);
De qualquer modo, a petição inicial não será indeferida por insuficiência dos dados pessoais exigidos, desde que possível a citação do réu. 
Necessariamente eu preciso no mínimo do endereço desse réu. Faltando outros dados a minha PI não pode ser indeferida.
Se fizéssemos isso estaríamos sendo injustos ao acesso à justiça.
Como resolver isso? 
O código autoriza em seu primeiro parágrafo ingressar com a ação com os dados incompletos, e no corpo dessa PI, eu vou requerer ao juiz nesta petição inicial, que sejam deferidas diligências para obter essas informações faltantes.
Exemplo: Vou entrar com uma ação e não tenho o CPF, eu posso sim entrar com essa ação e requerer ao juiz para que ele oficie a receita federal para buscar o CPF do réu.
Não sei se o réu é casado ou solteiro, requeiro ao juiz para oficializar perante o cartório de justiça, para que saiba seu estado civil.
O legislador não quer que haja a extinção do processo sem análise do mérito, por isso, é preciso dar chances para que eu possa alcançar os dados.
3-) AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO/MEDIAÇÃO: A petição inicial deverá também conter, a expressa disposição do demandante à realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação (Art. 319, VII, CPC);
Se eu fiz tudo certinho e faltou requisitos, significa dizer que a PI é inepta, não é apta a provocar a jurisdição, Art. 319 CPC.
Verificada qualquer uma destas situações anormais, quando possível, o juiz determinará que o autor, no prazo de 15 dias, supra o defeito, sob pena de indeferimento (artigo 321 e parágrafo único).
Se faltou do inciso 1 ao 6 no caso.
E se faltar a menção de audiência e conciliação do inciso VII?
No caso da omissão ao requisito quanto a referência a menção da audiência de conciliação, essa omissão é tida como interesse. É como se o autor dissesse eu quero! Quem cala consente.
Citação: Ademais, vale lembrar que, dentre os requisitos da PI no CPC, não está mais prevista a necessidade de requerimento para citação do réu (trata-se de uma consequência lógica do ajuizamento). A citação era requisito obrigatório.
A partir de 2015 a citação não figura mais como requisito obrigatório. Porque os processualistas que trabalharam nos autos dos processos disseram que a citação do réu é uma consequência lógica do processo. O fato de fazer o protocolo da PI já demonstra que esse réu tem que estar dentro do processo.
Mas por que ainda encontro PI com o tópico da citação?
Pois tem mais de um tipo de citação no CPC.
O antigo 246, CPC – Lei 14185/21.
Regra hoje é a citação por meio eletrônico, se ela for frustrada ai o juiz irá ordenar outras modalidades de citação.
Ela é feita por e-mail. O STJ já entendeu válida a citação por WhatsApp.
CAUSA DE PEDIR:
FATOS + FUNDAMENTOS JURÍDICOS = CAUSA DE PEDIR.
Nomenclatura
- Causa de pedir remota: Fatos
- Causa de pedir próxima: Fundamentos jurídicos.
O referencial é o juiz, o juiz está perto ou está longe.
Exemplo: Bato o carro no do Guilherme, causei danos ao veículo dele, o juiz estava lá? Não.
Ele está longe dos fatos, por isso é causa remota, ele não estava na hora para saber, somente sabe, pois, contaram para ele através da PI.
Os fundamentos jurídicos são as consequências jurídicas que derivam diretamente dos fatos narrados. 
Qual a consequência jurídica desse fato? Dever de reparar. 
Está ligado ao ordenamento, lei, doutrina e jurisprudência.
Fundamento jurídico é chamada de causa de pedir próxima. METÁFORA.
Entrando na mesa do juiz chegando próximo a ele, estará lá um Código. 
E os fatos são causas de pedir remota.
Fundamentos jurídicos não é sinônimo de fundamento legal.
A x B 
Ação contra B dizendo que ele estava em alta velocidade e por conta disso causou uma colisão em seu veículo lhe causando prejuízo.
Nascendo o dever de reparação – Art. 186, CC.
Aqui eu tenho fundamento jurídico
Os fatos são os eventos jurídicos, o dever de reparar é a consequência jurídica que decorre diretamente daqueles fatos que acabei de narrar. 
Art. 186, CC – FUNDAMENTO LEGAL.
TEORIA DA SUBSTANCIAÇÃO:
- O que vincula o juiz?
O juiz pode se afastar dos fatos? Ele dizer que vai condenar, mas sem condenar pela alta velocidade, mas dizendo que ele estava embriagado?
Não pode.
O que o juiz não pode se afastar são os fatos, o juiz não está obrigado a conceder o dever de reparação, ele precisa provar, o trabalho será meu de provar para ele.
Art. 186 CC, ele pode usar outro artigo, ele está livre para fundamentar o seu motivo. Ele não está preso ao artigo que eu citei na PI, e sim aplicar outro artigo.
Ele pode fundamentar a sua sentença não em um artigo de lei, mas sim à um princípio.
“Narra-me os fatos que eu lhe darei os direitos”.
DOCUMENTOS INDISPENSÁVEIS:
Art. 320: A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação.
- Trata-se do momento para a produção de prova documental.
Se a petição estiver certa, o juiz fará o despacho positivo.
DESPACHO/DECISÃO JUDICIAL/SENTENÇA.
Sentença coloca fim ao processo.
Decisão Judicial resolve uma questão incidental, uma questão que surgiu no meio do processo e eu preciso resolver pois ela me impede de andar. 
Exemplo: Ação de alimentos, verificar se é pai...
Despacho: Atos de mero impulso.
Se tiver presente todos os requisitos da PI, o juiz toma uma decisão ordenando a citação do réu, se estiver incorreta, ele dá o prazo de 15 dias para corrigir. Se não corrigir há a extinção do processo.
Por exemplo, vou entrar com uma ação de divórcio, qual o documento indispensável? Certidão de casamento.
DO PEDIDO
Conceito: Pedido é a pretensão que o autor leva à apreciação do juiz.
1 – O que o autor quer.
 Partes do pedido:
IMEDIATO: O que eu espero do PJ? Uma decisão judicial. Quero que o produto dessa análise, seja tomada uma decisão/tutela jurisdicional.
Depois que eu peguei a decisão judicial em mãos, vejo se o juiz julgou procedente ou improcedente a minha demanda, qual é o pedido mediato?
MEDIATO: O bem da vida. A indenização no caso aquele do acidente. 
CUMULAÇÃO DE PEDIDOS
É dividida em:
Cumulação própria: o autor elabora mais de um pedido e espera o acolhimento de todos eles. 
- Cumulação Própria Simples: Os pedidos são independentes em si, o juiz pode acolher apenas por um pedido, por exemplo.
Ex: (X) bateu o seu carro no do (Y) e ainda por cima xingou o (Y). Diante disso o (Y) pede para que (X) seja condenada por danos materiais e danos morais. O juiz pode acolher apenas pelo dano material.
- Cumulação Própria Sucessiva: É caracterizada quando há uma relação de prejudicialidade entre os pedidos, um depende do outro. Pro juiz condenar um pedido obrigatoriamente ele tem que acolher o outro.
Ex: (A) entra com um pedido de reconhecimento de paternidade e de pensão alimentícia contra (B). O juiz não pode acolher apenas um dos pedidos e sim os dois.
Cumulação imprópria: o autor elabora amais de um pedido más ele sabe que por conta das regras do nosso ordenamento jurídico ele não terá o acolhimento de todos os pedidos, ele já sabe que isso não vai acontecer.
- Cumulação Imprópria Alternativa: não há uma ordem de preferência entre os pedidos, isto é, quer um pedido ou o outro.
Ex: compro uma TV na loja, instalo, porém, a TV não está funcionando. Depois da manutenção a TV ainda vem com defeito. Entro com dois pedidos, quero o meu dinheiro de volta ou uma TV nova. Os dois pedidos não serão aceitos, apenas um.
- Cumulação Imprópria Eventual (solidária ou em ordem sucessiva: há uma relação de preferência entre os pedidos, isto é, existem um preferido do autor. Porém o juiz pode não entender dessa forma.
Ex: Tenho um contrato de empréstimo com o banco e não estou conseguindo pagar, procuro o advogado e ele diz que está pagando juros sobre juros, é abusivo. Pede a rescisão contratual más também (se não for esse o entendimento de vossa excelência) requer-se aabusividade da clausula (x) a abusividade de juros.
Requisitos para Cumulação
- Compatibilidade entre os pedidos: 
Ex: pedir o reconhecimento da paternidade e também para retirar o sobrenome do pai da certidão de nascimento da criança.
- Juízo absolutamente competente: 
Ex: ex-namorado insatisfeito com o término 
- Procedimentos Precisam ser Compatíveis:
Os pedidos precisam ser somente pelo procedimento comum ou só pelo especial. A não ser que mudem um dos pedidos para ficarem iguais, ou só no simples ou só no especial.
Art. 327 §2 CPC. ao possibilitar a cumulação de pedidos com tipos diversos de procedimentos previstos, admitindo-se o emprego do procedimento comum, sem prejuízo da adoção das técnicas diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais pedidos.
Procedimentos Comuns:
Procedimentos Especiais: procedimentos que precisam ser finalizados com certa urgência e não no final do processo. Ex: pensão alimentícia.
Características do Pedido
Certo: Quando especifico a tutela jurisdicional pretendida.
- Condenatória: pedido para que o réu seja condenado.
- Desconstituída: pedido de rescisão contratual.
- Declaratória: pedido de declaração de inexistência de débito. Juiz declare que a dívida não existe.
Determinado: precisa individualizar com o juiz o bem da vida que estou pleiteando. Não pode ter pedido genérico no nosso ordenamento jurídico. Porém existe exceções que estão previstas no art. 324 do CPC.
Art. 324. O pedido deve ser determinado.
§ 1º É lícito, porém, formular pedido genérico:
I - nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados;
São ações de herança, como inventario e partilha por exemplo. Posso na petição inicial não individualizar esses pedidos.
II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato;
Por exemplo um homem que perdeu a mão direita trabalhando em um frigorifico, não dá pra saber de imediato as consequências que vão gerar na vida dele. Isso precisará ser comprovado.
III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu.
Não cabe ao autor colocar valor, pois esses dados são de conhecimento do réu e não do autor. Ex: Joao e Jose filhos do Paulo, que já está em idade avançada e com Alzheimer. Os irmãos conversam e querem pedir a interdição do pai deles e entram com uma ação e se comprova que ele não tem capacidade. Juiz nomeia o Joao como curador do pai dele e com o passar do tempo o José começa a desconfiar do Joao, pois não sabe onde está indo o dinheiro. Jose entra com uma nova ação com o João, a ação de prestação de contas, pedindo pro Joao prestar contas com o que ele está fazendo com o dinheiro do pai deles. Essa prestação de conta tem que ser feita pelo réu.
AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO
Se estiver tudo certo o juiz vai ordenar a citação (que tem um processo contra ele) e intimação com a data da audiência de conciliação. 
Da decisão (despacho inicial) a audiência acontecer tem que tem o intervalo de 30 dias. (já deve estar sabendo da citação).
Da citação até a audiência é 20 dias. (conta de trás para frente).
CONCILIADOR X MEDIADOR: 
Art. 334, §1º, CPC: A audiência será presidida por conciliador ou mediador, sendo possível que seja presidida por servidor com outras funções, onde não haja estas figuras;
CISSÃO DA AUDIÊNCIA: 
Art. 334, §2º, CPC: A audiência de conciliação ou mediação poderá ser cindida quando a autoridade que a preside entender que tal providência é necessária, não podendo ser marcada a continuação para data superior a 2 meses da primeira sessão;
A audiência pode ser cindida. Algumas vezes uma única audiência não é possível para resolver, por isso é possível reagendar uma outra cessão. Vou retomar a segunda cessão de onde foi parado na primeira. O que já acordou na primeira cessão já foi homologado.
Uma cessão e a outra não pode ultrapassar o prazo de 2 meses. Pois caso seja um período maior começam a acontecer influências externas. Caso seja justificado, o prazo poderá ser estendido por mais de 2 meses.
INTIMAÇÃO DA AUDIÊNCIA: 
Art. 334, §3º, CPC: O autor é intimado por seu advogado, o réu, por ser sua primeira participação no processo, é comunicado pessoalmente; 
A citação informando a data da audiência é uma ato pessoal do réu e não para o seu advogado, pois ele ainda não tem um advogado, ou seja, só ficou sabendo agora dessa ação. É necessário um advogado.
NÃO REALIZAÇÃO DA AUDIÊNCIA:
Art. 334, § 4º A audiência não será realizada:
I - Se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual;
Essa audiência não irá acontecer se: 
- O autor mais o réu expressamente manifestar o desinteresse. O autor manifesta o interesse/ desinteresse na PI, enquanto o réu manifestará seu interesse/desinteresse em uma petição simples no prazo de 10 dias de antecedência da data designada para audiência. § 5 do 334.
- Se não se admitir autocomposição, o juiz dispensa a audiência de conciliação, pois não se admite autocomposição.
Ex: voltar uma criança no primário. A lei não permite.
ATENÇÃO: a falta do preenchimento do requisito contido no inciso VII do art. 319 do CPC de 2015 não constitui motivo para se determinar a emenda da petição inicial, nem deve acarretar seu indeferimento. O autor não precisa indicar que pretende a realização da audiência de conciliação ou mediação. Só precisa indicar seu desinteresse. Caso nada diga, o juiz deve interpretar o silêncio como aquiescência à sua realização. 
II - quando não se admitir a autocomposição.
 
NÃO COMPARECIMENTO DAS PARTES: 
O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado.
O juiz aplicará uma multa de 2% da pretensão do autor ou de 2% do valor da causa. Essa multa irá para a união nas causas que correm pela Justiça Federal. E irá para o estado nas causas de Justiça Estadual.
A presença das partes é dispensável, desde que compareça seu representante, munido de procuração específica, com poderes para negociar e transigir (art. 334, § 10º, NCPC).
Não é obrigatória a presença das partes pois elas podem se fazer representar, desde que o representante esteja unido com uma procuração que contenha poderes para negociar e transigir em nome da parte.
PRESENÇA DO ADVOGADO: As partes devem estar acompanhadas por seus advogados ou defensores públicos, é obrigatório. 
O não comparecimento do advogado de uma das partes ensejará: (dois entendimentos doutrinários)
1. O adiamento da audiência; deve-se adiar a audiência.
2. Se houver consentimento da parte que estiver sem advogado, a nomeação de advogado para o ato processual; pode ser nomeado um advogado plantonista, caso a parte aceite, se não aceitar a audiência será adiada. 
SE TIVER ACORDO:
Sentença homologatória: a autocomposição obtida será reduzida a termo e homologada por sentença (juiz). 
Coloca fim ao processo com análise do mérito.
Tempo mínimo entre as audiências: a pauta das audiências de conciliação ou de mediação será organizada de modo a respeitar o intervalo mínimo de 20 (vinte) minutos entre o início de uma e o início da seguinte.
As partes precisam de falar, escutar, por isso os 20 minutos, para estipular que o acordo aconteça.

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