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Audiência de instrução e julgamento PDF

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Noções gerais: É a sessão pública, presidida pelo juiz, que 
tem por objetivo a tentativa de conciliação das partes, 
produção de prova oral, debate e decisão da causa. 
Regra geral é sessão pública pois segue o princípio da 
publicidade, que é a garantia de que qualquer cidadão, não 
apenas as partes envolvidas no litígio, tenham acesso aos 
atos processuais. Porém há mitigações a esse princípio, que 
é excepcionado nos casos em que o interesse público ou 
social, ou a intimidade das partes envolvidas no litígio 
requerem uma mitigação dessa publicidade, que são as 
causas que correm em segredo de justiça, em que há uma 
publicidade restrita dos atos processuais, onde apenas as 
partes, os seus advogados, o magistrado, os auxiliares de 
justiça que atuam na secretaria da vara na qual o processo 
está, o promotor de justiça, defensor público, dentre 
outros, poderão ter acesso aos autos do processo. Temos 
por exemplo as causas de família, onde as audiências de 
instrução e julgamento correm em segredo de justiça, não 
são públicas, não é permitido que todo e qualquer cidadão 
que deseje possa entrar na sala de audiência e assisti-la. 
O primeiro objetivo da AIJ é a tentativa de conciliação das 
partes, visto que a busca pelo consenso, pela auto 
composição, deve ser permanente no processo, então o 
magistrado a qualquer tempo pode buscar a conciliação das 
partes. Se o magistrado obtiver êxito em conciliar as partes 
na AIJ esse acordo deverá ser homologado por meio de 
sentença no própria AIJ. Do contrário, não obtendo êxito, a 
AIJ seguirá na produção de prova oral (depoimento pessoal 
do autor, depoimento pessoal do réu, a oitiva das 
testemunhas, esclarecimento de peritos, assistentes 
técnicos) debate (onde os advogados das partes terão a 
oportunidade de fazer suas alegações finais e trazer os 
pontos principais, pelos quais eles entendem que as suas 
alegações devam prevalecer no julgamento da causa) e 
decisão (poderá ser feita pelo magistrado dentro da própria 
AIJ ou nos trinta dias subsequentes, pela prolação da sua 
sentença). 
É um ato processual complexo, que é aquele formado por 
uma série de atos processuais simples que são praticados 
com a ideia de contemporaneidade, ou seja, são praticados 
ao mesmo tempo, e com a mesma finalidade (produção de 
prova oral e prolação de decisão pelo magistrado). 
É realizada dentro da fase instrutória (também chamada de 
probatória). É a fase onde serão produzidas as provas em 
geral, não se resume à AIJ, nela também são produzidas a 
inspeção judicial, prova pericial e a produção da prova oral, 
essa que será feita na AIJ. 
Não se trata de ato essencial, podendo ser dispensada no 
caso de julgamento antecipado do mérito, que estão 
elencados no art. 335 do CPC. 
Dento da AIJ, o juiz exerce os papéis de diretor, investigador 
e conciliador/mediador da audiência. Falamos em diretor 
pois será o magistrado que irá determinar a ordem dos 
trabalhos na audiência, mantendo o decoro e a ordem 
dentro da AIJ, dizendo o próprio CPC que nesse sentido o 
magistrado exerce poder de polícia, então o magistrado 
pode, por exemplo, pedir que alguma das partes se retire se 
esta estiver prejudicando o andamento do feito, pedir ao 
advogado que espere o momento processual oportuno para 
que possa ter a palavra. O magistrado também atua como 
investigador, no sentido de que o magistrado busca a 
verdade na produção das provas realizadas em audiência, 
então o magistrado irá formular perguntas para o autor, 
para o réu, para as testemunhas, pode também buscar 
esclarecimentos do perito, do assistente técnico, dentre 
outros, portanto, o magistrado sempre irá atuar buscando 
a verdade. E por fim também atua o magistrado como 
mediador/conciliador na audiência, visto que na AIJ, antes 
de mais nada, o juiz deverá buscar a conciliação das partes, 
inclusive, se ele verificar logo essa possibilidade, poderá 
suspender a AIJ e designar uma audiência de mediação e 
conciliação, junto a um conciliador ou mediador, se for 
possível. 
Conteúdo da AIJ: As principais atividades desenvolvidas 
na AIJ são a tentativa de conciliação, a arguição do perito, a 
produção de prova oral, a apresentação de alegações finais 
e a prolação da sentença. 
• Tentativa de conciliação: O próprio magistrado, no início 
da audiência, irá buscar um acordo, irá verificar a 
possibilidade de conciliar as partes, resolver o litígio através 
da auto composição, fazendo com que as próprias partes 
cheguem a um consenso. 
• Arguição do perito: Caso não haja a composição e o 
processo siga, no caso de ser necessário para o 
esclarecimento de algum laudo, o perito que o realizou será 
ouvido. 
• Produção de prova oral: Depoimento do autor, do réu, das 
testemunhas que ambos arrolaram... 
• Apresentação das alegações finais: Oportunidade onde os 
advogados, tanto do autor quanto do réu poderão expor 
suas conclusões acerca das alegações apresentadas, das 
provas que foram produzidas, poderão debater as matérias 
de fato e de direito. 
• Prolação da sentença: Que será feita pelo juiz no final da 
própria AIJ ou no prazo de 30 dias. 
A AIJ segue uma ordem sequencial, nos termos do art. 358 
e seguintes do CPC. Admite-se, contudo, a inversão da 
ordem de produção das provas, tendo em vista as 
particularidades do conflito, nos termos do art. 139, VI, CPC. 
A ordem sequencial do processo se dará da seguinte forma, 
primeiro o juiz irá determinar o pregão das partes, que será 
feito pelo servidor público responsável para tal, apregoadas 
as partes o juiz irá tentar obter a conciliação, se esta for 
obtida o juiz reduzirá á termo, não obtida a conciliação ele 
irá então passar pelo esclarecimento do perito e 
esclarecimento de assistentes técnicos, caso isso se tenha 
feito necessário, caso tenha havido requerimento das 
partes para buscar esclarecimento por perito ou de 
assistente técnico para esclarecer algum ponto que tenha 
ficado obscuro, após isso o juiz passa aos depoimentos 
pessoais, primeiro o depoimento do autor e depois o 
depoimento do réu, tomado os depoimentos pessoais das 
partes, parte-se para as oitivas das testemunhas, primeiro 
será ouvida as testemunhas do autor e depois serão ouvidas 
as testemunhas do réu, passadas as oitivas das 
testemunhas, teremos as alegações finais orais feitas 
primeiro pelo advogado do autor e depois pelo advogado 
do réu, findo o debate o juiz poderá proferir sentença. Esse 
é o procedimento que deve ser seguido via de regra geral, e 
que está descrito nos arts. 358 e seguintes, porém podem 
haver modificações, permitidas pelo próprio art. 139, VI, 
que permite que o juiz altere a ordem sequencial citada, 
quando for necessária diante as particularidades do caso 
concreto. 
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as 
disposições deste Código, incumbindo-lhe: 
(...) 
VI - dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de 
produção dos meios de prova, adequando-os às 
necessidades do conflito de modo a conferir maior 
efetividade à tutela do direito; 
 
Abertura da audiência e pregão inicial: 
Art. 358. No dia e na hora designados, o juiz declarará 
aberta a audiência de instrução e julgamento e 
mandará apregoar as partes e os respectivos 
advogados, bem como outras pessoas que dela devam 
participar. 
A AIJ deverá ocorrer nos dias úteis, no horário de 
funcionamento do expediente forense. Se até a hora do 
encerramento do expediente, os trabalhos não tiverem se 
concluído, o juiz deve determinar sua continuação em 
algum dia próximo (o mais próximo possível, para que o juiz 
não se distancie das provas que já foram produzidas, e que 
a audiência possa continuar sem que haja prejuízo para os 
trabalhos), nos termos do art. 365, parágrafo único. 
Art. 365. A audiência é una e contínua, podendo ser 
excepcional e justificadamente cindida na ausência de 
perito ou de testemunha, desde que haja concordânciadas partes. 
Parágrafo único. Diante da impossibilidade de 
realização da instrução, do debate e do julgamento no 
mesmo dia, o juiz marcará seu prosseguimento para a 
data mais próxima possível, em pauta preferencial. 
A primeira coisa que o juiz deve fazer é declarar a abertura 
da AIJ, o que é um ato que não exige maiores solenidades, 
apenas profere a frase de abertura, em seguida haverá o 
pregão das partes, que é realizado por funcionário público 
que está ali auxiliando o magistrado na AIJ, geralmente o 
escrivão ou o escrevente exercem essa função, então esse 
funcionário irá apregoar as partes, onde estas, juntamente 
com seus advogados e qualquer outra parte que irá 
participar da audiência são chamadas para vir para a sala de 
audiência e se acomodarem no sentido de que a audiência 
se inicie. 
Regra geral, deve ser realizada na sede do juízo (fórum) ou, 
excepcionalmente, o local onde o juiz estabelecer, como 
pregado pelo art. 217: 
Art. 217. Os atos processuais realizar-se-ão 
ordinariamente na sede do juízo, ou, 
excepcionalmente, em outro lugar em razão de 
deferência, de interesse da justiça, da natureza do ato 
ou de obstáculo arguido pelo interessado e acolhido 
pelo juiz. 
Pode haver exceção da regra da audiência ser na sede do 
juízo quando, por exemplo, a testemunha a ser ouvida, pelo 
cargo que ocupa ou por alguma deferência, possa ser 
ouvida em seu trabalho, é o caso dos governadores de 
estado, presidente e vice da república, dentre outras 
pessoas que ocupam cargos públicos e podem ser ouvidas 
onde designarem. Também há o caso onde a parte possui 
alguma enfermidade e não pode se dirigir à sede do juízo, o 
magistrado poderá designar a audiência para o local onde o 
enfermo se encontre. 
Embora não haja previsão legal, deve-se apregoar também 
as testemunhas, o perito e assistentes técnicos para que 
fiquem cientes de que a qualquer momento serão 
convocados para depor. 
Tentativa de autocomposição: 
Art. 359. Instalada a audiência, o juiz tentará conciliar 
as partes, independentemente do emprego anterior de 
outros métodos de solução consensual de conflitos, 
como a mediação e a arbitragem. 
Esse artigo diz que a tentava de conciliação deve ocorrer 
logo no início da AIJ, pois sempre deve-se dar preferência 
por meios pacíficos de resolução dos conflitos. Essa busca 
pela autocomposição deve ocorrer mesmo que já tenha 
havido outras tentativas anteriormente, por audiência de 
audiência de mediação e conciliação. Apenas se esta não for 
obtida é que o magistrado seguirá para a produção de prova 
oral. 
Se estiver representado por advogado, o comparecimento 
da parte na audiência é desnecessário, bastando que seu 
defensor se faça presente. Porém, se a parte estiver 
representada por um advogado sem poderes para transigir, 
considera-se frustrada a tentativa de conciliação, visto que 
o advogado precisa estar dotado de poderes especiais 
estabelecidos em procuração para que ele posso firmar um 
acordo em nome de seu cliente, do contrário, se na 
procuração o advogado não tiver esses poderes especiais 
para transigir, o acordo não será possível sem o 
comparecimento das partes. Porém, caso tenha sido 
requisitado o depoimento pessoal da parte na audiência, 
essa terá sim que comparecer, visto que é ato 
personalíssimo e não pode ser feito de maneira alguma por 
outra pessoa. 
Havendo conciliação, deverá ser reduzida a termo 
(documentação de um ato processual verbal realizado em 
cartório) e homologada por sentença, encerrando a 
audiência nesse ato. Não havendo conciliação, o juiz deve 
iniciar a produção de provas. 
Produção de provas orais: 
Art. 361. As provas orais serão produzidas em 
audiência, ouvindo-se nesta ordem, 
preferencialmente: 
I - o perito e os assistentes técnicos, que responderão 
aos quesitos de esclarecimentos requeridos no prazo e 
na forma do art. 477 , caso não respondidos 
anteriormente por escrito; 
II - o autor e, em seguida, o réu, que prestarão 
depoimentos pessoais; 
III - as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que 
serão inquiridas. 
Parágrafo único. Enquanto depuserem o perito, os 
assistentes técnicos, as partes e as testemunhas, não 
poderão os advogados e o Ministério Público intervir 
ou apartear, sem licença do juiz. 
A expressão “preferencialmente” citada no próprio caput do artigo 
se dá pelo fato do art. 139, IV prever a possibilidade do magistrado, 
atendendo a particularidades do caso concreto, inverter a ordem 
da produção das provas orais. 
A primeira prova oral a ser produzida será o esclarecimento de 
perito e de assistente técnico. O perito é um profissional que tem 
habilidades e conhecimentos técnicos, necessários para o 
esclarecimento de determinado fato, indispensável e relevante 
para a prolação da sentença pelo magistrado, visto que este, em 
algumas hipóteses casos concretos, não possui os conhecimentos 
técnicos necessários para o esclarecimento dos fatos e as partes 
também não detém esse conhecimento, então nesse caso se 
demanda conhecimento técnico, e haverá a necessidade da prova 
pericial, pelo perito que é uma pessoa habilitada a prover as 
informações técnicas necessárias para tal. A prova pericial é 
amplamente utilizada em casos como erro médico, área contábil, 
área da engenharia etc... Da mesma forma temos os assistentes 
técnicos, que como os peritos, tem conhecimento técnico sobre 
determinada área e são contratados pelas partes para 
acompanhar o trabalho do perito, que é designado pelo juiz, os 
assistentes técnicos também poderão apresentar os seus 
respectivos laudos periciais, a depender da complexidade da 
causa, do grau de litigiosidade entre as partes é recomendado que 
as partes contratem seus assistentes técnicos para seguir o 
trabalho do perito, que é uma prerrogativa assegurada por lei ás 
partes. Em determinados casos, pode ser necessário que os peritos 
e assistentes técnicos compareçam à AIJ para responder aos 
esclarecimentos formulados pelas partes dentro do prazo 
estabelecido pelo art. 477, ou também se não tiverem sido 
respondidos por escrito anteriormente. Pode ser arguida 
suspeição ou impedimento apenas para o perito, para o assistente 
técnico não cabe essa possibilidade. 
Feitos esses esclarecimentos, o inciso II diz que em seguida 
teremos o depoimento pessoal do autor e o depoimento pessoal 
do réu, onde o magistrado e o advogado da parte contrária, nessa 
ordem, formularão perguntas ao autor e também ao réu, o 
advogado da parte não pode formular perguntas para o seu 
cliente. A parte jamais pode requerer o seu próprio depoimento, 
mas sim da parte contrária, isso por que o objetivo do depoimento 
pessoal é buscar o esclarecimento dos fatos da causa e obter uma 
possível confissão. A ordem de primeiro ser ouvido o autor e em 
seguida ao réu se dá pela chamada garantia de contraditório. 
Por terceiro, serão ouvidas as testemunhas arroladas pelo 
autor e pelo réu, e também nesse momento primeiro serão 
ouvidas as testemunhas do autor e em seguida as 
testemunhas do réu, pela mesma garantia de contraditório. 
Aqui também o magistrado pode se valer do art. 139. IV se 
verificar que pelo caso concreto, as testemunhas do réu 
devam ser inquiridas antes das do autor. 
O parágrafo único trata da regra de que durante o 
depoimento dos peritos, assistentes técnicos, partes e 
testemunhas, os advogados e os membros do MP não 
poderão intervir em seus depoimentos, nem dar opiniões, 
nem complementar a fala das partes ou das testemunhas, 
não podem apartear... A menos que haja autorização do 
magistrado para que o advogado ou membro do MP o faça, 
portanto, em um primeiro momento devem permanecer 
em silêncio enquanto as partes, testemunhas, peritos e 
assistentes técnicos estão prestando o seu depoimento, e 
serão posteriormente chamados a se manifestar no 
momento de formular perguntas, visto que os advogados e 
membrosdo MP presentes em audiência formulam as suas 
perguntas aos depoentes. 
Finda a instrução, iniciam-se os debates orais, com as 
alegações finais de ambas as partes. Aqui, as razões finais 
serão apresentadas pelo advogado do autor e pelo 
advogado do réu . 
Alegações finais ou memoriais: 
Art. 364. Finda a instrução, o juiz dará a palavra ao 
advogado do autor e do réu, bem como ao membro do 
Ministério Público, se for o caso de sua intervenção, 
sucessivamente, pelo prazo de 20 (vinte) minutos para 
cada um, prorrogável por 10 (dez) minutos, a critério do 
juiz. 
§ 1º Havendo litisconsorte ou terceiro interveniente, o 
prazo, que formará com o da prorrogação um só todo, 
dividir-se-á entre os do mesmo grupo, se não 
convencionarem de modo diverso. 
§ 2º Quando a causa apresentar questões complexas de 
fato ou de direito, o debate oral poderá ser substituído 
por razões finais escritas, que serão apresentadas pelo 
autor e pelo réu, bem como pelo Ministério Público, se 
for o caso de sua intervenção, em prazos sucessivos de 
15 (quinze) dias, assegurada vista dos autos. 
Depois que todas as provas orais forem produzidas, se 
iniciarão as alegações finais, que regra geral serão feitas 
oralmente na própria audiência de instrução e julgamento, 
e também são chamadas de razões finais ou debates finais. 
Se trata de uma oportunidade onde o advogado do auto e o 
advogado do réu irão apresentar suas principais alegações 
e irão mostrar ao magistrado que as provas produzidas 
corroboram as suas alegações, ou seja, demonstram a 
verdade das suas alegações e que portanto o autor deve 
obter a procedência do seu pedido e o réu a improcedência 
do pedido do autor. 
Da mesma maneira, nos processos em que haja intervenção 
do Ministério Público (defesa de interesse de menor, defesa 
de interesse público e social, ações de usucapião, dentre 
outros em que a presença do MP se faz obrigatória pelo 
CPC...) será também dado ao Ministério Público a 
possibilidade de que apresente as suas razões finais. 
Será conferido um prazo de 20 minutos aos advogados das 
partes e também ao MP se for o caso. Esse tempo de 20 
minutos poderá ser prorrogado por mais 10 minutos pelo 
juiz se este julgar necessário. Toda alegação final que for 
feita será reduzida a termo pelo auxiliar de justiça. 
No caso de haver litisconsórcio no processo e houverem 
advogados distintos entre cada um dos litisconsortes, os 
advogados poderão convencionar e dividir o tempo entre 
eles ou também convencionar que um único advogado faça 
as alegações finais. A mesma regra se aplica para o caso de 
haver um terceiro interveniente no processo (assistente, 
denunciação da lide, chamamento ao processo, incidente 
de desconsideração da personalidade jurídica, amicus 
curiae) onde o advogado do terceiro interveniente deverá 
convencionar com o outro advogado a divisão do tempo ou 
que apenas um faça todas as alegações finais. 
A regra do §2º diz que as razões finais orais podem ser 
substituídas por memoriais, que são as razões finais 
escritas. Os memoriais serão apresentados pelas partes 
quando a causa apresentar complexidade de fato ou de 
direito. Esse recurso existe visto que há causas de tamanha 
complexidade que é dificultado ao advogado apresentar, 
em no máximo 30 minutos que lhe são dados, todos as 
alegações e todas as provas que foram produzidas de forma 
precisa e fidedigna , então nesse caso a própria lei garante 
ao advogado a possibilidade de apresentar as suas 
alegações finais de forma escrita, por meio de memoriais, 
em um prazo sucessivo de 15 dias, tendo ela a oportunidade 
de ter vistas do processo. O prazo corre de forma sucessiva, 
então, primeiro será aberto vista para que o autor 
apresente suas alegações finais escritas, depois que acabar 
o prazo de 15 dias do autor, será aberto o prazo para que o 
réu as apresente e na sequência para que o Ministério 
Público as apresente, portanto, não é um prazo comum que 
é conferido a todas as partes ao mesmo tempo, a 
justificativa desse prazo especial é para que os advogados 
das partes e o MP possam tirar os autos do processo em 
carga para analisa-lo, visto que será um tema de alta 
complexidade. 
Embora o §2º diga que será concedido pelo a possibilidade 
de memorial apenas quando a causa apresentar 
complexidade de fato ou de direito, na pratica e até mesmo 
por entendimentos doutrinários é dito que o magistrado 
pode, a seu critério ou a requerimento das partes deliberar 
que as alegações finais orais sejam substituídas por 
memoriais. 
Sentença: 
Art. 366. Encerrado o debate ou oferecidas as razões 
finais, o juiz proferirá sentença em audiência ou no 
prazo de 30 (trinta) dias. 
A audiência poderá se encerrar com ou sem prolação de 
sentença, pode também o magistrado fazê-la 
imediatamente, o que é bem comum, quando a causa não 
apresentar grande complexidade fática ou jurídica, pois se 
o magistrado tiver que analisar o processo mais 
detidamente, apreciar as provas que foram produzidas, é 
mais comum que ele profira a sentença no prazo de 30 dias, 
que é uma opção que cabe ao magistrado. 
Conversão do julgamento em diligência: Quando 
já finda a fase de instrução e oferecidas as razões finais o 
juiz pode, ao invés de sentenciar, converter o julgamento 
em diligência, retornando à instrução. Isso irá ocorrer 
quando após o debate oral e a produção de todas as provas 
requeridas pelas partes e produzidas em audiência, o juiz 
verifique que as provas até então produzidas não foram 
suficientes para elucidar os fatos, então, quando o juiz 
verificar que não tem condições de proferir julgamento, 
apesar de já ter se findado a instrução, ele pode, ao invés 
de prolatar sua sentença, voltar a instrução e determinar a 
produção de novas provas. 
Nesse caso, admite-se a produção de qualquer meio de 
prova, desde que garantido o contraditório e os limites do 
poder instrutório do magistrado, como por exemplo, há 
entendimento doutrinário de que o juiz não pode requerer 
a produção de uma prova de ofício se as próprias partes 
abriram mão de que esta fosse produzida. 
Apesar de não ter previsão legal, tal conversão é admitida 
por grande parcela da doutrina. A própria jurisprudência 
também apresenta inúmeros julgados no sentido de 
converter o julgamento em diligência para produção de 
provas. 
Lavratura do termo de audiência: 
Art. 367. O servidor lavrará, sob ditado do juiz, termo 
que conterá, em resumo, o ocorrido na audiência, bem 
como, por extenso, os despachos, as decisões e a 
sentença, se proferida no ato. 
§ 1º Quando o termo não for registrado em meio 
eletrônico, o juiz rubricar-lhe-á as folhas, que serão 
encadernadas em volume próprio. 
§ 2º Subscreverão o termo o juiz, os advogados, o 
membro do Ministério Público e o escrivão ou chefe de 
secretaria, dispensadas as partes, exceto quando 
houver ato de disposição para cuja prática os 
advogados não tenham poderes. 
§ 3º O escrivão ou chefe de secretaria trasladará para 
os autos cópia autêntica do termo de audiência. 
§ 4º Tratando-se de autos eletrônicos, observar-se-á o 
disposto neste Código, em legislação específica e nas 
normas internas dos tribunais. 
§ 5º A audiência poderá ser integralmente gravada em 
imagem e em áudio, em meio digital ou analógico, 
desde que assegure o rápido acesso das partes e dos 
órgãos julgadores, observada a legislação específica. 
§ 6º A gravação a que se refere o § 5º também pode 
ser realizada diretamente por qualquer das partes, 
independentemente de autorização judicial. 
O auxiliar de justiça auxilia o magistrado na audiência de 
instrução e julgamento, e tudo aquilo que ocorrer dentro 
dessa audiência deverá ser por ele reduzido a termo, então 
os despachos, as decisões, a sentença, os atos processuais 
realizados em audiência serão reduzidos a termo. 
Termo é a documentação de um ato processual realizado 
em audiência, entãoo auxiliar de justiça documentará, sob 
ditado do magistrado, tudo aquilo que ocorrer na audiência. 
A lei 11.419/2006 criou a possibilidade do processo 
eletrônico e o CPC também traz esse meio, então a AIJ 
também poderá ser realizada por meio eletrônico, por meio 
de videoconferência, e os atos processuais serão 
registrados por meio eletrônico, se não forem, nesse caso o 
juiz deverá rubricar folha por folha, que posteriormente 
serão encadernadas em volume próprio. 
Regra geral, quem terá, juntamente com o magistrado, que 
subscrever (assinar) o termo de audiência são os 
advogados, membros do MP, escrivão ou chefe de 
secretaria e a depender do caso pelas partes, se o seu 
advogado não tiver poderes para praticar aquele ato 
processual, como por exemplo quando a parte presta seu 
depoimento pessoal, que é ato personalíssimo e não pode 
ser transferido através de procuração, ela mesma deverá 
assinar. 
O escrivão ou chefe de secretaria irá tirar uma cópia do 
termo de audiência e anexar essa cópia aos autos do 
processo. 
Se os autos do processo forem eletrônicos, nesse caso o 
termo de audiência deverá constar no processo judicial 
eletrônico nos termos da lei 11.419/2006, do CPC e demais 
leis extravagantes. 
O §5º autoriza expressamente que a audiência seja 
realizada por videoconferência, e nesse caso, se a AIJ for 
gravada em imagem e áudio, deverá ser disponibilizada ás 
partes e aos órgãos julgadores com a maior brevidade 
possível, nos termos da legislação específica. O §6º 
complementa a norma e assegura que as próprias partes 
poderão realizar a gravação da AIJ, nos termos do §5º. 
Designação, antecipação e adiamento da AIJ: Na 
decisão de saneamento e organização do processo, o juiz 
deve designar a data e hora da AIJ (conforme o art. 357, V). 
Referida audiência ainda pode ser designada em calendário 
processual estabelecido entre as partes e o juiz (conforme 
o art. 191). 
A decisão do magistrado sobre a realização da AIJ irá ocorrer 
na fase de saneamento do processo. O juiz irá proferir a 
decisão de saneamento e organização do processo, dentro 
ou fora da própria audiência, nessa decisão o juiz deverá 
determinar quais são os pontos de fato controvertidos, 
quais são as provas a serem produzidas, distribuir o ônus da 
prova, verificar as questões de direito relevantes para o 
julgamento da causa e então, se for necessário, designar a 
realização da AIJ. O juiz só irá designar a realização da AIJ se 
houver a necessidade de produção de prova oral. 
Verificando isso, na própria decisão de saneamento e 
organização do processo, designará a data da AIJ, uma outra 
possibilidade é que a data da AIJ seja designada junto com 
as partes no calendário processual, que pode ser 
estabelecido dentro da própria audiência de saneamento e 
organização do processo em cooperação da partes, ou 
também pode o juiz designar uma audiência com a 
finalidade exclusiva de fixar um calendário processual. 
Se o juiz constatar urgência na solução da causa ou se 
houver eventual disponibilidade em sua pauta, pode 
determinar a antecipação da audiência, de ofício ou a 
requerimento das partes. 
Então, se o juiz verificar certa urgência, onde haja risco de 
lesão grave ou de difícil reparação ao direito que está 
sendo tutelado ou algum perigo eminente que justifique a 
antecipação da AIJ, o magistrado poderá antecipá-la. Do 
mesmo modo, se o juiz verificar na sua pauta de audiência 
que existe um espaço para a antecipação dessa audiência, 
para a garantia da eficiência e da duração razoável do 
processo, o magistrado poderá antecipar a AIJ. 
Já, sobre a possibilidade de adiamento da AIJ: 
Art. 362. A audiência poderá ser adiada: 
I - por convenção das partes; 
II - se não puder comparecer, por motivo justificado, 
qualquer pessoa que dela deva necessariamente 
participar; 
III - por atraso injustificado de seu início em tempo 
superior a 30 (trinta) minutos do horário marcado. 
§ 1º O impedimento deverá ser comprovado até a 
abertura da audiência, e, não o sendo, o juiz procederá 
à instrução. 
§ 2º O juiz poderá dispensar a produção das provas 
requeridas pela parte cujo advogado ou defensor 
público não tenha comparecido à audiência, aplicando-
se a mesma regra ao Ministério Público. 
§ 3º Quem der causa ao adiamento responderá pelas 
despesas acrescidas. 
A próprias partes podem juntas convencionar o adiamento 
da AIJ, postergando a sua data. 
Se alguma parte (autor, réu testemunhas essenciais, perito, 
assistente técnico...), desde que haja motivo justificado, 
pode ser autorizado pelo juiz o adiamento dessa audiência. 
O motivo justificado se dará, quando o magistrado, ao seu 
prudente critério, verificar que aquele motivo trazido pela 
parte é um motivo justo e que justifique o adiamento da 
audiência, como por exemplo uma viagem já marcada, a 
realização de uma cirurgia... 
Também, se o magistrado marcou a audiência para um 
horário, e sem um motivo justificado, atrasou o início dessa 
audiência por mais de 30 minutos, esta poderá ser adiada. 
O advogado de qualquer das partes pode se dirigir à 
secretaria da vara e obter uma certidão, no sentido de que 
ele estava presente na sede do juízo no horário designado 
para a audiência e que o magistrado não estava presente e 
que se passaram mais de 30 minutos, e então irá requerer 
o adiamento da audiência. Se o magistrado estiver fazendo 
outra audiência e esta se prolongue devido ao 
procedimento (oitiva de muitas testemunhas, 
complexidade das provas a serem produzidas...), não será 
considerado, pela jurisprudência, um atraso injustificado 
que cause o adiamento da audiência, nesse caso, o 
advogado e as partes deverão aguardar a finalização da 
audiência que está em andamento para realizar a sua. 
O impedimento para que alguma das partes ou testemunha 
comparecesse à audiência deverá ser comprovado até 
início da audiência, sob pena do juiz proceder com a 
instrução, então, no momento em que o juiz inicia os 
trabalhos, deverá ser demonstrado a ele que algum dos 
integrantes do processo, por algum motivo justificado, não 
puderam comparecer à audiência e o adiamento deve ser 
pedido imediatamente, pois, iniciados os trabalhos, a 
audiência não poderá ser postergada. 
Se o advogado da parte não comparecer à audiência, seja 
do autor ou do réu, se estendendo também a defensoria 
pública e ao Ministério Público, o juiz poderá, nos termos 
do §2º, dispensar a produção das provas requeridas por 
aquelas partes. 
A parte que deu ensejo ao adiamento da audiência deve se 
responsabilizar pelas custas que se derem devido ao 
adiamento (como por exemplo, o translado das 
testemunhas, custo de intimação das partes). Se o 
adiamento foi feito por convenção das partes, elas irão 
ratear entre si as despesas. 
Art. 363. Havendo antecipação ou adiamento da 
audiência, o juiz, de ofício ou a requerimento da parte, 
determinará a intimação dos advogados ou da 
sociedade de advogados para ciência da nova 
designação. 
Se houver a antecipação ou adiamento da audiência, seja 
ela determinada de ofício ou a requerimento das partes o 
juiz deverá intimar os advogados ou a sociedade de 
advogados para comunicar a designação da nova data da 
AIJ. 
A ausência da testemunha dará ensejo ao adiamento da 
audiência se foi intimada e não compareceu. No entanto, se 
não foi intimada, o não comparecimento da testemunha só 
implica adiamento se houver justificação. Do contrário, a 
prova não será realizada, como se dela houvesse desistido 
tacitamente a parte. Portanto, se a parte dispensar a 
intimação da testemunha que arrolou, e esta testemunha 
não compareceu à audiência, se considerará que a parte 
desistiu de ouvi-la, a menos que se justifique a ausência 
desta, porém o trâmite é mais complicado, visto que a 
própria parte abriu mão da intimação dessa testemunha, se 
comprometendo a leva-la na AIJ., 
Se o assistente técnicose ausentar sem justo motivo, a 
audiência não será adiada. 
O atraso na entrega do laudo pericial pelo perito, que pode 
pedir prorrogação do seu prazo (diante da complexidade do 
caso, se o juiz considerar esse motivo justo, poderá deferir 
o pedido de prorrogação), poderá conduzir ao adiamento 
da audiência, bem como a demora na intimação das partes 
para se manifestarem sobre o referido laudo. 
Quando o laudo pericial é apresentado, as partes são 
intimadas a se manifestar sobre ele, e ao fazê-lo, caso 
tenham pugnado em momento oportuno, poderão 
apresentar quesitos complementares para elucidar melhor 
a situação, se o juiz deferir esses quesitos complementares, 
o perito terá um prazo para responde-los e posteriormente 
as partes serão novamente intimadas a se manifestarem 
sobre a resposta à esses novos quesitos. Portanto, esses 
fatores podem gerar a necessidade de um adiamento da AIJ, 
visto que o laudo pericial deverá ser produzido antes dela. 
Unidade e continuidade da audiência: 
Art. 365. A audiência é una e contínua, podendo ser 
excepcional e justificadamente cindida na ausência de 
perito ou de testemunha, desde que haja concordância 
das partes. 
Parágrafo único. Diante da impossibilidade de 
realização da instrução, do debate e do julgamento no 
mesmo dia, o juiz marcará seu prosseguimento para a 
data mais próxima possível, em pauta preferencial. 
Unidade: Reside no fato de as atividades de conciliação, 
instrução, debate e julgamento estarem reunidas numa só 
audiência. Portanto a AIJ é um ato processual complexo. 
Continuidade: Reside na exigência que toda a atividade de 
conciliação, instrução, debate e julgamento se concentre 
numa só sessão. Porém, excepcionalmente a audiência 
poderá cindir-se, onde seu prosseguimento será marcado 
pelo juiz na data mais próxima possível em sua pauta. Na 
sua continuidade, se tratará da mesma sessão pública, não 
se considerará como uma nova. 
Questões pertinentes: 
• Situação fática: Luísa foi intimada por Lúcia para ser 
testemunha em uma ação judicial que Lúcia está movendo 
contra Vera, pleiteando reparação civil em decorrência de 
acidente de trânsito que foi presenciado somente por Luísa. 
A intimação se deu por meio de carta com aviso de 
recebimento, sendo este devidamente juntado aos autos 
com cinco dias de antecedência da audiência. Ocorre que 
Luísa, que não conhecia nenhuma das partes envolvidas no 
acidente, não compareceu no dia da audiência de instrução 
e julgamento, sem nenhuma justificativa. Em decorrência 
de sua ausência, com fundamento no Código de Processo 
Civil, é correto afirmar que: Luísa poderá ser conduzida 
coercitivamente, caso qualquer uma das partes ou o Juiz 
entendam que seu depoimento é imprescindível para 
adequada solução do litígio. 
•Na audiência de instrução e julgamento, o juiz exerce o 
poder de polícia, incumbindo-lhe ordenar que se retirem da 
sala de audiência quaisquer pessoas que se comportarem 
inconvenientemente. 
• A gravação da audiência pode ser realizada diretamente 
por qualquer das partes, independentemente de 
autorização judicial. 
• A audiência é una e contínua, podendo ser excepcional e 
justificadamente cindida na ausência de perito ou de 
testemunha, desde que haja concordância das partes. 
• Incumbe ao juiz a manter a ordem e decoro e também 
incumbe ao juiz registrar em ata, com exatidão, todos os 
requerimentos apresentados em audiência. 
• As provas em audiência de instrução e julgamento 
deverão ser produzidas preferencialmente nesta ordem: o 
perito e assistentes técnicos se houverem; o autor e em 
seguida o réu que prestarão depoimento pessoal; as 
testemunhas arroladas pelo autor e por fim as arroladas 
pelo réu. 
• A audiência de instrução e julgamento poderá ser adiada 
por convenção das partes; por atraso injustificado de seu 
início em tempo superior a 30 (trinta) minutos do horário 
marcado e se não puder comparecer, por motivo 
justificado, qualquer pessoa que dela deva necessariamente 
participar. 
• Como consequência jurídica para a ausência injustificada 
do advogado do autor à audiência de instrução e 
julgamento, o juiz poderá dispensar a produção das provas 
por ele requeridas. 
• O juiz pode inquirir as testemunhas tanto antes quanto 
depois da inquirição feita pelas partes. 
• As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente 
à testemunha, começando pela que a arrolou, não 
admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a resposta, 
não tiverem relação com as questões de fato objeto da 
atividade probatória ou importarem repetição de outra já 
respondida. 
• O não comparecimento injustificado do advogado de 
qualquer das partes na audiência de instrução e julgamento 
não implicará a revelia para o réu nem a extinção do 
processo para o autor; porém, o juiz poderá dispensar a 
produção de provas requeridas pela parte cujo advogado 
estiver ausente. 
• Enquanto depuserem o perito, os assistentes técnicos, as 
partes e as testemunhas, não poderão os advogados e o 
Ministério Público intervir ou apartear, sem licença do juiz. 
• Subscreverão o termo da audiência o juiz, os advogados, 
o membro do Ministério Público e o escrivão ou chefe de 
secretaria, dispensadas as partes, exceto quando houver 
ato de disposição para cuja prática os advogados não 
tenham poderes. 
• Finda a instrução, o juiz dará a palavra ao advogado do 
autor e do réu, bem como ao membro do Ministério 
Público, se for o caso de sua intervenção, sucessivamente, 
pelo prazo de 20 (vinte) minutos para cada um, prorrogável 
por 10 (dez) minutos, a critério do juiz. 
• O juiz poderá dispensar a produção de provas requerida 
pelo Ministério Público ou pelo defensor público, se o 
promotor de justiça ou o defensor público não 
comparecerem à audiência.

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