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AURA - Civil 1 - Parte Geral - Aula 1-2 (1)

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DIREITO CIVIL
PARTE GERAL
PROF. PABLO DOMINGUEZ MARTINEZ
Mestre em Direito Constitucional pela Universidade Federal Fluminense - UFF.
Pós-Graduado em Direito Privado pela Universidade Federal Fluminense – UFF.
Professor do Curso de Graduação em Direito Civil e Introdução ao Estudo do Direito da Universidade Estácio de Sá.
Advogado e Consultor Jurídico. 
Coordenador do curso de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Unidade P. Vargas.
Currículo Lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4326859P2
E-mail: pdmartinez@gmail.com.br
AVALIAÇÃO
As avaliações serão presenciais e digitais dividas da seguinte forma: Avaliação 1 (AV1), Avaliação 2 (AV2), Avaliação Digital e Avaliação 3 (AV3). 
AV1:
Prova individual com valor de 7 (sete) pontos;
Atividades acadêmicas avaliativas com valor de 3 (três) pontos, por meio de um fórum (até 1 ponto) e uma situação problema (até 2 pontos).
A soma de todas as atividades que possam vir a compor o grau final da AV1 não poderá ultrapassar o grau máximo de 10 (dez) pontos. 
AVALIAÇÃO
AV2 e AV3. 
Contemplará todos os temas abordados pela disciplina (isto é, em todo o semestre) e será composta por uma prova teórica, no formato PNI - Prova Nacional Integrada, que valerá 10,0 (dez) pontos, na forma do Regulamento de provas.
AVALIAÇÃO
Para aprovação na disciplina o aluno deverá: 
1. Atingir resultado igual ou superior a 6,0, calculado a partir da média aritmética entre os graus das avaliações, sendo consideradas apenas as duas maiores notas obtidas dentre as três etapas de avaliação (AV1, AV2, Avaliação Digital e AV3). 
A composição final se dará a partir da composição da média aritmética entre os graus de avaliação presencial e digital.
2. Obter grau igual ou superior a 4,0 em, pelo menos, duas das três avaliações. 
3. Frequentar, no mínimo, 75% das aulas ministradas.
CURSO DE DIREITO CIVIL
a importância da disciplina;
metodologia de ensino;
utilização do material didático;
Plano de Ensino e o Mapa Conceitual da Disciplina;
CURSO DE DIREITO CIVIL
Plano de Ensino e o Mapa Conceitual da Disciplina
1) O CC de 2002 (análise histórica)
2) Das Pessoas
Pessoa natural (personalidade; capacidade; domicílio; direitos da personalidade; fim da personalidade; morte presumida; ausência)
Pessoa jurídica (início, requisitos, classificação, representação; responsabilização; extinção)
3) dos Bens (bem e patrimônio; classificações; bens públicos)
CURSO DE DIREITO CIVIL
Plano de Ensino e o Mapa Conceitual da Disciplina
4) Dos fatos jurídicos (fato natural e jurídico – classificações: fatos naturais; ato-fato jurídico; ato jurídico stricto sensu)
5)Dos negócios jurídicos (estrutura, elementos, classificação; planos do negócio jurídico; elementos acidentais dos negócios jurídicos)
6) Dos defeitos do negócio jurídico (erro, dolo, coação, lesão, estado de perigo, fraude contra credores, simulação)
7) Teoria geral da invalidade dos negócios jurídicos (nulidade e anulabilidade)
8) Prescrição e decadência (início, diferenças, prazos, espécies)
9) Atos ilícitos e responsabilidade civil – noções gerais.
CURSO DE DIREITO CIVIL
Bibliografia:
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, 8ª. Ed., vol.1, RJ: Saraiva.
TARTUCE, Flávio. Direito Civil. 8. ed. revista e atualizada. São Paulo: Método, 2012.
GAGLIANO, Pablo Stolze e PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil. 12. ed. São Paulo: Saraiva.
NADER, Paulo. Curso de Direito Civil. 7. ed. rev. Rio de Janeiro: Forense.
VENOSA ,Silvio de Salvo. Direito Civil Parte Geral .São Paulo: Atlas. 2010.
AULAS
3 horas-aulas teóricas presenciais 
+ 
1 hora - aula digital (conteúdo digital)
(Aulas 01, 02, 03, 04)
AULAS
Assistir ao conteúdo interativo da aula 1
(Constitucionalização do Direito Civil)
AULA 1
Roteiro
1 .1  DIREITO CIVIL E NEOCONSTITUCIONALISMO
1 .2  INTERPRETAÇÃO DO CÓDIGO CIVIL SEGUNDO A CONSTITUIÇÃO
1 .3  BIODIREITO E PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
SITUAÇÃO-PROBLEMA: 
Na atualidade, não se cuida de buscar a demarcação dos espaços distintos e até contrapostos. Antes, havia uma disjunção; hoje, há unidade hermenêutica, tendo a Constituição como ápice conformador da elaboração e aplicação da legislação civil. A mudança de atitude é substancial: deve o jurista interpretar o Código Civil segundo a Constituição, e não a Constituição segundo o Código, como ocorria com frequência (e ainda ocorre). A mudança de atitude também envolve certa dose de humildade epistemológica? (LÔBO, Paulo. Teoria geral das obrigações. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 2). 
Como é possível harmonizar a interpretação das normas cíveis à luz das normas constitucionais? Seria possível, por exemplo, exigir que um plano de saúde concedesse cobertura de determinado tratamento médico com fulcro no princípio constitucional da dignidade da pessoa humana?
PARA PENSAR...
CURSO DE DIREITO CIVIL
Evolução do Direito Civil
Roma  criação dos principais institutos
Sec. XVII e XVIII  iluminismo
Renascimento (valorização do homem: antropocentrismo; visão liberal – econômica e política)
			 BURGUESIA
CURSO DE DIREITO CIVIL
O Direito Civil, por sua vez, orienta, regula e estuda a relação entre os particulares, pessoas físicas ou jurídicas. As relações entre os particulares é campo do Direito Privado, e divide-se em relações pessoais, familiares, patrimoniais e obrigacionais, estando disciplinadas no Código Civil, conhecido entre os estudiosos por “constituição do homem comum”.
CURSO DE DIREITO CIVIL
CODIFICAÇÃO
A dinâmica, amplitude e complexidade das relações privadas indicavam a necessidade de sua codificação, com vistas a tornar claro e uniforme a aplicação do direito a cada caso concreto.
CONSOLIDAÇÃO DE UM PROGRAMA POLÍTICO
CURSO DE DIREITO CIVIL
			 BURGUESIA
 REVOLUÇÃO FRANCESA
CURSO DE DIREITO CIVIL
			
 REVOLUÇÃO FRANCESA (valores liberais)
CURSO DE DIREITO CIVIL
			
 REVOLUÇÃO FRANCESA (valores liberais)
Patrimônio
Individualismo
- Não interferência estatal
(Pacta sunt servanda)
CURSO DE DIREITO CIVIL
Consequência: Excesso do liberalismo
 OPRESSÃO ECONÔMICA
 ( Sujeito como mercadoria )
Pressão por uma posição estatal
Constituição Mexicana (1917)
Constituição de Weimer (1919)
Surgimento dos Direitos sociais:
Diante das desigualdades fundadas na igualdade formal, o Estado volta a intervir.
CURSO DE DIREITO CIVIL
2ªGUERRA MUNDIAL
Valorização do individuo 
(Dignidade da pessoa humana)
Solidariedade social
CURSO DE DIREITO CIVIL
Valorização da Constituição como eixo normativo
Constitucionalização do Direito privado
Aplicação direta e imediata da Constituição da República de 1988 às relações privadas.
Tratamento constitucional de normas pertinentes à vida privada, como a família, o contrato e a propriedade privada.
Existência de plurissistemas.
CURSO DE DIREITO CIVIL
Evolução do direito Civil no Brasil
CURSO DE DIREITO CIVIL
Novo Código Civil de 2002
Princípios ordenadores do Código Civil:
Eticidade
Socialidade (solidariedade)
Operabilidade
CURSO DE DIREITO CIVIL
Novo Código Civil de 2002
Eticidade
Socialidade (solidariedade)
Operabilidade
Normas estruturadas por meio das cláusulas gerais.
CURSO DE DIREITO CIVIL
Plano de Ensino e o Mapa Conceitual da Disciplina
1) O CC de 2002 (análise histórica)
2) Das Pessoas
Pessoa natural (personalidade; capacidade; domicílio; direitos da personalidade; fim da personalidade; morte presumida; ausência)
Pessoa jurídica (início, requisitos, classificação, representação; responsabilização; extinção)
3) dos Bens (bem e patrimônio; classificações; benspúblicos)
CURSO DE DIREITO CIVIL
Plano de Ensino e o Mapa Conceitual da Disciplina
4) Dos fatos jurídicos (fato natural e jurídico – classificações: fatos naturais; ato-fato jurídico; ato jurídico stricto sensu)
5)Dos negócios jurídicos (estrutura, elementos, classificação; planos do negócio jurídico; elementos acidentais dos negócios jurídicos)
6) Dos defeitos do negócio jurídico (erro, dolo, coação, lesão, estado de perigo, fraude contra credores, simulação)
7) Teoria geral da invalidade dos negócios jurídicos (nulidade e anulabilidade)
8) Prescrição e decadência (início, diferenças, prazos, espécies)
9) Atos ilícitos e responsabilidade civil – noções gerais.
Indicação de leitura 
Artigo: “A filha das estrelas em busca do artigo perdido” 
Autor: Luiz Edson Fachin.
Artigo: O direito protetivo no Brasil após a Convenção sobre a Proteção da Pessoa com Deficiência: impactos do novo CPC e do Estatuto da Pessoa com Deficiência
Autora: Joyceane Bezerra de Menezes
Disponível em: Civilistica.com – a.4.n.1.2015
http://civilistica.com/o-direito-protetivo-no-brasil/
Artigo: “Conceito médico-forense de morte”.
Autora: maria celeste cordeiro leite dos santos
JURISPRUDÊNCIA
WWW.TJRJ.JUS.BR
EXEMPLO DE FUNÇÃO SOCIAL
0001624-94.2015.8.19.0021 – APELACAO
DES. JEAN ALBERT DE SOUZA SAADI - Julgamento: 13/07/2016 – 25ª CAMARA CIVEL CONSUMIDOR 
APELAÇÃO CÍVEL. Relação de consumo. Plano de saúde. Paciente idoso diagnosticado com retinopatia diabética, com evolução para edema macular em ambos os olhos. Injusta recusa de cobertura ao tratamento médico, sob o pretexto de tratar-se de medicamento em desacordo com o contrato e com as diretrizes da ANS. Cabe somente ao médico, e não à seguradora de saúde, a indicação do tratamento adequado ao paciente, não sendo lícito que aquela oponha óbices infundados. A recusa esvazia o conteúdo da avença, violando os princípios da boa-fé objetiva e da função social do contrato. Cláusula contratual abusiva. Orientação jurisprudencial do STJ e desta Corte. Dano moral in re ipsa fixado em R$ 7.000,00, verba que atende aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO.
Situação – problema: aula 1
Na atualidade, não se cuida de buscar a demarcação dos espaços distintos e até contrapostos. Antes havia uma disjunção: hoje, a unidade hermenêutica, tendo a Constituição como ápice conformador da elaboração e aplicação da legislação civil. 
A mudança de atitude é substancial: deve o jurista interpretar o Código Civil segundo a Constituição e não a Constituição segundo o Código, como ocorria com frequência (e ainda ocorre). A mudança de atitude também envolve certa dose de humildade epistemológica? (LÔBO, Paulo. Teoria geral das obrigações. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 2).
Como é possível harmonizar a interpretação das normas cíveis à luz das normas constitucionais? Seria possível, por exemplo, exigir que um plano de saúde concedesse cobertura de determinado tratamento médico com fulcro no princípio constitucional da dignidade da pessoa humana?
Situação – problema: aula 1
Resposta: Realização de uma interpretação civil-constitucional de institutos privados, evidenciando que a base principiológica do CC/2002 tem fundamento constitucional.
Leitura adicional
Sobre o diálogo das fontes leia o tópico 2.7 do livro: TARTUCE, Flávio. Direito Civil: Lei de introdução e parte geral. 16. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2020, v. 1. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788530989309/cfi/6/2!/4/2/2@0:16.0
CONCEITO DE DIREITO CIVIL
“É o ramo do Direito Privado que trata do conjunto de normas e princípios reguladores de direitos e obrigações de ordem privada, concernente às pessoas, seus direitos e obrigações, seus bens, e às suas relações enquanto membros da sociedade.”
CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO 
Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002
PARTE GERAL
Livro I		DAS PESSOAS
Livro II		DOS BENS
Livro III		DOS FATOS JURÍDICOS 
 
 
PARTE ESPECIAL
Livro I		DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
Livro II		DO DIREITO DE EMPRESA
Livro III		DO DIREITO DAS COISAS
Livro IV		DO DIREITO DE FAMÍLIA
Livro V		DO DIREITO DAS SUCESSÕES
O Fenômeno da Codificação
CÓDIGO: é uma lei que apresenta um conjunto sistemático e unitário de normas jurídicas (regras e princípios) relacionadas à disciplina fundamental de um determinado ramo do Direito.
DESVANTAGENS 
FOSSILIZAÇÃO
APEGO AO FORMALISMO
 (letra pura da lei) 
RIGIDEZ 
 VANTAGENS
UNIFICAÇÃO DO DIREITO
ESTUDO SISTEMATIZADO
FLEXIBILIZAÇÃO: 
CLÁUSULAS GERAIS
CONCEITOS JURÍDICOS INDETERMINADOS
MICROSSISTEMAS JURÍDICOS
LEIS ESPECIAIS
MICROSSISTEMAS JURÍDICOS PROTETIVOS
E LEIS ESPECIAIS
Lei 8.078/90 – CÓDIGO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR
Lei 8.069/90 – ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE/ 
Lei 12.852/13 ESTATUTO DA JUVENTUDE
Lei 10.741/03 – ESTATUTO DO IDOSO
Lei 13.146/2015 – ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA 
Lei 13.015/2015 – NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL 
Lei 13.140/2015 – LEI DE MEDIAÇÃO
Lei 11.340/06 – LEI MARIA DA PENHA (VIOLÊNCIA DOMÉSTICA)
Lei 9.278/96 – UNIÃO ESTÁVEL
Lei 11.804/08 – ALIMENTOS GRAVÍDICOS
Lei 13.058/14 – GUARDA COMPARTILHADA
Lei 12.318/10 – ALIENAÇÃO PARENTAL
Lei 9.503/97 – CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO
Lei 6.015/73 – LRP – LEI DE REGISTROS PÚBLICOS
Lei 9.434/97 – TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS
Lei 13.185/2015 - BULLYING
DIFERENÇAS
CÓDIGO CIVIL DE 1916
CÓDIGO CIVIL DE 2002
1 – Realidade típica de uma sociedade colonial 
2- Sociedade Patriarcal (pátrio poder)
3 – Patrimonialista
4 – Individualista 
5 – Excessivo rigor formal 
6 – Desigualdade entre homens e mulheres
7 – Casamento matrimonializado
8- Diferenças quanto à filiação
1- Realidade contemporânea 
2- Sociedade Democrática, livre, justa, igualitária e solidária
3- Personalista (repersonalização do Direito) 
4- Solidária (proteção aos grupos vulneráveis e marginalizados)
5- Nova técnica legislativa
6- Igualdade entre as pessoas
7- Pluralidade de entidades familiares
8- Isonomia entre os filhos
Repersonalização do Direito Privado
Recolocação da pessoa humana como o centro de proteção do Direito Civil. 
Despatrimonialização: valorização da pessoa humana, colocando-a acima do patrimônio.
Direito Civil e a Constituição da República de 1988.
O FENÔMENO DA CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO DIREITO PRIVADO
TÁBUA AXIOLÓGICA CONSTITUCIONAL:
A) PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA (art. 1°, III, CF/88)
B) PRINCÍPIO DA IGUALDADE OU ISONOMIA (art. 5°, caput e inciso I, CF)
C) PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE (art. 3º, CF/88)
Exemplos do impacto da Constituição no Direito de Família
União Estável: reconhecida como entidade familiar; 
Maioridade Civil: aos 18 anos; 
Regime de bens: pode ser alterado por acordo entre os cônjuges; 
Exames de DNA para comprovação de paternidade: a recusa implica reconhecimento da filiação; 
Filhos nascidos fora do casamento: não há mais distinção entre filhos de qualquer origem; 
Guarda dos filhos em caso de separação: os filhos podem ficar com o pai ou a mãe; 
Testamento: não mais precisa ser feito à mão pelo testador; 
Sucessão: o cônjuge passa a ser herdeiro necessário.
ETICIDADE 
SOCIALIDADE
OPERABILIDADE
Princípios norteadores
do Código Civil de 2002 (Miguel Reale)
Situação – problema: aula 1
Na atualidade, não se cuida de buscar a demarcação dos espaços distintos e até contrapostos. Antes havia uma disjunção: hoje, a unidade hermenêutica, tendo a Constituição como ápice conformador da elaboração e aplicação da legislação civil. 
A mudança de atitude é substancial: deve o jurista interpretar o Código Civil segundo a Constituição e não a Constituição segundo o Código, como ocorria com frequência (e ainda ocorre). A mudança de atitude também envolve certa dose de humildadeepistemológica? (LÔBO, Paulo. Teoria geral das obrigações. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 2).
Como é possível harmonizar a interpretação das normas cíveis à luz das normas constitucionais? Seria possível, por exemplo, exigir que um plano de saúde concedesse cobertura de determinado tratamento médico com fulcro no princípio constitucional da dignidade da pessoa humana?
Princípios do CC
ETICIDADE  boa-fé OBJETIVA
Ex: Contrato
Ex: Casal. Homem estéril. Inseminação artificial. Concordância. Negativa de paternidade.
SOCIALIDADE  função social
Ex: Função social do contrato, da propriedade, da empresa.
Ex: Vacinação, covid (imunização coletiva)
Ex: Desapropriação privada (Art. 1228, § 4 e 5, CC)
OPERABILIDADE 
Ex: linguagem
Ex: Organização sistemática (prescrição e decadência)
Situação – problema: aula 1
Resposta: Realização de uma interpretação civil-constitucional de institutos privados, evidenciando que a base principiológica do CC/2002 tem fundamento constitucional.
Exercício – aula 01
 (Procurador do Município de Diadema. 2008) Quanto à teoria da aplicação horizontal dos direitos fundamentais, analise os itens:
I A teoria da aplicação horizontal dos direitos fundamentais analisa a possibilidade do particular, não somente o Poder Público, ser o destinatário direto das obrigações decorrentes desses direitos fundamentais;
II O Brasil adotou, como discurso majoritário e influenciado pelo direito constitucional português, a não incidência dos direitos fundamentais no âmbito das relações privadas;
Exercício – aula 01
III O indivíduo que é expulso de cooperativa sem a observância da ampla defesa, visto que esse direito não está garantido pelo estatuto, sendo respeitado todo o normativo interno da entidade, não pode pleitear a anulação do ato perante o Poder Judiciário, visto que o indivíduo pactuou com o estatuto quando se filiou à cooperativa, sabendo que esse direito fundamental não era garantido;
IV Aplicação direta e imediata do efeito externo dos direitos fundamentais tem por objetivo impedir que o indivíduo saia de uma condição de liberdades frente ao Estado e caia em uma relação de servidão com os entes privados.
Exercício – aula 01
Está(ão) correta(s) apenas a(s) assertiva(s):
(A) I e II;
(B) I e III;
(C) I e IV;
(D) II;
(E) III.
Exercício – aula 01
Está(ão) correta(s) apenas a(s) assertiva(s):
(A) I e II;
(B) I e III;
(C) I e IV;
(D) II;
(E) III.
Exercício 2 – aula 01
(Juiz de Direito. TJPR 2007) Sobre a constitucionalização do Direito Civil, é correto afirmar:
(A) As normas constitucionais que possuem estrutura de princípio se destinam exclusivamente ao legislador, que não pode contrariá-las ao criar as normas próprias do Direito Civil, não sendo possível, todavia, ao aplicador do Direito, empregar os princípios constitucionais na interpretação dessas normas de Direito Civil.
(B) A constitucionalização do Direito Civil se restringe à migração, para o texto constitucional, de matérias outrora próprias do Direito Civil.
Exercício 2 – aula 01
(Juiz de Direito. TJPR 2007) Sobre a constitucionalização do Direito Civil, é correto afirmar:
(C) A doutrina que sustenta a constitucionalização do Direito Civil afirma a irrelevância das normas infraconstitucionais na disciplina das relações interprivadas.
(D) A eficácia dos direitos fundamentais nas relações entre particulares, seja de forma indireta e mediata, seja de forma direta e imediata, é defendida pela doutrina que sustenta a constitucionalização do Direito Civil.
Exercício 2 – aula 01
(D) A eficácia dos direitos fundamentais nas relações entre particulares, seja de forma indireta e mediata, seja de forma direta e imediata, é defendida pela doutrina que sustenta a constitucionalização do Direito Civil.
Exercício 2 – aula 01
Sobre a eficácia horizontal dos direitos fundamentais, leia o julgado abaixo, do Supremo Tribunal Federal, em que esta tese foi adotada, no sentido de assegurar direito à ampla defesa a associado que fora excluído do quadro de uma pessoa jurídica:
A Turma, concluindo julgamento, negou provimento a recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro que mantivera decisão que reintegrara associado excluído do quadro da sociedade civil União Brasileira de Compositores (UBC), sob o entendimento de que fora violado o seu direito de defesa, em virtude de o mesmo não ter tido a oportunidade de refutar o ato que resultara na sua punição. v. Informativos n. 351, 370 e 385. 
Exercício 2 – aula 01
Entendeu-se ser, na espécie, hipótese de aplicação direta dos direitos fundamentais às relações privadas. Ressaltou-se que, em razão de a UBC integrar a estrutura do ECAD. Escritório Central de Arrecadação e Distribuição, entidade de relevante papel no âmbito do sistema brasileiro de proteção aos direitos autorais, seria incontroverso que, no caso, ao restringir as possibilidades de defesa do recorrido, a recorrente assumira posição privilegiada para determinar, preponderantemente, a extensão do gozo e da fruição dos direitos autorais de seu associado. Concluiu-se que as penalidades impostas pela recorrente ao recorrido extrapolaram a liberdade do direito de associação e, em especial, o de defesa, sendo imperiosa a observância, em face das peculiaridades do caso, das garantias constitucionais do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Vencidos a Min. Ellen Gracie, relatora, e o Min. Carlos Velloso, que davam provimento ao recurso, por entender que a retirada de um sócio de entidade privada é solucionada a partir das regras do estatuto social e da legislação civil em vigor, sendo incabível a invocação do princípio constitucional da ampla defesa? (Supremo Tribunal Federal, RE 201.819/RJ, Rel. Min. Ellen Gracie, Rel. p/ o acórdão Min. Gilmar Mendes, j. 11.10.2005, RE 201.819).
Leitura adicional
Sobre o diálogo das fontes leia o tópico 2.7 do livro: TARTUCE, Flávio. Direito Civil: Lei de introdução e parte geral. 16. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2020, v. 1. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788530989309/cfi/6/2!/4/2/2@0:16.0

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