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MECÂNICA DOS SOLOS aula 3 e 4

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MECÂNICA DOS SOLOS 
ENGa. DRa. MONICA MACHADO STUERMER 
monica.stuermer@gmail.com 
 
AULA 3 
Sondagem de reconhecimento dos 
solos 
Sondagem de simples reconhecimento - SPT 
A investigação das propriedades 
mecânicas dos solos é fundamental 
para que sobre ele se assente uma 
edificação com a segurança 
necessária. 
 
O conhecimento do solo é condição 
necessária para a elaboração de um 
projeto racional e seguro. 
 
 
 
Sondagem 
 é o conjunto de operações 
executadas com o objetivo de se 
obter simultaneamente os quatro 
requisitos básicos para a 
investigação do solo. 
 
Sondagem compreende: 
 Perfuração 
Amostragem 
Relatório 
Alguns itens básicos de uma 
investigação de sondagem são: 
• Número mínimo de sondagens; 
• Localização dos furos de sondagem; 
• Profundidade. 
SONDAGENS DE RECONHECIMENTO NBR – 8036/83 
Sondagem de simples reconhecimento - 
SPT 
Relatório: 
 
1. Determinação do tipo de solo 
 
2. Determinação da condição 
 
3. Determinação da espessura das camadas 
 
4. Informações sobre ocorrência de água 
Compacidade das areias 
Consistência das argilas 
Sondagem de simples reconhecimento – SPT 
Prof. Helcio Masini 6 
Sondagem SPT 
Cravação de haste 
com amostrador 
Assessórios 
Sondagem de simples reconhecimento - SPT 
Sondagem de simples reconhecimento - SPT 
Sondagem de simples reconhecimento - SPT 
Etapas de execução: 
 
1) Coletar amostras do solo, através da 
retirada de amostra deformada a cada 1 
metro de profundidade; 
 
2) Obter o nº de golpes necessários para a 
cravação do amostrador padrão no solo, à 
cada metro; 
 
3) Obter a posição do nível d’água 
 
A obtenção do numero de golpes é bastante 
simples: a cada metro de profundidade, 
contar o número de golpes para penetrar 15 
cm, em 3 sequencias, até atingir-se 45 cm. 
 
O número SPT (N) será a soma golpes 
necessários para penetrar os últimos 30cm 
Sondagem de simples reconhecimento - SPT 
Número mínimo de sondagens 
 
Para áreas de edificação em planta 
menores do que 200 m2, no mínimo 2 
furos e para áreas entre 200 e 400 m2, no 
mínimo 3 furos. 
 
 
Deve ser feito um furo a cada 200 m2 de 
edificação em planta de até 1200 m2 e um 
furo a cada 400 m2 de edificação em 
planta para áreas entre 1200 e 2400 m2. 
 
 
Para áreas superiores a 2400 m2, deve ser 
realizado plano específico. 
 
 
 
 
 
Localização dos furos 
 
Distância máxima de 100 m entre furos. Adota-
se, normalmente, de 15 a 20 m. 
 
Priorizar as posições relevantes na obra e 
pontos de maior carga: escadas, elevadores e 
reservatórios. 
 
Caso o projeto arquitetônico não esteja 
definido ainda, podem surgir pontos de 
sondagem a analisar após a definição do 
projeto. 
 
As sondagens não devem estar alinhadas 
A profundidade a ser atingida na sondagem é normalmente até a camada impenetrável, 
a partir de ensaios de campo usuais. 
Também se pode definir a profundidade, em alguns tipos de fundação, com consulta ao 
projetista. 
Sondagem de simples reconhecimento - SPT 
Argilas e siltes 
argilosos 
Areias e siltes 
arenosos 
 
Sondagem de simples reconhecimento - SPT 
Sondagem de simples reconhecimento - SPT 
0 
15 
30 
45 
50 
Resistência à Penetração 
N 
 Índice de Resistência à Penetração (N) = nº de golpes necessários à 
cravação do amostrador 2ª e 3ª camadas. 
N 
2
0
 g
o
lp
es
 
1
 g
o
lp
e 3
0
 g
o
lp
es
 
Sondagem SPT 
Sondagem de simples reconhecimento - SPT 
AULA 4 
Estudo de tensões e resistência dos 
solos 
16 
Estudo de tensões 
Solos são constituídos de 
partículas, quaisquer esforços a 
ele aplicados, serão 
transmitidos partícula a 
partícula, além dos suportados 
pela água dos vazios. 
Tensão Normal Tensão Cisalhante 
área
N

área
T

Pressão Vertical Total – é aquela que corresponde ao peso de tudo que estiver 
acima do ponto em estudo. 
Pressão neutra – é a da água intersticial nos solos saturados. 
Pressão vertical efetiva – é a correspondente à pressão média nos contatos 
entre os grãos de solo, isto é, é a parcela do peso total suportada pelos sólidos 
do solo. 
Estudo de tensões 
O experimento de Terzaghi 
Experimento de Terzaghi – analogia da esponja 
Estudo de tensões 
Se a Pressão Efetiva for negativa ou igual a 0, significa que não 
há pressão e nem contato entre os grãos do solo que podem se 
mover livremente como um fluido. 
Fenômeno da Liquefação das areias 
Areia Movediça 
Conclusão de Terzaghi 
O comportamento do solo, sua resistência, e sua 
deformabilidade, variam exclusivamente com a Pressão Efetiva. 
Isto é somente a pressão efetiva produz efeito no solo. 
O experimento de Terzaghi 
Estudo de tensões 
Exemplo numérico: 
Uma piscina tem 
dimensões de 10 m por 7 
m, profundidade útil de 3 
m e um peso de estrutura 
de 78 tf , escavada em um 
solo arenoso cujo lençol 
freático se encontra a 1 m 
de profundidade. 
Quando a mesma foi 
esvaziada para limpeza, 
sofreu ruptura da laje do 
fundo. Explicar o 
fenômeno e resolver o 
problema. 
Estudo de tensões 
AULA 5 
Permeabilidade e adensamento dos 
solos 
Fonte: Bechara, 2006 
O estudo da percolação de água no solo, ou seja, a permeabilidade, é 
importante porque intervêm num grande número de problemas práticos, tais como 
drenagem, rebaixamento do nível d’água, cálculo de vazões, análise de recalques e 
estudo de estabilidade. 
Permeabilidade dos solos 
O solo como sistema de armazenamento de 
água 
O interior da Terra 
funciona como um 
vasto reservatório 
subterrâneo para a 
acumulação e 
circulação das 
águas que nele se 
infiltram. 
Fonte: Bechara, 2006 
Permeabilidade dos solos 
A água subterrânea é 
originada 
predominantemente da 
infiltração das águas das 
chuvas, sendo este 
processo de infiltração de 
grande importância na 
recarga da água no 
subsolo. A recarga 
depende do tipo de 
rocha, cobertura vegetal, 
topografia, precipitação e 
da ocupação do solo. 
Lei de Darcy (1856) 
ik
A
Q
v .
Q – Vazão 
A – Área da seção transversal ao fluxo 
k – Coeficiente de permeabilidade 
i – gradiente hidráulico 
“A velocidade (v) do fluxo de um líquido em 
um meio poroso é proporcional ao 
gradiente hidráulico” 
Permeabilidade dos solos 
Hidráulica dos solos 
Permeabilidade dos solos 
Depende dos seguintes fatores: 
• Granulometria – quanto mais fino menor a permeabilidade; 
• Porosidade – quanto maior a porosidade maior a 
permeabilidade 
• Estrutura de solos argilosos 
•Direção do fluxo – solos compactados, estratificados, ou com 
xistosidades 
•Grau de saturação 
•Temperatura 
O coeficiente de permeabilidade traduz a facilidade com que a água percola por um 
meio poroso, no caso, o solo. Tem unidade de velocidade [ cm/s] 
Hidráulica dos solos 
fino médio grosso fina média grossa fino médio grosso
1
1
0
 2
1
0
 -
4
1
0
 -
3
1
0
 -
1
2
0
,0
2
,0
6
,0
0
,2
0
,6
0
,0
2
0
,0
6
0
,0
0
2
0
,0
0
6
Silte Areia Pedregulho
K
 
[ 
c
m
 /
 s
 ] 1
0
 -
6
1
0
 -
1
0
1
0
 -
7
D
iâ
m
e
tr
o
 (
m
m
)
Argila
Coeficiente de permeabilidade (k) x Granulometria 
Fonte: Moura, P. 2000 
Permeabilidade dos solos 
De uma maneira genérica, pode-se definir compressibilidade 
como relação entre a variação de volume do solo e a variação do 
estado de tensões efetivas do mesmo. 
 
Entende-se por adensamento o processo de compressão ao 
longo do tempo de um solo saturado ocasionado pela expulsão 
de uma quantidade de água igual à redução do volume de vazios 
como resultado da transferência gradual do excesso de 
poropressão gerado pelo carregamento para a tensão efetiva. 
Adensamento de argilas moles 
Adensamento 
Analogia Mecânica 
Adensamento de argilas moles 
Adensamento de argilas moles 
Adensamento 
Hd = H0 / 2 para camada drenada em duas direções 
Hd = H0 se a é drenada em uma direção 
Adensamento de argilas moles 
Adensamento 
Perfil geológico simplificado da cidade de São Paulo 
Adensamentode argilas moles 
Fonte: Massad, 2003 
Adensamento de argilas moles 
Formação 
dos solos da 
planície 
litorânea 
santista 
Solo de Santos 
Solo de Santos 
Solo de Santos 
Seca sobre um lago 
Super-exploração dos recursos naturais fez o chão 
afundar e transformou a água em artigo de luxo na 
cidade do México 
(FONTE: http://www.estadao.com.br/megacidades/cidadedomexico.shtm) 
Sob o sol do fim de tarde, a luz incide em finas partículas de poluição que pairam no ar 
seco, represadas pela cadeia de montanhas vulcânicas que cercam a Cidade do México. 
Formam uma densa nuvem, colorindo a maior metrópole do continente americano de um 
amarelo desértico. É um cenário árido demais para um antigo vale de águas. Os 
primeiros sinais de civilização surgiram em uma pequena ilha no centro do Lago Texcoco, 
o maior de cinco que formavam o Vale do México. Juntos, somavam 891 quilômetros 
quadrados de superfície. Sobre esse lago está hoje a cidade do México, onde cerca de 
76,5% da população consome menos que os 150 litros diários de água recomendados 
pela OMS. A mancha urbana da região metropolitana da Cidade do México ocupa 1.926 
km 2 - o dobro do aqüífero original - e avança sobre a cordilheira. 
Geograficamente, o Vale do México é como um vaso de barro, tendo o lago como fundo e 
montanhas nas laterais. A baixa porosidade faz com que o solo retenha 80% da água. 
 
Cidade do México 
Assim como a cidade de São Paulo, a capital mexicana cresceu à revelia das condições 
geográficas e à custa do esgotamento de recursos naturais, comprometendo o 
fornecimento de água, drenada para permitir a ocupação do solo. Esse processo tornou 
necessária a exploração do lençol freático, que está secando. O esvaziamento do subsolo 
e a perfuração de 6 mil poços fazem o solo ceder e a cidade afundar cerca de 10 cm por 
ano. 
 
 O arquiteto Alfonso Iracheta resume: "Hoje, 20 milhões de moradores têm de abrir uma 
garrafa plástica para beber água. É uma cidade lacustre que corre o risco de morrer de 
sede." O esgotamento dos lagos obriga a exploração de fontes distantes da capital, que 
precisam ser bombeadas a mil metros de altura, a um custo de R$ 201 milhões por ano, 
consumindo energia suficiente para abastecer as cidade d e Guadalajara e Monterrey, 
onde vivem 8 milhões de pessoas. 
 
“ A Cidade do México já foi a Veneza das Américas", explica a engenheira Maria 
Perevochtikova. Os espanhóis viam os lagos como um perigo. A água parada poderia 
provocar contaminações, além de enchentes. Em 1789, abriram uma fenda na cordilheira, 
o Tajo de Nochistongo, para drenar a água. Desde então, os sistemas de drenagem foram 
sendo ampliados no ritmo da expansão urbana, a custos econômicos e ambientais 
altíssimos. Mas a metrópole ainda sofre com enchentes. 
 
 
C
I
D
A
D
E
 
D
O
 
M
É
X
I
C
O
 
A torre de pisa 
Por ter sido construída sobre um terreno de argila mole, pouco firme para sustentar uma edificação 
daquele porte, quando do início da torre, em 1173, seus três primeiros andares mal tinham acabado de ser 
erguidos e notou-se uma ligeira inclinação, devido ao afundamento do terreno e ao assentamento irregular 
das fundações. 
O engenheiro encarregado do projeto, Bonnano Pisano, tentou compensar a inclinação construindo os 
demais cinco andares ligeiramente mais altos do lado em que a estrutura pendia para baixo - mas o excesso 
de peso só fez a torre afundar ainda mais! 
 
A torre de pisa 
A construção só terminou na segunda metade do século XIV e, ao longo dos séculos, foram feitas várias 
tentativas de aprumar a estrutura de oito andares, mas de nada adiantaram. No século XX, a torre passou a 
se inclinar cerca de 1,2 milímetro por ano. Quando essa pendência em relação ao eixo chegou a 4,5 metros, 
em 1990, ela foi fechada ao público, sob risco de desmoronar. Desde então, várias propostas foram feitas 
para salvar a torre, até que uma delas, formulada por uma comissão de 14 especialistas, foi finalmente 
escolhida. Os trabalhos começaram em 1997 : tirar, aos poucos, terra do lado inclinado e reforçar a 
fundação com placas de chumbo para evitar qualquer perigo de desmoronamento enquanto o trabalho era 
realizado e injetar cimento no solo sob a torre. 
A obra consumiu 25 milhões de dólares e só terminou em junho de 2001, reduzindo em 40 centímetros a 
inclinação da torre, que foi reaberta ao público em 15 de dezembro do mesmo ano. 
AULA 6 
Terraplenagem e Compactação de 
solos 
43 
Terraplenagem e Compactação de solos 
Cortes 
1. Classificação do material a ser escavado 
1ª categoria: pode ser executado com equipamentos convencionais. (scraper, 
escavadeira hidráulica, pá carregadeira). 
Terraplenagem e compactação dos solos 
Prof. Helcio Masini 44 
Terraplenagem e Compactação de solos 
Cortes 
2ª categoria precisa ser destorroado antes de ser cortado ( escarificador, trator de 
esteira) 
Terraplenagem e compactação dos solos 
3ª categoria : (rochoso) precisa ser desmontado a fogo antes do corte 
2. Ocorrência de lençol freático 
Material argiloso: pode ser feita a escavação e em seguida o sistema de 
drenagem subterrânea (drenos cegos). 
Terraplenagem e compactação dos solos 
Cortes 
Terraplenagem e compactação dos solos 
Rebaixamentos definitivos de do nível d’água do aqüífero devem ser avaliados em 
um Relatório de Impacto Ambiental (RIMA). 
Material arenoso: não podem ser escavados em presença de água, sendo necessário 
executar primeiro o rebaixamento do lençol freático. 
Terraplenagem e compactação dos solos 
Rebaixamento de lençol freático – sistema de ponteiras 
48 
Terraplenagem e Compactação de solos 
Rebaixamento de lençol freático – sistema de ponteiras 
Terraplenagem e compactação dos solos 
49 
Terraplenagem e Compactação de solos 
Terraplenagem e compactação dos solos 
Terraplenagem e Compactação de solos Rebaixamento de lençol freático – sistema de ponteiras 
 
Terraplenagem e Compactação de solos 
Aterros 
Os aterros devem ter sua execução precedida de limpeza geral, roçada e capina, 
remoção da camada de solo vegetal, e de todo e qualquer entulho ou detritos, em toda 
a área a ser aterrada; 
 
Na presença de lençol freático fazer rebaixamento ou lançar material drenante 
(granular) como base do aterro; 
 
Em encostas escalonar o terreno natural para melhor encaixe do aterro 
Os aterros devem ter seu lançamento em camadas cuja 
espessura esteja compreendida entre 20 e 25 cm. 
Terraplenagem e compactação dos solos 
Terraplenagem e Compactação de solos 
Aterros 
A compactação deve ser realizada com o uso 
de rolos compactadores: 
pé de carneiro para solos argilosos 
liso com vibração para os solos arenosos 
Para áreas reduzidas existem equipamentos 
menores. 
Terraplenagem e compactação dos solos 
Aterros 
Controle de Qualidade da Compactação em 
Laboratório 
Ensaio de Proctor ou de Compactação 
Normal, Intermediário ou Modificado 
 
Peso específico seco máximo do solo (gdmáx) 
 Teor de umidade ótima do solo (Wót) 
As funções principais da compactação são: 
diminuir a compressibilidade do solo diminuir o volume de vazios do solo 
diminuir a permeabilidade do solo aumentar a resistência do solo 
Terraplenagem e compactação dos solos 
Terraplenagem e Compactação de solos 
Aterros 
Controle de Qualidade da Compactação no Campo 
 A camada será aceita se GC e DW atenderem às especificações de projeto, em geral : 
Método de Hilf 
Determina-se gdcampo e Wcampo de cada camada compactada 
 
Grau de Compactação Desvio de umidade 
dmáx
dcampo
GC
g
g
 ótcampo www D
%95GC %2Dw
Terraplenagem e Compactação de solos 
Terraplenagem e compactação dos solos 
Terraplenagem e Compactação de solos 
Volumes de Corte e Aterro 
Fatores de Redução e Empolamento 
Fator de Empolamento (FE) 
FE 
1,2 a 1,4 
FR 
0,7 a 0,9 
Fator de Redução (FR) 
FEVV Ctransp .
FRVVca .
Terraplenagem e compactação dos solos 
Terraplenagem e compactação dos solos 
Deve-se proteger a superfície dos taludes 
contra erosão; 
 
Sempre que possível, reservar solo 
argiloso para a cobertura dos aterros, 
compactando uma camada selante nas 
saias e patamares; 
 
A proteção superficial mais comum, 
eficiente e econômica é a vegetação 
rasteira ( grama); 
 
Deve-se evitar planos inclinados muito 
extensos onde a água possa correr com 
velocidade elevada, através da utilização 
de canaletas e sistemas de drenagem; 
 
Proteção superficial dos taludes 
 
Os sistemas de drenagem superficial devem 
afastar a água que incide sobre o talude 
evitando sua infiltração. 
Compactação de aterros 
Compactação de aterros 
Retaludamento 
São Bernardo - SP 
Retaludamento São 
Bernardo - SP 
Retaludamento 
São Bernardo - SP 
Retaludamento São Bernardo - SP 
AULA 7 
Movimento de massas de solo e 
contenções 
Movimento de massas de solo 
Os movimentos de massas de solo são 
classificados em 3 grandes grupos: 
Escoamentos, Subsidências e 
Escorregamentos 
Estabilidade de Taludes e Encostas 
Rastejo : Movimento lento, de limites 
indefinidos Estabilização por 
drenagem profunda e 
impermeabilização superficial 
Corrida: Movimento rápido de 
terra, areia ou lama 
Formam a “língua” 
1. Escoamentos : Movimentos contínuos – superfície de ruptura indefinida 
Estabilidade de encostas e taludes 
“Em Maio de 1998, 119 pessoas morreram na cidade 
de Sarno, sul da Itália, em correntes de lama que se 
seguiram a chuvas diluvianas nas ruas da localidade.” 
Fonte: http://www.europarl.europa.eu 
Corrida de lama 
Corrida de lama Taiwan 
agosto 2009 
“Um deslizamento de terra 
provocado pela passagem do 
tufão Morakot atingiu um 
povoado no sul de Taiwan e 
soterrou escolas, residências e 
centenas de pessoas sob 
toneladas de lama e destroços “ 
Fonte: http://www.parana-online.com.br/editoria/mundo/news/389561 
Estabilidade de encostas e taludes 
Corrida de lama 
Santa Catarina / 2009 
FONTE: www. jornalismob.wordpress.com/2008/11 
Osasco 2009 
 Fonte: http/img.estadao.com.br/fotos/27/0C/DE/ 
http://jornalismob.wordpress.com/2008/11/
http://jornalismob.wordpress.com/2008/11/
http://jornalismob.wordpress.com/2008/11/
Estabilidade de Taludes e Encostas 
2. Subsidências : Deslocamento com 
componente principal 
vertical 
Recalques (lento); 
Desabamentos (rápidos) 
Estabilidade de Taludes e Encostas Estabilidade de encostas e taludes 
Joinville, 2008 
 
Subsidência: Cajamar – SP 
1986 
 
“ ruídos semelhantes a trovoadas e explosões 
foram ouvidos nas imediações do local do 
colapso, que ocorreu por volta das 9:00 h, 
configurando, no fim da tarde, uma cratera de 
10 m de diâmetro e 10 m de profundidade. 
Casas com trincas recentes, provavelmente 
síncronas ao colapso, foram detectadas a mais 
de 400 m do local. 
 
Em dezembro a cratera atingiu 32 m de diâmetro 
por 13 m de profundidade, e estabilizou-se. 
 
Estabilidade de encostas e taludes 
A própria origem do bairro Lavrinhas liga-se ao 
contexto geológico, tendo surgido no início do 
século XX em decorrência da exploração de 
pedreiras de calcário da região.” 
Soluções adotadas: 
 Evacuação da população dos bairros 
Lavrinhas e Vila Branca e a interrupção 
temporária dos bombeamentos da água 
subterrânea na área, enquanto que os 
permanentes foram sintetizados numa 
proposição de zoneamento de risco, para o 
qual se estabeleceram diretrizes de 
implantação. Adicionalmente, foi efetuado um 
estudo que indicou áreas geotecnicamente 
mais seguras para o reassenta mento da 
população desalojada. 
A área atingida, urbanisticamente recuperada, 
é hoje ocupada pela praça pública Alfredo 
Sória, não se constatando mais evidências de 
novas movimentações, após quase 19 anos de 
sua existência. 
 
Fonte: Geólogo Álvaro Rodrigues dos Santos- prefeitura de Cajamar in: 
http://www.cajamar.sp.gov.br/index.php?pagina=buraco&categoria=munic
ipio 
 
Cajamar – SP 
Colapso e subsidência 
 
Rompimento adutora SP - 2005 
“O rompimento de uma adutora localizada na rua 
João Ramalho, em Perdizes, deixa cerca de 70 mil 
pessoas sem água nesta quarta-feira. Segundo a 
Sabesp, não há previsão para a normalização do 
abastecimento. 
Os bairros afetados são Perdizes, Barra Funda, 
Pompéia, Água Branca e parte do Pacaembu. 
A adutora rompeu por volta das 2h30 e abriu 
uma cratera na rua João Ramalho, esquina com 
rua Minerva. Um táxi que estava estacionado na 
rua quase foi engolido pelo buraco. 
Segundo a CET, o trecho está interditado para os 
serviços de reparo. O motorista segue por um 
desvio.” 
Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2008/05/26/acidente_na_marginal_tiete_deixa_vitima_fatal_1326268.html 
 
Subsidência – SP Ruptura de galeria 26/02/2009 
 
“Parte do solo afundou no cruzamento entre 
as ruas Peixoto Gomide e Estados Unidos, 
no Jardim Paulista, em São Paulo (SP), 
nesta quarta-feira, abrindo um buraco de 
cerca de 1,5 m de diâmetro sobre uma 
galeria. O incidente aconteceu após a 
chuva que afetou a capital. 
Segundo a subprefeitura de Pinheiros, uma 
equipe do setor de obras começou a fazer 
reparos no local na manhã desta quinta-
feira, após ter recebido reclamações de 
moradores. Além da chuva, a provável 
causa do solapamento seria a idade da 
galeria, informou o órgão. 
Uma das faixas da via foi interditada para as 
obras. Segundo a Companhia de 
Engenharia de Tráfego (CET), não havia 
ocorrências de lentidão acima do normal 
nesta tarde. 
A previsão é de que o trecho seja liberado até 
as 12h desta sexta-feira, de acordo com a 
subprefeitura.” 
 
Fonte: http://www.plugmania.com.br/?pg=ler&id=2032&n=noticias 
Guatemala, 2010 
 
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/topics/76706 
 Uma cratera com 30 m metros de profundidade e 20 
metros de diâmetro se formou na cidade da 
Guatemala. Chuvas intensas e redes de esgoto 
rompidas erodiram o terreno, provocando enormes 
cavernas subterrâneas até que o topo cedeu. O solo da 
região é composto a uma profundidade de centenas de 
metros por uma espécie de pedra-pome compactada, 
rocha vulcânica de densidade muito baixa, frágil, que se 
desfaz facilmente com água. Enquanto a erosão cárstica 
comum que forma dolinas ocorre com águas de chuva 
naturais dissolvendo rocha calcária, o que ocorre na 
Guatemala é que a água de tubulações artificiais, 
esgotos, erodindo um solo que não é calcário. “Parece-
se com uma dolina sim”, “mas não existe um termo 
geológico preciso para o mecanismo que formou o 
buraco”. 
Pesquisadores da Defesa Civil descobriram uma “zona 
fraturada” próxima à parede da cratera, uma fenda, 
comprovando a erosão do solo. 
Estabilidade de Taludes e Encostas 
Movimentos de taludes e encostas - Classificação 
3.Escorregamentos: 
Movimentos de curta 
duração, com 
superfície de ruptura 
bem definida. 
Translacionais = cunha plana 
Rotacionais = cunha circular 
Estabilidade de Taludes e Encostas Estabilidade de encostas e taludes 
Escorregamentos translacional 
Joinville, s/d 
BR 282 – SC - dez 2008 – 
escorregamento causado 
pelas chuvas 
norte da Europa 
Escorregamentos 
rotacionais 
Escorregamento 
rotacional 
Como concisa diretriz, podemos entender 
que está colocado o seguinte desafio à 
arquitetura e ao urbanismo brasileiros: 
usar a ousadia e a criatividade para 
adequar seus projetos à Natureza, ao 
contrario de burocraticamente pretender 
adequar a Natureza a seus projetos. 
 
 *Álvaro Rodrigues dos Santos é Ex-
Diretor de Planejamento e Gestão do IPT e 
Ex-Diretor da Divisão de Geologia 
O fato é que, ao lado das deficiências crônicas de nossas políticas habitacionais, o que acaba 
obrigando a população mais pobre a buscar solução própria de moradia em áreas geologicamente 
problemáticas, não possuímos no país uma cultura técnica arquitetônica e urbanística especialmente 
dirigida àocupação de terrenos de acentuada declividade. Isso se verifica tanto nas formas 
espontâneas utilizadas pela própria população de baixa renda na auto-construção de suas moradias, 
como também em projetos privados ou públicos de maior porte e perfeitamente regulares que 
contam com o suporte técnico de arquitetos e urbanistas. Em ambos os casos, ou seja, no empirismo 
popular e nos projetos mais elaborados, prevalece infelizmente a cultura técnica da área plana. Isto é, 
através de cortes e aterros obtidos por operações de terraplenagem obsessivamente busca-se 
produzir os platôs planos sobre os quais irá ser edificado o empreendimento. Esse tem sido o cacoete 
técnico que está invariavelmente presente na maciça produção de áreas de risco a deslizamentos nas 
cidades brasileiras que, de alguma forma, crescem sobre relevos mais acidentados. É imperiosa a 
necessidade da arquitetura e do urbanismo brasileiro incorporarem em sua teoria e sua prática os 
cuidados com as características geológicas dos terrenos afetados. Essa nova cultura automaticamente 
levaria a uma mais estreita colaboração entre Arquitetura, Geologia e Geotecnia. 
 
Escorregamentos rotacionais 
Escorregamentos rotacionais 
Deslizamento Rio de Janeiro – out 2007 
“Rio de Janeiro - O deslizamento de 
cerca de 1,5 mil toneladas de terra 
de uma encosta entre as galerias do 
Túnel Rebouças, um dos principais 
do Rio de Janeiro, que liga a zona 
norte à zona sul, interrompeu o 
trânsito no trecho de quase 2,8 
quilômetros de extensão. 
Os reflexos foram sentidos em quase toda a 
cidade. Chove forte desde a noite de ontem no 
Rio, complicando ainda mais a situação. 
Fonte: 
“http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2007/10/24/materia.2007-10-
24.3081450754/view 
Deslizamento Rio de Janeiro – out 2007 
“Aquilo não é um deslizamento comum. Tem características de desmonte hidráulico. A água sob pressão, 
como a que passa em tubulações, pode movimentar grandes porções de terra.” 
 
Fonte : http://www.peabirus.com.br/redes/form/post?pub_id=7791 
“o secretário municipal de Obras, 
Eider Dantas, informou que parte 
do relatório da Geo-Rio sobre as 
causas do deslizamento de terra no 
túnel Rebouças está pronta. O 
laudo responsabiliza um vazamento 
numa tubulação da Cedae pelo 
problema. A afirmação só colocou 
mais lenha na fogueira e uma 
discussão entre o secretário e o 
presidente da Cedae, Wagner 
Victer, que começou na semana 
passada. 
 
“Um canteiro de obras da futura 
estação Pinheiros da linha 4-amarela 
do metrô, na zona oeste de São Paulo, 
desabou na tarde de sexta-feira, 12. O 
acidente, de acordo com as 
construtoras responsáveis pela obra, 
ocorreu devido à instabilidade do solo 
da região, agravada pelas fortes chuvas 
que atingiram a cidade dias antes. “ 
 
 
 
 
 
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u130487.shtml 
Desabamento metrô 
Pinheiros –SP 12/01/2007 
Metrô – marginal Pinheiros 
O fosso era usado como acesso de funcionários e equipamentos à obra do Metrô. Do 
fosso, partem dois túneis: um segue por baixo do Rio Pinheiros; o outro vai para o 
Centro. Foi a partir desse segundo túnel que a estrutura, inaugurada há um ano, 
começou a desabar. 
 
O gerente da linha 4 do metrô admitiu que o solo do terreno, localizado próximo ao 
Rio Pinheiros, é "difícil". "Nós sabíamos e confiamos em todo projeto", disse. 
Segundo ele, obras de túneis do Metrô estão sempre sujeitas a pequenos 
deslocamentos verticais de terra. 
 
Na tarde deste sábado, o gerente de engenharia do Metrô de São Paulo, Ricardo 
Leite, já havia reconhecido o rebaixamento de nível no teto do túnel e lamentou que 
as providências para contê-lo "não tenham chegado a tempo". 
 
Depois de os engenheiros avaliarem a situação, os funcionários da obra chegaram a 
preparar a colocação de barras de suporte, mas não conseguiram concluir o serviço 
a tempo até as 15h de sexta-feira (12), momento do acidente. 
 
Um funcionário que trabalha na obra da Linha 4 do Metrô de São Paulo afirmou à TV 
Globo que, na noite anterior ao acidente, o túnel próximo à futura Estação Pinheiros 
apresentava rachaduras. De acordo com o funcionário, que falou sob condição de 
anonimato, as falhas foram cobertas com concreto. 
 
 
 
 
De acordo com o Conselho Regional de 
Engenharia, Arquitetura e Agronomia 
de São Paulo (CREA-SP), a natureza 
frágil do solo às margens do Rio 
Pinheiros é a razão mais provável de 
acidente. O solo, típico de uma área de 
várzea, pode ter ficado ainda menos 
firme com a chuva intensa nos últimos 
meses na cidade. 
Metrô – marginal Pinheiros 
 Tipo de solo favorece acidentes 
 Fabio Mozitelli,, Diário de São Paulo 
 
...” De acordo com o especialista no assunto, Roberto 
Kochen, diretor do Instituto de Engenharia (IE) e 
professor da Poli, USP, há duas formações geológicas 
diferentes no local do acidente: argila e rocha gnaisse” ... 
“ è uma região de transição de solo e , nas bordas de 
transição sempre há mais riscos porque não há uma 
forma única de se fazer a escavação”... “ A obra da linha 
4 é um pouco mais complexa do que as outras em 
termos de engenharia. Primeiro toda a linha é 
subterrânea, além disso, há diferenças de solo...” 
Tailândia- 2006 
“As enchentes ocorrem no início 
do período chuvoso na Tailândia, 
que deve durar até outubro. 
Mas os três dias consecutivos de 
chuva forte que atingiram a 
região são bastante incomuns, 
segundo autoridades locais. 
Acredita-se que muitas das 
vítimas tenham sido levadas 
pela água ou tenham morrido 
soterradas em deslizamentos de 
terra.” 
 
Fonte: 
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/story/2006/05/060524_ta
ilandiaenchentesba.shtml 
 
Santa Maria – RS out/2008 
Foto: Fernando Ramos/Diário de Santa Maria/Ag.RBS 
 
http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/foto/0,,15779281-EX,00.jpg
http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/foto/0,,15779281-EX,00.jpg
http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/foto/0,,15779281-EX,00.jpg
Quick clay - Suécia 
Japão, 1964 –terremoto em solo arenoso 
AULA 8 
Contenções 
Contenções – Empuxo de terra 
Contenções – Empuxo de terra 
A Defesa Civil interditou na quarta-feira 
(16/09), por risco de desabamento, seis 
imóveis na Vila Madalena depois que a 
varanda de um deles ruiu no final da tarde. 
O acidente pode ter sido provocado pelo 
trabalho de operários em um terreno vizinho, 
que está sendo preparado para a construção 
de um edifício. Os imóveis interditados estão 
numa área de declive e ficam acima do local 
que receberá o prédio. Moradores disseram 
que tratores derrubaram no início da tarde de 
ontem paredes de concreto erguidas junto às 
pilastras, o que faz a Defesa Civil suspeitar 
de imperícia do responsável pela obra. O 
coordenador da Defesa Civil da Subprefeitura 
de Pinheiros disse que, provavelmente, o 
revolvimento da terra fez o terreno ceder e 
provocar a queda das pilastras. 
“Os construtores deveriam ter tomado mais cuidado com a movimentação de terra”. Ele diz 
que seria necessário construir um muro de arrimo para evitar o risco de desabamento no 
local. FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u625220.shtml 
CONTENÇÕES 
 Varanda desaba e 6 imóveis são interditados na Vila Madalena (17/09/2009) 
Contenções 
Contenções 
Contenções 
Contenções 
Contenções 
Contenções 
Contenções 
Perfis metálicos 
Perfis metálicos, em geral em “I”, com grande 
inércia, que suportam o terreno em balanço ou 
com estroncas ou tirantes quando necessário 
Perfil metálico 
Muro de arrimo e gabiões 
Muro de arrimo em gabião 
Muro de arrimo em gabião 
Muro de arrimo em gabião 
Contenção tipo 
Bolsacreto 
Contenção tipo 
rimobloco 
www.terraarmada.com.br/imgs/projetos/ 
 a armada” em encontro de viaduto PA 
Contenção tipo terra armada 
http://www.terraarmada.com.br/imgs/projetos/Contenção tipo terra armada 
Contenção tipo 
terra armada 
Cortina Atirantada 
São muros delgados de concreto, com espessura entre 20 e 30 cm, contidos por tirantes 
protendidos verticais ou subverticais. Suportam grandes alturas e são empregados em 
quase todos os tipos de terreno. 
Rodovia Piaçagüera Guarujá 
 Geosonda S.A Serviços de engenharia 
http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://4.bp.blogspot.com/ 
Componentes do tirante 
Tirantes 
Execução de 
tirantes 
Parede 
diafragma 
Parede 
diafragma 
Parede diafragma 
AULA 9 
Geotecnia e Ocupação urbana 
 
Quando falamos em degradação do meio ambiente sempre lembramos da água, 
do ar, das florestas e muitas vezes esquecemos do solo, que é um importante 
recurso natural e não renovável. 
 
 
“O solo demora para nascer, 
não se reproduz 
 e morre facilmente” 
 
Valmiqui Costa Lima 
 
 
erosão do solo 
desagregação, arrastamento (transporte) e a deposição de componentes do 
solo, pelas águas ou pelo vento, causando 
gradativo empobrecimento do solo e ainda assoreamento de corpos hídricos, 
comprometendo abastecimento de água e agravando inundações 
 
 
 
 
erosão do solo 
A erosão urbana é um dos principais 
problemas geoambientais que afetam 
as cidades. Podendo assumir 
proporções assustadoras, engolem 
ruas, guias e sarjetas, assoream 
córregos, e reservatórios de água. 
 
 
 
A ocupação intensa e desordenada de 
terrenos em áreas de alto potencial de 
erosão aumentam o potencial de 
voçorocas e muitas vezes, essas 
crateras acabam se tronando depósitos 
de lixo 
Principais causas de erosão urbana: 
 
Retirada da cobertura vegetal 
Praticas de parcelamento de solo 
inadequadas 
Construção de moradias em encostas 
Drenagem inadequada dos terrenos 
Falta de manutenção de infra estrutura 
urbana 
Possíveis soluções: 
 
Manutenção de áreas verdes e revegetação de 
áreas desmatadas 
Planejamento urbano integrado ao mapeamento 
geoambiental 
Obras de controle de erosão e recuperação de 
áreas degradadas 
Fiscalização pública efetiva 
Educação ambiental 
erosão do solo 
Voçoroca Bauru – fonte: IPT 
PASSIVO AMBIENTAL 
“Obrigações contraídas pela empresa 
decorrente de compra de ativos ambientais, de 
elementos consumidos durante o processo de 
produção e aqueles provenientes de 
penalidades impostas às organizações por 
infração à legislação ambiental, por danos ao 
meio ambiente e à propriedade de terceiros”. 
 
Fonte: 
www.geodinamica.no.sapo.pt/html/pagesgex/imagensrios/image3_31.htm 
Fonte: 
Stuermer,M.M.(2008) 
Áreas de várzeas 
As várzeas, zonas planas, pantanosas, que 
ocorrem às margens dos rios, são produzidas 
pelas enchentes. Quando o rio extravasa sua 
calha, ocupa as margens, carregado de 
sedimentos que se depositam. A repetição do 
processo ao longo dos anos torna o relevo 
das margens plano. 
Os solos das várzeas,devido a sua origem 
diversa quanto a granulometria, composição 
mineralógica e conteúdo de matéria orgânica, 
apresentam diversas limitações de uso. 
 
 
 
 
As várzeas, embora estejam com menor 
freqüência sob as águas, fazem parte 
dos cursos naturais, tanto quanto a sua 
calha principal. 
 
As várzeas têm a potencialidade de 
contribuir para a melhoria da qualidade 
da água e do ar, a manutenção de 
espaços abertos, a preservação de 
ecossistemas importantes 
 
 
Fonte:DIRETRIZES BÁSICAS PARA PROJETOS DE DRENAGEM 
URBANA NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO FCTH Prefeitura 
do Município de São Paulo, 1999 
 
Zoneamento das Várzeas 
Zona 1 : Leito menor, área de escoamento rápido – deve ser totalmente desempedida 
Zona 2: Leito maior – área de inundação com significativa parcela da vazão - área de alta 
restrição (parques e construções adequadas) 
Zona 3: área de inundação com águas praticamente paradas – construções à prova de 
inundações 
Zona 4: áreas seguras (para T = 100 anos p.ex.) - controle de erosão – reservatórios de 
controle de cheias – áreas de infiltração 
3 
2 
1 
4 4 
Fonte: Stuermer,2008 
Geologia do Município de são Paulo 
O sítio urbano da Região Metropolitana de São Paulo está 
localizado em sua maior parte no Planalto Paulistano. 
 
Esta área, de aproximadamente 5.000 km2, possui altitudes que 
variam de 720 metros, nas planícies aluviais (várzeas) do Rio 
Tietê e seus afluentes, a 900 metros, nas áreas de contato 
com as bordas cristalinas das serras da Cantareira, ao norte, e 
do Mar, ao sul (Ab’Saber, 2007). 
 
 
Geologia de São Paulo 
Mapa de relevo e 
geologia do Município de 
São Paulo 
1650 - Vista do Vale do rio Tietê a partir do encontro com o Jurubatuba (atual Pinheiros) 
Fonte: Aziz Ab’ Saber. Revista Veja, 1995, appud ALVIM, 2003. 
 
Geomorfologia do Município de São Paulo 
Geomorfologia do Município de São Paulo 
Limite das várzeas no 
Município de São Paulo 
Principais formações geológicas e suas características 
geotécnicas 
1 - depósitos aluviais - ocorrem ao longo das várzeas dos rios e córregos do 
município, destacando-se as planícies dos rios Tietê, Pinheiros e Tamanduateí. 
Principais problemas na ocupação: 
- áreas mais sujeitas à inundação 
- recalques devido ao adensamento de solos moles 
- lençol freático raso. 
 
2 - Sedimentos terciários - se estendem por toda a área central do município, sendo o 
espigão da Paulista sustentado pela Formação S. Paulo, e em manchas isoladas ao 
sul, entre as represas Guarapiranga e Billings, ao norte, na região de Santana ,a 
leste, ao longo de toda a margem esquerda do Tietê nos bairros de Itaim Paulista, 
Ermelino Matarazzo, Cangaíba, Penha e Tatuapé e a sudeste no Ipiranga e Sacomã. 
Principais problemas na ocupação : 
- recalque diferencial na camada mais superficial de argila porosa 
- dificuldades de escavação, tanto nos solos superficial como nos sedimentos desta 
unidade. 
 
Principais formações geológicas e suas características 
geotécnicas 
3 – Rebordo granítico 
 
3.1 Região norte, sustentando a Serra da Cantareira e ao sul, em corpos isolados: 
Problemas quando da ocupação: 
- instabilização de blocos e matacões; dificuldade de escavação e cravação de estacas. 
- Apresentam potencialidade média para escorregamentos, agravados em áreas com 
declividades superiores a 60% e em aterros lançados. São solos erodíveis. 
 
3.2 Em Perus (porção noroeste da cidade) : 
Os principais problemas associados à ocupação de maciços de solos desta unidade são: 
- escorregamentos de aterros constituídos por solos siltosos e micáceos, por dificuldade de 
compactação; instalação de processos erosivos intensos em cortes (solo exposto) e aterros 
lançados de filitos e xistos; baixa capacidade de suporte de solos, devido a presença de 
argila expandida. 
 
 
 
 
 
3.3 Rochas mais antigas situadas na área do município: 
A) extremo sul do município e as regiões de Campo Limpo e Ipiranga - gnaisses 
graníticos 
B) porção leste em Itaquera, São Mateus e Guaianaze - xistos, mica-xistos, filitos , 
quartzitos 
Os principais problemas associados à ocupação de maciços de solos desta unidade são: 
- escorregamentos de taludes de corte e aterro, nas áreas de gnaisses e migmatitos; 
erosão intensa, baixa capacidade de suporte e dificuldade de compactação nos solos 
de alteração dos gnaisses e migmatitos 
- baixa capacidade de suporte, dificuldade de compactação de solos de alteração de 
mica-xistos e filitos, além de escorregamentos de aterros lançados em encosta 
Principais formações geológicas e suas características 
geotécnicas 
A incrível tragédia geotécnica/ambiental das Zonas de 
Expansão Urbana da Metrópole Paulistana 
Álvaro Rodrigues dos Santos (2008) 
“É assombroso as despesas com os faraônicos e intermináveis serviços de 
desassoreamento de córregos , rios , galerias, bueiros, canais, piscinões , comumente 
entulhadas por sedimentos oriundos da erosão, e às graves conseqüências econômicas e 
sociais das enchentesagravadas por todo esse terrível processo. (95% do assoreamento, 
em peso, corresponde a sedimentos dos processos erosivos). 
 
Com o crescimento explosivo após a metade do século XX, os terrenos mais periféricos, 
de relevo mais acidentado e com solos extremamente erosíveis, vêm sendo ocupados 
sem nenhum critério técnico. A expansão urbana vem se apoiando na produção 
artificial de áreas mais planas através de intensas e extensas terraplenagens, expondo 
cada vez mais os solos frágeis, em uma prática nociva e nada criativa do ponto de vista 
técnico, pela qual se privilegia a adaptação dos terrenos aos projetos ao invés de 
adequar os projetos às características naturais dos terrenos. 
 
Do ponto de vista social, é importante considerar que hoje uma família de baixa renda 
(até 3 ou 4 salários mínimos) somente consegue moradia que caiba em seu orçamento 
com alguma combinação entre as seis seguintes variáveis: distância, periculosidade, 
insalubridade, desconforto ambiental, precariedade construtiva e irregularidade 
fundiária.“ 
 
A Represa do Guarapiranga, que abastece cerca de 3 milhões de pessoas tem sofrido 
processo de degradação há anos, em função de loteamentos clandestinos, desmatamento 
e lançamento de esgotos. "Alguns trechos estão sofrendo rápido assoreamento, 
possivelmente em resposta às oscilações do volume de água contido no manancial e aos 
efeitos antrópicos sofridos pelo solo", diz a bióloga Iracema Schoenlein-Crusius. 
FONTE: www//revistapesquisa.fapesp.br/?art=607&bd=1&pg=1&lg 
A Represa do Guarapiranga 
"O perfil da fertilidade do 
solo, associado à baixa 
umidade e às 
características climáticas da 
região, podem levar à 
salinização, erosão e, 
conseqüentemente, a 
eutrofização (acúmulo de 
fósforo e nitrogênio) do 
manancial.“ 
 
 
REINALDO JOSÉ LOPES 
da Folha de S.Paulo ( 2008) 
 
levantamento feito com centenas de imagens aéreas e de satélite da represa Billings, sugere 
que em 50 anos, segundo a ONG Proam (Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental), 60% da 
capacidade de armazenamento da represa estaria comprometida, e em menos de um século 
ela poderia deixar de existir, se as tendências atuais forem mantidas. 
 
 Segundo Carlos Bocuhy, 
presidente do Proam, o risco 
maior recai sobre os diversos 
braços da represa, que são 
os que mais têm sofrido o 
avanço do assoreamento nas 
últimas décadas. 
 
“Outro problema que o 
assoreamento e a poluição da 
represa exacerbam é o 
chamado "bloom" 
(florescimento, em inglês) de 
algas microscópicas. 
 
Billings pode "encolher" 60% em 50 anos 
Aterro do Flamengo - RJ 
1961 - 1965 
Dimensões da área: 1.301.306 m2 
Projeto arquitetônico: Affonso Eduardo Reidy 
Projeto paisagístico: Roberto Burle Marx 
O projeto de urbanização envolve amplas pistas para o 
escoamento do tráfego, alargando as principais artérias do 
Flamengo, Catete, Glória e Botafogo, diversas áreas de 
lazer, três passagens subterrâneas e cinco passarelas de 
acesso a praias e parques. O aterro propriamente dito é feito 
com material proveniente do desmonte de diversos morros 
(Castelo, Santo Antônio). 
 
. 
Fonte:http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_IC/index.cfm?fuseaction=
marcos_texto&cd_verbete=3967 
A Prefeitura de São Paulo incentivou a ocupação desordenada no Jardim Pantanal -zona 
leste - informam Evando Spinelli e Laura Capriglione em reportagem publicada nesta sexta-
feira na Folha. A rua Capachós, por exemplo, foi asfaltada recentemente. Recebeu um CEU 
no ano passado e um novo conjunto habitacional. Os moradores dizem que as inundações no 
local aumentaram desde as "melhorias" feitas pelo poder público. Havia campos de futebol 
onde foram construídos o CEU e o conjunto habitacional --hoje há cimento e 
impermeabilização. A rua valorizou até 187% na planta genérica de valores, que a prefeitura 
usará como base para o cálculo do IPTU de 2010. . 
18/12/2009 - 08h43 
Prefeitura incentivou ocupação no Jardim Pantanal 
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u668375.shtml 
Segundo o subprefeito de São Miguel Paulista, Milton Persoli, a valorização se deve ao fato 
de a região ter recebido investimentos públicos. Um condomínio particular está sendo 
construído na mesma rua --até parece que a lógica é a de povoar a várzea. 
De acordo com o 
subprefeito, 60% de 
todas as famílias 
que vivem na várzea 
do Tietê estão 
irregulares e ao 
menos 7.500 serão 
removidas. Ele não 
soube dizer para 
onde serão levadas 
MORRO DO BUMBA – RJ Qui, 08 Abr 2010, 09h00 
 
 
RIO - O local onde aconteceu o deslizamento de terra no Morro do Bumba, em Niterói, abrigou, 
de 1970 até 1986, o segundo lixão de Niterói, no bairro Viçoso Jardim. 
Com a desativação do lixão no Morro do Bumba, foi proibida a ocupação do local, mas aos 
poucos, por falta de fiscalização, foram construídas pequenas casas de alvenaria. Em vez de 
reprimir a ocupação irregular do antigo lixão, o poder público acabou por incentivar a invasão. 
FONTE: http://br.noticias.yahoo.com/s/08042010/830 
Foi no Morro do Bumba que a 
Cedae, no governo Leonel 
Brizola, fez sua primeira 
grande obra de saneamento 
em Niterói, levando para o 
local, de helicóptero, uma 
caixa de água para os 
moradores Logo depois, o 
Bumba recebeu o programa 
Uma Luz na Escuridão. Mais 
tarde, a prefeitura construiu 
uma escola municipal e levou 
o programa Médico de 
Família. O local ganhou uma 
grande quadra poliesportiva, 
uma creche e outros 
equipamentos públicos. 
Aterros Sanitários em São Paulo 
Aterro São João Fonte: http://www.gasnet.com.br 
Aterro Bandeirantes Fonte: http://www.google.com.br 
“inventário de resíduos sólidos do Estado de São 
Paulo de 2000” CETESB (2002) 
 
Os aterros se localizam, em sua maioria na zona 
leste e nas bordas da cidade. No entanto, quase 
todas as áreas ocupadas por aterros sanitários, se 
encontram hoje em regiões com densa 
urbanização e escassez de vegetação. 
 
Alguns vêm sendo ocupados de forma ilegal e 
apresentam problemas pela urbanização irregular. 
Na zona norte, o aterro do Jardim Damasceno, 
após desativação foi transformado em área de 
esportes, mas foi invadido e hoje virou uma favela. 
Os moradores contam que quando passam os 
ônibus pela ruas as casas trepidam: 
 
O aterro Carandirú também encontra-se tomado 
por ocupações irregulares e a favela instalada 
neste local já sofreu quatro incêndios, sem causa 
definida (Folha de São Paulo, 09/12/2001). 
Localização esquemática dos 
aterros desativados no Município 
de São Paulo 
(Stuermer, 2008) 
Essas áreas que não fazem parte da lista 
das áreas de "atenção permanente" da 
prefeitura, e não sofrem avaliação do 
potencial de risco, tais como: incêndios, 
explosões, rachaduras e desabamentos por 
instabilidade do solo e reacomodação da 
massa de lixo. 
 
De Leo (2006) afirma que mesmo tendo 
sido desativados há quase vinte anos, os 
aterros sanitários da cidade de São Paulo 
ainda continuam contaminando as áreas 
vizinhas e expondo a população a riscos, 
em função do chorume e do gás metano 
produzido pela decomposição do lixo. 
 
AULA 10 
Fundações 
Fundações 
CONCEITO 
 
A fundação é o elemento que faz a ligação entre a estrutura e o solo que a sustenta e tem 
como função suportar as cargas e distribuí-las de maneira satisfatória no solo. 
 
Essa distribuição não deve produzir tensões excessivas ou não homogêneas no solo a 
qualquer profundidade sob a fundação. 
 
Considera-se excessiva qualquer tensão que possa provocar uma ruptura na massa de solo 
em que a fundação se apóia, bem como inclinações e recalques apreciáveis do conjunto 
estrutural, ou ainda tensões que produzem recalques desiguais na estrutura, provocando 
fissuras ou avarias. 
 
 A fundação deve atender coeficientes de segurança contra rupturas, fixados por normas 
técnicas, tanto no que diz respeito à resistência dos elementos estruturaisque a compõem, 
quanto às do solo que lhe dá suporte. 
 
Quanto à funcionalidade, deve garantir deslocamentos compatíveis com o tipo e finalidade a 
que se destina a estrutura.Os recalques devem ser estimados, na fase do projeto, num 
trabalho conjunto entre as equipes que calculam a estrutura e a fundação. 
 
No que se refere à durabilidade, uma fundação deve apresentar vida útil no mínimo igual à 
da estrutura, sendo necessário um estudo minucioso das variações de resistência dos 
materiais constituintes da fundação, do solo e das cargas atuantes ao longo do tempo. 
 
Fundações 
Fundações rasas: 
Quando o mecanismo de ruptura prolonga-se até a superfície do terreno (figura 
1a). 
 
Fundações profundas: 
Quando o mecanismo de ruptura não atinge a superfície (figura 1b). 
 
Admitindo o embutimento 
da fundação no terreno 
como a distância “D” e a 
menor dimensão da 
fundação como “B”, a 
fundação poderá ser 
considerada profunda 
quando: 
Blocos – elemento de concreto simples 
tronco-cônico ou piramidal, 
dimensionado para resistir a tensões de 
tração sem auxílio de armaduras; 
 
Sapatas – de menor altura que o bloco, 
utiliza-se de armaduras para resistir às 
tensões de tração; 
 
Vigas de fundação (ou baldrame) – 
elemento que recebe pilares alinhados 
no seu plano; 
 
Grelhas – conjunto de vigas de fundação 
que se cruzam na intersecção com os 
pilares 
 
Radier – elemento de fundação que 
recebe todos os pilares da obra. 
 
Fundações rasas 
(Classificação NBR-6122) 
 
Fundações rasas - Blocos 
 Blocos são elementos de apoio construídos 
de concreto simples e caracterizados por uma 
altura relativamente grande, necessária para 
que trabalhem essencialmente à compressão. 
Servem de fundação aos pilares. 
 
Para cargas reduzidas, os blocos são mais 
econômicos que as sapatas, pois o consumo 
de concreto é pequeno e não há necessidade 
de armação. Entretanto, não há restrições de 
seu emprego também para cargas elevadas. 
 
 
Fundações rasas - Sapatas 
As sapatas têm 
altura reduzida em 
relação aos blocos 
e trabalham 
principalmente à 
flexão, sendo 
armadas. 
 
Podem assumir 
qualquer forma em 
planta, sendo mais 
comuns as 
quadradas, 
retangulares e 
contínuas 
(comprimento 
maior do que cinco 
vezes a largura). 
 
Fundações rasas - Sapatas 
Sapata corrida 
Sapata isolada 
Em geral as sapatas são locadas a 1,5 m ou 
2,0 m de profundidade 
Fundações rasas - Sapatas 
Podem estar 
associadas, em caso 
de proximidade de 
pilares ou 
alavancadas, no 
caso de pilares de 
divisa ou junto ao 
alinhamento de uma 
calçada. 
Sapata associada 
Fundações rasas - Sapatas 
Fundações rasas - Sapatas 
Fundações rasas - Sapatas 
Fundações rasas - Baldrames 
São vigas normalmente construídas em concreto armado e que apóiam de maneira contínua 
as paredes de uma edificação e se apóiam em blocos de fundação (com ou sem estacas) ou 
sapatas. 
 
São calculadas como vigas comuns e desprezam a capacidade resistente do solo. O único 
cuidado que deve ser tomado é quanto ao recobrimento do concreto, pois estando parte 
enterrada está sujeita à corrosão da armadura. 
Fundações rasas - Radier 
São as fundações superficiais menos freqüentes em função do custo ( maior espessura para ser rígido) 
e da técnica de execução (maior dificuldade de dimensionamento pois são flexíveis). 
 
Existem diversas possibilidades de 
radier em função da estratégia para 
aumentar a rigidez da peça nos locais 
de concentração de cargas (lisa, 
cogumelo, nervurada, caixão) 
 
Fundações Profundas 
 São as fundações onde, em caso de ruptura do solo, esta se dará abaixo da 
superfície do mesmo. 
 
A capacidade de carga das fundações profundas é definida pela resistência do 
material que compõe o elemento de fundação e a resistência do solo que 
lhe confere suporte (em geral, a situação mais critica) 
 
 Tubulões Estacas escavadas Estacas cravadas 
 
 
 
 
Tubulões 
 
Tubulões são indicados 
onde são necessárias 
fundações com alta 
capacidade de carga 
(superiores a 500 kN) 
podendo ser executados 
acima do nível do lençol 
freático (escavação a céu 
aberto) ou abaixo do N.A. 
nos casos em que é 
possível bombear a água ou 
utilizar ar comprimido. 
 
 
 
 
 
Tubulões a céu aberto 
 
Critérios de dimensionamento: 
Fuste mínimo para escavação 
manual: 70 cm 
Altura máxima da base: 200 cm 
Rodapé: 20 cm 
Ângulo de inclinação da base: 
mínimo 600 
 
 
Este tipo de tubulão é o de execução 
mais simples e consiste na escavação 
manual de um poço com diâmetro 
variando de 0,70 a 1,20 metro. Na 
medida em que vai sendo escavado o 
tubo de concreto pré-moldado ou 
metálico vai descendo até a cota 
necessária, tem sua base alargada 
em forma de tronco de cone circular 
ou elíptico, sendo então totalmente 
preenchido de concreto simples ou 
armado. 
Tubulões a céu aberto 
 
Tipologias possíveis de tubulões 
 
Tubulões a céu aberto 
 
Tubulões a ar comprimido 
 Quando a especificação para a execução do tubulão exige cotas de assentamento 
abaixo do lençol freático ou submersos a indicação é para a utilização de tubulões 
executados sob pressão hiperbárica a fim de expulsar a água e permitir a escavação 
manual ou com o uso de marteletes e até explosivos, se for o caso. 
Tubulões a ar 
comprimido 
 
Fundações sobre estacas 
Brocas 
Trado mecânico (s/ lama bentonítica) 
 Straus 
Franki 
Barrete ou circular (c/ lama bentonítica) 
Estacas Raiz 
Escavadas Hélice Contínua 
Estacas escavadas moldadas“In loco” 
Vantagens: 
• Econômicas e de fácil execução. 
• Não exigem equipamento específico 
• Podem ser executadas em locais de difícil acesso para máquinas. 
• Não causam vibrações durante a execução 
Estaca moldada in-loco tipo broca manual 
Estacas escavadas – Tipo Broca Manual 
Estaca moldada in-loco tipo broca manual 
 
Desvantagens: 
• Só resistem a pequenas cargas. Máxima de 5tf. 
• Comprimento limitado a cerca de 5m 
• Confiabilidade da profundidade pequena. 
• Abaixo do nível d´água, somente em solos de baixa 
permeabilidade. 
Vantagens: 
• Muito econômicas para diâmetros 
entre 25cm e 35cm. 
• Velocidade de perfuração muito 
grande. (da ordem de 10m em 20 
minutos) 
• Produção muito boa 
• Não causam vibrações durante a 
execução. 
• Podem ser conveniente armadas para 
resistir expressivos esforços transversais. 
Estacas tipo trado mecânico 
Desvantagens: 
• O terreno deve ser plano para 
permitir o acesso e a movimentação do 
caminhão ou equipamento. 
• São anti-econômicas para as cargas 
maiores. (diâmetros de 35 cm a 50 cm) – 
grande consumo de concreto. 
• Confiabilidade de profundidade exige 
pessoa de confiança permanentemente 
ao lado da máquina. 
• Não podem ser usadas abaixo do nível 
d´água. 
Estacas escavadas – Tipo Trado Mecânico 
Estacas tipo trado mecânico 
Estacas tipo trado mecânico 
Estacas escavadas – Tipo Straus 
Estacas tipo Strauss 
Estacas escavadas – Tipo Straus 
Estacas tipo Strauss 
Vantagens: 
 
• Muito econômica 
• Moldada “in-loco” Não causa vibrações 
durante a execução . 
• Pode ser usada em locais de difícil acesso, 
pois o equipamento é leve. 
 
Desvantagens: 
 
• Para cargas pequenas e médias (pilares de 
até 150tf). 
• Controle de execução quanto à 
profundidade e verticalidade. 
•Não pode ser usada em areias aluvionares 
submersas nem em camadas de argilas 
moles submersas. 
• Cuidado para não ocorrer seccionamento 
das estacas durante a retirada das camisas 
metálicas. 
Estaca Franki 
As estacas Franki são de concreto 
armado e moldadas “in loco”. 
Caracterizam-se por uma base 
alargada obtida pela intrusão de 
material granular ou concreto 
com auxílio de um pilão ou tubo 
de aço. A base alargada tem a 
finalidade de aumentar a 
resistência de ponta da estaca. 
Após a locação, o tubo da estaca é 
cravado mediante a percussão 
deum martelo ou pilão. 
Muitas vezes o tubo de cravação 
pode não ser recuperado. 
Estaca Franki 
Vantagens: 
• São próprias para cargas 
elevadas. 
• Sua superfície rugosa lhe confere 
boa resistência por atrito lateral. 
• Sua base alargada amplia a 
capacidade de carga em relação a 
estaca pré-moldada. 
•Pode receber armadura especial 
para maior resistência a esforços 
transversais. 
Desvantagens: 
• É o tipo de fundação que produz as 
maiores vibrações. 
• Dificuldades em camadas espessas de 
argila mole (risco de seccionamento de 
fuste). 
• Em camadas de argilas duras saturadas, 
risco de levantamento acarretando custos 
adicionais. 
• Atingem cerca de 18m, em casos 
especiais 30m. 
Estaca Franki 
Vantagens: 
• Suportam grandes cargas. Geralmente usa uma estaca por pilar reduzindo o volume dos 
blocos. 
Estaca moldada “in-loco” tipo Barrete ou Circular 
Barrete - Estação Republica. Metrô SP. http://www.fundesp.com.br/2009/interior_fotos.asp?id=44 
•Não produzem 
vibrações. 
• Podem ser usadas para 
atingir camadas abaixo 
do lençol freático. 
• Tem grande inércia, 
dispensando vigas de 
travamento. 
• Permite acesso táctil-
visual aos 
Desvantagens: 
• Alto custo 
• Impróprias para atravessar espessas 
camadas submersas de solo argiloso mole. 
(turfa, argila orgânica) 
• Exigem espaço grande para o canteiro. 
• Inadequadas para serem executadas a 
partir de superfície muito próxima ao 
lençol freático, pois a instabilidade do furo, 
depende de desnível mínimo de 3m entre 
as colunas de lama. 
Estaca moldada “in-loco” 
tipo Barrete ou Circular 
Fonte:http://www.fundesp.com.br/2009/interior_fotos.asp?id=44 
http://www.fundesp.com.br/2009/images/imgmaior103.jpg
http://www.fundesp.com.br/2009/images/imgmaior112.jpg
 
Estacas Raiz 
 São moldadas in loco perfuradas com 
circulação de água ou método rotativo 
em diâmetros variando de 130 a 450 
mm e executadas com injeção de 
argamassa ou calda de cimento sob 
baixa pressão. 
 
Quando perfuradas exclusivamente em 
solos, necessitam de revestimento 
(metálico recuperável). Quando a 
perfuração se dá em rocha, não 
necessidade do revestimento. 
 
A estaca raiz é indicada para reforços de 
fundação, locais de difícil acesso, em 
obras onde é necessário ultrapassar 
camadas rochosas, fundações de obras 
com vizinhança sensível a vibrações 
ou ainda para contenções de taludes 
Estacas escavadas – Estacas Raiz 
Estacas Raiz 
 
Estacas escavadas – Estacas Raiz 
Estacas Raiz 
 
• Pode ser inclinada para 
absorver esforços horizontais. 
• Pode receber esforços de 
tração. 
Vantagens: 
• Equipamento pequeno, de torre baixa, podendo 
ser usado em locais de restrição de pé-direito. 
• Não causa vibrações. 
•Podem avançar em matacões, blocos de 
concretos, pisos, etc. 
Estacas Tipo Raiz 
Fonte: http://www.fundesp.com.br/2009/estacasraiz_metod.html 
 
Desvantagens: 
• Custo é alto. 
• Não deve ser usada em locais com camadas muito 
espessas de argilas orgânicas moles submersas, por 
risco de seccionamento. 
Vantagens: 
• Pode–se usar uma estaca por 
pilar, reduzindo o volume dos 
blocos. 
• Não produzem vibrações. 
• Atingem camadas abaixo do 
lençol freático. 
• Podem avançar em solos 
fortes, devido ao torque e 
esforço axial que o equipamento 
aplica ao solo. 
• Tem grande inércia, 
dispensando vigas de 
travamento. 
Estaca tipo Hélice Contínua 
Estacas escavadas – Hélice contínua 
Estacas escavadas – Hélice contínua 
Estaca tipo Hélice Contínua 
 
Desvantagens: 
• Alto custo. 
• Impróprias para 
atravessar espessas 
camadas submersas de 
solo argiloso mole. 
Estacas escavadas – Hélice contínua 
Estaca tipo Hélice Contínua 
estacas 
hélice contínua na estação da Luz, próx. Prédios 
rua Mauá. http://www.geocompany.com.br/ 
Muro de contenção em estacas hélice-contínua 
Ø70cm São Paulo 
http://www.fundesp.com.br/port/fotos/24_04.htm 
Estaca Mega 
Vantagem 
Permite substituição ou reforço de fundação existente 
As estacas MEGA são vazadas no interior e segmentadas e 
cravadas de forma dinâmica no solo ( com macaco hidráulico) 
Estaca Mega 
Estaca Mega 
 
Estacas Cravadas 
 Podem ser material metálico, concreto armado ou madeira. 
 
 
São aquelas introduzidas no terreno sem a retirada do solo. Podem ser construídas em 
madeira, concreto pré-moldado protendido ou convencional, concreto moldado em situ. 
É essencial a verificação das edificações e fundações vizinhas. 
 
São coroados por blocos em concreto armado depois de seu arrasamento (remoção da 
extremidade superior das estacas nivelando-as e retirando material contaminado por 
barro). 
 
Estacas de madeira 
 
As estacas de madeiras devem ser resistentes, em peças retas, roliças e descascadas. O 
diâmetro da seção pode variar de 18 a 35 cm e o comprimento de 5 a 8 metros, 
geralmente limitado a 12 metros com emendas. 
 
A vida útil de uma estaca de madeira é praticamente ilimitada, quando mantida 
permanentemente sob lençol freático A estaca deve receber tratamento de 
preservação para evitar o apodrecimento precoce e contra ataques de insetos 
xilófagos. 
 
As madeiras mais utilizadas são: eucaliptos, peroba do campo, maçaranduba, arueira etc. 
Vantagens: 
• Muito econômicas 
• Fácil cravação 
• Boa duração para obras provisórias 
(máximo 5 anos) 
• Fácil corte e emenda 
Desvantagens: 
• Ataques por fungos acima do nível d´água 
ou em obras marítimas. 
• Tratamento oneroso e de eficácia duvidosa 
(somente aceito para obras provisórias). 
• Só resistem a pequenas cargas (máximo de 
15tf a 30tf) 
Fundações sobre estacas 
Estacas de concreto: 
Vantagens: 
• Custo competitivo 
• Grande durabilidade 
• Pode-se encontrar prontas, ou fabricar 
na obra, peças de várias dimensões de 
seção transversal. 
• Receber cargas desde 15tf até 220tf. 
• Facilidade e confiabilidade nas 
emendas soldadas. 
Estacas pré moldadas de concreto 
Fundações sobre estacas 
Desvantagens: 
• Sobras que representam as perdas. 
• Necessidade de realizar a cravação 
a partir de um nível que seja 
próximo do arrasamento. (evitar 
perdas) 
• A vibração durante a cravação é 
média a alta. 
• Exige operação de corte e preparo 
para ligação com o bloco. 
Estacas pré moldada de concreto 
Estacas 
pré 
moldadas 
de 
concreto 
Estacas pré moldadas de concreto 
Estacas pré moldadas de concreto 
Estacas pré moldadas de concreto 
 
Estacas Metálicas 
 Vantagens: 
• Resistência a esforços 
transversais 
• Bom reaproveitamento de 
sobras por corte e emenda. 
• Fácil transporte, manuseio e 
cravação. 
• Fácil corte e solda no 
canteiro. 
• Podem atingir até grandes 
cargas, quando compostas por 
soldas. 
• Pouco distúrbio do terreno e 
pouca vibração na cravação. 
Desvantagens: 
• Muito onerosas 
• Problemas de corrosão em ambientes 
agressivos. 
 
Estacas Metálicas 
 
No dia 27 de junho (2009) , um 
apartamento residencial de 13 
andares em Xangai, na China, caiu 
completamente para trás. Ele 
ainda estava em construção, 
portanto estava desocupado, por 
isso a queda só causou uma 
morte. 
FONTE: www.hypescience.com 
 
 
1 - O imóvel tal como foi construído. Em 
seguida, foi realizada uma escavação de 
4,60 m de profundidade(para garagem 
subterrânea) no lado sul. O material 
escavado foi depositado no lado norte(10 m 
de altura de solo). Isso resultou numa 
diferença de carga de 3.000 toneladas entre 
o lado sul e o lado norte, muito além do que a 
fundação poderia suportar. 
 
 
 
 
 
2 - Uma seção mostrando a "trincheira" 
para entrada da garagem e o material 
escavado no lado oposto. 
 
 
3 - Fortes chuvas provocaram infiltrações 
no solo. 
 
 
 
 
 
 
4 – A fundação não suportou o 
deslocamento do edifício. 
 
 
 
 
 
 
PARÂMETROS PARA A ESCOLHA DA FUNDAÇÃO 
 
 Numa primeira etapa, analisar os critérios técnicos que condicionam a escolhapor um 
tipo ou outro de fundação. Principais item a serem considerados : 
 
 
 
 
 
 
1)Topografia da área: dados sobre taludes e encostas 
no terreno, ou que possam atingir o terreno; 
necessidade de efetuar cortes e aterros; presença de 
obstáculos (ex. aterro de lixo; matacões) 
 
2 ) Características dos solos: variabilidade e espessura 
das camadas; existência de camadas muito resistentes 
ou muito adensáveis; posição do nível d’água; 
erodibilidade; ocorrência de solos moles na superfície 
3) Dados da estrutura : arquitetura; tipo e 
uso da estrutura (ex. edifício, torre, ponte), 
presença de subsolo e as cargas atuantes. 
 
4) Dados sobre as construções vizinhas: 
tipo de estrutura e das fundações vizinhas; 
existência de subsolo; possíveis 
conseqüências de escavações e vibrações 
provocadas pela nova obra; 
Realizado esse estudo, descarta-se as fundações que oferecem limitações para a obra em 
questão. A fundação escolhida será aquela que atende os critérios primários e ainda atende a: 
custo e prazo desejado 
 
PARÂMETROS PARA A ESCOLHA DA 
FUNDAÇÃO

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