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A infiltração representa a passagem da água da superfície para o interior do solo, sendo uma das fases do ciclo hidrológico de grande importância no aspecto de conservação dos recursos naturais solo e água. O regime de infiltração determina a parcela da precipitação que irá se infiltrar e por consequência, aquela que contribuirá para o escoamento superficial direto (enxurrada). Assim sendo, permite estabelecer a potencialidade de formação de vazões elevadas quando da ocorrência de precipitações intensas, bem como, do armazenamento temporário da parcela da precipitação que se infiltra e que se disponiblizará sob a forma de escoamento de base, que ocorre durante o período de seca. Em termos de irrigação o seu conhecimento é básico para o estabelecimento das taxas de aplicação de água visando garantir elevadas eficiências no processo. Composição do solo • O solo é uma mistura de materiais sólidos, líquidos e gasosos. Na mistura se encontram organismos vivos (bactérias, fungos, raízes, insetos, vermes) e matéria orgânica, especialmente nas camadas superiores, mais próximas da superfície • Cerca de 50% do solo é composto de material sólido, enquanto o restante são poros que podem ser ocupados por água ou pelo ar FATORES QUE INFLUENCIAM · Intrínsecos ao solo : · Classe de solo: em função da textura, grau de estruturação, estabilidade estrutural e grau de compactação natural, teor de matéria orgânica a sua permeabilidade do solo irá variar. · Condições de superfície: compactação natural, declividade. · Homogeneidade do perfil do solo (camadas adensadas a pouca profundidade). · Teor de água no perfil do solo. · Extrínsecos · Precipitação – intensidade e duração; precipitação antecendente; · Manejo do solo ( preparo; compactação, tipo de cobertura vegetal e práticas de conservação do solo) GRANDEZAS CARACTERÍSTICAS Velocidade de Infiltração (V I) - Representa a taxa de entrada da água no interior do solo (lâmina/tempo; volume/unidade de área na unidade de tempo). Capacidade de Infiltração (C l) - É a taxa máxima de entrada de água no interior do solo, sob determinadas condições. As dimensões tanto da velocidade como da capacidade de infiltração, são (L/T), sendo usual o mm/h e cm/h. Pelas definições apresentadas, constata-se que, a capacidade de infiltração representa o valor máximo que a velocidade de infiltração pode ter. Este valor é ditado pelo solo (é um potencial do solo), sendo variável de solo para solo e para um mesmo solo em função do teor de água existente no seu perfil. MÉTODOS DETERMINAÇÃO DA CAPACIDADE DE INFILTRAÇÃO O método deve ser condizente com o uso que se vai dar á informação obtida. Assim, existem variantes que se adequam aos estudos hidrológicos, aos diferentes sistemas de irrigação e às aplicações na conservação do solo. Método dos Infiltrômetros Consiste no uso de dois cilindros concêntricos, que são cravados no solo até uma profundidade de 15cm; coloca-se água em ambos os cilindros e avalia-se a variação de nível ou o volume de água colocada no cilindro interno. Este esquema é adequado para método de irrigação por inundação, no qual a água se infiltra no sentido vertical para baixo. Tem-se uma fonte de aplicação com geometria plana e uma infiltração uni- dimension Simulador de Chuva Existem vários tipos de simulador de chuvas, sendo o método adequado para estimar-se a infiltração para o sistema de irrigação por aspersão e estudos de erosão de solos. Aplica-se água sob uma intensidade conhecida e preferencialmente constante, e mede-se o volume escoado a partir da área de teste, que geralmente é delimitada em campo pelo emprego de chapas metálicas cravadas no solo (Figura 6). A infiltração traxa ou lâmina infiltrada é obtida pela diferença entre a precipitação e o escoamento. Figura 6 – Modelo de simulador para testes de infiltração Análise de Hidrógrafa A análise de uma hidrógrafa resultante de uma chuva isolada, da qual se conheça o hietograma, permite que se separe o escoamento superficial direto, decorrente da parcela de precipitação que excede a capacidade de infiltração dos solo e escorre sobre o solo até a rede de drenagem, do escoamento de base propiciado pela drenagem do lençol superficial. A quantificação do volume escoado diretamente sobre a superfície (deflúvio superfical direto) permite a sua conversão em lâmina escoada, que representa a chamada “chuva efetiva”. A separação do hietograma em chuva efetiva e chuva infiltrada permite que se determine o índice Ф, que representa o valor da capacidade de infiltração média da área de drenagem (bacia hidrográfica) ao longo da chuva, e que, pode ser interpretado como o valor de intensidade de precipitação, acima do qual a chuva concorre para o escoamento superficial e abaixo do qual toda chuva se infiltra. Na Figura 7 apresenta-se um esquema do processo de separação da hidrógafa, o qual será explicado detalhadamente no capítulo de escoamento superficial. Índice Ф ESD Figura 7 – Esquema de análise de hidrógrafa
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