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Curso Processo Civil: Execucao e Cumprimento de Sentenca 2

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO E 
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
U1- DA EXECUÇÃO EM GERAL
U1S2
ÉTTORE DE LIMA
O sistema principiológico 
executivo
Inicialmente, cumpre ressaltar que princípios 
são o raio norteador a iluminar as condutas 
dentro da ciência jurídica na busca pela solução 
de conflitos e pacificação social.
• Princípios fundamentais da execução → Os
princípios que regem o direito processual são
aplicáveis também ao processo executivo,
sendo ainda parte integrante os princípios gerais
do direito processual, como os princípios
constitucionalmente instituídos do devido
processo, do contraditório, da ampla defesa, da
isonomia, dentre outros.
Princípios 
da 
execução
Os princípios jurídicos apresentam a acepção
de começo, de início. São ordenações que se irradiam
dos sistemas de normas. São a síntese dos valores
principais da ordem jurídica. Aliás, é comum que, na
ausência de lei, as legislações remetem o intérprete
aos princípios gerais do direito, equiparados aos
princípios de justiça.
Portanto, os princípios correspondem a
uma estruturação de um sistema de ideias, tanto
de pensamentos ou normas ligadas por uma ideia
mestra, por um pensamento que corresponde à
chave para a interpretação, uma baliza normativa,
um pensamento diretivo, uma razão informadora
das outras.
Aliás, os princípios são utilizados pela
jurisprudência na fundamentação das decisões,
passando a transformar-se em princípios positivados.
Num primeiro momento tais princípios são resgatados
do direito natural. Num segundo momento, a
positivação é consequência do descobrimento destes
princípios no direito positivo.
Sendo assim, os princípios jurídicos ocupam
uma posição de supremacia que vinculam o
entendimento e a aplicação das normas jurídicas que
com eles estão interligados, e corresponde ao
alicerce do sistema jurídico.
Princípios da execução
Quanto aos princípios 
da execução, existem 
princípios específicos 
que só vigoram no 
processo executivo.
Princípio da boa-fé processual
A boa-fé exigida dos
sujeitos do processo em todas as
etapas procedimentais é a de
natureza objetiva – na esteira do
que já constava no art. 422 do
CC. A boa-fé objetiva revela-se
no comportamento merecedor
de fé, que não frustre a
confiança do outro, que não
pratique abuso do direito e,
por conseguinte, maculação à
boa-fé como regra de conduta.
Princípio do 
contraditório
O princípio do contraditório é um corolário
do princípio do devido processo legal, e significa
que todo acusado terá o direito de resposta
contra a acusação que lhe foi feita,
utilizando, para tanto, todos os meios de
defesa admitidos em direito.
Princípio da autonomia
O grande problema para a efetividade do processo de
execução estava na necessidade de citar o devedor para
pagar ou nomear bens à penhora, ou seja, era necessária a
propositura de uma nova ação, com a necessidade de
instauração de nova relação jurídica processual, uma vez que
os “processos” eram autônomos. Com a reforma, terminada em
2005/2006, tornou-se sem sentido falar em citação do devedor.
O processo passou a ser um “monólito”, isto é, o processo não
comporta mais rupturas, o que, por si só, influencia na
comunicação dos atos processuais. Não há sentido em citar o
réu se o processo é estruturado em fases ou módulos
processuais.
Em sendo estruturado como fase do procedimento, a
efetiva citação deve ocorrer no início do procedimento, para
que, em contraditório, o réu apresente suas considerações em
simétrica paridade com o autor. Demais atos de publicidade
interna e em respeito ao contraditório sucessivo no âmbito da
relação jurídica processual, já suficientemente formada e
estabilizada, basta que sejam feitos pelas vias processuais de
comunicação intra-processo, qual seja, a intimação, na pessoa
de seu advogado.
Portanto, a autonomia significava que a execução tinha
vida própria, ou seja, tinha processo próprio. Contudo, esta
regra foi mudada, mas há fase executiva, que é
complementar à cognitiva.
Princípios da nulla executio
sine titulo
Não há execução sem título que a embase (nulla executio sine
titulo), porque na execução, além da permissão para a invasão do patrimônio
do executado por meio de atos de constrição judicial, o executado é
colocado numa situação processual desvantajosa em relação ao exequente.
Assim, exige-se a existência de título que demonstra ao menos uma
probabilidade de que o crédito representado no título efetivamente exista
para justificar essas desvantagens que serão suportadas pelo executado.
A criação de um título executivo judicial por meio de processo de
conhecimento quando já existe título executivo extrajudicial em favor do
autor demanda um trabalho jurisdicional inútil, ocupando o Poder Judiciário
com um processo que não precisaria existir para tutelar o interesse da
parte.
Trata-se de um verdadeiro atentado ao princípio da economia processual
sob seu aspecto macroscópico, permitindo-se um processo inútil por vontade das
partes em detrimento do interesse público de se obterem mais resultados com
menor atividade jurisdicional.
Sendo assim, o princípio em questão deixa claro que a atividade
executiva do juiz sempre pressupõe prévio reconhecimento/declaração de
direito, seja pelo próprio juiz, seja por documento que a lei reconheça como
suficiente para a declaração de direito (títulos extrajudiciais).
Princípio da 
responsabilidade 
patrimonial
O princípio da
patrimonialidade, também
conhecido como princípio
da realidade, significa
dizer que a execução
recai sobre o patrimônio
do devedor.
A regra adotada pelo
ordenamento jurídico
brasileiro é de que os bens
do devedor responderão
por suas dívidas. Assim,
coisas móveis e imóveis
poderão ser objetos de
execução civil, respeitando
os bens impenhoráveis e os
não sujeitos à execução.
Tudo isso à luz de dois
importantes princípios da
matéria: o da máxima
utilidade da execução e o
da menor onerosidade ao
devedor.
Princípio da 
responsabilidade 
patrimonial
Uma das questões mais
interessantes é a dos limites
dos atos executivos, como a
prisão por dívida, de
depositário infiel (art. 5º,
LXVII). O Pacto de San
José da Costa Rica enseja
debates acerca da
possibilidade de prisão do
depositário infiel.
Quanto à
responsabilidade patrimonial,
portanto, estuda-se as
hipóteses de penhorabilidade
absoluta, relativas etc.
Já a questão da
responsabilidade da pessoa
jurídica enseja nuances, como a
do uso indevido da mesma por
sócios ou administradores.
Princípio do resultado (menor 
onerosidade)
A execução deve ser equilibrada, de modo que deve
buscar atingir o resultado esperado, qual seja, a satisfação do
crédito, concretizando o comando normativo obrigacional previsto
no título executivo. Entretanto, esta busca por resultados não
pode ser feita sem critérios. Deve-se buscar a menor onerosidade
para o devedor, isto é, a execução se faz no interesse do credor,
(princípio do resultado) mas isso é mitigado. Ou seja, quando houver
mais de uma forma de executar os bens do devedor, deve-se optar
pela menos gravosa. É a ideia da eficiência versus ampla defesa.
Deve haver a busca do equilíbrio entre a satisfação do crédito e o
respeito aos direitos do devedor.
O artigo 805 do Novo CPC enaltece que “Quando por
vários meios o exequente puder promover a execução, o juiz
mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o
executado.”.
A execução é de iniciativa e no interesse do credor, mas, se,
entre várias formas de execução, ele escolher a mais gravosa/onerosa
para o devedor, deve o juiz agir de ofício para evitar o excesso.
Temos ainda no artigo 797 do Novo CPC. Em situações
normais (de solvência do devedor), a execução corre no interesse
do exequente. Logo, em situações anormais, como o caso de
insolvência, incide regra especial de concurso de credores, em que
todos os credores são colocados em situação de igualdade, uma vez
que não há bens para a satisfação de todos os créditos.
Princípio da utilidade
Não se justifica o processo de execução
apenas para prejudicar o devedor, sem que isso
tragaproveito prático para o credor.
Por esse princípio, por exemplo, impede-se a
aplicação das astreintes (multa para compelir o
devedor ao cumprimento forçado da prestação
devida) quando o juiz se convence de que a obrigação
se tornou materialmente impossível de ser cumprida,
e somente prejudicaria o executado, sem nenhum
proveito ao exequente.
Neste caso, a pressão psicológica (execução
por coerção ou indireta) é inútil, pois não depende
mais da vontade do executado o cumprimento da
obrigação. Exemplo da obrigação de fazer quando
o artista pintor quebra os dois braços e não pode
executar a obra de arte.
A propósito, execução não é vingança
privada, mas mecanismo judicial para satisfação do
direito do credor, e sempre que se entender que
esse direito não pode ser satisfeito não haverá razão
plausível para a admissão da execução ou dos meios
executivos inúteis para a satisfação do direito.
Princípio 
da 
atipicidade 
e 
adequação
O presente princípio visa fixar uma
certa previsibilidade ao executado que
tiver contra si uma tutela jurisdicional
executiva. Entretanto, a reforma do CPC
fez a doutrina repensar os binômios
tipicidade-adequação. Já não há mais
dúvidas sobre a superação da tipicidade
dos meios executivos com a adoção da
atipicidade dos meios de execução.
Hoje, é nítido no Novo CPC, a permissão
do juiz escolher a melhor técnica
executiva para aplicar a norma, seguindo
parâmetros mais fluidos.
No entanto, conforme a modalidade
obrigacional, tem-se um tipo de execução,
devendo o exequente formular a
pretensão adequada ao tipo de obrigação
(fazer, não-fazer, dar coisa, pagar).
Em outras palavras, pelo princípio
da atipicidade das medidas executivas
pode o julgador, avaliando o caso concreto,
criar e adotar técnicas executivas não
previstas em lei que entenda mais
adequadas para a efetivação da tutela
específica ou a obtenção do resultado
prático equivalente.
Princípios da disponibilidade
Em razão do próprio desfecho único da execução,
que não tem como tutelar o direito material do executado,
é permitido ao exequente a qualquer momento “desistir
do processo”, sendo dispensada a concordância do
executado para que tal desistência gere efeitos
jurídicos. A lei presume a aceitação do executado. O
credor não está obrigado a executar, ao contrário, possui
livre disponibilidade do processo de execução.
Além disso, o credor não está compelido a
prosseguir na execução até o fim, muito menos está
afastado do direito de solucionar a execução mediante
autocomposição endoprocessual (acordo).
Desistência não se confunde com a renúncia, pois o
exequente desiste de executar naquele momento, naquele
processo específico, podendo, entretanto, ingressar
posteriormente com ação idêntica, desde que comprove o
pagamento das custas da primeira ação.
Princípio 
do 
desfecho 
único
Como em todos os processos, o de
execução pode ter um final normal ou
anômalo. O final “normal” da execução ocorre
quando a execução é bem sucedida, quando o
direito do exequente fica satisfeito.
No fim normal da execução o processo
é extinto pela sentença. Tal sentença não é de
mérito, mas declaratória de encerramento, e
não produzirá coisa julgada material, mas apenas
formal.
Já o final “anormal” da execução,
assim como ocorre com o processo de
conhecimento, ocorrerá com o acolhimento
integral dos embargos à execução, cujo
fundamento seja a inexistência do direito
material exequendo.
O único objetivo da execução é satisfazer o 
direito do exequente. A única forma de 
prestação que pode ser obtida em tal 
processo é a satisfação do direito do 
exequente e nunca do executado.

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