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Declaração Universal dos Direitos Humanos vs Pacto Internacional dos Direitos Economicos, Sociais e Culturais

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Universidade Federal do Espírito Santo 
Disciplina: Direitos Humanos 
Prof. Paulo Velten 
Aluno(a)s: Érika Cerri dos Santos 
 
Quadro Comparativo 
Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais 
e Culturais 
Declaração Universal dos Direitos Humanos 
Art 1 Nesse artigo, é determinado que todos os povos têm 
o direito a dispor deles mesmos, determinando livremente 
o seu estatuto político e assegurando seu 
desenvolvimento social, econômico e cultural. Além 
disso, esse artigo ainda estabelece o direito de disporem 
livremente de suas riquezas e recursos naturais. Os povos 
também não podem ser privados de seus meios de 
subsistência. Ademais, o artigo estabelece que os Estados 
Partes devem promover a realização desse direito. 
Esse direito não é abordado em nenhum artigo da 
Declaração Universal dos Direitos Humanos, 
entretanto, este aborda a vontade do povo como 
fundamento da autoridade os poderes públicos, a qual 
deve ser exprimida através de eleições honestas 
realizadas através do voto universal e igual. A questão 
do voto é uma inovação com relação ao Pacto 
Internacional dos Direitos Econômicos Sociais e 
Culturais. O mesmo artigo, 21o, também declara um 
direito humano a participação politica de todos os 
indivíduos, que devem ter acesso em condições de 
igualdade às funções publicas de seu país. 
Art 2 O segundo artigo estabelece que cada um dos 
Estados Partes se comprometem a agir “quer com o seu 
próprio esforço, quer com a assistência e cooperação 
internacionais, especialmente nos planos econômico e 
técnico, no máximo dos seus recursos reconhecidos no 
presente Pacto por todos os meios apropriados, incluindo 
em particular por meio de medidas legislativas”. Além 
disso, estabelece que os signatários devem garantir que 
os direitos enunciados no Pacto sejam exercidos sem 
nenhum tipo de discriminação. 
A DUDH aborda a necessidade da ação dos Estados 
Partes para a garantia dos direitos nela enunciados 
através de seu preâmbulo. O trecho em questão aborda 
a questão do desenvolvimento do respeito dos direitos 
e liberdades e da promoção do reconhecimento e 
aplicação universais e efetivos dos direitos enunciados 
pela Declaração. 
Art 3 Esse artigo estabelece que os Estados Partes se 
comprometem em assegurar igualmente os direitos 
estabelecidos pelo Pacto entre o homem e a mulher, 
econômica, social e culturalmente. 
A igualdade de gênero não é posta explicitamente em 
nenhum artigo da Declaração, mas é brevemente 
abordado no preâmbulo e é encontrada implicitamente 
em diversos artigos. No preâmbulo, a Assembleia 
Geral dispôs que os povos das Nações Unidas 
proclamam a fé na igualdade de direitos entre homens 
e mulheres. Já nos artigos da Declaração, a igualdade 
universal é abordada já no primeiro artigo, onde está 
designada a igualdade entre todos os indivíduos tanto 
em dignidade quanto em direitos. No artigo 7o esse 
direito é abordado a partir da visão legal: estipula que 
todos os indivíduos são iguais perante a lei, sem 
nenhuma distinção, além de terem o direito de serem 
protegidos de qualquer discriminação que viole os 
direitos estabelecidos pela DUDH. 
Art 4 No quarto artigo é determinado que os Estados 
signatários devem reconhecer que só podem submeter os 
direitos assegurados pelo Pacto às limitações 
estabelecidas pela lei, na medida compatível com a 
natureza desses direitos com o fim de promover o bem-
estar geral numa sociedade democrática. 
Essa disposição é abordada pela DUDH através do 
artigo 29o, o qual também acrescenta que essa 
limitação legal deve ser feita apenas se visar a 
manutenção da liberdade de outrem ou satisfazer as 
justas exigências da moral, da ordem publica e do bem 
estar da sociedade democrática. 
Art 5 Esse artigo estabelece que nenhuma disposição do 
Pacto pode ser interpretada de forma que legitime um ato 
visando a destruição dos direitos ou liberdades 
reconhecidos pelo pacto. Além disso, ainda determina 
que não pode ser admitida nenhuma restrição ou 
derrogação aos direitos fundamentais do homem, sob o 
pretexto de que o presente Pacto não os reconhece ou os 
reconhece em menor grau. 
Na DUDH, disposição semelhante é encontrada em 
seu ultimo artigo, o de número 30: “Nenhuma 
disposição da presente Declaração pode ser 
interpretada de maneira a envolver para qualquer 
Estado, agrupamento ou indivíduo o direito de se 
entregar a alguma atividade ou de praticar algum ato 
destinado a destruir os direitos e liberdades aqui 
enunciados.” Entretanto, é extinta a disposição que 
estabelece a proibição da restrição ou derrogação dos 
direitos fundamentais do homem a partir da 
argumentação de que estes não estariam sendo 
reconhecidos pela Declaração. 
Art 6 O artigo sexto aborda o direito ao trabalho, 
definindo-o como “o direito que têm todas as pessoas de 
assegurar a possibilidade de ganhar a sua vida por meio 
de um trabalho livremente escolhido ou aceite”. O Pacto 
estabelece que os Estados Partes serão responsáveis por 
tomar medidas que garantam esse direito, com vista a 
assegurar o pleno exercício do trabalho a partir de 
programas de orientação técnica e profissional, 
elaboração de políticas capazes de garantir o 
desenvolvimento econômico, social e um pleno emprego 
produtivo em condições que garantam o gozo das 
liberdades políticas e econômicas fundamentais de cada 
indivíduo. 
O direito ao trabalho está disposto na Declaração no 
artigo 23o, o qual estabelece que toda a pessoa tem 
direito ao trabalho e à livre escolha dele. Entretanto, o 
artigo não estabelece a obrigatoriedade de os Estados 
signatários tomarem medidas que garantam esse 
direito em específico, uma vez que essa disposição já 
é explicita no preambulo da dita Declaração de 
maneira mais geral e abrangente a todos os direitos 
estabelecidos por ela. 
Art 7 Nesse artigo está estabelecido o reconhecimento 
por parte dos Estados signatários de que todas as pessoas 
têm o direito de gozar de condições de trabalho justas e 
 As condições justas de trabalho também são 
estabelecidas pelo artigo 30 da DUDH, entretanto, 
esse assunto é abordado de maneira mais sucinta, 
ressaltando a questão do salário equitativo, sem 
favoráveis, que assegurem uma remuneração que 
proporcione aos trabalhadores: um salário equitativo e 
sem distinção para trabalhos com mesmo valor, uma 
existência decente em conformidade com as disposições 
do presente Pacto, condições de trabalho seguras e iguais 
oportunidades de promoção à categoria superior 
apropriada. Além disso, as condições de trabalho também 
devem proporcionar repouso, lazer e limitação razoável 
das horas de trabalho, bem como férias periódicas pagas 
e remuneração nos feriados públicos. 
discriminação, justo e satisfatório para a manutenção 
de uma vida digna. Além disso, o artigo também 
acrescenta o direito à proteção contra o desemprego. 
O repouso e o lazer também são estabelecidos como 
direitos humanos universais através do artigo 31 da 
DUDH, o qual também estabelece a limitação das 
horas de trabalho e o direito às férias periódicas pagas. 
Art 8 Nesse artigo, é disposto que os Estados Partes no 
presente Pacto se comprometem a assegurar o direito de 
todas as pessoas de formarem sindicatos e de se filiarem 
no sindicato de sua escolha, com vista a favorecer e 
proteger os seus interesses econômicos e sociais. Esse 
direito não pode ser objeto de restrições, a não ser as 
previstas em lei que são necessárias em uma sociedade 
democrática. Além disso, é asseguram o direito dos 
sindicatos de exercer livremente sua atividade e o direito 
de greve. O artigo não impede que o exercício desses 
direitos seja submetido a restrições legais pelos membros 
das forças armadas, da polícia ou pelas autoridades da 
administração pública, nem autoriza aos Estados Partes 
na Convenção de 1948 da Organização Internacional do 
Trabalho a adotar medidaslegislativas, que prejudiquem 
ou a aplicar a lei de modo a prejudicar as garantias 
previstas na dita Convenção. 
O direito à filiação sindical também é disposto pela 
Declaração (art 30), entretanto, é disposto de maneira 
mais sucinta e não aborda a questão das atividades 
sindicais nem o direito de greve. 
Art 9 O artigo no9 estabelece o direito de todas as pessoas 
à segurança social, incluindo os seguros sociais. todas as 
pessoas à segurança social, incluindo os seguros sociais. 
O artigo 22o da DUDH define o direito à segurança 
social como um direito humano, ressaltando a 
possibilidade de o individuo exigir a satisfação dos 
direitos econômicos, sociais e culturais 
indispensáveis. 
Art 10 Esse artigo estabelece o direito familiar de 
proteção e assistência amplas, particularmente com vista 
à sua formação e no tempo durante o qual ela tem a 
responsabilidade de criar e educar os filhos. Além disso, 
ainda estabelece que o casamento deve ser consentido por 
O direito da família à proteção está estabelecido pela 
DUDH em seu artigo 16o, também estabelecendo que 
o casamento deve ser consentido entre ambos os 
futuros cônjuges. O artigo também estabelece os 
direitos iguais entre o homem e a mulher durante o 
casamento e em sua dissolução, acrescentando que o 
ambos os noivos e que uma proteção especial deve ser 
dada às mães, sendo elas assistidas durante o período da 
gravidez e beneficiadas com licença maternidade 
acompanhada de serviços de segurança social. Com 
relação à infância e à adolescência, o artigo ainda 
estabelece que medidas de proteção e assistência devem 
ser tomadas, ressaltando a proteção contra a exploração 
econômica e social, dispondo que os Estados devem fixar 
os limites de idade abaixo dos quais o emprego de mão-
de-obra infantil será interdito e sujeito às sanções da lei. 
direito ao casamento é estabelecido a ambos os 
gêneros a partir da idade núbil. 
O direito das mulheres em situação de gravidez e das 
crianças é estabelecido pelo artigo 25 da DUDH. Nele, 
é disposto que “a maternidade e a infância têm direito 
a ajuda e a assistência especiais.” Um acréscimo 
importante é a determinação de que todas as crianças 
gozam da mesma proteção social, sendo elas nascidas 
ou não dentro do matrimônio. 
A Declaração não aborda a questão do trabalho 
infantil nem da exploração econômica e social das 
crianças e dos adolescentes. 
Art 11 Esse artigo dispõe o reconhecimento dos Estados 
Partes sobre o direito de todas as pessoas a um nível de 
vida suficiente para si e para as suas famílias, incluindo 
alimentação, vestuário e alojamento suficientes, bem 
como a um melhoramento constante das suas condições 
de existência, destacando a responsabilidade dos Estados 
de tomarem medidas que assegurem esse direito. 
O artigo ainda ressalta a questão do direito ao alimento, 
estabelecendo que os Estados Partes reconheçam o 
direito a estar ao abrigo da fome e adotem medidas 
individuais para que este direito seja garantido, 
melhorando os métodos de produção, conservação e 
distribuição de produtos alimentares pela utilização de 
conhecimentos técnicos e pelo desenvolvimento ou a 
reforma dos regimes agrários. 
O direito a uma vida digna para todos os indivíduos e 
suas respectivas famílias é estabelecido pelo artigo 25o 
da DUDH. O artigo também estabelece que essa vida 
digna deve ser o suficiente para garantir as pessoas 
acesso a saúde e ao bem estar, principalmente quanto 
a alimentação, ao vestuário, ao alojamento, à 
assistência médica e ainda quanto aos serviços sociais 
necessários. Além disso, ainda estabelece o direito ao 
seguro desemprego em casos de invalidez. 
A questão do direito à alimentação e das medidas que 
devem ser tomadas para a garantia desse direito não 
são abordadas tão detalhadamente quanto no Pacto 
Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e 
Culturais. A reforma agrária e distribuição dos 
alimentos, por exemplo, são assuntos não 
apresentados pela DUDH. 
Art 12 Esse artigo estabelece o direito de todas as pessoas 
de gozar do melhor estado de saúde física e mental 
possível de atingir, sendo os Estados responsáveis por 
tomar medidas que assegurem a diminuição da 
mortandade e da mortalidade infantil, bem como o pleno 
desenvolvimento da criança, além do melhoramento dos 
aspectos de higiene industrial e do meio. Além disso, 
ainda estabelece a responsabilidade estatal de profilaxia, 
bem como a criação de condições próprias a assegurar a 
todas as pessoas serviços e ajuda médica. 
Esse direito não é abordado explicitamente pela 
DUDH, entretanto, é apresentado de outras formas, 
como na proibição da tortura e de penas cruéis e 
degradantes, as quais prejudicariam a saúde dos 
indivíduos. 
A questão da tomada de medidas profiláticas e de 
medidas que visem a diminuição da mortandade e da 
mortalidade infantil não são abordadas. 
Art 13 O artigo 13 trata sobre o direito à educação, que 
deve ser universal e deve visar o pleno desenvolvimento 
da personalidade humana e do sentido de sua dignidade, 
além de reforçar o respeito pelos direitos do homem e das 
liberdades fundamentais. Ademais, a educação deve 
habilitar toda pessoa a desempenhar um papel útil numa 
sociedade livre, promover compreensão, tolerância e 
amizade entre as nações e grupos e favorecer as 
atividades das Nações Unidas para a conservação da paz. 
Os Estados devem garantir esse direito à população 
através da obrigatoriedade e gratuidade do ensino 
primário, da promoção do ensino secundário 
generalizado e acessível a todos e do encorajamento da 
educação de base para as pessoas que não receberam 
instrução primária. Além disso, o ensino superior 
também deve ser tornado acessível a todos em plena 
igualdade. É necessário prosseguir ativamente o 
desenvolvimento de uma rede escolar em todos os 
escalões, estabelecer um sistema adequado de bolsas e 
melhorar de modo contínuo as condições materiais do 
pessoal docente. Os Estados se comprometem em 
respeitar a liberdade dos pais de escolher para seus filhos 
escoas particulares, mas conformes às normas mínimas 
que podem ser prescritas ou aprovadas pelo Estado em 
matéria de educação, além de assegurar a educação 
religiosa e moral de seus filhos em conformidade com as 
suas próprias convicções. 
É ressaltado que nenhuma disposição do artigo deve ser 
interpretada como limitando a liberdade dos indivíduos e 
das pessoas morais de criar e dirigir estabelecimentos de 
ensino. 
O direito à educação é estabelecido pela DUDH 
através do artigo 26o, o qual diz que a educação é um 
direito universal, obrigatório e gratuito, pelo menos 
em sua forma elementar fundamental. O artigo 
também estabelece a generalização do ensino técnico 
e profissional, bem como a abertura do acesso aos 
estudos do ensino superior. Também é abordada a 
questão do uso da educação como uma forma de 
manter a paz entre as nações, bem como o 
desenvolvimento pelo respeito aos direitos humanos. 
O artigo 26o também aborda o direito parental de 
escolher a educação mais adequada aos filhos. 
Em comparação ao estabelecido pelo Pacto 
Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e 
Culturais, o direito à educação na DUDH também é 
desenvolvido de maneira mais sucinta, não abordando 
o desenvolvimento de uma rede escolar nem a questão 
do oferecimento de bolsas. 
Art. 14 Ainda sobre o direito a educação, o artigo 14 
estabelece que todo o Estado Parte no presente Pacto que, 
no momento em que se torna parte, não pode assegurar 
ainda nos territórios sob a sua jurisdição ensino primário 
obrigatório e gratuito compromete-se a elaborar e adotar, 
Esse limite não é estabelecido pela DUDH. 
num prazo de dois anos, um plano detalhado das medidas 
necessárias para realizar progressivamente, num número 
razoável de anos, fixados por esse plano, a aplicação do 
princípio do ensino primário obrigatórioe gratuito para 
todos. 
Art. 15 O artigo 15 estabelece o direito à participação na 
vida cultural, ao benefício no progresso cientifico e na 
proteção dos interesses morais e materiais que decorrem 
de toda a produção cientifica, literária ou artística que que 
cada um é autor. Para assegurar esses direitos, os Estados 
devem tomar medidas que visem a manutenção, o 
desenvolvimento e a difusão da ciência e da cultura. As 
medidas que os Estados Partes tomarem devem visar 
asseguram o exercício deste direito compreendendo 
estratégias necessárias para garantir a manutenção, o 
desenvolvimento e a difusão da ciência e da cultura. 
Além disso, os Estados Partes comprometem-se a 
respeitar a liberdade indispensável à investigação 
cientifica e às atividades criadoras, bem como reconhecer 
os benefícios que devem resultar do encorajamento e do 
desenvolvimento dos contatos internacionais e da 
cooperação no domínio da ciência e da cultura. 
O direito á participação cultural é abordado pelo art. 
27oda DUDH, bem como a participação no progresso 
cientifico e os direitos autorais. 
 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos também estabelece alguns direitos que não foram 
abordados pelo Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. Entre eles o direito 
à vida, à liberdade, à segurança pessoal e à propriedade (arts 3o e 17o), o direito universal de ter sua 
personalidade jurídica reconhecida em todos os lugares (art 6o), o direito à privacidade e à livre 
circulação (arts 12o e 13o), o direito ao asilo em outros países (art 14o) e à nacionalidade (art 15o). Além 
disso, também estabelece o direito à liberdade de expressão, pensamento, religião e consciência (arts 
18 e 19) e o direito à associação pacifica (art 20). 
A DUDH também proíbe o trabalho escravo e a detenção arbitraria dos indivíduos (art 9), além de 
ressaltar a questão da presunção da inocência e o direito à defesa jurídica (art 11). Aborda também a 
questão da irretroatividade da lei, ressaltando que ninguém será condenado por ações ou omissões que, 
no momento da sua prática, não constituíam crime ou ato delituoso (art 11). 
Segundo a DUDH, todos seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na 
Declaração, sem nenhuma distinção (art 2o). 
Por fim, a DUDH declara que os indivíduos também tem deveres para com a sociedade e que nenhum 
direito estabelecido deve ser exercido contrariamente aos fins e aos princípios das Nações Unidas.

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