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Anemia falciforme Etiopatogenia Epidemiologia Quadro clínico Definição é uma hemoglobinopatia, dentro das doenças falciformes caracterizada pela substituição de um aminoácido (valina por ácido glutâmico) no 6º códon da cadeia beta da globina, com apresentação homozigótica HbSS maior prevalência na população negra frequência de 5-10% de heterozigotos É a hemoglobinopatia estrutural mais comum O estado de portador (traço, heterozigoto) é muito disseminado e é encontrado em até 30% dos africanos do Oeste africano A prevalência se mantém no mesmo nível por conferir ao portador proteção contra a malária ac. glutâmico (hidrofílico) -> valina (hidrofóbica) = menor hidrossolubilidade Quando desoxigenada, a HbS forma uma rede gelatinosa que enrijece a membrana da hemácia, aumenta a viscosidade e causa desidratação devido ao extravasamento de K+ e influxo de Ca++ o enrijecimento da membrana ocasiona a perda da flexibilidade necessária para atravessar capilares menor tempo de vida, cerca de 20 dias = anemia hemolítica vasoclusão associada à isquemia, devido à essa perda de flexibillidade, além de lesão de órgãos-alvo opsonização por auto-anticorpos antibanda-3 depleção de NO = vasodilatação ativação do sistema imune inato, com cronificação da inflamação Anemia hemolítica grave pontuada por crises A expressão clínica da HbSS é variável, alguns pacientes têm vida quase normal sem crises Crises vasoclusivas dolorosas Crises vasoclusivas viscerais mais frequentes, podem ser esporádicas e imprevisíveis pode ser desencadeada por o infecção, acidose, desidratação e desoxigenação infarto ósseo Dactilite (é o sintoma inicial mais comum retenção de sangue em órgãos, quase sempre com grave exacerbação da anemia síndrome falcêmica torácica aguda Crises de sequestro no fígado e na bacia sequestro esplênico (Hb < 2) Priapismo e dano hepático/renal são complicações comuns Crises aplásicas Crises hemolíticas Resultado de infecção por parvovírus ou por deficiência de folato Aumento do ritmo de hemólise com queda de Hb e reticulocitose mulheres podem ter infertilidade, abortos de repetição ùlceras nas pernas retinopatia proliferativa, cálculo biliar AVE, infartos na medula espinal dor crônica Maior suscetibilidade à infecção por S. pneumoniae, H. influenzae tipo B cardiomegalia, ICC, microinfartos retardo no crescimento e no desenvolvimento Diagnóstico presença de anemia hemolítica + crises álgicas + drepanócitos eletroforese de hemácias não possui % de HbA HbS alto quanto maior o HbF, melhor o prognóstico Teste do Pezinho na triagem pré-natal teste de falcização teste de solubilidade Achados laboratoriais Reticulocitose corpos de Howell-Jolly Bilirrubina indireta e DHL altas e haptoglobina abaixo do normal indicam quadro hemolítico VCM pode estar aumentado Tratamento Evitar fatores conhecidos por precipitar crises, como desidratação, anoxia, infecções, estase da circulação e resfriamento da pele Hidroxiureia Vacinação contra pneumococo, H. influenzae e meningococo Penicilina regular VO iniciada na ocasião do diagnóstico Vacinação contra Hepatite B Tratamento quelante com deferoxamina ou deferaxirox Hidroxicarbamida (função semelhante à hidroxiureia) Transplante de medula Transfusão sanguínea cuidado com a aloimunização episódios repetidos de síndrome torácica aguda ou > 3 crises/ano em pacientes traço, hematúria é o sintoma mais frequente Diagnóstico dos pacientes do problema Tiago Maria Lúcia João Anemia falciforme Hipótese de anemia ferropriva, com traço falcêmico Anemia megaloblástica associada à ferropriva, com traço falcêmico https://coggle.it/
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